quarta-feira, agosto 31, 2011

Perfil

Já sem medo de naufragar...


... ok, talvez só um bocadinho...

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... or not...

Os Actores e os "actores"

A morangada: uma geração rasca de actores
De alguns anos a esta parte, em especial desde que surgiram formatos televisivos amorangados, macacadas com vampiros de mochila às costas e rebeldias do acne que a televisão em Portugal (e parte do cinema por arrasto) se tornou numa espécie de viveiro de actores que apenas o são porque alguém os enganou enquanto espremiam as borbulhas uns aos outros num casting de manequins. Uma bandalheira generalizada. E perdeu-se espaço para o talento que marcou muitas e boas gerações de actores neste país.

A formação hoje em dia vem depois, quando o "actor" está farto de ser "actor" e decide ir estudar qualquer coisinha ligada à representação porque não pode fazer de adolescente toda a vida, normalmente escolhem o estrangeiro, vulgarmente Los Angeles porque " lá fora é que é bom". Para esta malta fazer um curso de representação nos EUA é como ir ali ao Pingo Doce comprar fruta da época, sabe bem. Resultado: em Portugal hoje em dia é comum uma pessoa sem qualquer formação ou aptidão especial para representar começar a fazê-lo, por variadíssimas razões, que vão da simples aparência ao facto de serem sobrinhos do não sei quantos ou, muito frequentemente, por não se importarem de dormir com metade da equipa de produção, som, imagem e ainda com o individuo que estaciona os carros à porta dos estúdios e vá -toma lá umas deixas que começas amanhã às 8 a ser uma vedeta.

Não querendo generalizar mas avaliando o estado geral de coisas (basta sintonizar as televisões portuguesas a algumas horas do dia e estar uns minutos atento - mas sem exageros não quero induzir o coma a ninguém) o vulgar jovem actor português de televisão é hoje uma espécie de batido de estupidez com natas e açúcar. E vale tudo. Do rapazola musculado modelo de roupa interior a fazer de galã mas com a expressividade de um pinheiro até à adolescente "boazona" mas que é necessário ter um tradutor de "troglodita" para português para se entender o que diz. Daí à passagem a apresentadores é apenas um passo, dois castings e três noitadas. Chamam-lhe produção nacional. Eu chamo-lhe disfunção cerebral. Completa estupidez de quem gere este sistema.

E nascem assim as novas "vedetas" deste país. Ganham tiques e começam a comportar-se como tal. O ridículo total. Alguns são detidos uns meses mais tarde por posse e venda de estupefacientes num qualquer bairro problematico dos arrabaldes. A passadeira vermelha está estendida a tudo o que é grunho. A maioria destas pessoas é desprovida de talento, capacidade ou inteligência. Infelizmente neste país à beira mar plantado e mal regado quem se dedica de alma a esta nobre arte de entretenimento do público através da representação, quem opta e sonha ser actor e para isso estuda e treina aptidões e a vocação com que nasce (não é coisa que se adquira na Bershka), raramente tem uma verdadeira oportunidade de o demonstrar, pois tem os caminhos tapados por uma fila de morangos deslavados e salas cheias de vampiros de boné na cabeça e brinquinho na orelha. Uma tristeza saloia.

In 100 Reféns
por Tiago Mesquita

terça-feira, agosto 30, 2011

segunda-feira, agosto 29, 2011

Empate a três

Em três semanas, três livros e três latas de leite condensado cozido. Não está mau...

domingo, agosto 28, 2011

Nomes

"Continuei com paixão a desejar essa coisa que eu não sabia como definir porque lhe recusava o único nome que lhe convinha: a felicidade"

Simone de Beauvoir
in "Memórias de uma menina bem comportada"

quinta-feira, agosto 25, 2011

Frase do dia

"Não interessa quão depressa vais, desde que não pares."

Ditado oriental

terça-feira, agosto 23, 2011

Perfil

Estou na "Ilha Teresa"...

domingo, agosto 21, 2011

O dia do silêncio






Baby food

Iogurte natural e banana aos pedaços... fecho os olhos e transporto-me para algures em mim, criança pequena, leve, de sorriso rasgado simplesmente porque cada colherada me estava a saber bem...

sexta-feira, agosto 19, 2011

Perfil

A almoçar à frente do computador...

... and this is only the beginning...

sexta-feira, agosto 12, 2011

Óbito

E parece que o famoso pinheiro, que tanto tem dado que falar no seio da família nos últimos tempos, tem mesmo que ser abatido, segundo opinião de técnico especializado (vulgo Sr. Silveira). Deixamos de ser "a casa do pinheiro", aquela que se distingue do cimo da ponte por praticamente não se ver, protegida que está pelas ramagens altas e frondosas. Agora... vamos ficar a descoberto. Agora... é muito mais provável que comecemos a aparecer nas revistas...

quinta-feira, agosto 11, 2011

Porque "... if you sound like that, all you need is a piano"

Someone Like You
Adele

Os "special ones"

Serei eu maravilhosa o suficiente para merecer as pessoas maravilhosas que tenho à minha volta? Ou é só mesmo uma questão de sorte...?

Faltas


Fonte: Stuff No One Told Me

Paragens

E a vida a andar como tem que ser. E eu, como sempre, a reboque dela, sem a conseguir domar, levada de arrasto pelos dias e pelas horas, pelas palavras, aos empurrões. Vazio e escuro. O buraco negro que nunca mais se fecha e onde me enterro ainda mais com as minhas próprias mãos. Falam-me em propósitos maiores, em razões para além da razão, em entendimentos profundos que nos levam ao verdadeiro preenchimento da alma. Falam. Mas eu ainda não vi nada. Mas eu ainda não senti nada. Sinto, sim, dor e mágoa e tristeza e perda, cada vez mais a perda, e espero ardentemente que estas me levem a um lugar melhor. Porque se assim não for, alguém me diga, por favor, que eu saio já aqui.

quarta-feira, agosto 10, 2011

No escurinho do cinema...

Sim, é um filme cá dos meus, da vida como ela é, de pessoas, com as suas tragédias, com a sua humanidade. E humor, subtis toques de humor que fazem toda a diferença. Exactamente como nós.

A Viagem do Director

Perfil

Restless...

terça-feira, agosto 09, 2011

Constatação #44

Há coisas que só me atrevo a dizer a mim mesma e apenas quando submersa no escuro da cama.

segunda-feira, agosto 08, 2011

A aquecer o motor....

Acabei de criar um lembrete para, na sexta-feira, não me esquecer de activar o aviso de ausência do escritório... sim, porque EU VOU ESTAR AUSENTE DO ESCRITÓRIO, ah pois vou, durante três semanas inteirinhas e não!, já foram todos mais do que avisados ao longo do ano e com mais insistência assim que se dá o solstício de Verão, N-Ã-O A-T-E-N-D-O T-E-L-E-F-O-N-E-M-A-S!!

:)

Despedindo-se

"Receba um forte abraço meu e votos para que a tranquilidade a vá conquistando."


Acho que, nos dias que correm, é mesmo o melhor que se pode desejar a alguém...

Recém-passados










sexta-feira, agosto 05, 2011

Frase do dia

"A maior dor da humanidade é o desejo de permanência num mundo impermanente."
Astrolocoach dixit

quinta-feira, agosto 04, 2011

Constatação #43

Há pessoas cuja tendência de ver os outros à sua imagem e semelhança é tão grande que até confundem as nossas "histórias" com as suas.

Agustina

Admito, não foi fácil.

Decididamente, a sua inteligência é demais para que a minha tenha, sequer, a veleidade de a alcançar... Mas como tenho uma estranha mania de não desistir de livros a meio porque acho uma falta de consideração pelos próprios e pelo conhecimento, sabedoria e magia que o abnegado autor resolveu partilhar connosco, comuns mortais, lá continuei, armada com a cara e a coragem que era o que tinha.

Sorri, sorri muito, mesmo quando era um sorriso "não te estou a entender na totalidade mas só a ideia que julgo estar a conseguir apanhar já me parece brilhante". Parei várias vezes, verifiquei os nós que se me tinham instalado nesta ou noutra página, e reli, um, dois parágrafos para trás, na tentativa de absorver o máximo que o meu cérebro conseguia. Sorri de novo pela forma como manuseia a língua com mestria e conhecimento fazendo-o parecer tão fácil, como aprofunda o ser humano como se tivesse estado dentro dele, como põe a nu pensamentos e emoções de forma crua e tão, mas tão, verdadeira.

Não foi fácil, admito. Mas terminei-a. Foi o nosso primeiro encontro e orgulho-me que tenha, afinal, corrido tão bem. Ao contrário de outros autores, sei que quando nos voltarmos a encontrar já vou de pé atrás, preparada para ver o meu entendimento arrebatado e remexido ao ponto de me fazer chegar até a duvidar da sua existência. Mas sorrio ao pensar nisso. Porque já sei que vai dar luta mas que vai valer a pena.

Agora, não contente, pelos vistos, com as chapadas no intelecto que levei daqui, resolvo meter-me com outra senhora, esta com mais um 'S' grande... entra, assim, em cena Simone de Beauvoir, vamos ver se não saio eu de cena de rastos outra vez...

segunda-feira, agosto 01, 2011

Dos entendimentos

Dos entendimentos, sim. Do que leio, do que vejo, do que ouço, do que penso.

Tentativas para encontrar explicações. Sempre, parece vício. Tentativa agora, por uma questão de sanidade mental, de as dispensar. Parece missão impossível. Mas como tudo teria sido tão mais fácil se o tivesse conseguido fazer desde o início, desde que as cartas do jogo mudaram, desde que o "sim" passou a "não", o "sempre" a "nunca", a "vida" a "morte". Mas não deixa de ser curioso como parece importante aceitar não procurando razões acreditando ao mesmo tempo que existe uma razão maior. A razão sem razões. A razão que explica as outras, as outras que não têm explicação em si mesmas. Demasiado metafísico para esta cabeça analítica, sem dúvida.

Dizia eu que bom teria sido se a aceitação fizesse parte intrínseca do meu vocabulário nativo, da minha composição. Acredito que grande parte das minhas angústias tivessem definhado à partida, sem solo fértil onde florescer.

Aceitação. A tal palavra mágica e, ao mesmo tempo, cruel, violenta de tão contra-natura que é. Até parece que nunca fui obrigada a aceitar nada na vida... Fui, pois, como toda a gente, mas não sem luta, sem valentes cabeçadas na parede, sem explorar tudo o que estivesse ao meu alcance, sem espremer todas as possibilidades. Houve tempos em que desisti, aceitei mas conheço-me o suficiente para saber que, até hoje, não vivo bem com isso. E, mais tarde ao mais cedo, o que é abafado vem ao de cima...

Falávamos disso, nós as duas, em como abafei parte de mim em tempos, em como muitos conseguem viver assim. Não, na realidade não vivem. Sobrevivem enquanto definham por dentro. "Queres isso para ti?". Não. Mas pergunto-me se, ao não querer, não estou a dar um passo maior que a perna, não estou a abrir uma caixa de Pandora cujo peso não vou aguentar nos meus braços depois. Não devia eu, como tanta gente, resignar-me, aceitar, pôr de lado alguns sonhos e expectativas e desejos e aceitar o que a vida me dá, a vida como ela se apresenta, o "é o que é" e ser feliz com isso? Pois... ser feita da mesma matéria dos sonhos pode ser muito frustrante...

Pergunto-me se aprendi alguma coisa... Pergunto-me se não seria suposto que as voltas da vida me tivessem ensinado a querer menos, pergunto-me se não foi exactamente essa a mensagem que o Universo me tentou passar mas que eu, cabeça obstinada e teimosa, me recusei a ouvir. Pergunto-me se aprendi alguma coisa afinal...

Porque a sensação é que mudei, sim e depois... mudei outra vez. Iniciei a viagem, dei uma volta de 180º mas, em alguns aspectos, o círculo fechou de novo, tendo voltado ao ponto de partida. Talvez com outra bagagem, sim, mas ao ponto de partida. Ou, por outras palavras, a mim. Com tudo o que isso tem de bom e de mau.

Porque é suposto os tempos difíceis ensinarem-nos o que não conseguimos ver, ou melhor dizendo, sentir. Sabemos que existem, até somos capazes de subscrever como nossos determinados conceitos e valores como humildade, tolerância, abnegação, altruísmo, paciência, amizade, amor mas verificamos depois que o fazemos apenas em teoria. A prática só acontece quando somos forçados a "pormo-nos nos cornos do touro" e a sentir a força das suas marradas. Aí sim, vamos de cara ao chão. E aí sim, parte de nós racha e, olhando lá para dentro, vemos com olhos de ver, à luz do dia, o que realmente somos, o que apenas subscrevemos, o que gostariamos de ser a partir daí. Vemos os nossos erros, os nossos defeitos escancarados de fora do corpo. Vemo-los e pensamos: sim, era demasiado isto ou aquilo; sim, errei muito aqui e ali; sim, quero aprender com isso e fazer melhor.

Passaste por lá, não foi? Passei. Passei e revi cada um dos erros e defeitos à lupa para ter a certeza de que não me escapava nada. Passei e peguei-lhes na mão de forma a senti-los verdadeiramente. Passei para aprender tudo o que podia e utilizar essa aprendizagem no futuro. Passei porque me quis tornar numa pessoa melhor.

Mas o tempo passa... e passado também esse momento de humildade extrema em que o mea culpa e o tormento levam a melhor, os ânimos acalmam, a ferida começa a fechar, a cabeça começa a erguer-se. E dá entrada a fase seguinte: aplicar o que retivemos, o que julgamos ter aprendido na vida real. Deixamos-nos de análises e passamos à prática. Em teoria... Mas também aqui se dá início à separação entre trigo e joio. E aqui começam os problemas, as dúvidas, a análise fria do que se trouxe e daquilo para que nos serve. Sim, aprendi isto e mais isto mas, afinal, e o que está a adiantar? Porque há mudanças nossas que não parecem ter efeito nenhum na vida ou nos outros ou no que nos rodeia. Na prática, o nosso exterior continua igual sem que a nossa mudança interior o afecte. De que serve então se não produz nada, nenhum efeito para além da tão prometida mas tão eventual ou, para mim, quase utópica paz interior e mais não sei o quê? Convenhamos, olha bem para ti, tu és mesmo assim ou estás-te a fazer porque dizem que é bom? E chego à conclusão que não, não sou assim. E reparo que não, não passei a boazinha, a benevolente, a abnegada, a mais tolerante, à amiga que tudo aceita, áquela que dá amor incondicional sem esperar nada em troca. É verdade, uma verdade talvez triste, mas que se lixe, esta não sou eu. Aprendi umas coisas, sim, mas não o suficiente para deturpar a essência do meu ser. Devia? Talvez. Talvez ganhasse mais com isso...

E agora? Chegada aqui, vou para onde? Algo me diz que ainda vou ter que esperar mais um bocadinho para saber...