não é dada pelos ponteiros do relógio nem pela posição do sol... simplesmente sente-se... quando, de repente, faz sentido.
sexta-feira, novembro 28, 2014
sexta-feira, novembro 21, 2014
O peso que um ano pode ter
Falávamos ontem de como este ano que está quase a acabar tem sido... intrincado. Não foi o pior ano da minha vida, nem se encontra, tão pouco, no grupo dos piores ou sequer dos maus, mas admito-o como pesado no sentido do peso que obriga os pés a assentar no chão; do peso da mão que escancara realidades à chapada e que, por outro lado, fecha portas passadas pesadas de convento; do peso das decisões. E das conclusões. E dos reinícios.
Cheguei à conclusão que me tornei invencível. Quem se vê a escolher o caixão da pessoa que mais ama no mundo - porque tem que ser feito, porque não há mais ninguém que o faça - sozinha, sem pestanejar e sem verter uma lágrima sequer, torna-se invencível. Quem consegue fazer desligar o coração de forma a só manter ligados os cabos essenciais à sobrevivência, ao funcionamento da máquina, para folhear brochuras de urnas como se de roupa de catálogo se tratasse, torna-se invencível. Quem escolhe arranjos, cores e tipos de flores e igrejas e assina papeladas várias no âmbito do enterro da "sua pessoa" sem que as mãos lhe tremam, torna-se invencível. A partir do momento em me tornei detentora da capacidade de desligar a dor, a maior dor de todas, passei também a ter capacidade de enfrentar o que mais vier por aí. Sem pestanejar.
Mas há um preço a pagar pela invencibilidade e esse preço paga-se em dureza, em olhares gelados, em rancor, em ausência de presença de alma ou entrega. E o ano que tenta transpôr essas barreiras quase segunda pele só consegue alcançar o objectivo abatendo o seu peso, o peso da vida como ela é mas também da vida como ela pode ser, em cima delas, na esperança que, aos poucos, vão cedendo.
Nada será como antes. Nada. Muito menos eu. Mas existe uma grande diferença entre não ser quem era e não ser quase nada. Escolhi ser o quase tudo que posso ser, num outro molde, numa outra vida que se olha com outros olhos. E escolhi agradecer o privilégio de ter sido quem fui um dia, mesmo que ainda não tenha conseguido não lamentar a minha extinção, abraçando, em simultâneo, os privilégios dos olhares de agora.
Falávamos ontem de como este ano que está quase a acabar tem sido... intrincado. E falávamos da sorte de nos termos umas às outras nestes emaranhados. E, sem falar, concluíamos: crescer pesa: e nem sempre é bom: mas quase nunca é totalmente mau.
terça-feira, novembro 18, 2014
sexta-feira, novembro 14, 2014
terça-feira, novembro 11, 2014
segunda-feira, novembro 10, 2014
Mais uma das "minhas"...
Eleanor Rigby
The Beatles
Ah look at all the lonely people
Ah look at all the lonely people
Eleanor Rigby, picks up the rice
In the church where a wedding has been
Lives in a dream
Waits at the window, wearing the face
That she keeps in a jar by the door
Who is it for
All the lonely people
Where do they all come from?
All the lonely people
Where do they all belong?
Father McKenzie, writing the words
Of a sermon that no one will hear
No one comes near
Look at him working, darning his socks
In the night when there's nobody there
What does he care
All the lonely people
Where do they all come from?
All the lonely people
Where do they all belong?
Ah look at all the lonely people
Ah look at all the lonely people
Eleanor Rigby, died in the church
And was buried along with her name
Nobody came
Father McKenzie, wiping the dirt
From his hands as he walks from the grave
No one was saved
All the lonely people
Where do they all come from?
All the lonely people
Where do they all belong?
The Beatles
Ah look at all the lonely people
Ah look at all the lonely people
Eleanor Rigby, picks up the rice
In the church where a wedding has been
Lives in a dream
Waits at the window, wearing the face
That she keeps in a jar by the door
Who is it for
All the lonely people
Where do they all come from?
All the lonely people
Where do they all belong?
Father McKenzie, writing the words
Of a sermon that no one will hear
No one comes near
Look at him working, darning his socks
In the night when there's nobody there
What does he care
All the lonely people
Where do they all come from?
All the lonely people
Where do they all belong?
Ah look at all the lonely people
Ah look at all the lonely people
Eleanor Rigby, died in the church
And was buried along with her name
Nobody came
Father McKenzie, wiping the dirt
From his hands as he walks from the grave
No one was saved
All the lonely people
Where do they all come from?
All the lonely people
Where do they all belong?
terça-feira, novembro 04, 2014
Há quem seja louca por sapatos. Há quem seja louca por malas. Já eu...
Em conversa:
- Estou mesmo a precisar de uns sapatos pretos; fui à hora do almoço dar umas voltas a ver se conseguia encontrar alguma coisa de jeito mas... nada. Por isso, olha, comprei um casaco!
segunda-feira, novembro 03, 2014
E numa qualquer secretaria de uma qualquer entidade deste nosso Portugal...
... ouço uma funcionária para outra:
- Opá, que eu cá, mentir, não gosto! Só para a sociedade e só quando tem mesmo que ser!
- Opá, que eu cá, mentir, não gosto! Só para a sociedade e só quando tem mesmo que ser!
Amor aos molhos. Ou aos tiros, dependendo do prisma...
Notícia vinda pela mão da rádio logo de manhã sobre tiroteio na Suíça. Suíça? - perguntei-me eu... - uma gente tão tranquila, tão calma... que se terá passado para desatarem aos tiros??
Nos entretantos, a net fez o favor de esclarecer: tratou-se de caso de meandros amorosos e os envolvidos... eram todos portugueses.
... passionate bunch, aren't we...?
PS: logo a seguir, a minha mente pergunta: e tu? Matavas por amor?
Ainda não lhe respondi...
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