sábado, outubro 30, 2010

Hoje estamos assim...



... enquanto ouvimos Djavan. "Oceano"...

sexta-feira, outubro 29, 2010

(In)decisões

Segunda-feira: "Amanhã visto aquele vestido..."
Terça-feira: "A ver se é amanhã que ponho aquele vestido."
Quarta-feira: "Amanhã tenho que usar aquele vestido, só o usei uma vez."
Quinta-feira: "Caramba! Amanhã é que é! O vestido é de meia estação, tem que ser usado agora!"
Sexta-feira (de manhã, no meio do temporal...): "És tãããooo estúpida...!"

quinta-feira, outubro 28, 2010

Teia

Pois, de facto, o dia ainda vai longo...

E reafirmo, dentro de mim, a importância e indispensabilidade da "rede". A minha "rede". Aquela que estica e encolhe, que se torce e contorce, que muda e varia, mas que está sempre lá e lá esteve quando eu caí e caí e voltei a cair.

Mas eu não sou só "quem cai", sou também um dos seus fios, são também as minhas mãos que se entrelaçam com outras para a formar e para amparar outras quedas.

E sim, vem chegando a altura de reassumir esta minha posição na sua orgânica.

Cai. Se tiveres que cair, cai. A "rede" está aqui. Eu estou aqui.

Interessante...


Azari, azaró!

A TV pifou de vez. Em tempo de crise, realmente, o melhor que nos pode acontecer são despesas inesperadas! "Mais alguma? Mais alguma??? Vejam lá, deuses, não quero que vos falte nada!" C***ões..!

O pé torceu-se sobre si próprio e mandou-me ao chão, em plena estrada. Por sorte, o carro que por ali circulava era só um e vinha devagar... Coxeei para a berma, esperei que os meus tendões enfraquecidos se acalmassem (eles acabam sempre por voltar ao lugar, eu já sei... décadas de experiência acumulada no domínio das torções dos membros inferiores, ah pois é!) e segui caminho. Agora, sinto-os a latejar... bonito!! Sendo que se aproxima um fim de semana grande, não há nada melhor do que ter que ficar de pé estendido!! Olha que bom! Realmente, há pessoas com muita sorte, não há dúvida!

Ah! Mas espera! As notícias comunicam alerta amarelo da metereologia para todo o país! Epá, que espectáculo! Mais vale ficar de "pé ao peito", então!

Grunf... calma, tem calma... não desesperes já. O dia ainda não acabou e este post tem grandes probabilidades de não se ficar por aqui...

"Caga nisso!"

Mais uma experiência. A acrescentar uns pózinhos, a dar que pensar. Muitas palavras soltas ainda circulam por mim sem terem encontrado o seu nexo mas, tudo bem, faz parte. Outras, certeiras, taxativas, com confirmações do que eu já sabia. Tudo bem, também. E ainda outras perspectivas, outras nuances, às quais eu nunca tinha dado corpo. Mas, em jeito de conclusão, um certo alívio, a esperança do fim. Ainda me esperam mais "figuras pretas" mas o pior já passou e sim, existe um fim.

quarta-feira, outubro 27, 2010

Perfil

Perguntas. Respostas?

Google images

Com um texto na mão, a atirar para o jornalístico (porque é também para isso que me "mal" pagam), procuro imagens relacionadas com o IVA. Entre gráficos e moedas, encontro fotografias de uma moça chamada... Iva. 'Tadinha... deve ser triste ter nome de imposto...

Cú-cú!

terça-feira, outubro 26, 2010

Perfil

Às camadas...

E vou dizendo

Mergulhando de novo em certas palavras, palavras que um dia me foram apresentadas, de um autor dos mais nossos. Senti o texto, na altura, hoje releio e sinto-o de novo ainda com mais força. No horizonte, uma experiência, uma tentativa, mais uma tentativa. Mas a curiosidade supera o medo e a expectativa, devidamente travada pelo que de mais "pés na terra" há em mim, pinta-a com o colorido de tudo o que é novo. Vamos ver, digo eu, vamos ver.

A cabeça encosta-se tentando ouvir o bater do coração, tentando sentir calor. E consegue, por uns momentos, uns momentos em que tudo desaparece e ela volta ao ninho de conforto e de segurança de quem está onde está porque é ali que pertence. Mas são momentos, apenas isso. A realidade apresenta-se em toda a sua dureza, sem arredar pé, por mais que tente amaciá-la. Um dia, digo eu, um dia.

E o telefone toca e a tristeza percorre os fios. Do lado de lá, onde também estou, ouço os soluços. Solidão, saudade, saberás o que é? Sei, digo eu, sei muito bem. Mas digo apenas para mim porque agora não interessa nada que saiba, agora só interessa que ouça.

C., E., E., F.... algumas das minhas letras a rodopiar também por este mundo onde os dias parecem ter vontade própria e nos levam na corrente. Porque um dia acordámos e estávamos no meio do remoinho. E agora? Seguimos em frente, digo eu, levantamo-nos e seguimos em frente com a certeza de que muito não depende de nós mas de nós depende a forma como damos as mãos e embarcamos na viagem.

E hoje o sol trouxe também a esperança. E é bom tê-la do meu lado mesmo sabendo que pode ser fugaz. Mas aprendi a acariciá-la quando a tenho comigo esperando que o meu amor por ela vá quebrando as barreiras, vá ganhando a sua confiança, consiga acalmar o seu espírito nervoso e a faça ir ficando, tal qual gato assustadiço, que foge ao mínimo movimento mas que, devagarinho, se deixa ir tocando. Talvez baste não desistir, digo eu, espero que baste não desistir.

segunda-feira, outubro 25, 2010

Maus fígados

Cada vez mais encantada... brindou-me, à chegada, uma reuniãozinha de sector, na qual ninguém abriu a boca como é costume, não porque não sejamos pessoas interessadas mas porque, quando quem orienta a orquestra termina finalmente o seu solo, repetitivo e enfadonho, já a luta com o sono se tornou inglória e o que resta das nossas energias tem que ser usado para a nossa própria sobrevivência enquanto um só pensamento retumba nas nossas mentes: quero-me ir embora daqui!!!

Mas melhor de tudo, melhor de tudo... quando o solo enfadonho também é... como dizer... estúpido! Até se pode pensar que, sendo estúpido, dá vontade de rir e que seria bom. Mas não, não dá. Dá vontade, sim, mas de bater forte e feio, como se não houvesse amanhã! E isso faz muito mal aos nervos, não aconselho. Enfim, depois da saída brilhante que foi dizer a um colega "não quero que penses que és a ovelha negra do grupo" quando o moço é mulato, a pedra de toque foi mesmo chamar o meu nome e o da minha colega do lado, quando falávamos uma com a outra... olhámos, tentámos perceber o que nos queria, talvez perguntar alguma coisa, pedir a nossa intervenção... e, não tendo acontecido nada, lá percebemos. Não, não queria coisa nenhuma de útil e relevante. Mas, tal e qual professor da primária, resolveu "puxar-nos" as orelhas, à frente dos outros meninos, por não estarmos a prestar atenção ao que ele estava a dizer! Só isto! Simplesmente isto!

Epá, estou que nem posso..! Nada melhor para começar uma semana de trabalho, depois de uns santos dias ausente, do que ser tratada como uma atrasada mental! É realmente um gosto sem tamanho!

Sou uma "sabona"

Fiquei a saber que os blogs estão fora de moda. Fiquei a saber que apenas uma muito pequena percentagem de navegantes produz alguma coisa para a net. Fiquei a saber, portanto, que faço parte de uma elite desactualizada mas trabalhadeira. Fiquei a saber que isto me está de tal maneira entranhado na massa óssea que hoje voltei, após uma semana de ausência, e é como se não tivesse levantado o rabo desta cadeira. Fiquei a saber que ainda me conseguem surpreender, no mau sentido. Fiquei a saber que há passos que dou em certas calçadas que ainda me doiem. Fiquei a saber que nada sei e que preciso, urgentemente, que alguém me dê uma explicação razoável para o facto de eu e o meu mundo, eu e as "minhas pessoas" andarmos actualmente pela vida mas de pernas para o ar (2012, não é C.? 2012...). Fiquei a saber que este local me regula o trânsito intestinal. Qual bifidius activus, qual fibra, qual quê, a solução é voltar ao trabalho! Fiquei a saber que, nos últimos tempos, só me apetece dizer: "olhe, fale para aí, eu pago a hora à mesma, mas eu fico aqui estendida nas almofadas a descansar, ok?". Fiquei a saber que a minha rede estica, encolhe, muda de lugar, molda-se às circunstâncias mas nunca rompe. Fiquei a saber que sofro de ausências, ausências várias, ausências físicas, anímicas, de batimentos cardíacos e palavras, de sopros e de risos, de mim.

"I could really use a wish right now "




Can we pretend that airplanes
In the night sky
Are like shooting stars
I could really use a wish right now (wish right now, wish right now)
Can we pretend that airplanes
In the night sky
Are like shooting stars
I could really use a wish right now (wish right now, wish right now)

Yeah
I could use a dream or a genie or a wish
To go back to a place much simpler than this
Cause after all the partyin' and smashin' and crashin'
And all the glitz and the glam and the fashion
And all the pandemonium and all the madness
There comes a time where you fade to the blackness
And when you're staring at that phone in your lap
And you hoping but them people never call you back
But that's just how the story unfolds
You get another hand soon after you fold
And when your plans unravel
And they sayin' what would you wish for
If you had one chance
So airplane airplane sorry I'm late
I'm on my way so don't close that gate
If I don't make that then I'll switch my flight
And I'll be right back at it by the end of the night

Can we pretend that airplanes
In the night sky
Are like shooting stars
I could really use a wish right now (wish right now, wish right now)
Can we pretend that airplanes
In the night sky
Are like shooting stars
I could really use a wish right now (wish right now, wish right now)

Somebody take me back to the days
Before this was a job, before I got paid
Before it ever mattered what I had in my bank
Yeah back when I was tryin' to get into the subway
And back when I was rappin' for the hell of it
But now a days we rappin' to stay relevant
I'm guessin that if we can make some wishes outta airplanes
Then maybe yo maybe I'll go back to the days
Before the politics that we call the rap game
And back when ain't nobody listened to my mix tape
And back before I tried to cover up my slang
But this is for the Cada, what's up Bobby Ray
So can I get a wish to end the politics
And get back to the music that started this sh-t
So here I stand and then again I say
I'm hopin' we can make some wishes outta airplanes

Can we pretend that airplanes
In the night sky
Are like shooting stars
I could really use a wish right now (wish right now, wish right now)
Can we pretend that airplanes
In the night sky
Are like shooting stars
I could really use a wish right now (wish right now, wish right now)

quinta-feira, outubro 21, 2010

terça-feira, outubro 19, 2010

Sobre a implantação da República

Mas podia ser sobre qualquer coisa...

"É terrível a ideia. Pode matar mas não morre quando aparece justa e boa aos olhos dos homens."
(Desc.)

De volta à "escola"

E estou a gostar...!

segunda-feira, outubro 18, 2010

Nããããã... não me convencem, "aquilo" não é dela...!

Frase do dia

"O cérebro é como um pára-quedas, só funciona quando está aberto."
(Desc.)

sexta-feira, outubro 15, 2010

Desabafo para não desatar aos gritos com alguém (ou "alguéns")!

Thank Gods it's Friday!

(não, não me enganei, é mesmo God no plural que em tempos de crise é melhor apelar em todos os sentidos!)

quinta-feira, outubro 14, 2010

O EU não sabe nadar, iôôôô...!

Habituada a andar no fio da navalha, a desafiar o destino, a conviver de mão dada com o risco, lá fui eu dar umas voltas que precisava. Como sempre, na minha mente ressoava: "ah, isto ainda aguenta mais um bocadinho", "ponho a caminho de lá", "não, espero para ir áquela bomba nova e trato do assunto". Eis senão quando o meu EU (o carro, não o outro) se começa a engasgar, a engasgar, ainda pensei que por causa destas mudanças de temperatura, que este tempo não faz bem a ninguém, ora chove ora faz sol, mas não... estava com a garganta seca e não tinha mais onde ir beber. Mais um ou dois engasganços e toma a derradeira decisão de não andar mais. E eu estava onde?? Em Chelas...

"Ok, T., pensa de ti para contigo o que é que vais fazer." Ainda tento um ou dois telefonemas mas ninguém me atende. O que faço, o que não faço, não posso deixar o carro aqui enquanto vou algures buscar gasolina porque embora esteja encostado à berma, há carros estacionados que não saiem portanto vamos lá embora mas é tentar empurrar isto para cima do passeio para não incomodar ninguém. Destrava, ponto morto, abre o vidro e, com uma mão no volante e outra na janela, começa ela a empurrar. Pois... mas o carro é mais pesado do que eu pensava e, ainda por cima, está num piso ligeiramente inclinado para o sentido contrário ao que eu pretendo seguir! Conclusão, empurra, ruge, bufa e nada. O dito, quanto muito, anda ainda mais para trás.

"Ok, T., tu pensa, mulher, que és uma rapariga desempoeirada e desenrascada, uma mulher moderna que sabe resolver os seus problemas, vamos lá a raciocinar e a ver o que se pode fazer.". Nisto, olho em volta e vejo uma oficina de pneus ali perto. Nem mais! Certamente que existe por lá um par de mecânicos fortalhaços que, num abrir e fechar de olhos, me tiram esta gaita do caminho. Ali vai ela, entra, tudo em silêncio, ninguém a trabalhar. Espera, tosse, diz "boa tarde", e lá do fundo aparece um mecânico... pequeno... franzino... a passar dos 60... Ooookkkk... mas lá teve que ser...

- Boa tarde, peço imensa desculpa mas preciso de uma ajuda... fiquei sem gasolina, tenho o carro ali a empatar, será que por aqui não haverá alguém que me possa ajudar a deslocá-lo?

Simpático, afável, o senhor ofereceu-se quase imediato. Ainda olhou em volta, a ver se algum colega imaginário se materializava mas não, não teve sorte. E assim nos dirigimos à viatura. Primeiro tentámos para a frente mas era perigoso, estávamos a seguir a uma curva, e o carro é pesado (também para ele, oh, que espanto!) e tinhamos que nos atravessar na estrada, "não, assim não dá". Depois ele decidiu que iriamos para trás e que ele empurrava sozinho (assim também eu, era a descer!) e que ficasse eu ao volante. Manobra e mais manobra e lá enfiei o EU (o carro, não o outro) na garagem do homem (salvo seja!). Eu suava... ele também... aliás, acho até que ele estava quase a desfalecer...

- Muito obrigado pela sua ajuda, peço imensa desculpa mais uma vez, agradeço imenso, vou então à bomba mais próxima buscar gasolina.
- E tem recipiente?
- Eerr... então mas eles não vendem garrafões lá?
- Não! Tem que levar, depois eles enchem! Deixe, que tenho aqui um.
- Muito obrigado, muito obrigado...

E lá fui eu, de garrafão de 5 litros, marca BP, Chelas afora. " Ó T. mas, que mal te pergunte, o que estavas a fazer em Chelas? Não me digas que foste buscar droga?". Não, não fui... mas, assim como assim, mais valia! Ia Chelas afora, com o garrafão de 5 litros e, eventualmente, acompanhada por um qualquer elefante voador, com a cabeleira do Slash, a cantar Madredeus! Era bom. Mas não, desgraçadamente lúcida era como eu estava.

Chegada à bomba, dirijo-me a um funcionário. "Mas sabe, eu estou de folga, só vim aqui por acaso, vá ter ali com o meu colega". E fui. O colega falava ao telemóvel (não é proibido nas bombas de gasolina???), esperei, esperei mais um bocadinho, até que ouço:

- Deixe cá ver isso, que eu trato (voltou atrás o tal que estava ali por acaso).
- (e eu simpaticamente, porque eu consigo ser simpática quando quero) Não, deixe estar, eu espero. Então o senhor está de folga e eu aqui a dar-lhe trabalho..!
- Não custa nada! A senhora está pior que eu de certeza! (pois... devo estar... não estou drogada!)
Então, mas faltou-lhe a gasolina, foi...? ("calma, acalma-te T., ignora o tom paternalista, faz favor, é uma questão de necessidade, finge que ele não fez o sorrisinho "mulher ao volante...". Sorri!)
- (sorrindo) Pois, veja lá, acontece aos melhores! ("não podias estar calada, pois não???")
- Mas olhe, tem que arranjar uma garrafa de água e fazer-lhe um corte para servir de funil senão não consegue verter bem a gasolina lá para dentro.
- Eerrr... certo, não se preocupe, o carro está ali numa oficina, eles devem ter qualquer coisa do género. Obrigado!

E aqui vou eu de novo, desta vez com o garrafão a pesar e o sol a fazer-se sentir um bocadinho mais. Chego, o mecânico amável aparece e diz: "Huuummm.. temos que ver se arranjamos aqui uma garrafa de água e fazer-lhe um corte para servir de funil senão não consegue verter bem a gasolina lá para dentro" (Caramba! O consenso absoluto no que diz respeito ao "desenrasca" no mundo da reparação automóvel! Estou impressionada!). Mas, por acaso, até encontrou um funil mesmo funil e "para a menina não se sujar" tratou ele de meter mãos à obra. O funil/funil não devia ter muito uso e por isso o tempo já se tinha encarregado de lhe fazer um golpes na borracha, de maneira que uma parte da gasolinha (e dos 5 euros e tal e das energias que gastei a fazer caminho para lá e para cá!) vertiam para o chão...

Mas pronto, lá bebeu o que havia, lá se pôs a andar até à bomba, "já agora, sendo que ainda estou em Chelas, é melhor não arriscar", lá decidi que merecia um chocolate por toda aquela provação. E, enquanto comia, esforçava-me para pensar nos aspectos positivos do episódio em causa:

- Nunca tinha ficado sem gasolina em andamento. Mais uma coisa que posso acrescentar à lista dos been there, done that! Experiência de vida adquirida, portanto.
- Nunca tinha tentado empurrar o meu carro sozinha. Verifiquei assim, na prática, o que sempre pensei: não fui feita para certas coisas, pague-se a quem as faça!
- Nunca tinha tido o privilégio de penetrar tão profundamente no mundo da reparação automóvel. Fiquei a saber que os mecânicos, no geral, são tipos dados à bricolage, verdadeiros mestres do corte e costura, o que revela uma certa sensibilidade para as artes por mim desconhecida. E que 1 garrafa de plástico + 1 corte = 1 funil.
- Sempre achei que a gasolina era castanha ou amarelada nunca tendo, de facto, olhado bem para a dita. Mas não é, é roxa, ou pelo menos a minha era, o que me fez perceber que combustível pode ser algo altamente fashion.
- Tudo isto aconteceu numa hora de almoço... e por isso ainda tinha uma tarde e noite inteirinhas para me acontecer mais alguma coisa tão espectacular como esta!

Há raparigas cheias de sorte...

"Tia T.(inha), vou-me deitar sentado, está bem?"

Sim, sim, por enquanto ainda me "deito sentada", eu também. Mas há-de haver um dia em que me vou estar a borrifar e aí, deito-me mas é ao comprido!

Cognome

Hoje chamaram-me "pestinha sitter". Gostei.

(havendo Cerelac ou Nestum Mel à mão, aguento o canal Panda as horas que for preciso!)

quarta-feira, outubro 13, 2010

Frase do dia



Mas hoje não me fico só pela frase.

Numa fase adiantada do "processo" ou "caminho", ou o termo que a cada um soar melhor, consigo hoje olhar para mim e reconhecer, com mais nitidez, as tranformações pelas quais tenho passado. Vejo o que perdi, o que ganhei, o que se transformou completamente ou só um bocadinho, o que se manteve exactamente igual. E o que tudo me trouxe e a forma como me ajuda a compôr quem sou agora. Apesar de saber que o "eu" de hoje ainda não está totalmente formado, que é prematuro escrever o meu rótulo e arrumar-me na prateleira das pessoas assim ou assado, lá vou eu desembarançando os fios coloridos, e conseguindo, com um ou outro, chegar à pontinha de lã e travá-la, agarrar no novelo e senti-lo como ele é na minha mão.

E esta "Frase do dia" é um dos meus novelos terminados. E tenho orgulho nele.

Durante muito tempo, coração e cabeça não se entendiam. Rumavam em sentidos opostos, cada um puxando para seu lado, obrigando-me a usar de todas as minhas forças para me conseguir equilibrar. Durante muito tempo, coração e cabeça gritavam alto palavras de ordem díspares. Durante muito tempo, cabeça e coração puxavam a brasa, cada um à sua sardinha. Mas, durante esse tempo, e por mais que de vez em quando cedesse mais a um lado ou a outro, consegui ter consciência que eu, este "eu" de hoje como o "eu" de ontem, iria dar passos, sim, mas apenas e só quando cabeça e coração parassem de gritar e se entendessem, sem que um se sobrepusesse ao outro.

Foi difícil, muito difícil, e houve alturas em que perdi a esperança de que alguma vez conseguisse equilibrar os pratos da balança. Porque é fácil assumir um das duas posturas e pronto, agir só desta forma ou só da outra. É mais fácil porque nos dá um rumo, porque é dos livros o que faz alguém maioritariamente emocional ou, pelo contrário, racional. Porque é sempre mais fácil escolher um extremo e seguir a sua cartilha. Porque é sempre mais fácil seguir percursos já traçados e mapeados.

Mas eu não era assim. E continuo a não ser. Tenho que sentir. E este "sentir" meu vai muito para além das emoções. Mistura sentimentos, sensações, intuição, racionalidade, conhecimento interior, certezas ou, pelo menos, lógicas, mesmo que só minhas, mas que existam cá dentro, intrinsecamente, entranhadamente. Esta sou eu. E os passos que dou têm que ser impregnados de mim. E os passos que dou têm que ser dados quando for hora, a minha hora.

Ao longo do "processo" sofri pressões, influências várias, de quem me ama e quer ajudar, de quem acha que sabe como isto se faz, das circunstâncias, dos dias maus e dos dias bons, da chuva e do vento, do sol e da lua, das cartilhas variadas que todos parecem ter na ponta da língua. Mas não cedi. Esperei e desesperei. Esperei e desesperei. Acordei sem ânimo, chorei, pensei, falei e falei, ouvi e absorvi o que para mim fazia sentido, esmiuçei, tive medo. Esperei.

Hoje ainda espero porque ainda há muitas pontas de lã soltas. Mas tenho orgulho nos meus novelos terminados e arrendondados nas minhas mãos. Porque têm a forma que eu quero, porque foram feitos à minha maneira tendo-me a mim, ao meu coração e à minha cabeça, em conjunto - e caminhando num mesmo sentido e gritando as mesmas palavras - como molde. Porque os "sinto". Porque sou eu.

Porque é daquelas que, de repente, faz todo o sentido

Somewhere only we know
Keane
I walked across an empty land
I knew the pathway like the back of my hand
I felt the earth beneath my feet
Sat by the river and it made me complete

Oh simple thing, where have you gone?
I'm getting old and I need something to rely on
So tell me when you're gonna let me in
I'm getting tired and I need somewhere to begin

I came across a fallen tree
I felt the branches of it looking at me
Is this the place we used to love?
Is this the place that I've been dreaming of?

Oh simple thing, where have you gone?
I'm getting old and I need something to rely on
So tell me when you're gonna let me
I getting tired and I need somewhere to begin

And if you have a minute, why don't we go
Talk about it somewhere only we know?
This could be the end of everything
So why don't we go somewhere only we know?
Somewhere only we know

Oh simple thing, where have you gone?
I'm getting old and I need something to rely on
So tell me when you're gonna let me in
I'm getting tired and I need somewhere to begin

And if you have a minute, why don't we go
Talk about it somewhere only we know?
This could be the end of everything
So why don't we go? So why don't we go?
Oh, this could be the end of everything
So why don't we go somewhere only we know?
Somewhere only we know
Somewhere only we know

Há coisas que me transcendem!

E o dicionário do meu telemóvel não reconhecer uma palavra tão pertinente nos dias de hoje como "trampa", é uma delas.

terça-feira, outubro 12, 2010

Hoje é dia!

Muitas coisas para dizer mas vou deixar para amanhã.

Porque hoje é dia de C.! (Sim, começou ontem, eu sei, mas ontem eu não pude participar.).

É dia de avanços, de energias positivas, de justiça divina, ou o que queiram chamar ao que vem lá de cima e compõem as coisas, de portas a fechar, de engrenagens a desemperrar, de sorrisos e olhos brilhantes.

E hoje, como é dia de C., também é dia de T.! IIuuuupppiii!

domingo, outubro 10, 2010

Perfeita...

Patrick Watson

There is a house built out of stone
Wooden floors, walls and window sills...
Tables and chairs worn by all of the dust...
This is a place where I don't feel alone
This is a place where I feel at home...

Cause, I built a home
for you
for me

Until it disappeared
from me
from you

And now, it's time to leave and turn to dust...

Out in the garden where we planted the seeds
There is a tree as old as me
Branches were sewn by the color of green
Ground had arose and passed it's knees

By the cracks of the skin I climbed to the top
I climbed the tree to see the world
When the gusts came around to blow me down
I held on as tightly as you held onto me
I held on as tightly as you held onto me...

Cause, I built a home
for you
for me

Until it disappeared
from me
from you

And now, it's time to leave and turn to dust...

sábado, outubro 09, 2010

Coffee shop e banquinho à beira rio

Estou em dúvida sobre o que dá mais vontade de rir: fumar erva ou assistir à E. a tentar fumar erva..!

sexta-feira, outubro 08, 2010

Neeeeeee!!!

Era capaz de viver aqui, sem dúvida nenhuma... Mas como tudo acaba, aqui vou eu daqui a nada aterrar na minha rua outra vez. Mas antes, ainda tempo para respirar profundamente o ar dos canais e das ruas e das casas tortas e das panquecas e waffles para ver se os consigo levar comigo, nem que seja só um bocadinho.

Tal como quando acabo de ler um bom livro, sinto-me mais rica...

quarta-feira, outubro 06, 2010

Dam, dam, dam... beautifull Dam!

Sim, a droga funcionou... e se os deuses assim o quiserem, vai continuar a funcionar... ;)

segunda-feira, outubro 04, 2010

Quadradinhos


Frase do dia

"Sometimes becoming great is simply resisting the urge to walk away."
Ben Arment

Fora de mim

Dá um aperto no coração que entristece os olhos. Tento animar a voz, falar de coisas que sei que gosta, tento... e fico sempre com a sensação que podia fazer mais. Mas não posso, não achas? O que achas? Diz-me.

Tento não me deixar sugar pela tristeza, tento ficar acima dela para que não a alimente ainda mais. Tento desviar o olhar e o pensamento, os seus e os meus. Tento manter a cabeça erguida, segurar as lágrimas na esperança que a aparente indiferença funcione como calmante para os ânimos. Lembro-me que fazias exactamente a mesma coisa. Mas é diferente, não é? Agora é diferente. Porque hoje sou a única, a que resta, a única que existe. É com as minhas mãos que conta, de mais ninguém, é delas que espera segurança e apoio. É nelas que quer descansar às vezes. Mas, às vezes, eu não posso dá-las dessa forma. Às vezes, não posso responder a resposta que quer ouvir porque acredito que, por mais lhe assim lhe pareça, não é essa a solução, apenas contribui para o remedeio.

Pergunto-te muitas vezes: estou a fazer bem? O que achas? Entendes-me?

E confio daquela forma cega e irracional de quem sente mas não vê. Confio que me vês e que também eu conto com as tuas mãos para me guiar.

Too much, ou em português, tomates...

O sr. agente imobiliário entrou. Simpático, prazenteiro, todo sorrisos. O gato B. gostou deste também e por isso fez questão de o receber da melhor forma: roçou-se nas suas pernas, cheirou os sapatos e as calças, quis agarrar a caneta com que ele escrevia, explorou o conteúdo da sua pasta de documentos... e eu, sempre, pedindo desculpas "ele é muito sociável, demais até...", pegando nele, tentando afastá-lo dali enquanto ouvia "não faz mal... errrr... está tudo bem... errr...".

A conversa continuou, o homem falou que se desunhou, o gato B. cheirou-o de alto a baixo, eu dobrei-me mais não sei quantas vezes para o pôr na ordem. Até que, preparando-me para o afastar pela milésima vez, algo me trava... O sr. agente imobiliário, mais à vontadinha, está na ponta de sofá de pernas abertas. O gato B., aproveitando a abertura, eleva-se e enfia o focinho nos... nas... na relíquia do senhor! e lá fica, a registar os odores.

Várias possibilidades tortuosas se me atravessaram a mente naquele momento, enquanto o fulano continuava a falar e eu só via os lábios a mexer: e se eu me tivesse baixado para tirar o bicho? Dava por mim a roçar a testa em ditos alheios! (Será que conseguia vender a casa mais rápido assim...? Hhuumm...). E se o gato B. tem algum antepassado espanhol e não tarda se põe a dar com a pata para perceber melhor com que está a lidar?? Ou decide fazer daquilo trampolim para saltar para o colo? Ou... resolve afiar as unhas????

Ok, pára, sorri, finge que estás a ouvir tudo o que ele está a dizer e que não se passa rigoramente nada abaixo da tua linha de visão, respira fundo... não há-de ser nada...

(Mãe sofre...)

domingo, outubro 03, 2010

sexta-feira, outubro 01, 2010

Redondos

Hoje tive que escrever o dia assim: 20101001.

Giro...