quarta-feira, dezembro 31, 2008

5, 4, 3, 2, 1...

Nunca faço resoluções de Ano Novo. Já cresci o suficiente para saber que não vou conseguir cumprir nem metade por isso evito a inevitável sensação de fracasso simplesmente não prometendo nada logo à partida. Desejos, esses tenho e peço. Lá me esforço por comer as doze passas e peço o que me vem à cabeça (se bem que nunca as consigo comer ao ritmo das doze badaladas sem me engasgar e acho sempre que sou a única e por isso disfarço o mais possível embora me seja difícil beijocar a malta e desejar um feliz ano novo enquanto, simultaneamente, me concentro para que nenhuma siga para as vias respiratórias ou então, em relação áquelas que vão pelo caminho certo, que não o façam sem o respectivo desejo em anexo. Ufa! É complicado e exige anos de treino...). Mas raras vezes aconteceu ter doze desejos diferentes por isso nos últimos cinco acabo por repetir um ou outro do início da lista, normalmente aqueles que me parecem precisar de reforço, tipo paz e amor no mundo, ou coisa que o valha.

Este ano não vai ser diferente. Independentemente de onde e com quem estiver, lá me vou munir dos frutinhos minutos antes, lá vou passar em revista a lista de desejos mentalmente e lá vou, outra vez, desejar coisas que não dependem de mim e que tanto se podem realizar como não. Fica a intenção que já não é nada mau!

Feliz 2009!

"Achas muito decotado?" "Não..! Ali à volta do Técnico até está na moda..."

Existe melhor forma de gastar os últimos dias do ano do que a fazer compras com duas amigas? Existe, certamente, mas esta também é muito boa. Dei por mim com quilos de roupa nas mãos a dirigir-me ao provador porque há quem tenha paciência para "fuçar" e descobrir coisas interessantes nas pilhas de artigos que se vão amontoando nas lojas em época de promoções. Eu não tenho por isso dá sempre jeito estar acompanhada de experts na matéria. E com isto lá fomos as três experimentar metade da loja... 

Podem chamar-lhe "coisa de gajas", "futilidade", "falta do que fazer" mas, de vez em quando, é coisa para fazer um bem tremendo à alma! Vestir, despir, trocar, gozar, rir, opinar. É o "espírito dos provadores", só percebe quem o partilha e o que lá se passa dentro fica connosco...

terça-feira, dezembro 23, 2008

segunda-feira, dezembro 22, 2008

Mais melhor bom

Sabem aquelas pessoas que têm necessidade, diga-se o que se disser, de ficar por cima (salvo seja...)? Aquelas para quem tudo é competição nem que seja o tamanho do filete de pescada que lhe calhou ao almoço ou a rapidez com que o seu cabelo cresce!? Com ela é tudo mais rápido, melhor, maior. Ou então, pior e menor se o assunto puxar para a vitimização.

Hoje o tema era sair mais cedo... eu comentei que vou aproveitar, já que tenho horas a mais e tal. Resposta: "Horas a mais?! E eu, nem queiras saber! É um disparate! Ai, hoje saio mais cedo e até mais cedo que tu porque as minhas horas dão para isso e muito mais! Que isto é trabalho e mais trabalho e eu já não aguento! É que tenho imensa coisa para fazer e imensas prendas para comprar e vou ter imensa gente lá em casa!"


O que será que ela faz se eu apostar que chego mais rápido à rua atirando-me aqui da janela?? Será que se adianta? Era fixe de ver...

Maior bolo-rei do mundo é português!


diario.iol.pt

Pois claro que é! Comida e recordes do Guiness são connosco!

O docinho tinha 2 500 quilos e as receitas da sua venda reverteram a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC).

É muito "tuga", é sim senhor, mas faz a malta feliz e é por uma boa causa, por isso venha ele!

É num porto... italiaaannnooo...!

Quando é que começámos a perder a piada? Quando é que começámos a levar demasiado a sério o nosso novo papel de adultos e a deixar de brincar? O que se passa com toda a gente? A vida consegue ser uma chatice, eu sei, mas é-o de tal ordem que se entranha nas pessoas que a vivem e as transforma em chatas também?

Pois salve aleluia!! pelo "Noite Feliz, Noite de Paz" com que se recebia quem ia chegando, cantado aos altos berros, abusando dos agudos e fazendo toda a gente rir; graças aos céus! pelas fantasias de árvore de Natal que, embora muitas não tinham primado pela originalidade, fizeram com que 13 adultos se dessem ao trabalho de pensar, magicar e correr lojas de chineses à procura das fitas e bolas mais pirosas que conseguissem arranjar; graças a todos os deuses! pela memória excelente de alguns que não se coibiram de infernizar a vida dos restantes cantando a música do Marco, aquele que ia à procura da mãe, ou das Mystérieuses Cités d’Or (em francês!!); que os deuses sejam louvados! pelo branco espumoso que por lá andava e pelos coscurões da D. Fernanda e o pastelão de nata da Tia Lurdes.

Conclusão: ainda consigo ser do mais parvo que há mas continuo a não estar sozinha! Salve! Aleluia!

sexta-feira, dezembro 19, 2008

Uma vez um amigo contou-me...

Era uma vez uma família composta por pai, mãe, filho e avô. Era uma família normal, como tantas outras, mas as horas das refeições, ultimamente, eram recheadas de confusão. Tudo porque o avô, trémulo, confuso e frágil, muitas vezes derrubava o copo ou deixava cair o prato, que se partia, espalhando comida pelo chão. O pai, filho deste, desesperava: Já viu o fez?! Ficou tudo sujo! É todos os dias a mesma coisa, louça partida, comida desperdiçada, chão sujo!

Farto desta situação, o pai resolveu tomar medidas e, pondo mãos à obra, decidiu fazer uma malga de madeira para o avô comer. Ao menos não se partia se caísse. Adicionalmente, estabeleceu que o velho deveria fazer as suas refeições sentado nuns degraus que davam da cozinha para o páteo traseiro. Assim, se a comida caísse, seria mais fácil de limpar. E assim passou a ser: o avó nos degraus e a restante família à mesa.

Um dia, o pai vê o filho entretido a fazer algo que o intrigou. E pergunta:
- O que estás a fazer?
- Estou a fazer uma malga de madeira.
- Mas, para quê?
- Para ti. Para quando tiveres a idade do avô.

A partir desse dia, o avô voltou a ocupar o seu lugar à mesa, com a sua família.


A história é mais ou menos assim e é de José Saramago.
A lição é para quem a quiser aprender.

terça-feira, dezembro 16, 2008

O caso dos sapatos voadores


Yahoo News

A notícia já é conhecida em todo o mundo: um jornalista iraquiano, durante uma conferência de imprensa com o Bush, resolveu manifestar a sua fúria contra o dito atirando-lhe, não com um, mas com os seus dois sapatos, enquanto dizia "Isto é um beijo de despedida, seu cão. É pelas viúvas, órfãos e todos aqueles que mataste no Iraque." Valeu a rapidez de reflexos do presidente norte-americano que, por uma unha negra!, não ficou com a marca dos sapatos na cara!

Por todo o mundo, as reacções não se fizeram esperar. Destaco aqui duas, segundo o Expresso e o DN :

- O jornalista foi agredido pelos serviços de segurança do Iraque que lhe partiram um braço e costelas;

- A New TV (NTV), um canal de televisão libanês, conhecido pelas suas posições contra os Estados Unidos, ofereceu um emprego ao jornalista durante o noticiário televisivo, segunda-feira à noite.


A mim, confesso, fez sorrir...

segunda-feira, dezembro 15, 2008

Crise? Qual crise?

A avaliar pela fila de carros que se formava ainda na 2ª circular para o Colombo, eu diria que nos andaram a enganar. A crise afinal é só na Islândia! 'Taditos...

sexta-feira, dezembro 05, 2008

"Pode passar pra lavar, faz favor"

A relação que tenho com a minha cabeleireira dura já há alguns anos. Era a cabeleireira da minha mãe e um dia eu precisei de alguém que me desse conta, com jeito, da realíssima trunfa que me caía pelas costas. Era adolescente, queria contrariar a minha progenitora que nunca gostou de cabelos compridos e que nunca se coibiu, apesar dos meus lamentos, de fazer de conta que não me ouvia e pedir para cortar como bem lhe apetecia. A desculpa era sempre a mesma: "é para fortalecer". Um belo dia, já senhora do meu nariz, disse "não! basta!" e decidi não o cortar por um bom tempo. Resultado: comecei a ser abordada na rua para integrar bandas de heavy metal... ok, não foi bem assim mas podia ter sido porque o dito já metia respeito. Só que, claro, tudo tem um fim e vai daí, após 2 anos de teima, lá me decidi a dar-lhe um jeito.

E é aqui que entra a P., moça na casa dos 30 na altura, toda despachada e moderna. Desde então, e sendo que ela até atinou com um corte decente para a moldura da cara "meia-encaracolada-meia-lisa-tem-dias-assim-assim" que é a minha, lá tenho frequentado o seu salão.

Hoje, passados estes anos, começo-me a fartar um bocado. Não que ela não seja boa moça e que não corte bem mas parece que não tem evoluído muito no que diz respeito às cabeleiras. Lá vai fazendo o básico mas é aquilo e não sai muito dali. Eu tenho vontade de experimentar algo diferente mas cada vez que lhe proponho ela diz "não, este cabelo é muito difícil, tem jeitos, não é qualquer coisa que lhe fica bem" e pronto, voltamos ao mesmo. Portanto, por ali não consigo nada logo só me resta tentar outra pessoa.

Só que há um pequeno problema... ela não lida bem com as infidelidades... já aconteceu, por motivos logísticos, ir cortar o cabelo a outro lado e, quando lá voltei, comentei que não tinha gostado e ela respondeu: quem lhe manda ir mijar fora do penico?!? (é que foi mesmo assim...) Riu-se mas eu percebi que era um riso despeitado, quase cínico até... tive algum medo, confesso, até porque ela tinha uma tesoura na mão... Em conversa com duas amigas, contei-lhes o problema e elas concluiram e bem: sou "prisioneira" da P., a cabeleireira profissional!

O que fazer então? Cortar com ela radicalmente? Acabar de vez com o domínio que ela exerce em mim e aventurar-me noutras mãos? E depois, se não correr bem? Como voltar? Aceitará ela o meu perdão? Dar-me-á novamente a possibilidade de me sentar na sua cadeira de napa (daquelas que sobe e desce, sempre a mesma) e hidratar-me as pontas secas com a mesma dedicação de sempre?

Ontem, pensei nisso o tempo todo enquanto o secador voava à roda da minha cabeça. No fim, olho-me ao espelho, observo o meu penteado, e verifico, como sempre, que a artista, sem grande dificuldade, consegue-me por a parecer ter 50 e picos. Saio, trato de "acachapar" o dito para o tornar minimamente normal e sigo para casa a pensar que, se calhar, ainda não é desta que a dispenso...

quinta-feira, dezembro 04, 2008

Un café au lait, s'il vous plaît



Eram quase 9h da manhã quando recebi um telefonema de uma amiga que está em Paris a passar uns dias.

- Como é que se chama aquele lugar de onde tu disseste que se tinha uma vista espectacular da Torre Eiffel?
- Trocadero...
- Isso!


E com esta em mente meti-me no carro e enfrentei o trânsito e a chuva na Av. Padre Cruz. O que também é muito bonito, claro...

quarta-feira, dezembro 03, 2008

Guerra?

Parece que os professores hoje estão a fazer greve. Por causa disso, uma colega trouxe a sua criança para aqui. Muito se podia dizer sobre este assunto mas não vale a pena perder tempo... vale sim, a pena, explorar uma outra coisa. A dita criança, de 7 anos, contou que a professora explicou à turma que hoje, ela e os outros colegas, iam fazer greve porque não gostavam da ministra da Educação.

Por outro lado, há uns dias, alunos de umas escolas decidiram ofender e atirar tomates à senhora ministra quando esta foi visitar aqueles estabelecimentos. Eu estranhei, a sério. Não percebi como é que aqueles miúdos percebiam o suficiente do que se passa para tomar aquele tipo de medidas mas ok...

Agora pergunto: haverá relação entre estes dois episódios? Serão as crianças o "braço armado" dos profs!? É que um tomate bem atirado pode fazer estragos!


Meeeedddoo.....

terça-feira, dezembro 02, 2008

Cultividade

Domingo, a jornalista aborda um grupo de estudantes universitários na rua e pergunta se sabem a que se deve o feriado de 1 de Dezembro. A maioria fala em motivos religiosos mas um deles discorda. E explica:

- A 1 de Dezembro é feriado porque se comemora a atribuição de um prémio Nobel ao rei D. Dinis.


E pronto...