quarta-feira, maio 27, 2015

Impressão digital

Vieram mesmo agora pedir a minha para o novo registo de entradas na entidade laboral e disseram-me que o dedo ficaria à minha escolha.

Estive "vai, não vai" para não ser uma menina educada...

Novo verbo inventado por mim agorinha mesmo (como é que ninguém se lembrou dele antes???)

"Sardinhar".

É começar, é começar!


(Yé, yé, yé, Santo António é que é!)

segunda-feira, maio 25, 2015

Antecipação da boa

Está a chegar a época dos livros e das farturas, das sardinhas e arraiais, da praia e dos petiscos que lhe seguem, das noites quentes...

Hoje temos "variados"

Ontem fez anos o homem que me ensinou a andar. Oitenta anos. Fui uma das cinco crianças a quem ele, com paciência e generosidade, pegou nas pequenas mãos sapudas e cambaleantes e levou, vezes sem conta corredor afora - corredor de antiga casa de família - até sentir que sim, já nos podia soltar, tínhamos já conquistado a nossa independência. A partir daí, nunca mais parámos. Ontem estivemos lá, os cinco. Foi um privilégio.

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Oitenta anos. Oitenta anos que me levaram a outros oitenta e outros festejos. Tudo me leva sempre a ti, já viste?

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Odeio esperar. E, no entanto... estou uma crescida!

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Há dias em que me parece que nada vai passar de imaginação.

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Ando a preferir o silêncio. O rádio não se liga, a televisão também não; há momentos em que só me apetece ouvir o mundo a girar, com a sua incontornável banda sonora, não lhe acrescentando mais nenhum som. Basta o dos meus pensamentos.

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O resto guardo para mim.

sexta-feira, maio 22, 2015

Seja a mulher da sua vida

"E seja agora! Mas, não, não seja para os outros… nem por eles. Seja sua e por você. Vá na frente, dê o primeiro passo, mude de vida sem pedir a opinião dos outros, sem pedir a permissão do mundo. Descubra-se. Entenda-se. Faça terapia e, quando não der, faça compras. Seja inconsequente e pague por isso. Fique bêbada e pague a conta. Abra a porta do carro, banque uma rodada de choppe e, quando o dia não for de festa, simplesmente diga não. Diga não sem culpa, mas não sem educação. Seja breve na fala e detalhista no pensamento. Aperte firme a mão das pessoas. Sorria. Seja a frente de batalha da sua vida, sem colete à prova de balas. A vida, minha amiga, não é à prova de imprevistos. Não tenha filhos e, se tiver, permita-se ser a mãe que a natureza te formou para ser. Escolha. Viaje. Decida. E, quando ficar em dúvida, simplesmente admita. Venda seu carro, compre uma Komb. Ou, então, financie seu carro zero. Mude. De quarto, de casa, de roupa, de sonhos. Solte as mãos, abra os braços, corte o cordão que te prende ao passado. Não espere, vá. Leia, escreva, escute. Pare de assistir a novelas. Discuta, dispute, desculpe. Seja íntima de si mesma. 

Seja a mulher da sua vida. Seja só sua. E não o faça de fachada, não tente impressionar. Impressione-se com a vida. Observe uma borboleta, alimente um gato, acaricie um cachorro. Permita-se ser sensível. Chore. Ser a mulher da sua vida não é ser mais homem, ser a mulher da sua vida é olhar-se no espelho e sentir orgulho do seu próprio sorriso. É respeitar suas próprias decisões em detrimento da opinião dos outros, mesmo que esses outros sejam a sua família. Ser a mulher da sua vida não é ser durona. Faça ioga ou boxe, mas faça o que você gosta. Descubra-se de novo. Perceba o que mudou. Você muda, o mundo muda; mas você muda, não muda nada. Corte os cabelos, nasça de novo. Ajude desconhecidos e aproveite milimetricamente o doce sabor de fazer a diferença na vida de alguém. Mas, antes disso, faça a diferença na sua vida! 

Dirija o carro, pague o almoço, ponha o pau na mesa. Sim, você tem um pau bem grande chamado “amor próprio” e ele não está no meio das suas pernas, não. Ame-se. Ame-se muito. Ame-se acima de tudo. E depois de se amar tanto, ame-se mais um pouco. Ame-se sem maquiagem e sem estar em forma, porque do que adianta os elogios de outra pessoa se você mesma não enxerga sua beleza? Enxergue-se. Vista-se de coragem. Convença-se do quão foda você é e, se você não conseguir ser sua própria advogada, é porque ainda não entendeu o que é, verdadeira e intensamente, ser a mulher da sua vida. 

Honre-se. Você não nasceu mulher à toa. Você não lutou até agora para se esconder atrás de seus próprios preconceitos. Seja a mulher da sua vida, mas não o seja pra conquistar macho ou apaixonar fêmea. Seja e pronto. E ponto. 

E conto… te conto este segredo, que ao compreender este texto você encontrou o seu só seu (re)começo."

in Obvious

quarta-feira, maio 20, 2015

Sh!t

























(posto isto, o melhor que tenho a fazer é "fertilizar" umas calças novas e o resto é conversa! :))

E o que dizer de um dia que começa...

... comigo a rasgar as calças assim que me sento para começar a trabalhar...?


Estou que nem me aguento para ver como correrá daqui para a frente...

sexta-feira, maio 15, 2015

Constatação #84

























Reencontrando-me com este livro da Anita, concluir que o pormenor do qual me lembro melhor de toda a história é da "cara" do bolo de anos, diz muito da minha pessoa...

Passados

"The past is never dead. It's not even past."

quinta-feira, maio 14, 2015

Responsabilidades

























I have certain responsibilities…
Not to live in blame.
Not to take others for granted.
Not to have unrealistic expectations.
Not to make others responsible for my feelings.
Compassion isn’t a tool…
Its a way of living life.

Mr. Rules in I knew all the rules but the rules didn't know me

Quatro folhas

























Um dia destes, no jardim à porta de casa, uma senhora patusca e sorridente, nos seus setenta, que passeava um cãozinho igualmente patusco e sorridente, dirige-se a mim:

- Olá, boa tarde. Desculpe lá mas a senhora liga a estas coisas de trevos?
- Err... boa tarde... trevos? Pois, não costumo, não...
- É que encontrei um trevo de quatro folhas. Do que eu já li sobre o assunto, não adianta nada a pessoa que o encontrou ficar com ele, não é a ela que ele irá dar sorte. Tem que ser dado a outro. Ora, eu estava ali com aqueles dois senhores (também donos de cães a passear os respectivos) mas o trevo é só um. Se desse a um deles, ainda achavam que me estava a "atirar" ou coisa que o valha e eu já não tenho idade para essas confusões (risos), por isso, quando a vi pensei: vou dar àquela senhora, assim já não há mal-entendidos (sorriso). Quer?
- Err... quero, sim... agradeço. Obrigado por me ter escolhido..!
- Ponha dentro de um livro. Diz que é assim que se faz. E, olhe, boa sorte!


(e foi assim que "Os Maias" o receberam de braços abertos...)

Que o Senhor esteja convosco, ...

... amigos hífens entre verbos e pronomes, que vos querem aniquilar a toda a força...

Ámen.

segunda-feira, maio 11, 2015

Sonos ou o que os tempos me vão ensinando

Quando o sono não te deixa dormir sossegada, levanta-te. Sai do quarto, abre uma janela e apanha ar. Deixa que a brisa sopre os teus ventos mais turvos e aprecia a noite ou a manhã acabada de nascer. Refresca-te. O sono que te faz dormir embalada não tarda em voltar.

Presa por ter cão...

Superior hierárquico para mim:

Não te percebo, o que se passa contigo hoje? Estás muito calma... estás tão calma que até me estás a enervar!

sexta-feira, maio 08, 2015

quinta-feira, maio 07, 2015

Avó C.

























Quase não a conheci, sou a 13ª de 13 netos.  Não sei se as memórias que tenho dela são reais ou fabricadas a partir do que fui ouvindo ao longo da vida. Hoje, esta fotografia tipo-passe, tirada no fotógrafo da sua vila nortenha a determinada altura da sua vida, veio-me parar às mãos.

Dizem que foi uma mulher de fibra.
(Dizem que tinha mau feitio.)
Dizem que era alegre, risonha e provocadora, não poupando as irmãs mais velhas, mais sisudas, às suas graças e gozos.
(Dizem que era sarcástica.)
Dizem que dizia com orgulho: trabalho fora de casa por isso não trabalho dentro - era professora.
(Dizem que depois controlava o que as noras andavam a fazer e exigia perfeição e horas de refeição certas, sendo que se recusava sequer a estrelar um ovo.)
Dizem que tinha um orgulho imenso nos filhos.
(Dizem que achava sempre que nenhuma mulher estava, por isso, suficientemente à altura deles e não se coibia de o (lhes) mostrar sempre que lhe apetecia.)
Dizem que cheirava a verbena e que deixava um rasto leve do seu perfume por onde passava, vaporosa e elegante, de lenços ou estolas.
(Dizem que era arrogante e crítica e exigente.)
Dizem que, apesar de pequena, dominava qualquer espaço onde entrasse com a sua jovialidade, inteligência, graça e presença, mesmo quando já não era nova.
(Dizem que era impossível de aturar.)

...
Dizem que tenho muitos traços dela...

quarta-feira, maio 06, 2015

Perfil

Que a resposta a não poder fazer tudo não seja não fazer nada...

terça-feira, maio 05, 2015

A minha vertente "padeira" (de Aljubarrota?? quem sabe...) a vir ao de cima


À noite

Hoje tive-te de volta. Em sonhos. Hoje deixei rebentar a barragem de soluços e choro acumulado quando te abracei. Em sonhos. Saudades que vivem comigo. Hoje tive a certeza que, antes de nos encontrarmos definitivamente, havemos sempre de nos ir encontrando por essas noites fora.