quinta-feira, dezembro 30, 2010

Deslizando por aí...

Bicharada; "vamos falar de outra coisa"; Nestum Mel mas integral!; dificuldades técnicas e os três "negões" a empurrar; estupidez natural, muita estupidez natural; surpresas; capacete de gato; horas certas; um dia sem internet e quarenta e seis emails; inteligência emocional; perguntar o que se tira de bom dali e concluir: nada; muitas "gajas" e pouco tempo; férias; Natal e tudo o que tem de mau... e o resto, que é bom; cheirinho de bebé que não chega a dois meses; lágrimas encolhidas no chão da cozinha; frascos de doce; jardineiras de ganga em miniatura; resistência, força, energia que aparecem sem se saber como; perseverança; sorrisos e festas na cabeça; saudades; novo "poiso"; óculos dourados XL; mãos a tremer; gula; maratona de hipermercado; como um só dia pode ter tantas coisas boas; como um só dia pode ter tantas coisas más; interrogações, apreensão, desconfiança; quem espera, desespera; total falta de noção; azevias; "A Sombra de Deus"; frio e não me lembro porque raio gosto do Inverno!; malha na meia; saldos e a conta quase a zeros; esperança; chuva gelada a contrastar com o pôr do sol e os tais 18º; telefonemas e vozes amigas; prendas; apertos no peito; vontade.

domingo, dezembro 26, 2010

EA ou a prenda de mim para mim

"Gaja!! Parece novinho em folha!"

"De que cor agora és TU??"

"O EU já não era para ti... (...) porque agora és outra pessoa, certamente melhor e mais preparada para enfrentar novos desafios."

"Sim senhor, todo jeitoso. Como a dona! ;)"

sexta-feira, dezembro 24, 2010

É Natal...

... outra vez.

E são só dois dias, e hei-de passá-los a andar de mansinho, a pensar de mansinho, a sentir de mansinho... ao ritmo da minha avó quando mexia a panela de arroz doce...

quinta-feira, dezembro 23, 2010

quarta-feira, dezembro 22, 2010

Red alert

Há pessoas manhosas. Declaradamente manhosas. Talvez não se vejam como tal e quem não sabe o que é, não sabe o que há-de esconder... Ou, se calhar, até tentam mas a sua perícia não é suficiente. Há pessoas manhosas e eu, regra geral, topo-as com alguma facilidade. Talvez sinta o cheiro do perigo, talvez consiga ler o que os seus olhos não querem que se veja. Ou talvez a pessoa seja tão cheia de si e tão certa de que a "manhosisse" é o caminho óbvio e legítimo que nem se dá ao trabalho de fingir ser o que não é e tão pouco percebe que existem alternativas. Não sei e também não me interessa. O que interessa, acima de tudo, é não cair na sua conversa supostamente doce e preocupada, supostamente "eu estou do teu lado, eu quero é que tu estejas bem, esta conversa não sai daqui" e não deixar, como já quase aconteceu, que me usem como instrumento para atacar terceiros com as suas manhas. Eu também quero "estar bem" e agradeço o cuidado mas não aceito que o meio para o conseguir seja passar por cima de outros... e acho que ainda não me fiz bem entender. Na verdade, acho que não me fiz entender porque, simplesmente, não falamos a mesma linguagem. Mas ok, deixa-te estar. Estou aqui, no meu cantinho, sem chatear, sem levantar ondas mas de olho aberto, de olho bem aberto. Porque essas pessoas são o que são. E eu também.

terça-feira, dezembro 21, 2010

Em diferido

Sempre me perguntei porque nunca me tinham pedido a opinião sobre um qualquer assunto naquelas reportagens de rua que aparecem nos telejornais. Sempre me perguntei porque é que o destino nunca me colocou na mira dos jornalistas em plena Baixa ou Av. da República para ser questionada sobre o que acho do estado da nação ou se vou gastar mais ou menos nas prendas de Natal.

O mais certo é terem pressentido que não iria querer responder. A verdade é que dou por mim a ouvir as respostas dos anónimos apanhados desprevenidos, e a pensar no que diria se fosse eu. Mas logo a seguir tomo consciência da vergonha que sinto ao ouvir algumas considerações desses cidadãos incautos e começo a temer fazer a mesma figurinha... Ora, figuras triste eu já faço sem me condicionarem para tal, não há necessidade de o divulgar para todo o país que ainda alguém se engasga a comer a sopa enquanto me ouve.

Mas hoje... hoje!, pela primeira vez na vida, fui abordada para dar o meu testemunho! É verdade, ia eu muito bem na minha vidinha quando alguém se aproxima a perguntar:

- A senhora trabalha aqui? É que sou da SIC e ando a fazer uma reportagem...

Opá, até brilhei! Já me estava a ver a usufruir em pleno da oportunidade de me pronunciar sobre as mais variadas temáticas e partilhar o meu vasto conhecimento e reconhecido bom senso com todos os portugueses à hora do jantar e, quiçá!, contribuir assim para uma sociedade mais esclarecida ou, pelo menos, para uma sociedade que questiona, que abre a sua mente para ouvir outras perspectivas, que deixa que essas outras perspectivas a façam pensar... senti-me como que numa missão..!

Passada apenas uma pequena fracção de segundos, desci à terra. Sorri educadamente, disse "não, muito obrigado" e segui o meu caminho... e o doente mental que me tinha abordado seguiu o seu que certamente já estava atrasado para tomar os comprimidos.

O dia mais pequeno do ano

Diz que hoje começa o Inverno... olha que ninguém diria!!

Frase do dia

"The best way to make your dreams come true is to wake up. "
Paul Valery

segunda-feira, dezembro 20, 2010

Porque hoje me refrescou o cansaço



I'm staring out into the night,
Trying to hide the pain.
I'm going to the place where love
And feeling good don't ever cost a thing.
And the pain you feel's a different kind of pain.

Well I'm going home,
Back to the place where I belong,
And where your love has always been enough for me.
I'm not running from.
No, I think you got me all wrong.
I don't regret this life I chose for me.
But these places and these faces are getting old,
So I'm going home.
Well I'm going home.

The miles are getting longer, it seems,
The closer I get to you.
I've not always been the best man or friend for you.
But your love, remains true.
And I don't know why.
You always seem to give me another try.

So I'm going home,
Back to the place where I belong,
And where your love has always been enough for me.
I'm not running from.
No, I think you got me all wrong.
I don't regret this life I chose for me.
But these places and these faces are getting old,

Be careful what you wish for,
'Cause you just might get it all.
You just might get it all,
And then some you don't want.
Be careful what you wish for,
'Cause you just might get it all.
You just might get it all, yeah.

Oh, well I'm going home,
Back to the place where I belong,
And where your love has always been enough for me.
I'm not running from.
No, I think you got me all wrong.
I don't regret this life I chose for me.
But these places and these faces are getting old.
I said these places and these faces are getting old,
So I'm going home.
I'm going home.

O copo rachado e colado

"Às vezes, tenho medo". "Às vezes", dizes tu. E eu ouço as palavras, o "às" e o "vezes", e sei o que querem dizer, mas o tom que os acompanha e a expressão do olhar dizem que este "às" é modesto e discreto, não se quer apresentar cheio de si mas, no fundo, não é um "às" mas sim um "muitas"... "Muitas vezes", assim é que é. E é um medo que te sussurra ao ouvido quando deitas a cabeça na almofada e te libertas das capas rígidas de cera moldada que te cobrem a maior parte do tempo. É um medo que se mostra quando não tens nada a perder e estás só contigo e com a escuridão do quarto. Já foi pior? Já. Já te prendeu a respiração, dilatou as pupilas, já te fez fechar as mãos com força para que não tremessem. Já foi pior. Mas ainda assim... ainda assim é um medo chamado "muitas vezes". Um medo menos medonho mas que ainda continua a dar pelo nome de ..."muitas vezes"...

Medo de não ter mais forças um dia, medo dos outros, pessoas e momentos, e das "cartas pretas", do inevitável, do incontrolável, tu ou o que vier, medo da dor, dos murros no estômago, de que voltem os dias de antes, os dias de aperto constante no peito, medo de cair e não te levantares mais, medo de cair outra e outra vez, medo da travessia, medo de não teres aprendido nada e que baste um sopro para que o desequilíbrio se instale. Medo da fragilidade, a tua fragilidade, que se deu a conhecer de forma tão imensa, tão profunda que até se podia julgar que não eras apenas uma pessoa mas muitas mais num corpo só. Medo de ti e dos tremores que de vez em quanto te assolam. Medo de que nunca consigas viver, de forma plena e verdadeira, com o copo, o tal copo, que existe mas que nunca mais vai ser inteiro.
Medo de que tu não o voltes a ser.

sexta-feira, dezembro 17, 2010

Más notícias ou "é assim a vida dos adultos"

Pois... eu prefiro dizer de outra forma: isto é uma m****, é o que é!

Frase do dia

(e é tão a minha cara que até dói...)

"All the things one has forgotten scream for help in dreams."
Elias Canetti

quinta-feira, dezembro 16, 2010

Carta de despedida

Acabou. Tenho que o assumir, acabou. Tal como tudo acaba na vida, também esta nossa relação chegou ao fim da linha. Não há mais por onde caminhar.

Durante algum tempo, provavelmente tempo demais, eras uma carga que trazia presa aos ombros. Arrastava-te como um atrelado, não tendo coragem ou força para cortar as amarras e deixar-te para trás mas percebendo que o que me acrescentavas de bom era cada vez menos.

O que tínhamos durou anos, alguns anos, com altos e baixos, excelentes momentos, péssimos momentos, como todas as relações costumam ter ou, pelo menos, como eu acho que todas devem ter. Porque um relacionamento sempre estável não é um relacionamento apaixonado, vibrante. É como um buraco negro, está lá sossegado, aparentemente pacífico e inócuo, mas quando penetramos nele, suga-nos os batimentos cardíacos, a energia e torna-nos amorfos. Não tenho feitio para ser amorfa, nunca tive, não acho que as mudanças pelas quais tenho passado tenham vindo a alterar esse facto. Não esse facto. Por isso, assim é, com alegrias e tristezas, que nos temos vindo a acompanhar.

Mas, já há algum tempo que as tristezas, preocupações, incómodos evoluiram para gritos e murros na mesa, intolerância, irritação constante abafando o que daqui poderíamos tirar de bom, não é verdade? Já não temos nada para nos dizer, já não temos nada em comum, já não somos "nós". E, meu caro, isto não é vida para ninguém...

Por isso, acabou. Vou avançar para outra, abro caminho para novos intervenientes, para novas ligações, aconselho-te a fazer o mesmo, dentro das tuas possibilidades, das tuas limitações. Lamento, mas tem que ser. Tudo tem um fim, este é o nosso.

Na minha vida, agora, surge uma nova luz que me tem vindo a iluminar o pensamento. Espero que também ilumine os meus dias e as minhas "caminhadas" porque o que eu preciso é de luz e, mais comezinha, de poucas arrelias.

As diferenças entre vocês os dois são flagrantes e imensas, não vale a pena sequer enumerá-las. Mas, curiosamente, há algo em comum... as vogais. Percebo, assim, no que respeita a "andanças", que sou rapariga de vogais. E, vê só!, uma delas até se mantém e tudo! Demasiada coincidência, não achas? Se calhar é a forma que o Universo arranjou de nos manter afectivamente ligados... não sei bem para quê, mas que seja, aceito, que com o Universo não se deve discutir. Quanto à outra vogal, a troca foi da última pela primeira, o que, convenhamos, até carrega em si um discreto mas simpático simbolismo.

Enfim, é o que é, é o que tem que ser. Espero que tenhas um bom resto de vida, espero sinceramente que a tua nova pessoa te trate com o respeito e consideração que mereces, que te mime, que aproveite bem todo o teu potencial, que ainda é muito!, tenho a certeza que ainda tens capacidade de fazer alguém muito feliz, apesar de tudo, e é essa felicidade que desejo para ti.

Adeus, querido EU (o carro, não o outro, desse ainda não me consegui livrar), God Speed para ti também (de notar que este Speed não está em maiúsculas por acaso, espero que tenhas percebido a laracha...!).

quarta-feira, dezembro 15, 2010

Qual "rangedora", qual quê! "Bruxa" é o que eu sou! Sempre desconfiei...

Pó dos Livros

(As coisas que se descobrem por mero acaso...)

"Revelhão"

Não interessa como e onde, interessa quem.

terça-feira, dezembro 14, 2010

Bandas sonoras

Finalmente tenho autorização para aceder ao meu baú musical online. E reparo que não ia lá há muito tempo e reparo que cada tema foi ali guardado por uma razão muito minha e que muitos deles, enquanto soltam as suas notas no meu cérebro, também me fazem sair de mim e voar atrás no tempo. E vôo e aterro de forma absolutamente precisa. E quase todas as viagens me fazem vir lágrimas aos olhos.

Descargas

"É essa a pior parte", pensas tu. A parte em que falas mas não és ouvida. A parte em que pedes por sinais e não os tens. A parte que te diz, que te "chapa" na cara que não adianta tentar, o universo tomou a sua decisão e tu tens que viver com ela. Acendeste a vela e pediste "por nós", pequena expressão a abraçar tanta gente. "Será que a chama se vê do outro lado?", perguntas tu. Não prevendo, o olhar devolve-te o peso da realidade, chama-te à terra, recorda-te do que finges que não sabes, do que finges que não te afecta. Finges para sobreviver não porque sejas uma fingidora. Finges para poder andar. Mas há olhares matreiros que, sem que o esperes, mostram-te mais do que uma fotografia onde vês duas pessoas sorridentes de copo na mão. Já não existem, as pessoas de copo na mão, morreram e é a sua morte que toma vida quando as olhas. E é essa morte que te invade. Estranho como algo usualmente relacionado com aridez, ausência, vazio, consegue tomar corpo para se alastrar por ti. E é como uma descarga eléctrica que te eriça e arrepia, e é assim que te sentas para não te desequilibrares. E ali ficas, naquele espaço palco de tantas cenas, e ali voltas a ler a cartilha da tua vida como ela agora é. Para que não te iludas mais , para ver se não te esqueces.

segunda-feira, dezembro 13, 2010

domingo, dezembro 12, 2010

Deve ser do tempo...

E quando sabes que até sabes, e que até sabes mais do que sabias antes, mas ficas a saber que afinal o que sabes, e que até é mais do que sabias antes, não é suficiente...?

sábado, dezembro 11, 2010

sexta-feira, dezembro 10, 2010

Constatação #29

Os Deuses dão carros demasiado grandes e potentes a quem tem mais hipóteses de fazer figuras tristes ao tentar estacioná-los. Assim se prova que os Deuses têm sentido de humor.

quinta-feira, dezembro 09, 2010

Ó diabo!



Dizem os astros e as cartas e mais não sei o quê:

"Os nativos do seu signo estão sob influência da carta de Tarot o Diabo em 2011 e, de acordo com esta carta, este ano será intenso e recheado de acontecimentos, novidades e também algumas mudanças. Será necessário que os nativos deste signo façam um esforço de adaptação às circunstâncias, pois são pessoas apegadas à tradição e que precisam de ter segurança na sua vida a todos os níveis. 2011 poderá ajudá-los a ter uma evolução muito positiva, mas exige uma mudança de atitudes - é chegado o momento de se libertar de comportamentos que não o conduzem à felicidade que tanto ambiciona. Não tenha medo de arriscar, pois a energia deste ano ajudá-lo-á a ir em frente, desde que mostre espírito de iniciativa."


Filhos de uma grandessíssima égua..! Para quando uma carta que me dê descanso, senhores?!? Irra!!

O que deve, o que é, o que tem que ser, o que é preciso

Se me perguntarem "quando?", não sei dizer. E acho que também não interessa. Até porque não acredito num "quando" mas sim em vários, apesar de não os saber localizar no espaço e no tempo. Só sei que foram acontecendo, acontecendo, acontecendo. Pequenos passos, somatório deles até chegar hoje a um resultado, que sei que não é final, que quero que não seja final. A este irão somar-se outros porque o caminho continua e os passos também. E é assim que deve ser.

Ontem, as palavras que saíam da minha boca explicavam-me, explicavam-se. Falava também para mim, organizava ideias também para mim. Enquanto ignorávamos a chuva miúda e graúda, continuávamos ao longo do rio, sem pressas, sem tempo para voltar. Porque o passeio tinha que ter a duração do que faltava falar. Ou pelo menos, do que faltava falar ontem.

Falta-me a constante. E, pela primeira vez em muito tempo, essa é uma boa notícia. Porque a minha constante impregnava-se naquele ponto no peito, não me deixava respirar e acompanhava-me sempre, em tudo o que fazia, dizia, pensava, calava. Como música de fundo, banda sonora sempre igual em todas as cenas, fossem elas quais fossem. No início desesperava-me, toldava-me os movimentos, manifestando-se a uns decibéis bem acima do recomendado. Depois, aprendemos a conviver, a sua presença tornou-se mais discreta, menos ensurdecedora mas, mesmo assim, agri-doce. Sim, já me permitia andar mas, não, não era um andar leve, límpido, fresco e requeria esforço, e requeria preparação para navegar em altos e baixos. Havia uma espécie de concentração de humidade e negritude a envolver-me, a abafar-me, a pesar o ar, que eu combatia como podia, que eu tentava gerir de forma a não estancar. Mas que continuava a fazer-me encolher de joelhos ao queixo quando finalmente parava, e a fazer-me virar para dentro de mim, para o meu núcleo, deixando-me, nessa altura, descansar e absorver por tudo o que lá encontrava. Nesses momentos, ficávamos cara a cara, eu, a humidade e a negritude, e eu deixava que me tomassem. Porque elas estavam lá, existiam, por mais que olhasse para o lado, continuavam a estar lá e eu tinha que as aceitar e resolver.

E fui resolvendo, ao ponto de, no momento, nos encontrarmos apenas de vez em quando, apenas quando é útil, acho eu. Porque tenho que assumir a sua utilidade. Mas fui resolvendo e resolvidamente assumo-as úteis e ainda presentes. Mas só de vez em quando.

Vai mudar? Não sei. E agora também não me interessa.

Frase do dia

“As pessoas que consomem chocolate gozam de uma saúde mais constante e são menos propensas a apanhar uma série de pequenos males que ensombram a felicidade da vida…”
Brillat-Savarin


Provado cientificamente... toma!

terça-feira, dezembro 07, 2010

Sem palavras ou com algumas menos próprias...

Formação em Gestão do Tempo, grupinho à porta a conversar no intervalo:

- Pois, pois, isto é tudo muito bonito mas se rentabilizarmos mais o nosso tempo, se formos mais eficazes, os chefes vêem que ainda nos podem atirar com mais trabalho para cima! Isso é que era bom! Sim, sim, gestão do tempo e tal... espera aí que eu já te atendo!

Porque me fez dançar no carro logo de manhã!

Club Can't Handle Me
Flo Rida (feat. David Guetta)

Perfil

Business woman.
(Lady, faz favor!)

Ela é casas, ela é alcofas de gatos, ela é máquinas fotográficas, ela é Rainbows... ela é o que vier pela frente e seja passível de apregoar via internet... de graça, claro!

segunda-feira, dezembro 06, 2010

"Novas novidades"

Diz que em termos de gestão do tempo sou de esquerda... ou esquerdina, como quiserem. E, caramba, se não fosse o testezinho feito na aula, olha que eu não chegava lá...!

domingo, dezembro 05, 2010

O que se faz numa noite muito, muito fria?

Sai-se à rua!




Inevitável

Parece que nunca é suficiente. Dou a volta para evitar males maiores mas essa atitude recebe um dedo apontado que a acusa de carregar menos valor que qualquer outra que implique um caminho diferente, não melhor mas mais sacrificado. Porque é o sacrifício que parece dar sentido às coisas, porque o caminho mais fácil, embora resulte no mesmo ou até se revele uma solução melhor, surge como fraco e desprovido de carga emocional. Nunca é suficiente. E nunca vai ser. Porque, de facto, duas almas distintas não se encontram. Sobrevivem, raspam uma na outra e tentam que a fricção não as fira. Em demasia. Mas é só, é só isso que é possível. E assim ficamos, com essa consciência e com o peso de quem quer mais e diferente do outro e sabe que dificilmente conseguirá. E, no entanto, estamos ligadas e não podemos fazer nada quanto a isso.

sábado, dezembro 04, 2010

A questão é...

... fazer árvore ou não fazer árvore...

Nope, parece-me que ainda não é este ano.

sexta-feira, dezembro 03, 2010

Hoje é um desses

Há dias em que as palavras faltam. Há dias em que são muitas e é difícil contê-las. E há dias em que são tantas, tantas mas tão pesadas e confusas e emaranhadas que não se conseguem libertar para dar a cara.

quinta-feira, dezembro 02, 2010

Russie, dix points!

Grunf...

Gosto taaanto deste país!

"Lusíadas" de Anaquim

Este é o nosso triste fado
Do vamos andando e do pobre coitado
Velha canção em que a culpa é do estado
Por ser o espelho do reinado

A história por mais do que uma vez
Foi mais cruel que a de Pedro e Inês
Levou-nos o que tanta falta nos fez
Sem deixar razões ou porquês

Temos fuga ao fisco estradas de alto risco
Temos valiosos costumes e tradições
Que eu não percebo se nos maldizemos
Quais as razões

Temos Chico espertos burlas e protestos
Temos tantos motivos para sorrir
Que eu nem imagino qual será a desculpa
Que vem a seguir

Gosto tanto deste país
Só não entendo o que o faz feliz
Se é rir da miséria de outros quando a vemos
Ou chorar da nossa própria quando a temos

Gosto tanto deste país
Só não entendo quando ele se diz
Senhor do futuro maduro duro mas seguro
E eu juro que ainda não o vi

Os queixumes, sei-os de cor
Endereçados a nosso Senhor
Intercalados com suspiro ou dor
De um bom sofredor

Dentro de momentos seguem-se os lamentos
Não há dinheiro para os medicamentos
Não há dinheiro para tanto sustento
Tão longe vão outros tempos

Gosto tanto deste país
Só não entendo o que o faz feliz
Se é rir da miséria de outros quando a vemos
Ou chorar da nossa própria quando a temos

Gosto tanto deste país
Só não entendo quando ele se diz
Senhor do futuro maduro duro mas seguro
Eu juro que ainda não o vi

Constatação #28

Na guerra de titãs "despertador-estridente" vs. "gata-felpuda-tricolor-na-ronha" quem perde, invariavelmente, sou eu...

quarta-feira, dezembro 01, 2010

Porque nunca nos lembramos o que raio estamos a comemorar...

... hoje é feriado porque já no tempo de "outras senhoras" (não só "aquela" mas todas as que vieram antes) esta maltinha, que já cá andava por este pequeno cantinho da velha Europa, era gente com muito pêlo na venta e nunca gostou que malta de fora se pusesse a c**** sentenças naquilo que é nosso. Ora vai daí, começaram a afinar solenemente com o facto de nos quererem transformar numa espécie de anexo nas traseiras do país do lado que, ainda por cima, só tinha por lá espanhóis. É que já não era a primeira vez...!

Portanto, demos dois murros na mesa, dois pontapés aos Filipes e companhia, e aqui vai disto que o pessoal gosta é de Revoluções que ainda por cima depois dêem em feriados! E eu acho muito bem!

1 de Dezembro de 1640

terça-feira, novembro 30, 2010

A batata, o sovaco, D. Sebastião e eu metida no meio disto tudo!

Já era noite e chovia a potes. O limpa pára-brisas a funcionar só de um lado e o vidro, para além de sofrer do normal embaciamento invernoso, ainda se conseguia revestir de uma película gordurosa qualquer que não sei se onde veio. Conclusão: não via um boi! Mas precisava ir, precisava andar, e lá fui eu, cidade afora, a conduzir como podia. Cada vez que parava num sinal limpava, limpava, limpava, ora com toalhetes, ora com lenços de papel, ora com um paninho, ora com a manga do casaco que o desespero já era grande! E só pensava: meu caro, a nossa relação está mesmo a chegar ao fim da linha...

Nisto, páro no último sinal antes de chegar ao meu destino e ouço uma buzinadela ao lado. Olho e o condutor faz sinal para que abra a janela. Desconfiada, lá me disponho a ouvir o que ele me tem a dizer:

- (com sotaque do Norte) Batata! Cum batata!
- Desculpe??
- Batata! Esfregue cum batata que resolbe!
- Errr... com batata? No vidro??
- Sim, esfregue batata (enquanto gesticulava em círculos) que isso sai tudo! Ou então com um cigarro, tombém dá...

O sinal abriu sem me dar tempo de abusar da simpatia do colega condutor do Norte e perguntar mais umas coisitas sobre os conselhos que me dava: mas... batata cozida? Crua? Frita? Se for frita vou já ali ao MacDonalds e esfrego um pacote no vidro! E essa coisa do cigarro... utiliza-se o fumo, é isso? Ou o cigarro propriamente dito? Deduzo que aceso... mas limpa-se a gordura com a brasa??? Porque isto é importante! É que aplicar a sabedoria popular à optimização da performance de peças automóveis não é para qualquer um, é coisa de profissional e eu precisava saber concretamente o que fazer! Mas pronto, não deu tempo e lá nos despedimos com um "obrigadinho, boa noite para si também!" Continuei e só me vinha à cabeça há quanto tempo aquela alma devia vir atrás de mim a ver-me conduzir toda torta e a atirar-me ao vidro feita louca a cada paragem forçada (ou nem por isso) para sentir necessidade de me aconselhar...

Mas enfim. A noite seguiu, com aromas orientais temperados de... sovac... cof, cof, cof... não, quer dizer... café!... (combinamos que aquele odor seria do café, alguma moagem especial, pronto...) enquanto a conversa boa fluia como sempre. Sissas são sempre sissas...

De novo no carro, as duas marrecas a tentar ver a estrada à nossa frente através dos únicos pedaços de vidro minimamente limpos, mesmo juntinho ao tablier... Mas já éramos duas, a tarefa estava facilitada...

Volto a casa através do nevoeiro (e o que eu gosto de nevoeiro!), tal qual D. Sebastião dos tempos modernos (faltava-me o colarinho em harmónio, é certo...), a piorar a visibilidade mas que se lixe, é bonito que se farta, adoro andar lá pelo meio!... e assim me brinda a meia-noite.

Paralelamente, o Universo a dar tréguas. Pode não parecer, amiga, mas é, acho que é essa a intenção d'Ele.

Paralelamente, a noção estranha que forças ocultas podem mesmo existir. Talvez por serem ocultas nunca lhes dei grande crédito mas sei lá, já não sei nada...

Paralelamente, a vida a correr. Muitas vezes embaciada também.

segunda-feira, novembro 29, 2010

Perfil

Outra vez capaz de devolver bofetadas na cara ou até mesmo de as dar por iniciativa própria... em vez de só levar.

(Este "até mesmo" caiu bem, não caiu? A dar a ideia de que só avanço quando não há outro remédio... suckers!!! ;))

Frase do dia

‎"Dreams are illustrations... from the book your soul is writing about you."
Marsha Norman


A minha alma anda muito ocupada, então... e deve estar a escrever um calhamaço!

Hot!

Quando as meias polares não resolvem o problema de pés congelados, o que é que há a fazer?!? Só me resta enfiá-los numa caldeira!

sábado, novembro 27, 2010

Carta V

Tenho hesitado muito em escrever-te. Tenho hesitado porque estou numa fase em que me falha a capacidade de verbalização... estranho, não é? Logo eu, que tenho sempre algo a dizer e digo... Mas desta vez é diferente. Tenho o que contar, o que explorar, o que dissecar mas... não sei como. E como se escreve sobre algo quando não se sabe como o verbalizar?

As coisas mudaram desde a última carta, como é suposto, como seria de esperar. O tempo foi passando, como é seu hábito, através de mim, comigo ou levando-me, foi passando e eu passei com ele como pude. E fomos mudando os dois, muitas vezes não a par e passo, mas lá fomos seguindo o nosso trajecto. E se o tempo por si só não muda nada, é um precioso auxiliar quando queremos ou temos que mudar e tomamos essa decisão. Tempera, favorece, acolhe a mudança e mima-a, fazendo-a crescer.

Mas, o tempo e eu, levámos-me a um determinado patamar que não consigo definir. Houve escuridão absoluta, fundo de buraco, floresta tenebrosa e densa, e eu lá estava "etiquetada" dessa forma. Mas agora não sei bem onde estou...

Por isso, hesitei em escrever-te. Porque queria dizer qualquer coisa como "agora estou assim e assado e fiz isto e aquilo e penso e sinto desta e daquela maneira" e não um "não sei...". Porque ninguém escreve a ninguém para dizer "não sei".

Mas confio. Confio que não precises das minhas cartas ou da minha verbalização para me entender. Confio até que estejas mais à frente do que eu e já saibas bem o que tudo isto significa. Por isso, e partindo desse pressuposto, aqui vamos então...

Estou a andar e não andando. Talvez seja essa a grande diferença. Estou a andar de cabeça mais direita, de passada mais convicta, estou a andar para a frente. Ainda não sei onde vou mas sei hoje, com toda a certeza, que não quero mais ficar às voltas no meio do buraco e que é fundamental que de lá saia. Às vezes pergunto-me o que achas de tudo isto... será que sentes desilusão? Será que me consideravas mais forte? Será que esperavas o retomar de um caminho mais cedo? Será.. que te desiludi..?

Vou fazendo o que posso, como posso. Há dias difíceis mas já aprendi a aceitá-los e a esperar com mais fé por dias melhores. Mas já há dias em que me revejo como eu sou, partes de mim só minhas que não se deixaram levar pela enxurrada. Acho que hoje voltei a ser mais quem tu conheceste. Mas diferente, apesar de tudo, mas até melhor, gosto eu de pensar. E só uma coisa me entristece nesta melhoria... é o facto de não ta poder mostrar.

A nossa pessoa em comum tem também os seus dias. E os "seus" dias não são fáceis de ir levando... porque, como sabes tão bem, os "seus" dias transbordam de si e escorrem num largo perímetro, molhando quem esteja mais próximo. E eu sou que lá está. Estou a ver o teu sorriso agora, dizendo-me "eu sei, conheço a "peça" há 40 anos, sei muito bem como é!" Estou a ver o teu sorriso e a sorrir contigo.

Nem imaginas a quantidade de vezes que sorrio contigo, nem imaginas. Tudo, qualquer coisinha de nada, me faz pensar no que dirias, farias, pensarias... e quase sempre sei bem o que seria. E sorrio por te conhecer tão bem, sorrio por sentir assim a tua presença como se nada tivesse mudado. Nem imaginas a quantidade de vezes que me esqueço que tudo mudou...

Estou a andar, é o que posso dizer, estou a andar. Peço desculpa pela indefinição mas é o que tenho para dar de momento. Estou a andar e, por incrível que pareça, sinto sempre que, enfiada num buraco, a dar passadas largas ou a recuar, a estancar no espaço e no tempo, seja o que for, tu o fazes comigo. É o meu grande segredo, acho eu. É o meu grande truque, é o meu grande privilégio.

sexta-feira, novembro 26, 2010

"Prostibrutas"

Recebo um email com uma proposta. Digo que "não, obrigado, os valores não me agradam, fica para a próxima". Em menos de 5 minutos, é-me devolvido e já falam a mesma língua que eu... Tão simples como isto. Será a crise? Talvez. As empresas e as pessoas estão-se a vender ao desbarato! Já não vamos "a quem dá mais", já vamos "a quem dá alguma coisinha" porque já é uma sorte ter quem queira alguma coisa connosco. Anda tudo feito barata tonta, aos ziguezagues, para chegar a todo o lado, para apanhar o que resta, para apanhar mais que os outros porque não chega para todos, não havendo qualquer preocupação com o facto de se comprometer a qualidade, a coerência, os valores, a dignidade, a postura. Não interessa nada, o que interessa é chegar ao fim do mês. Entendo, por um lado, mas irrita-me. Irrita-me ver-me no meio da pilha de roupa na feira, de marca falsificada e qualidade duvidosa. Irrita-me que o país SEJA a feira e as pessoas as suas barracas.

quinta-feira, novembro 25, 2010

Ranger, é o que sou, uma power ranger!!

Sou uma "rangedora de dentes", diz ele. E continua: "deve fazê-lo durante a noite, sem dar conta." Ahahah! Não amigo, é durante o dia mesmo! Dá jeito, apertar os maxilares um contra o outro altera a minha fisionomia de forma a que não haja dúvidas sobre o que estou a pensar. Isso em complemento com o olhar "não te estou a achar piadinha nenhuma e daqui a nada sai-me uma daquelas pela boca fora" fazem milagres sem ser preciso cansar-me a dar dois murros na mesa.

-"Pois é, isto vai prejudicá-la com o tempo... desgasta... talvez um molde de borracha para dormir...". (Certo.. e dia, como faço? Molde de borracha de dia?? Havia de ser bonito...)
- Mas ok, então, ó dótôre, diga lá quanto... (money, graveto, pilim, pasta, carcanhol, cappicce?)
- Então... isso é coisa para andar aí à volta de... unsdoisnumerosemuitoszeros euros....
- Ahahahahahahahahah! Caramba, dótôre, você é um piadista de primeira, pá! Olhe que não fazia ideia! Ahahahaah! Que coisa, até estou a chorar de tanto rir! Aaaiiiiii... ok... já acalmei... pare lá de reinar comigo e diga lá a sério...
- ................................................
- Eerrr... ceerrttoo... eerrr... só uma perguntinha... e uma tábua? Não faria o mesmo efeito? É que assim dava para travar a mordedura e, nas horas vagas, dava com ela na cabeça para aprender!!! Hein, o que acha, dótôre?!?!?

quarta-feira, novembro 24, 2010

Num abrir e fechar de olhos

É incrível como certos hábitos se gravam em nós e voltam sem que demos conta. Hábitos de anos mas que foram deixados cair já há algum tempo e que, de repente, surgem do nada e guiam as minhas mãos. Porque naquela gaveta era onde ia buscar "aquilo"... mas "aquilo" já não está lá, eu própria o mudei, já faz tanto tempo também... E o mesmo se aplica às outras gavetas, aquelas que não são físicas, que só funcionam sobre calhas invisíveis, aplicadas aos diversos cantinhos do nosso cérebro. É incrível a nitidez com que determinados pensamentos surgem, pensamentos antigos, distantes, que assumem lugar na minha realidade de agora, à qual já não pertencem, como se nunca se tivessem retirado. É incrível e estranho porque as fracções de segundo que medeiam entre o gesto mental irreflectido e a sua consciencialização mostram-me todo um filme, de lá para cá, à velocidade da luz, com cenas e contra-cenas onde eu me vejo como era e como sou. E é estranho ver como não sou a mesma.

terça-feira, novembro 23, 2010

WTF....!?!

Televisão pifada, vidro do carro rachado, consulta de vet. com análises e mais não sei o quê, nova ração xpto, IMI, certificado energético... não se arranja pr'aí outro subsídiozinho de Natal, não...??

Perfil

De volta aos pequenos entusiasmos...

O tomate e a cenoura

"Elas" sabem do que falo... ;)

segunda-feira, novembro 22, 2010

Os dias em que o mundo dá voltas depressa demais

Não sei, juro que não sei. Avancei porque o meu íntimo dizia que era importante que o fizesse, avancei de alma e coração e vontade de fazer diferença, alguma diferença. Mas não sei. Espero que sim mas não sei. Ponho-me a pensar tão somente: quem és tu? Quem és tu se tu própria não sabes que rota deves seguir? Quem és tu para sugerir caminhos, alternativas, soluções, tentativas? Quem és tu para ter a veleidade de alcançar a verdadeira dimensão das coisas, conseguir prever as suas consequências, conseguir acompanhar o ritmo alucinado da vida que se complica e desmorona? Não sei, juro que não sei. Mas não almejo mais do que tentar.

domingo, novembro 21, 2010

E... é domingo

E o tempo começa, finalmente, a tomar velocidade. Já desliza por mim, em parte, e só eu sei a importância dessa leveza. Continua a emperrar, sim, quando assim tem que ser, mas já não pesa como dantes, já não é um fardo, desliza pelas horas amaciando-as.

E o passeio no parque que tento não dispensar. Vou sentir falta dele quando me for embora, vou sentir falta de me perder na sua amplitude, de me tornar apenas mais uma árvore ou uma folha caída no chão quando lhe ofereço os meus passos. Vou sentir falta do cheiro e da brisa, dos bocadinhos de sol e sombra aqui e ali. Mas ele fica, no mesmo lugar de verde e castanho, cabe a mim a responsabilidade de nos voltarmos a encontrar.

E as pequenas árvores que também pela minha mão encontraram terra para crescer, a energia minha e de outros, tantos outros, que tiveram vontade de sair de suas casas e dedicar-se ao resto do mundo.

E o dia que é de chuva e de sol e eu hesito entre abrir o chapéu ou colocar os óculos escuros. E escolho os dois não me importando com o ridículo da situação porque o dia assim o merece e porque de chapéu bem aberto e óculos escuros por baixo é que se vê bem o arco-íris.

E as outras esferas que roçam o meu perímetro. Umas deixo que se liguem a mim nos seus elos e penetro eu também nelas para me dar a quem as habita. Outras afasto com mão, suavente as empurro, tal qual bolha de sabão, para fora de mim. Porque não são minhas, de todo, não são minhas, em nada se ligam a mim e qualquer intersecção será contra-natura.

E a velhota gorducha com a sua cadela velhota e gorducha... dizem que os cães assumem a personalidade dos donos. Pois, ora cá está. Acho, assim, que não devo ter um cão...

E o tempo que começa a deslizar, a adocicar algumas horas.

E a certeza de que perdi muito, não ganhei outro tanto mas alguma coisa, e que há pedaços que se viram engolidos pela vida onde foram criados e que lá ficaram para sempre. Mas há outros, que julgava perdidos, mas que agora vejo que continuam a pairar à minha volta apenas aguardando a hora de que eu lhes deite a mão e os volte a incorporar em mim.

E a vida que consegue pregar tantas rasteiras e nós que a vivemos vamos ter que ir aprendendo a cair e levantar, a equilibrarmo-nos em cima do muro, a decidir se e quando nos devemos deixar levar por ela ou devemos domá-la para que não nos ultrapasse e não nos afunde, mais e mais, nos seus calabouços.

sábado, novembro 20, 2010

Perfil

Viciada... em vícios vários.

quinta-feira, novembro 18, 2010

Frase do dia

"All changes, even the most longed for, have their melancholy; for what we leave behind us is a part of ourselves; we must die to one's life before we can enter another."
Anatole France

Orando... que também quer dizer "rezando"!

Quem me conhece sabe que eu ODEIO falar em público! Quem me conhece sabe que fico nervosa três dias antes, que perco o apetite, que desenvolvo autênticos enxames no estômago, que tenho pesadelos! Porque imagino sempre que me vou engasgar, tropeçar e cair redonda no chão, perder o raciocínio, bloquear, não saber responder a alguma questão que me coloquem, em suma, passar a vergonha da vida! Eu sou assim...

Agora, vamos imaginar esta situação meramente hipotética: ter que dar formação a três grupos diferentes quase de seguida, sem ter tido grande tempo para me preparar por razões várias e... de garganta inflamada... bom, não é?

Melhor ainda só mesmo... isto não ter nada de hipotético!

quarta-feira, novembro 17, 2010

Constatação #27

O barulho de um comboio a passar ao longe é igual ao bater do coração.

(Talvez por isto gostasses tanto deles, talvez já soubesses e apenas esperasses que eu, um dia, o descobrisse também... )

Rabiscos


segunda-feira, novembro 15, 2010

Mais uma, daquelas...




Bad day, looking for a way home,looking for the great escape.
Gets in his car and drives away,
far from all the things that we are.
Puts on a smile and breathes it in
and breathes it out, he says,
bye bye bye to all of the noise.
Oh, he says, bye bye bye to all of the noise.

Doo doo doo doo doo noo noo
Doo doo doo doo doo noo noo noo noo
Doo doo doo doo doo doo doo
Doo doo doo doo doo doo noo noo noo

Hey child, things are looking down.
That’s okay, you don’t need to win anyways.
Don’t be afraid, just eat up all the gray
and it will fade all away.
Don’t let yourself fall down.

Doo doo doo doo doo noo noo
Doo doo doo doo doo noo noo noo noo
Doo doo doo doo doo doo doo
Doo doo doo doo doo doo noo noo noo

Bad day, looking for the great escape.
He says, bad day, looking for the great escape.
On a bad day, looking for the great escape,
the great escape.

Para onde...?

Amor é...

... adormecer de mão dada com a gata A.

domingo, novembro 14, 2010

É trê cem, é trê cem...!!!

Mais uma edição da FLAG. Troca por troca, "dou-te este casaco e levo o teu vestido". Muito bom! E assim se vê que, no que toca a trapos, estas cinco estão preparadíssimas para enfrentar a crise!

Sem palavras ou com algumas...

Comovente, humano, sincero, com interpretações daquelas que me enchem a alma e uma das cenas mais bonitas que vi na vida, ao som do "Lago dos Cisnes" e sem qualquer diálogo porque simplesmente não era preciso. As lágrimas caíram-me de emoção...

Des Hommes et des Dieux

sábado, novembro 13, 2010

Salta da cama, arruma, corre, recebe, visita, voa...!

Isto de ser uma "porca capitalista" é muito cansativo!

sexta-feira, novembro 12, 2010

Frase do dia

"Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente."
Clarice Lispector

Porque é que não te deixas ficar quieta!?!

Fui analisar a minha conta bancária. Fiquei deprimida. Merda.

Triturando

Cansaço, puro cansaço. Sem me dar conta, adormeci no regresso. Sem me dar conta, a tensão acumulou-se e, ao libertar-se, deixou-me sem forças. Mas a jornada tinha um propósito e esse foi cumprido. Fui e estive como queria estar. Fiz o que achava que devia, senti-me bem ao fazê-lo. E paralelamente, acabei por trazer comigo mais de mim de que não estava à espera.

Trouxe a certeza de que, apesar de tudo, sou uma pessoa bem resolvida. Senti na nuca os olhares e a energia negativa que emanavam e deixei-me estar não deixando que me afectassem. Ali fiquei, no meu espaço, meu por direito, meu porque eu quero, assumi-o sem que qualquer intimidação me tocasse. Fui eu, estive eu e o resto é conversa.

Ouvi um suspiro entre lágrimas que me disse: nunca mais foi o mesmo. E, pela primeira vez na vida, senti empatia com aquele ser que conheci tão pouco... nunca mais fomos os mesmos, pela mesma razão, pela mesma pessoa.

E, por último, aquele quase estranho foi-me sendo apresentado através de outros, através das suas palavras e olhares, através da sua dor. Em poucas horas, passou a ser um quase conhecido. E, em poucas horas, compreendi um pouco mais de quem era afinal e, acima de tudo, vislumbrei o que tu sempre conheceste. Sou mais rica cá dentro por isso.

De resto... bom, o resto aqui continua, sendo amassado e amassado de novo, devagar, devagarinho, ao meu ritmo, caminhando para que se desfaça. Uns dias consegue enublar-me os olhos, outros, é o sol que irradia em mim. E nestes últimos, volto a ser aquela que consegue entusiasmar-se com as pequenas coisas. E isso é bom.

quarta-feira, novembro 10, 2010

Sem remédio

Novamente, a maldade pura a olhar para mim, tal qual dragão chinês que, interrompendo o seu serpenteio, me fixa com os seus olhos enormes.

Pergunto-me: se nem a morte o trava, quem o pode fazer...?

Constatação #26

Uns segundos são o bastante para a vida mudar de forma irreversível.

terça-feira, novembro 09, 2010

Carta preta

Acho que também eu só vou dizer isto uma vez na vida: ainda bem que não estás cá.

Mães...

Mãe: Não percebo, estás agastada comigo porquê??? Essa agora!
Filha: Mas... eu não estou agastada...
Mãe: Estás, estás que eu bem te conheço!
Filha: Mas... mas...
Mãe: Só que também te digo, sou tua mãe desde o dia em que nasceste até ao dia em que uma de nós morrer por isso digo o que tenho a dizer e pronto! Era o que mais me faltava!
Filha: Eu não estou agastada!!!! Pronto, agora já estou...! Mas não estava!
Mãe: Vês?!?!

(Respira, conta até dez, respira... 1... 2... 3...)

Megafones

Estou cansada só de ouvir esta gente!!!

Lá atrás #5

Lembro-me dos cheiros, principalmente dos cheiros. Doces, frutados, intensos. Lembro-me da brisa morna que até se podia julgar fria em comparação com o calor com que fui recebida. Lembro-me dos sorrisos afáveis e compreensivos, da calma e à vontade em que me deixaram, como se fosse normal eu estar ali, como se fosse normal eu estar ali daquela forma. Deixaram-me sossegada, deram-me o meu espaço e o seu para eu utilizar como entendesse. Sem pressões, sem julgamentos, sem pena. Olharam-me de coração aberto e deixaram que eu entrasse quando quisesse. Olharam-me e viram-me para lá da tristeza que inundava os meus olhos, para lá da escuridão que eu emanava, não as desprezando mas conseguindo que elas não ditassem as regras. Não me conheciam e conheceram-me assim. Aceitaram-me assim. Ofereceram-me o que tinham assim. Há pessoas realmente fantásticas.

segunda-feira, novembro 08, 2010

Perfil

Bombeira. E com muito gosto!

Privilégios

Éramos quatro, depois cinco. Cinco almas a gravitar, tão diferentes e, no entanto, tão iguais naquele momento. Em círculo, espalhadas pelo chão e pelos sofás. No meio, o alimento perfeito para os interiores que estão expostos e vulneráveis: chocolate, batata frita, rebuçados, gin, vodka, cigarros.

Houve risos. Houve choro. Houve mãos dadas, carinhos, gargalhadas, estupidez natural e saudável, empatia. Houve histórias más, emoções desenfreadas, corpo a tremer. Houve dores no peito e na alma, houve alívio, tristeza e alegria. Houve amor. As cinco entrelaçadas, cada uma com a sua carga, houve espaço e tempo para cada uma e para todas em conjunto.

É um privilégio, sem dúvida, um enorme privilégio.

A noite seguiu e o carro levou-nos, a gargalhar também, para que seguíssemos o resto das nossas vidas. Houve abraços e sorrisos, mãos quentes à chegada. Houve calma e desespero, noite mal dormida e sonhos, houve o continuar depois de tudo isso. Na mente, as conversas, as palavras, as expressões das cinco almas gravadas na minha memória, o que disseram, o que sentiram, o que calaram. Na minha mente, a certeza de que ainda não acabou para nenhuma, que está só no início para algumas, que para mim ainda há caminho a trilhar. Mas... nós estamos lá, eu sei, nós estamos lá.

Disseram-me antes que é assim "a vida dos adultos". Repetiram "caga nisso" e acrescentaram mais palavras duras e verdadeiras, palavras que tento absorver por mais que me doa, palavras que passo adiante para quem precisa de as receber também.

sexta-feira, novembro 05, 2010

O J.(inho) descrito pela tia...

"Tem pata, mão e perna grande. De resto, é igual a todos os outros bebés. Não são bonitos...!"

:))

Intervalo

Já há algum tempo que ando a tentar escrever. Já há algum tempo que penso e elaboro e tento explicar para mim mesma tudo o que me ocorre, tudo o que me assola e percorre o corpo. Cheguei à conclusão que não sei como fazê-lo. Vejo-me como um corredor de uma casa senhorial, escuro, de madeira, ladeado por milhentas portas, escuras, de madeira. Mas cada uma delas está numa posição diferente. Muitas permanecem fechadas, trancadas e não se vê luz pelas frestas. Completamente opacas, invioláveis, encerrando em si a escuridão. De vez em quando vou lá, bato, ao de leve primeiro, com mais força depois e houve vezes que me arremessei de encontro a elas. Outras vezes metem-me medo e nem me aproximo. Deixo-as ali, escuras, de madeira, fechadas hermeticamente e passo-lhes ao lado. Não penso se um dia se vão abrir ou não, medo e expectativa lado a lado, prefiro deixá-las para trás. Mas há outras, muitas outras. Umas começam a abrir-se e a revelar o seu interior, outras fecham-se lentamente, por si, porque chegou a sua hora. Outras ainda estão a meio, paradas, esperando a minha decisão de escancará-las de vez ou encerrá-las para a eternidade, aquela eternidade que o é enquanto durar. E outras que tais estão abertas de par em par. Já lá entrei e vi o que escondem, já não escondem nada.

Mas... todas as portas são minhas, todas ladeiam o corredor de casa senhorial que eu sou. Mesmo as que encerram o escuro, são minhas, minhas e só minhas, e sou eu que tenho que decidir o que lhes fazer. Todas esperam a minha resolução, a minha definição do seu destino. Mas eu não sei.

Tentei explicar a mim mesma cada uma delas. Mas a multiplicidade de condições, abertas, semi-abertas, fechadas, com interior branco ou roxo, herméticas ou medrosas, de estrutura grossa ou assim assim... ultrapassa-me. Ultrapassam-me. Resta-me sentar no chão de madeira escura e recuperar o fôlego. Resta-me esperar que a respiração normalize, que as ideias assentem, que consiga prioritizá-las. Resta-me descansar um bocadinho para depois me levantar e, a pouco e pouco, dar conta delas outras vez.

quinta-feira, novembro 04, 2010

Piadinha do dia

"O que é que diz o tubarão para a tubaroa?
...
Tubaralhas-me!"

J. (inho)

Hoje vai ser um dia especial... :)

quarta-feira, novembro 03, 2010

Poeiras

Diferentes emoções percorrem o meu corpo. Pára! Assim não consegues perceber nada.

Sonhos "pesadelados", preocupações, nervoso miudinho e, por outros lados, descobertas, pequenas descobertas que me atiram para anos antes, que me fazem sentir tão pequenina, saudades, orgulho, alma cheia, lágrimas como palavras das emoções. Pontadas. Pontadas de algo nas profundezas que tento calar ou, pelo menos, apaziguar mas que, de vez em quando, ainda dá sinal da sua existência. Que seja, já foi pior e sobrevivi. Nada me diz que não consiga continuar com a cabeça erguida. Mas é frustrante, tão frustrante... porque me dou conta que passamos a maior parte do nosso tempo a tentar manter-nos à tona, apenas e só. Demasiado cansados para nadar seja em que sentido, a levar com as ondas "de chapa", a lutar, apenas e só, para não afundar de vez. À volta, só água, e a bússola não diz para onde está a terra. Eu e outros à tona e à deriva...

Pára! Pára. Assim não consegues perceber nada. Pára, deixa assentar.

terça-feira, novembro 02, 2010

Peeping Tom

Anda alguém a espreitar pelo buraco da fechadura... e eu não sei se gosto...

sábado, outubro 30, 2010

Hoje estamos assim...



... enquanto ouvimos Djavan. "Oceano"...

sexta-feira, outubro 29, 2010

(In)decisões

Segunda-feira: "Amanhã visto aquele vestido..."
Terça-feira: "A ver se é amanhã que ponho aquele vestido."
Quarta-feira: "Amanhã tenho que usar aquele vestido, só o usei uma vez."
Quinta-feira: "Caramba! Amanhã é que é! O vestido é de meia estação, tem que ser usado agora!"
Sexta-feira (de manhã, no meio do temporal...): "És tãããooo estúpida...!"

quinta-feira, outubro 28, 2010

Teia

Pois, de facto, o dia ainda vai longo...

E reafirmo, dentro de mim, a importância e indispensabilidade da "rede". A minha "rede". Aquela que estica e encolhe, que se torce e contorce, que muda e varia, mas que está sempre lá e lá esteve quando eu caí e caí e voltei a cair.

Mas eu não sou só "quem cai", sou também um dos seus fios, são também as minhas mãos que se entrelaçam com outras para a formar e para amparar outras quedas.

E sim, vem chegando a altura de reassumir esta minha posição na sua orgânica.

Cai. Se tiveres que cair, cai. A "rede" está aqui. Eu estou aqui.

Interessante...


Azari, azaró!

A TV pifou de vez. Em tempo de crise, realmente, o melhor que nos pode acontecer são despesas inesperadas! "Mais alguma? Mais alguma??? Vejam lá, deuses, não quero que vos falte nada!" C***ões..!

O pé torceu-se sobre si próprio e mandou-me ao chão, em plena estrada. Por sorte, o carro que por ali circulava era só um e vinha devagar... Coxeei para a berma, esperei que os meus tendões enfraquecidos se acalmassem (eles acabam sempre por voltar ao lugar, eu já sei... décadas de experiência acumulada no domínio das torções dos membros inferiores, ah pois é!) e segui caminho. Agora, sinto-os a latejar... bonito!! Sendo que se aproxima um fim de semana grande, não há nada melhor do que ter que ficar de pé estendido!! Olha que bom! Realmente, há pessoas com muita sorte, não há dúvida!

Ah! Mas espera! As notícias comunicam alerta amarelo da metereologia para todo o país! Epá, que espectáculo! Mais vale ficar de "pé ao peito", então!

Grunf... calma, tem calma... não desesperes já. O dia ainda não acabou e este post tem grandes probabilidades de não se ficar por aqui...

"Caga nisso!"

Mais uma experiência. A acrescentar uns pózinhos, a dar que pensar. Muitas palavras soltas ainda circulam por mim sem terem encontrado o seu nexo mas, tudo bem, faz parte. Outras, certeiras, taxativas, com confirmações do que eu já sabia. Tudo bem, também. E ainda outras perspectivas, outras nuances, às quais eu nunca tinha dado corpo. Mas, em jeito de conclusão, um certo alívio, a esperança do fim. Ainda me esperam mais "figuras pretas" mas o pior já passou e sim, existe um fim.

quarta-feira, outubro 27, 2010

Perfil

Perguntas. Respostas?

Google images

Com um texto na mão, a atirar para o jornalístico (porque é também para isso que me "mal" pagam), procuro imagens relacionadas com o IVA. Entre gráficos e moedas, encontro fotografias de uma moça chamada... Iva. 'Tadinha... deve ser triste ter nome de imposto...

Cú-cú!

terça-feira, outubro 26, 2010

Perfil

Às camadas...

E vou dizendo

Mergulhando de novo em certas palavras, palavras que um dia me foram apresentadas, de um autor dos mais nossos. Senti o texto, na altura, hoje releio e sinto-o de novo ainda com mais força. No horizonte, uma experiência, uma tentativa, mais uma tentativa. Mas a curiosidade supera o medo e a expectativa, devidamente travada pelo que de mais "pés na terra" há em mim, pinta-a com o colorido de tudo o que é novo. Vamos ver, digo eu, vamos ver.

A cabeça encosta-se tentando ouvir o bater do coração, tentando sentir calor. E consegue, por uns momentos, uns momentos em que tudo desaparece e ela volta ao ninho de conforto e de segurança de quem está onde está porque é ali que pertence. Mas são momentos, apenas isso. A realidade apresenta-se em toda a sua dureza, sem arredar pé, por mais que tente amaciá-la. Um dia, digo eu, um dia.

E o telefone toca e a tristeza percorre os fios. Do lado de lá, onde também estou, ouço os soluços. Solidão, saudade, saberás o que é? Sei, digo eu, sei muito bem. Mas digo apenas para mim porque agora não interessa nada que saiba, agora só interessa que ouça.

C., E., E., F.... algumas das minhas letras a rodopiar também por este mundo onde os dias parecem ter vontade própria e nos levam na corrente. Porque um dia acordámos e estávamos no meio do remoinho. E agora? Seguimos em frente, digo eu, levantamo-nos e seguimos em frente com a certeza de que muito não depende de nós mas de nós depende a forma como damos as mãos e embarcamos na viagem.

E hoje o sol trouxe também a esperança. E é bom tê-la do meu lado mesmo sabendo que pode ser fugaz. Mas aprendi a acariciá-la quando a tenho comigo esperando que o meu amor por ela vá quebrando as barreiras, vá ganhando a sua confiança, consiga acalmar o seu espírito nervoso e a faça ir ficando, tal qual gato assustadiço, que foge ao mínimo movimento mas que, devagarinho, se deixa ir tocando. Talvez baste não desistir, digo eu, espero que baste não desistir.

segunda-feira, outubro 25, 2010

Maus fígados

Cada vez mais encantada... brindou-me, à chegada, uma reuniãozinha de sector, na qual ninguém abriu a boca como é costume, não porque não sejamos pessoas interessadas mas porque, quando quem orienta a orquestra termina finalmente o seu solo, repetitivo e enfadonho, já a luta com o sono se tornou inglória e o que resta das nossas energias tem que ser usado para a nossa própria sobrevivência enquanto um só pensamento retumba nas nossas mentes: quero-me ir embora daqui!!!

Mas melhor de tudo, melhor de tudo... quando o solo enfadonho também é... como dizer... estúpido! Até se pode pensar que, sendo estúpido, dá vontade de rir e que seria bom. Mas não, não dá. Dá vontade, sim, mas de bater forte e feio, como se não houvesse amanhã! E isso faz muito mal aos nervos, não aconselho. Enfim, depois da saída brilhante que foi dizer a um colega "não quero que penses que és a ovelha negra do grupo" quando o moço é mulato, a pedra de toque foi mesmo chamar o meu nome e o da minha colega do lado, quando falávamos uma com a outra... olhámos, tentámos perceber o que nos queria, talvez perguntar alguma coisa, pedir a nossa intervenção... e, não tendo acontecido nada, lá percebemos. Não, não queria coisa nenhuma de útil e relevante. Mas, tal e qual professor da primária, resolveu "puxar-nos" as orelhas, à frente dos outros meninos, por não estarmos a prestar atenção ao que ele estava a dizer! Só isto! Simplesmente isto!

Epá, estou que nem posso..! Nada melhor para começar uma semana de trabalho, depois de uns santos dias ausente, do que ser tratada como uma atrasada mental! É realmente um gosto sem tamanho!

Sou uma "sabona"

Fiquei a saber que os blogs estão fora de moda. Fiquei a saber que apenas uma muito pequena percentagem de navegantes produz alguma coisa para a net. Fiquei a saber, portanto, que faço parte de uma elite desactualizada mas trabalhadeira. Fiquei a saber que isto me está de tal maneira entranhado na massa óssea que hoje voltei, após uma semana de ausência, e é como se não tivesse levantado o rabo desta cadeira. Fiquei a saber que ainda me conseguem surpreender, no mau sentido. Fiquei a saber que há passos que dou em certas calçadas que ainda me doiem. Fiquei a saber que nada sei e que preciso, urgentemente, que alguém me dê uma explicação razoável para o facto de eu e o meu mundo, eu e as "minhas pessoas" andarmos actualmente pela vida mas de pernas para o ar (2012, não é C.? 2012...). Fiquei a saber que este local me regula o trânsito intestinal. Qual bifidius activus, qual fibra, qual quê, a solução é voltar ao trabalho! Fiquei a saber que, nos últimos tempos, só me apetece dizer: "olhe, fale para aí, eu pago a hora à mesma, mas eu fico aqui estendida nas almofadas a descansar, ok?". Fiquei a saber que a minha rede estica, encolhe, muda de lugar, molda-se às circunstâncias mas nunca rompe. Fiquei a saber que sofro de ausências, ausências várias, ausências físicas, anímicas, de batimentos cardíacos e palavras, de sopros e de risos, de mim.

"I could really use a wish right now "




Can we pretend that airplanes
In the night sky
Are like shooting stars
I could really use a wish right now (wish right now, wish right now)
Can we pretend that airplanes
In the night sky
Are like shooting stars
I could really use a wish right now (wish right now, wish right now)

Yeah
I could use a dream or a genie or a wish
To go back to a place much simpler than this
Cause after all the partyin' and smashin' and crashin'
And all the glitz and the glam and the fashion
And all the pandemonium and all the madness
There comes a time where you fade to the blackness
And when you're staring at that phone in your lap
And you hoping but them people never call you back
But that's just how the story unfolds
You get another hand soon after you fold
And when your plans unravel
And they sayin' what would you wish for
If you had one chance
So airplane airplane sorry I'm late
I'm on my way so don't close that gate
If I don't make that then I'll switch my flight
And I'll be right back at it by the end of the night

Can we pretend that airplanes
In the night sky
Are like shooting stars
I could really use a wish right now (wish right now, wish right now)
Can we pretend that airplanes
In the night sky
Are like shooting stars
I could really use a wish right now (wish right now, wish right now)

Somebody take me back to the days
Before this was a job, before I got paid
Before it ever mattered what I had in my bank
Yeah back when I was tryin' to get into the subway
And back when I was rappin' for the hell of it
But now a days we rappin' to stay relevant
I'm guessin that if we can make some wishes outta airplanes
Then maybe yo maybe I'll go back to the days
Before the politics that we call the rap game
And back when ain't nobody listened to my mix tape
And back before I tried to cover up my slang
But this is for the Cada, what's up Bobby Ray
So can I get a wish to end the politics
And get back to the music that started this sh-t
So here I stand and then again I say
I'm hopin' we can make some wishes outta airplanes

Can we pretend that airplanes
In the night sky
Are like shooting stars
I could really use a wish right now (wish right now, wish right now)
Can we pretend that airplanes
In the night sky
Are like shooting stars
I could really use a wish right now (wish right now, wish right now)

quinta-feira, outubro 21, 2010

terça-feira, outubro 19, 2010

Sobre a implantação da República

Mas podia ser sobre qualquer coisa...

"É terrível a ideia. Pode matar mas não morre quando aparece justa e boa aos olhos dos homens."
(Desc.)

De volta à "escola"

E estou a gostar...!

segunda-feira, outubro 18, 2010

Nããããã... não me convencem, "aquilo" não é dela...!

Frase do dia

"O cérebro é como um pára-quedas, só funciona quando está aberto."
(Desc.)

sexta-feira, outubro 15, 2010

Desabafo para não desatar aos gritos com alguém (ou "alguéns")!

Thank Gods it's Friday!

(não, não me enganei, é mesmo God no plural que em tempos de crise é melhor apelar em todos os sentidos!)

quinta-feira, outubro 14, 2010

O EU não sabe nadar, iôôôô...!

Habituada a andar no fio da navalha, a desafiar o destino, a conviver de mão dada com o risco, lá fui eu dar umas voltas que precisava. Como sempre, na minha mente ressoava: "ah, isto ainda aguenta mais um bocadinho", "ponho a caminho de lá", "não, espero para ir áquela bomba nova e trato do assunto". Eis senão quando o meu EU (o carro, não o outro) se começa a engasgar, a engasgar, ainda pensei que por causa destas mudanças de temperatura, que este tempo não faz bem a ninguém, ora chove ora faz sol, mas não... estava com a garganta seca e não tinha mais onde ir beber. Mais um ou dois engasganços e toma a derradeira decisão de não andar mais. E eu estava onde?? Em Chelas...

"Ok, T., pensa de ti para contigo o que é que vais fazer." Ainda tento um ou dois telefonemas mas ninguém me atende. O que faço, o que não faço, não posso deixar o carro aqui enquanto vou algures buscar gasolina porque embora esteja encostado à berma, há carros estacionados que não saiem portanto vamos lá embora mas é tentar empurrar isto para cima do passeio para não incomodar ninguém. Destrava, ponto morto, abre o vidro e, com uma mão no volante e outra na janela, começa ela a empurrar. Pois... mas o carro é mais pesado do que eu pensava e, ainda por cima, está num piso ligeiramente inclinado para o sentido contrário ao que eu pretendo seguir! Conclusão, empurra, ruge, bufa e nada. O dito, quanto muito, anda ainda mais para trás.

"Ok, T., tu pensa, mulher, que és uma rapariga desempoeirada e desenrascada, uma mulher moderna que sabe resolver os seus problemas, vamos lá a raciocinar e a ver o que se pode fazer.". Nisto, olho em volta e vejo uma oficina de pneus ali perto. Nem mais! Certamente que existe por lá um par de mecânicos fortalhaços que, num abrir e fechar de olhos, me tiram esta gaita do caminho. Ali vai ela, entra, tudo em silêncio, ninguém a trabalhar. Espera, tosse, diz "boa tarde", e lá do fundo aparece um mecânico... pequeno... franzino... a passar dos 60... Ooookkkk... mas lá teve que ser...

- Boa tarde, peço imensa desculpa mas preciso de uma ajuda... fiquei sem gasolina, tenho o carro ali a empatar, será que por aqui não haverá alguém que me possa ajudar a deslocá-lo?

Simpático, afável, o senhor ofereceu-se quase imediato. Ainda olhou em volta, a ver se algum colega imaginário se materializava mas não, não teve sorte. E assim nos dirigimos à viatura. Primeiro tentámos para a frente mas era perigoso, estávamos a seguir a uma curva, e o carro é pesado (também para ele, oh, que espanto!) e tinhamos que nos atravessar na estrada, "não, assim não dá". Depois ele decidiu que iriamos para trás e que ele empurrava sozinho (assim também eu, era a descer!) e que ficasse eu ao volante. Manobra e mais manobra e lá enfiei o EU (o carro, não o outro) na garagem do homem (salvo seja!). Eu suava... ele também... aliás, acho até que ele estava quase a desfalecer...

- Muito obrigado pela sua ajuda, peço imensa desculpa mais uma vez, agradeço imenso, vou então à bomba mais próxima buscar gasolina.
- E tem recipiente?
- Eerr... então mas eles não vendem garrafões lá?
- Não! Tem que levar, depois eles enchem! Deixe, que tenho aqui um.
- Muito obrigado, muito obrigado...

E lá fui eu, de garrafão de 5 litros, marca BP, Chelas afora. " Ó T. mas, que mal te pergunte, o que estavas a fazer em Chelas? Não me digas que foste buscar droga?". Não, não fui... mas, assim como assim, mais valia! Ia Chelas afora, com o garrafão de 5 litros e, eventualmente, acompanhada por um qualquer elefante voador, com a cabeleira do Slash, a cantar Madredeus! Era bom. Mas não, desgraçadamente lúcida era como eu estava.

Chegada à bomba, dirijo-me a um funcionário. "Mas sabe, eu estou de folga, só vim aqui por acaso, vá ter ali com o meu colega". E fui. O colega falava ao telemóvel (não é proibido nas bombas de gasolina???), esperei, esperei mais um bocadinho, até que ouço:

- Deixe cá ver isso, que eu trato (voltou atrás o tal que estava ali por acaso).
- (e eu simpaticamente, porque eu consigo ser simpática quando quero) Não, deixe estar, eu espero. Então o senhor está de folga e eu aqui a dar-lhe trabalho..!
- Não custa nada! A senhora está pior que eu de certeza! (pois... devo estar... não estou drogada!)
Então, mas faltou-lhe a gasolina, foi...? ("calma, acalma-te T., ignora o tom paternalista, faz favor, é uma questão de necessidade, finge que ele não fez o sorrisinho "mulher ao volante...". Sorri!)
- (sorrindo) Pois, veja lá, acontece aos melhores! ("não podias estar calada, pois não???")
- Mas olhe, tem que arranjar uma garrafa de água e fazer-lhe um corte para servir de funil senão não consegue verter bem a gasolina lá para dentro.
- Eerrr... certo, não se preocupe, o carro está ali numa oficina, eles devem ter qualquer coisa do género. Obrigado!

E aqui vou eu de novo, desta vez com o garrafão a pesar e o sol a fazer-se sentir um bocadinho mais. Chego, o mecânico amável aparece e diz: "Huuummm.. temos que ver se arranjamos aqui uma garrafa de água e fazer-lhe um corte para servir de funil senão não consegue verter bem a gasolina lá para dentro" (Caramba! O consenso absoluto no que diz respeito ao "desenrasca" no mundo da reparação automóvel! Estou impressionada!). Mas, por acaso, até encontrou um funil mesmo funil e "para a menina não se sujar" tratou ele de meter mãos à obra. O funil/funil não devia ter muito uso e por isso o tempo já se tinha encarregado de lhe fazer um golpes na borracha, de maneira que uma parte da gasolinha (e dos 5 euros e tal e das energias que gastei a fazer caminho para lá e para cá!) vertiam para o chão...

Mas pronto, lá bebeu o que havia, lá se pôs a andar até à bomba, "já agora, sendo que ainda estou em Chelas, é melhor não arriscar", lá decidi que merecia um chocolate por toda aquela provação. E, enquanto comia, esforçava-me para pensar nos aspectos positivos do episódio em causa:

- Nunca tinha ficado sem gasolina em andamento. Mais uma coisa que posso acrescentar à lista dos been there, done that! Experiência de vida adquirida, portanto.
- Nunca tinha tentado empurrar o meu carro sozinha. Verifiquei assim, na prática, o que sempre pensei: não fui feita para certas coisas, pague-se a quem as faça!
- Nunca tinha tido o privilégio de penetrar tão profundamente no mundo da reparação automóvel. Fiquei a saber que os mecânicos, no geral, são tipos dados à bricolage, verdadeiros mestres do corte e costura, o que revela uma certa sensibilidade para as artes por mim desconhecida. E que 1 garrafa de plástico + 1 corte = 1 funil.
- Sempre achei que a gasolina era castanha ou amarelada nunca tendo, de facto, olhado bem para a dita. Mas não é, é roxa, ou pelo menos a minha era, o que me fez perceber que combustível pode ser algo altamente fashion.
- Tudo isto aconteceu numa hora de almoço... e por isso ainda tinha uma tarde e noite inteirinhas para me acontecer mais alguma coisa tão espectacular como esta!

Há raparigas cheias de sorte...

"Tia T.(inha), vou-me deitar sentado, está bem?"

Sim, sim, por enquanto ainda me "deito sentada", eu também. Mas há-de haver um dia em que me vou estar a borrifar e aí, deito-me mas é ao comprido!

Cognome

Hoje chamaram-me "pestinha sitter". Gostei.

(havendo Cerelac ou Nestum Mel à mão, aguento o canal Panda as horas que for preciso!)

quarta-feira, outubro 13, 2010

Frase do dia



Mas hoje não me fico só pela frase.

Numa fase adiantada do "processo" ou "caminho", ou o termo que a cada um soar melhor, consigo hoje olhar para mim e reconhecer, com mais nitidez, as tranformações pelas quais tenho passado. Vejo o que perdi, o que ganhei, o que se transformou completamente ou só um bocadinho, o que se manteve exactamente igual. E o que tudo me trouxe e a forma como me ajuda a compôr quem sou agora. Apesar de saber que o "eu" de hoje ainda não está totalmente formado, que é prematuro escrever o meu rótulo e arrumar-me na prateleira das pessoas assim ou assado, lá vou eu desembarançando os fios coloridos, e conseguindo, com um ou outro, chegar à pontinha de lã e travá-la, agarrar no novelo e senti-lo como ele é na minha mão.

E esta "Frase do dia" é um dos meus novelos terminados. E tenho orgulho nele.

Durante muito tempo, coração e cabeça não se entendiam. Rumavam em sentidos opostos, cada um puxando para seu lado, obrigando-me a usar de todas as minhas forças para me conseguir equilibrar. Durante muito tempo, coração e cabeça gritavam alto palavras de ordem díspares. Durante muito tempo, cabeça e coração puxavam a brasa, cada um à sua sardinha. Mas, durante esse tempo, e por mais que de vez em quando cedesse mais a um lado ou a outro, consegui ter consciência que eu, este "eu" de hoje como o "eu" de ontem, iria dar passos, sim, mas apenas e só quando cabeça e coração parassem de gritar e se entendessem, sem que um se sobrepusesse ao outro.

Foi difícil, muito difícil, e houve alturas em que perdi a esperança de que alguma vez conseguisse equilibrar os pratos da balança. Porque é fácil assumir um das duas posturas e pronto, agir só desta forma ou só da outra. É mais fácil porque nos dá um rumo, porque é dos livros o que faz alguém maioritariamente emocional ou, pelo contrário, racional. Porque é sempre mais fácil escolher um extremo e seguir a sua cartilha. Porque é sempre mais fácil seguir percursos já traçados e mapeados.

Mas eu não era assim. E continuo a não ser. Tenho que sentir. E este "sentir" meu vai muito para além das emoções. Mistura sentimentos, sensações, intuição, racionalidade, conhecimento interior, certezas ou, pelo menos, lógicas, mesmo que só minhas, mas que existam cá dentro, intrinsecamente, entranhadamente. Esta sou eu. E os passos que dou têm que ser impregnados de mim. E os passos que dou têm que ser dados quando for hora, a minha hora.

Ao longo do "processo" sofri pressões, influências várias, de quem me ama e quer ajudar, de quem acha que sabe como isto se faz, das circunstâncias, dos dias maus e dos dias bons, da chuva e do vento, do sol e da lua, das cartilhas variadas que todos parecem ter na ponta da língua. Mas não cedi. Esperei e desesperei. Esperei e desesperei. Acordei sem ânimo, chorei, pensei, falei e falei, ouvi e absorvi o que para mim fazia sentido, esmiuçei, tive medo. Esperei.

Hoje ainda espero porque ainda há muitas pontas de lã soltas. Mas tenho orgulho nos meus novelos terminados e arrendondados nas minhas mãos. Porque têm a forma que eu quero, porque foram feitos à minha maneira tendo-me a mim, ao meu coração e à minha cabeça, em conjunto - e caminhando num mesmo sentido e gritando as mesmas palavras - como molde. Porque os "sinto". Porque sou eu.

Porque é daquelas que, de repente, faz todo o sentido

Somewhere only we know
Keane
I walked across an empty land
I knew the pathway like the back of my hand
I felt the earth beneath my feet
Sat by the river and it made me complete

Oh simple thing, where have you gone?
I'm getting old and I need something to rely on
So tell me when you're gonna let me in
I'm getting tired and I need somewhere to begin

I came across a fallen tree
I felt the branches of it looking at me
Is this the place we used to love?
Is this the place that I've been dreaming of?

Oh simple thing, where have you gone?
I'm getting old and I need something to rely on
So tell me when you're gonna let me
I getting tired and I need somewhere to begin

And if you have a minute, why don't we go
Talk about it somewhere only we know?
This could be the end of everything
So why don't we go somewhere only we know?
Somewhere only we know

Oh simple thing, where have you gone?
I'm getting old and I need something to rely on
So tell me when you're gonna let me in
I'm getting tired and I need somewhere to begin

And if you have a minute, why don't we go
Talk about it somewhere only we know?
This could be the end of everything
So why don't we go? So why don't we go?
Oh, this could be the end of everything
So why don't we go somewhere only we know?
Somewhere only we know
Somewhere only we know

Há coisas que me transcendem!

E o dicionário do meu telemóvel não reconhecer uma palavra tão pertinente nos dias de hoje como "trampa", é uma delas.

terça-feira, outubro 12, 2010

Hoje é dia!

Muitas coisas para dizer mas vou deixar para amanhã.

Porque hoje é dia de C.! (Sim, começou ontem, eu sei, mas ontem eu não pude participar.).

É dia de avanços, de energias positivas, de justiça divina, ou o que queiram chamar ao que vem lá de cima e compõem as coisas, de portas a fechar, de engrenagens a desemperrar, de sorrisos e olhos brilhantes.

E hoje, como é dia de C., também é dia de T.! IIuuuupppiii!

domingo, outubro 10, 2010

Perfeita...

Patrick Watson

There is a house built out of stone
Wooden floors, walls and window sills...
Tables and chairs worn by all of the dust...
This is a place where I don't feel alone
This is a place where I feel at home...

Cause, I built a home
for you
for me

Until it disappeared
from me
from you

And now, it's time to leave and turn to dust...

Out in the garden where we planted the seeds
There is a tree as old as me
Branches were sewn by the color of green
Ground had arose and passed it's knees

By the cracks of the skin I climbed to the top
I climbed the tree to see the world
When the gusts came around to blow me down
I held on as tightly as you held onto me
I held on as tightly as you held onto me...

Cause, I built a home
for you
for me

Until it disappeared
from me
from you

And now, it's time to leave and turn to dust...

sábado, outubro 09, 2010

Coffee shop e banquinho à beira rio

Estou em dúvida sobre o que dá mais vontade de rir: fumar erva ou assistir à E. a tentar fumar erva..!

sexta-feira, outubro 08, 2010

Neeeeeee!!!

Era capaz de viver aqui, sem dúvida nenhuma... Mas como tudo acaba, aqui vou eu daqui a nada aterrar na minha rua outra vez. Mas antes, ainda tempo para respirar profundamente o ar dos canais e das ruas e das casas tortas e das panquecas e waffles para ver se os consigo levar comigo, nem que seja só um bocadinho.

Tal como quando acabo de ler um bom livro, sinto-me mais rica...

quarta-feira, outubro 06, 2010

Dam, dam, dam... beautifull Dam!

Sim, a droga funcionou... e se os deuses assim o quiserem, vai continuar a funcionar... ;)

segunda-feira, outubro 04, 2010

Quadradinhos


Frase do dia

"Sometimes becoming great is simply resisting the urge to walk away."
Ben Arment

Fora de mim

Dá um aperto no coração que entristece os olhos. Tento animar a voz, falar de coisas que sei que gosta, tento... e fico sempre com a sensação que podia fazer mais. Mas não posso, não achas? O que achas? Diz-me.

Tento não me deixar sugar pela tristeza, tento ficar acima dela para que não a alimente ainda mais. Tento desviar o olhar e o pensamento, os seus e os meus. Tento manter a cabeça erguida, segurar as lágrimas na esperança que a aparente indiferença funcione como calmante para os ânimos. Lembro-me que fazias exactamente a mesma coisa. Mas é diferente, não é? Agora é diferente. Porque hoje sou a única, a que resta, a única que existe. É com as minhas mãos que conta, de mais ninguém, é delas que espera segurança e apoio. É nelas que quer descansar às vezes. Mas, às vezes, eu não posso dá-las dessa forma. Às vezes, não posso responder a resposta que quer ouvir porque acredito que, por mais lhe assim lhe pareça, não é essa a solução, apenas contribui para o remedeio.

Pergunto-te muitas vezes: estou a fazer bem? O que achas? Entendes-me?

E confio daquela forma cega e irracional de quem sente mas não vê. Confio que me vês e que também eu conto com as tuas mãos para me guiar.

Too much, ou em português, tomates...

O sr. agente imobiliário entrou. Simpático, prazenteiro, todo sorrisos. O gato B. gostou deste também e por isso fez questão de o receber da melhor forma: roçou-se nas suas pernas, cheirou os sapatos e as calças, quis agarrar a caneta com que ele escrevia, explorou o conteúdo da sua pasta de documentos... e eu, sempre, pedindo desculpas "ele é muito sociável, demais até...", pegando nele, tentando afastá-lo dali enquanto ouvia "não faz mal... errrr... está tudo bem... errr...".

A conversa continuou, o homem falou que se desunhou, o gato B. cheirou-o de alto a baixo, eu dobrei-me mais não sei quantas vezes para o pôr na ordem. Até que, preparando-me para o afastar pela milésima vez, algo me trava... O sr. agente imobiliário, mais à vontadinha, está na ponta de sofá de pernas abertas. O gato B., aproveitando a abertura, eleva-se e enfia o focinho nos... nas... na relíquia do senhor! e lá fica, a registar os odores.

Várias possibilidades tortuosas se me atravessaram a mente naquele momento, enquanto o fulano continuava a falar e eu só via os lábios a mexer: e se eu me tivesse baixado para tirar o bicho? Dava por mim a roçar a testa em ditos alheios! (Será que conseguia vender a casa mais rápido assim...? Hhuumm...). E se o gato B. tem algum antepassado espanhol e não tarda se põe a dar com a pata para perceber melhor com que está a lidar?? Ou decide fazer daquilo trampolim para saltar para o colo? Ou... resolve afiar as unhas????

Ok, pára, sorri, finge que estás a ouvir tudo o que ele está a dizer e que não se passa rigoramente nada abaixo da tua linha de visão, respira fundo... não há-de ser nada...

(Mãe sofre...)

domingo, outubro 03, 2010

sexta-feira, outubro 01, 2010

Redondos

Hoje tive que escrever o dia assim: 20101001.

Giro...

quinta-feira, setembro 30, 2010

E, no outro dia, foi assim...


Frase do dia

"What consumes your thoughts, controls your life!"
(Desc.)

Porque me inspira...

Put Your Records On
Corinne Bailey Rae

Three little birds, sat on my window.
And they told me I don't need to worry.
Summer came like cinnamon
So sweet,
Little girls double-dutch on the concrete.

Maybe sometimes, we've got it wrong, but it's alright
The more things seem to change, the more they stay the same
Oh, don't you hesitate.

Girl, put your records on, tell me your favourite song
You go ahead, let your hair down
Sapphire and faded jeans, I hope you get your dreams,
Just go ahead, let your hair down.

You're gonna find yourself somewhere, somehow.

Blue as the sky, sunburnt and lonely,
Sipping tea in the bar by the roadside,
(just relax, just relax)
Don't you let those other boys fool you,
Got to love that afro hair do.

Maybe sometimes, we feel afraid, but it's alright
The more you stay the same, the more they seem to change.
Don't you think it's strange?

Girl, put your records on, tell me your favourite song
You go ahead, let your hair down
Sapphire and faded jeans, I hope you get your dreams,
Just go ahead, let your hair down.

You're gonna find yourself somewhere, somehow.

'Twas more than I could take, pity for pity's sake
Some nights kept me awake, I thought that I was stronger
When you gonna realise, that you don't even have to try any longer?
Do what you want to.

Girl, put your records on, tell me your favourite song
You go ahead, let your hair down
Sapphire and faded jeans, I hope you get your dreams,
Just go ahead, let your hair down.

Girl, put your records on, tell me your favourite song
You go ahead, let your hair down
Sapphire and faded jeans, I hope you get your dreams,
Just go ahead, let your hair down.

Oh, you're gonna find yourself somewhere, somehow