sexta-feira, julho 29, 2011

Outra daquelas que nem vale a pena explorar

- (disse eu) Bem, este mês a coisa correu mesmo bem! Tudo a tempo e horas, poucos erros, sim senhor, foi muito bom.
- (ouvi eu): Realmente! Foi, de facto, fantasmagórico!



...vale a pena massacrar o meu cansado cérebro a tentar descobrir que raio queria ela dizer??? Nããã, deixa lá isso...

Este desafio constante que é a vida...

Encaixar na minha rotina acelerada de manhã a decidida-à-última-hora lavagem e secagem de cabelo e até chegar mais cedo ao trabalho... yes, we can!

quinta-feira, julho 28, 2011

Consegues..?


Fonte: Stuff No One Told Me

"És uma pessoa extremamente inteligente mas essa tua inteligência é também a tua pior inimiga... Tens que aceitar que nem tudo tem uma explicação lógica, que a vida e os outros nem sempre fazem sentido, que a soma de dois mais dois não é sempre igual a quatro. Tens que parar de tentar analisar e entender tudo, tens que desistir de tentar obter explicações para o inexplicável. Porque ele existe, quer tu queiras, quer não. Aceita-o e vives melhor."

terça-feira, julho 26, 2011

Autorização...

"É preciso ter muita paciência. Primeiro, sentas-te um bocadinho afastado de mim, assim, em cima da relva. Eu olho para ti pelo canto do olho e tu não dizes nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas todos os dias te podes sentar um bocadinho mais perto..."

Antoine de Saint-Exupery
in O Principezinho

segunda-feira, julho 25, 2011

As estrelas a falar francês

"Les rencontres dans le milieu amical ou associatif sont favorisées, l’amitié se transforme en amour, l’amour se consolide sur le plan amical. Ne sous estimez pas les occasions qui ne manqueront pas de se présenter. Vous n’êtes pas à l’abri d’un coup de foudre, ou d’une révélation soudaine en milieu de semaine. Les prises de conscience sont favorisées, vous ne referez pas les mêmes erreurs car vous comprendrez vraiment là ou vous avez agi par trop de légèreté dans le passé."

Frase do dia

"Eu tenho uma espécie de dever, de dever de sonhar, de sonhar sempre, pois sendo mais do que um espectador de mim mesmo, eu tenho que ter o melhor espectáculo que posso."

Bernardo Soares
in Livro do Desassossego

sexta-feira, julho 22, 2011

Gata A. versus Agustina Bessa-Luís




"Nope, tu agora não vais ler... vais é dar-me atenção..!"

quinta-feira, julho 21, 2011

Curioso... para dizer no mínimo...

Há uns dias, o meu computador informou-me que tinha que mudar a palavra-passe. Todas as vezes que isto acontece, tento sempre pensar em alguma palavra ou expressão que tenha significado para mim para não a esquecer facilmente. Digamos que "bife", a não ser que me refira a algum fulano nórdico em particular, é capaz de facilmente se me resvalar na memória, por associação, para "carne assada" ou "empadão de miúdos" e deixo de saber a quantas ando.

Tento sempre, também, que não seja ridícula ao ponto de não a poder transmitir a alguém em caso de ausência prolongada da minha parte. Portanto, "o meu 'morzinho é lindo e azul e fofinho como as nuvens e chama-me pirolita doce de barraca de feira popular", até hoje, nunca foi uma hipótese.

Há uns dias, o meu computador informou-me que tinha que mudar a palavra-passe... Escolhi "renovação". E não é que, desde então, de todas as vezes, mas mesmo todas as vezes!, que tive que a escrever, me tem saído sempre, antes de qualquer outra coisa, "reclamação"???

I wonder why...

quarta-feira, julho 20, 2011

Frase do dia

"Não vemos as coisas como são: vemos as coisas como somos."
Anais Nin

Significados


"Roubado" de um dos meus blogs preferidos: http://duas-ou-tres.blogspot.com/

terça-feira, julho 19, 2011

Porque está na minha natureza

Drive
Incubus

Sometimes, I feel the fear of uncertainty stinging clear
And I can't help but ask myself how much I let the fear
Take the wheel and steer
It's driven me before
And it seems to have a vague, haunting mass appeal
But lately I'm beginning to find that I
Should be the one behind the wheel

Whatever tomorrow brings,
I'll be there
With open arms and open eyes yeah
Whatever tomorrow brings,
I'll be there
I'll be there

So if I decide to waiver my chance to be one of the hive
Will I choose water over wine and hold my own and drive?
It's driven me before
And it seems to be the way that everyone else gets around
But lately I'm beginning to find that
When I drive myself my light is found

Whatever tomorrow brings,
I'll be there
With open arms and open eyes yeah
Whatever tomorrow brings,
I'll be there
I'll be there

Would you choose water over
the wheel and drive

Whatever tomorrow brings,
I'll be there
With open arms and open eyes yeah
Whatever tomorrow brings,
I'll be there
I'll be there

segunda-feira, julho 18, 2011

Frase do dia por ser este dia

"Amor não se conjuga no passado, ou se ama para sempre ou nunca se amou verdadeiramente."
M. Paglia

Dois

Ontem, deitada, as lágrimas silenciosas e a gata A., que as ouviu, enroscada cada vez mais em mim... Tentei falar-te mas não consegui dizer nada. Tentei falar e também ouvir-te no vento que ia soprando lá fora. Desisti. Tenho esperança que me tenhas lido o pensamento.

sexta-feira, julho 15, 2011

Dos arrastões

Talvez seja isso, uma questão de formatação. Curioso como hoje em dia é tão fácil que a terminologia associada ao que é mecânico e programável se possa aplicar tão bem quando falamos de um ser humano.

Mas talvez seja isso, sim.

Somos dois polos opostos no geral. E o que temos em comum só nos afasta ainda mais: teimosia, obstinação, persistência, crença. Dificilmente conseguimos encontrarmo-nos a meio. Forjadas em fornos e formas diferentes, donas cada uma de seu muro, as pontas finais das rectas de um vértice que é a nossa realidade.

De lá, arrastões dos quais me tento desenvencilhar antes de cair na sua teia. Envia-os de propósito para me puxar para o seu lado? Não. Esse nunca é o objectivo. O objectivo é ser como é e pronto. De cá, as minhas tentativas de enviar algo de positivo que acalme o arrastão, para me proteger mas também por ter noção de como pode ser tão prejudicial para a própria. E as tentativas a bater no muro e a ser devolvidas uma e outra vez, só conseguindo abrir uma brecha com paciência, repetição, paciência, desgate, e mais paciência ainda. Como se ao aceitá-las se tornasse menos digna, porque quem não se entrega ao sofrimento, não está realmente a sofrer, e quem não sofre não é digno dos céus... Paciência. Aquela que tenho que ter, que às vezes não tenho, aquela que me aponta o dedo por parecer sempre de menos.

E a morte. A morte a rodear-nos. Porque a vida também nos rodeia. A morte, as datas, as queimaduras no braço e as tartes esborrachadas no chão... e nós, cada uma a tentar sobreviver, e nós, cada uma presa à sua armadura. E não obstante, a tentar arrastar o seu peso de forma a chegar ao meio, porque também dessa caminhada depende a nossa sobrevivência, mas sem nunca conseguir totalmente.

quinta-feira, julho 14, 2011

Porque "if only I don't bend and break"...

Bend & Break
Keane

When you, when you forget your nameWhen old faces all look the same
Meet me in the morning when you wake up
Meet me in the morning then you'll wake up

If only I don't bend and break
I'll meet you on the other sideI'll meet you in the lightIf only I don't suffocateI'll meet you in the morning when you wake

Bitter and hardened heartAching, waiting for life to startMeet me in the morning when you wake upMeet me in the morning then you'll wake up

If only I don't bend and breakI'll meet you on the other sideI'll meet you in the lightIf only I don't suffocateI'll meet you in the morning when you wake

If only I don't bend and break
I'll meet you on the other side
I'll meet you in the light
If only I don't suffocate
I'll meet you in the morning when you wake


I'll meet you on the other side
I'll meet you in the light
If only I don't suffocate
I'll meet you in the morning when you wake

quarta-feira, julho 13, 2011

Frase do dia

“Don’t take anything personally. Nothing other people do is because of you. It is because of themselves.”
Don Miguel Ruiz

terça-feira, julho 12, 2011

Civilidades

A cena:
Uma camioneta bate na traseira de uma mota. O "motoqueiro" (de fato e gravata) encosta, o outro pára mais à frente. Encontram-se a meio caminho e trocam algumas palavras. O "motoqueiro" pára o trânsito para ir buscar uma peça caída no meio da estrada e entrega-a ao "camioneiro" que agradece e responde qualquer coisa como "não, não se preocupe, então, eu agora trato disto, obrigado." E os dois seguem caminho.

A câmara faz uma panorâmica da rua em movimento e foca depois, em grande plano, as três turistas/mirones no passeio, com ar desconsolado. E ouve-se "Olha que trampa! Então é só isto? Nada de palavrões, gritaria, um estalo ou outro, sei lá, uma peixeirada à italiana..? E fomos nós parar para isto, olha que realmente..."

Constatação #42

Há casos em que me dou demais. Há outros em que me dou de menos. And yet... a compensação que, em teoria, se gera fica ainda aquém do equilíbrio...

Idades

Ontem, na aula de dança, diz a professora:
- Dêem-me os parabéns, fiz anos no sábado!

Curioso, pensei eu, só três dias depois de mim, se calhar digo que também fiz...

Depois de algumas perguntas, a moça responde:
- Fiz 27! Estou quase nos 30!!

Curioso, continuei eu a pensar, mais uma do mesmo signo, se calhar comento o facto...


Mas espera... é impressão minha ou estou, pela primeira vez, a ter noção da diferença de idades (para cima!) em relação a mim e a uma outra pessoa já ADULTA?!?


Ceeerto... sorri e continuei calada...

Não fui eu que escrevi mas podia ter sido...

A Raiz da Pele

Guardo na raiz da pele
os gritos, as emoções,
os desesperos, os medos,
a raiva, o ódio, a perfídia,
os sonhos, as frustrações,
as cicatrizes das feridas
que a vida em mim foi abrindo,
os mistérios, os segredos.

Guardo na raiz da pele
a verdade do que sou.

Deixo que à flor da pele
emerja a máscara, o sorriso,
o jogo de gato-e-rato
onde, estando, nunca estou.

Guilherme de Melo

segunda-feira, julho 11, 2011

domingo, julho 10, 2011

Porque o domingo é um dia "quase bom"...

O mote para me sentar à frente do computador: um documentário. Nele Gorbachev dizia sobre Raíssa, a sua mulher de toda a vida, mesmo depois da dela se extinguir "Não falávamos de amor. Nunca fizemos grandes declarações. Fazíamos mais do que isso... agíamos."

Ouvi, corri a anotar no telemóvel e lá ficou. Os dias passaram e ela até então adormecida no seu formato electrónico lá me apareceu ontem à frente. E fez-me pensar. Sou de agir, não de falar no que toca a matérias amorosas. Mesmo quando ajo mal. Talvez devesse falar mais. Talvez se falasse mais agisse menos mal...

O wok faz a sua magia com o resto da lata de atum que serviu para a sandes da praia de ontem. Porque sou esquisita mesmo no que toca a sandes. Porque uma sandes de fiambre é coisa para me pôr doente. Quero lá saber se as fatias são "finíssimas" e vieram da pá. É fiambre. É pão com fiambre e um estraga o outro. O pão merece mais, o fiambre também. Coisa desenxabida, é o que é. Nesse aspecto, certa menina M., caracolinha que, sem saber, vai buscar à tia/madrinha umas manias, é cá das minhas: fiambre é para comer sozinho, à gulosa, o pão quanto muito e nesse caso, é só o recipiente.

Voltando ao wok, lá está ele cheio de alho e coentros como convém. Promete... mas não cumpre. A massa ficou mais ou menos. Portanto, quase boa. Ainda na sexta me aconteceu isso em determinado restaurante. Tinha tudo para ser óptimo: o nome do prato, os ingredientes, o aspecto, o cheiro mas depois... não era. Era quase bom, só quase bom. Se fosse cozinheiro diria que era o pior que me podia acontecer. Acho que preferia que estivesse intragável. Como cozinheiro quereria que os meus pratos provocassem reacções avassaladoras. "Óptimo!", "Excelente", "De fugir!" ou "Até me vomitei!". Nunca um "quase bom". Um "quase bom" não tem corpo suficiente, um "quase bom" nem dá vontade de reclamar. Reclamar de quê? Mas está mau? Não... Então está bom? Não... Então está o quê? Não sei... É como a roupa da loja dos chineses, é quase gira...

E lá estamos nós, eu e o meu estômago, avessos aos "assim-assim", aos morninhos, aos simpáticos, aos poucochinhos, aos "doces da avó" e aos molotovs, origem dos bleeerrgggh que a minha língua atira para fora da boca em tom de desolação e com expressão a condizer...

A verdade é que não me tem apetecido escrever. Há a viagem para contar, as fotografias para escolher, os costumeiros "sinto isto e aquilo" mas não, não me puxa... Talvez porque a viagem tenha servido mais para abstracção do que para análise, organização e conclusão. E talvez assim tenha sido porque não há mais nada para analisar quanto mais para concluir. É o que é, disseram-me um dia já há muito tempo, ouvi eu repetido mais recentemente da boca de outros. É o que é. Só falto eu, ser o que sou. O pior é que isso não me agrada. O pior é que o que sou hoje é "assim-assim", é molotov... e eu não sou moça para me contentar com isso.

Mantenho perguntas, sim. Mas não espero respostas. Ou então já as sei e o que sei já me serve mesmo que elaboradas por mim. O que é certo o que é facto é que a calmaria nocturna se mantém. Talvez já tenha mesmo respondido a tudo.

Mas já não gosto de aqui estar. Não sou eu aqui, não é a minha casa. Ou melhor, é, na papelada e na vertente prática. Mas funciona mais como albergue que me permite não dormir ao relento e que tem lugares certos para as coisas do que como casa, casa a sério, com C grande. Sugeriram no outro dia, tendo por base a conjuntura péssima em que estamos sentados: pinta as paredes, muda as coisas de lugar, transforma numa coisa diferente. Boa ideia... se me apetecesse. Só que penso em tudo isso mas noutro lugar, não aqui. Isto já se transformou em local de passagem há tanto tempo que não é possível voltar atrás. Já só grita "temporário", mais nada. Para quê gastar tinta com o temporário?

Li algures que "a realidade só é má se fugires dela". As porcarias que as pessoas escrevem na net só com esperança que depois as citem em qualquer site de frases famosas ou dizeres profundos. "A realidade só é má se fugires dela", pois sim! A realidade é boa ou má ou o que tiver que ser, estejas perto ou longe, fujas ou não, ó energúmeno cibernáutico! Aliás, porque fugiriam as pessoas se assim fosse? Se fogem é porque é uma trampa, não?! Digo eu porque eu nunca fugi. Não porque não quisesse mas porque o meu cocktail genético tem um raio de uma mania de dar a cara às chapadas que chega a ser doentio, mas enfim... "Ai, mas encaras, olhas de frente, não tens medo". Exacto... olha que bom para mim...!

Ai... estou cansada. O domingo cansa-me. É fim-de-semana mas já quase não é, é dia em que não se faz nada de jeito porque o que adianta se amanhã começa a semana e eu devia mas é aproveitar para fazer limpezas ou coisa que o valha...

Ai, deixa-me mas é ir que a solidão em demasia faz-me pensar em demasia também e já se viu que é coisa para a qual não tenho o mínimo jeito...

quinta-feira, julho 07, 2011

Porque é uma de muitas que me foram (literalmente!) oferecidas ontem

Coldplay

Come up to meet you,
tell you I'm sorry
You don't know how lovely you are

I had to find you,
tell you I need you
Tell you I set you apart

Tell me your secrets
and ask me your questions
Oh let's go back to the start

Running in circles,
coming up tails
Heads on a silence apart

Nobody said it was easy
Oh it's such a shame for us to part
Nobody said it was easy
No one ever said that it would be this hard
Oh take me back to the start

I was just guessing
at numbers and figures
Pulling your puzzles apart

Questions of science,
science and progress
Do not speak as loud as my heart

Tell me you love me,
come back and haunt me
Oh and I rush to the start

Running in circles,
chasing our tails
Coming back as we are

Nobody said it was easy
Oh it's such a shame for us to part
Nobody said it was easy
No one ever said it would be so hard
I'm going back to the start

Oh ooh ooh ooh ooh ohh (x4)

terça-feira, julho 05, 2011

Happy... day?

Pois é, é um misto... de alegria e tristeza, de doce e amargo.

De memórias boas, tão boas, de pequenina, criança em êxtase que vibrava com a antecipação, de bolo de chocolate e morangos com chantilly porque eram as minhas três coisas preferidas e juntá-las num bolo só era simplesmente perfeito. E de surpresas e telefonemas e amigos e prendas e espumante.

Mas também de outras, de coloração intensificada mas pela dor, que cortam a respiração, que se revivem no corpo, que até parece que nos picam a pele. Outras, de emoções que perfuram, de olhares, aquele olhar, aquele olhar que eu vi nesse dia, nesse mesmo dia, e que se me cravou na memória...

Há dois anos que é assim. Talvez nunca mais deixe de ser.

sábado, julho 02, 2011

De barriga cheia

De mil aventuras e expressões e pensamentos e risos e situações mais ou menos caricatas e côr e sol e paisagens e amizade e amor e beleza e cultura e línguas misturadas. Acima de tudo, de mente mais aberta e alma mais completa como só uma viagem pode proporcionar. E de caneta mental em punho para, um dia destes, fazer um resumo à altura.