segunda-feira, outubro 31, 2011

Alguns

No ar

Como o caminho se faz caminhando, decido. Peso prós e contras, sem deixar que os contras assumam maior protagonismo do que seria desejável como é seu hábito, decido apesar deles. Consciente de que os lugares têm memória e de que me vou confrontar comigo como já não existo, consciente também de que as leis da física existem e cabe a mim efectivá-las pintando de outras cores as minhas telas, pintando por cima talvez.

Como o caminho se faz caminhando, ajo. Estou a agir bem? Não sei mas... quem sabe, afinal? Assumo-me como alma que procura incessantemente e como tal não me resta mais nada senão tentar descobrir. É este o caminho da descoberta? E a pergunta fica no ar sem resposta... Pergunto-me então... é assim tão importante sequer fazer a pergunta?

Get a life!

Haverá alguma coisa mais deprimente do que ter dias de férias e não ter nada para fazer com eles...?

sexta-feira, outubro 28, 2011

Festa do Cinema Francês

Já passou... és tão estúpida, tão estúpida, tão absolutamente estúpida..!

Frase do dia

“Those things that hurt, instruct.”

Ben Franklin

quinta-feira, outubro 27, 2011

O que sobra

A história é comovente. Um casal, de 94 e 90 anos, casado há 72, sofre um acidente de automóvel e encontra a morte no hospital. De mãos dadas. Amor. Amor até ao fim, dizem os familiares à imprensa.

A minha mente viaja, tentando imaginar um pouco da longa vida desse amor caracterizado nos jornais como algo raro, até único, um sentimento profundo, sem brechas, incontornável, que um dia juntou aquelas duas almas não as deixando separar jamais, exemplo de uma qualquer época que já lá vai, prova viva até à morte do que hoje não se consegue mais encontrar. A minha mente viaja pelo que de idílico escorre desta história endeusada, pela nostalgia que nos provoca a assunção da nossa imperfeição de comuns mortais, da nossa incapacidade de sequer almejar qualquer coisa de semelhante. Enleada nesta análise romântica e fantasiosa, provando o que de agridoce ela me oferece, resvalo para fora de berma e deixo-me levar para o submundo dos que não são capazes, dos que nunca viverão um amor assim.

Até que um abrir e fechar de olhos mais demorado me faz enveredar outra vez pela realidade do que vivo e vejo viver e assentar os pés na terra. Primeiro ao de leve, a medo, mas o suficiente para me arriscar a esmiuçar um pouco o que acabei de ler e, acima de tudo, o que construí em cima disso tal qual castelo de algodão, doce como não poderia deixar de ser, agora a revelar-se talvez demasiado adoçicado.

Acredito em Gordon e Norma, ele e ela, que se conheceram e se apaixonaram, que decidiram casar, ter filhos, partilhar espaços, os de vida e os outros, e que assim se mantiveram até à morte que não os separou. Mas acredito também nas entrelinhas que escapam ao resumo, acredito na vida real, a do dia-a-dia, a que dá trabalho e dores de cabeça, aquela que, no fundo, é a que nos reveste em simultâneo de normalidade e excelência se conseguirmos que não amarfanhe o que é mais importante.

Até podiam não ter olhos para mais ninguém mas uma vida inteira pode ser muito tempo e a solteirice tem os seus encantos... será que não houve, em nenhum momento, por parte de nenhum deles, dúvidas em avançar com o casamento? Será que não sentiram aquele calafrio que percorre a espinha quando estamos prestes a dar um passo para o desconhecido e tememos que ele seja grande demais para as nossas pernas? Talvez. Talvez até os primeiros tempos não tinham sido fáceis e o dinheiro tenha escasseado e as preocupações com as contas a bater à porta tenham vindo ao de cima causando nervosismo e discussões e até falta de apetite, o que Norma interpretou como uma ofensa aos seus dotes culinários... Terá havido dias em que Gordon preferiu ir para o bar com os amigos e chegou tarde e a más horas o que lhe valeu umas noites passadas no sofá. Até pode ter acontecido que Norma se tenha encantado em demasia com o seu papel de mãe, deixando para o marido a árdua tarefa de aquecer o seu jantar já arrefecido... Talvez Gordon tenha umas quantas vezes batido com a porta e gritado, sem se preocupar com a vizinhança, que não aguentava mais e é quase certo que Norma desconfiou de um ou outro interesse do marido nas amigas secretárias lá do trabalho e que, em choro, ameaçou sair de armas e bagagens e prole atrás e, se calhar, até foi mesmo, para casa dos pais, durante uma semana ou duas. Talvez tenha havido discussões em relação à educação dos filhos ou às descobertas que iam fazendo um do outro, terá havido sonhos deixados para trás e arrependimentos por não se terem concretizado. E quem sabe um ou outro dia recheado de dormência e "tanto me faz" de quem parece que nem se importa se o seu par está bem ou mal, quer é que o deixem sossegado. Certamente, houve zangas e costas voltadas, birras e perdões, dias em que cada um deles preferia estar em qualquer outro lugar. Terá havido falta de espaço, necessidade de não se esquecer de si esquecendo o outro, dúvidas e equações, laços cortados enquanto outros se reforçaram. E talvez distanciamento, dedos apontados, culpas antigas atiradas à cara, se calhar até tempos de interregno, se não físico pelo menos emocional, e de olhos brilhantes para outras realidades, para outros mundos. Talvez tenha havido alturas de desencontro e de reencontro, enquanto as obrigações ditavam o ritmo e a máquina da vida prensava o encanto dos tempos de namorados.

Haverá, afinal, assim tanta diferença entre nós, os comuns mortais, e este casal agora célebre?

Acredito em Gordon e Norma como acredito no Eduardo e na Ana, na D. Celeste e no Sr. Faria, na Marta e no Gustavo, no Zé "Cabeçadas" e na Vanessa Sofia... acredito neles como gente, gente comum, que, depois de tudo bem espremido, constata a verdade do que lhe sobra. E, a partir daí, simplesmente avança em consonância...

Gordon e Norma avançaram. Juntos.

Dizem que sou parecida com ela...



... e eu digo que ela tem sorte em se parecer comigo. ;)

De alma aquecida...

Romance em dois volumes
"Ambos sabem. Ambos fingem e escondem. Dura há anos, mas continua febril como se fosse de ontem o começo daquela excitação sem nome.

Nem amor oferecido, nem desejo da carne confessado, é nuvem que a ambos envolve e neles descarrega a electricidade que lhes faz sentir o que fica aquém e além das palavras. Falam-se com sorrisos, olhares, pequenos gestos que a outros parecerão de inocente acaso ou coincidência, mas se lhes tornaram linguagem confidencial.

Pode parecer fortuito o modo como se contam uma anedota, relatam um acontecimento, mas as palavras vão carregadas de segundo sentido e ternura secreta. São outras tantas mensagens em código o braço que se aperta, a mão ligeiramente espalmada no dorso, pousada no ombro, o choque acidental dos corpos ao passar uma porta.

Encheria um livro o que sentem e calam com os beijos castos na face quando chegam ou se despedem. Os olhares dariam um segundo volume. "

J. Rentes de Carvalho em
http://tempocontado.blogspot.com/

quarta-feira, outubro 26, 2011

Na carrinha à minha frente...

"Caveiras Bar apoia o futsal juvenil".

Olha que sorte...!

terça-feira, outubro 25, 2011

A pessoa errada

"Pensando bem em tudo o que a gente vê e vivencia e ouve e pensa, não existe uma pessoa certa pra gente. Existe uma pessoa que se você for parar pra pensar é, na verdade, a pessoa errada.
Porque a pessoa certa faz tudo certinho! Chega na hora certa, fala as coisas certas, faz as coisas certas, mas nem sempre a gente tá precisando das coisas certas.
Aí é a hora de procurar a pessoa errada.
A pessoa errada te faz perder a cabeça, perder a hora, morrer de amor... A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar que é pra na hora que vocês se encontrarem a entrega ser muito mais verdadeira. A pessoa errada, é na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa. Essa pessoa vai te fazer chorar, mas uma hora depois vai estar enxugando suas lágrimas.
Essa pessoa vai tirar seu sono. Essa pessoa talvez te magoe e depois te enche de mimos pedindo seu perdão. Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado, mas vai estar 100% da vida dela esperando você. Vai estar o tempo todo pensando em você.
A pessoa errada tem que aparecer pra todo mundo, porque a vida não é certa. Nada aqui é certo! O que é certo mesmo, é que temos que viver cada momento, cada segundo, amando, sorrindo, chorando, emocionando, pensando, agindo, querendo, conseguindo...
E só assim, é possível chegar àquele momento do dia em que a gente diz: "Graças à Deus deu tudo certo"
Quando na verdade, tudo o que Ele quer é que a gente encontre a pessoa errada pra que as coisas comecem a realmente funcionar direito pra gente..."

Luis Fernando Veríssimo

Verdades

Re-food

De chapéu de palha e fato branco a desafiar a noite que ameaça chuva, recebe-me com um sorriso acompanhado de um "welcome, dá-me un momenta, já falo contiga". Recebo orientações, o grupo compõem-se e eu abro as portas ao começo da viagem. Percorro as ruas, deslizo por ali. Páro, saio, preparo caixas, espero. O segundo holandês e o miúdo a orientar as operações. Bert já sabe tudo de cor porque já o faz há dois meses, todas as noites, Pedro confunde-se com os caminhos feitos de carro. O mapa e a certeza que, mais umas vezes, e já não preciso dele. Ao todo são uns quinze pontos a visitar e nós não falhamos nenhum, não nos podemos dar a esse luxo, mesmo que de lá venha só uma caixinha. A dado momento, o trabalho divide-se, eles vão agora a pé à rua sem estrada e eu, por iniciativa minha, sigo sozinha em quatro rodas para os dois últimos pontos da lista. Entro, digo ao que venho e espero que seja suficiente. E é. O primeiro "hoje não há", o segundo desculpa-se "tenho pouco mas mando aqui uns tomates lindos que chegaram hoje". De volta, descarrego. A chuva já cai, o sono já me amacia os olhos, o sorriso estrangeiro aproxima-se e todos ajudam com os sacos e saquinhos. O trabalho de hoje está feito, até próxima segunda. E eu volto a casa um bocadinho mais rica.

domingo, outubro 23, 2011

sexta-feira, outubro 21, 2011

Falam, falam, falam...

É impressão minha ou a maioria das pessoas que se acha no direito de criticar quem se dá à causa animal por considerar que, a ser feito algum esforço, deveria ser em exclusivo pela causa humana... regra geral não faz rigorosamente NADA por nenhum das duas?!?

terça-feira, outubro 18, 2011

Porque foi um dia dedicada a mim e, desde então, faz-me sempre sorrir

Every Little Thing She Does Is Magic
The Police

Though I've tried before to tell her
Of the feelings I have for her in my heart
Every time that I come near her

I just lose my nerve as I've done from the start

Every little thing she does is magic
Everything she does just turns me on
Even though my life before was tragic
Now I know my love for her goes on

Do I have to tell the story
Of a thousand rainy days since we first met
It's a big enough umbrella
But it's always me that ends up getting wet

Every little thing she does is magic
Everything she does just turns me on
Even though my life before was tragic
Now I know my love for her goes on

I resolve to call her up a thousand times a day
And ask her if she'll marry me in some old fashioned way
But my silent fears have gripped me
Long before I reach the phone
Long before my tongue has tripped me
Must I always be alone?

Every little thing she does is magic
Everything she does just turns me on
Even though my life before was tragic
Now I know my love for her goes on

Frase do dia

Quando no fim da vida estiver frente a Deus, espero não ter a mais pequena réstia de talento e poder dizer “usei tudo o que me deste."
Erma Bombeck

Outros terrenos

Dois passos. Por mim e por outros. Para deixar de ser apenas uma crítica sentada no sofá...

Constatação #49

Às vezes achamos que determinadas palavras nos vão fazer mal mas depois... até acabam por fazer bem!

segunda-feira, outubro 17, 2011

De título dispensado

Por vezes, não há explicação. E é inglório tentar encontrá-la. Por vezes, sente-se e espelha-se na cara, mais nada, só pedindo que se olhe, que se queira ver. Há vezes em que nos grita com violência, arde na carne e o nosso impulso é correr, fugir, deitar a mão a qualquer coisa, fazer nem se sabe bem o quê, como barata tonta, à roda sem sair do lugar, à procura de uma saída. Outras vezes, pesa toneladas silenciosas e remete-nos à prostração, braços caídos num corpo inerte, um olhar fixo algures que não está realmente a ver nada. Por vezes, não existe explicação, não existe nem tem que existir. Sente-se, vê-se, ouve-se, sabe-se e basta. E talvez encontre neste tantas vezes cruel confronto com a minha verdade, o caminho da honestidade. Comigo, com a minha vida, com os outros, com a minha alma. Escuto-a. Escuto-me. Sem explicações. Estou cansada delas.

E, assim de repente, aparece-me isto...

domingo, outubro 16, 2011

Patrocínios

Ok... ouvi uma vez, estranhei mas acabei por esquecer porque só podia ter ouvido mal...

Até que ouvi a segunda.

Sim, é verdade, há um programa num canal de TV nacional patrocinado por umas bifanas...

Relendo

"É tempo de estar enfiada no casulo a navegar pela melancolia. É tempo de encarar esta impotência que está a sentir e é tempo de fazer o vazio. É na qualidade deste vazio que se vai alquimisar, para daqui a uns tempos quando sair do casulo, estar mais inteira. É um processo que todos temos de fazer sozinhos ir até ao fundo do nosso inferninho pessoal e aceitar que, uma vez batendo no fundo, a única coisa que podemos fazer é remar para cima. É tempo de sentir, é tempo de transformar o seu quadro emocional que lhe diz que é preciso entender as emoções. Ora as emoções não se explicam ou racionalizam, sentem-se. Chora-se. Lava-se a alma. É tempo de confiar no processo, mesmo não gostando, não concordando e achando que é injusto, daqui a uns tempos vai olhar para trás e perceber que este período tem sentido e só podia ter sido desta forma. Costuma-se dizer a propósito deste processo: Let go and let God."

sábado, outubro 15, 2011

Perfil

De que é que estás à espera? Não sei. Mas seja lá o que for, sei que há-de vir de mim.

sexta-feira, outubro 14, 2011

Mea culpa

As notícias sucedem-se, os comentários também. Analistas de toda a espécie, dirigentes de outros partidos, sumidades nas diferentes matérias e nós, os restantes. As redes sociais enchem-se de "partilhas" de notícias, o que foi decidido, o que vai acontecer, onde se vai cortar, e não há quem perca a oportunidade de dizer de sua justiça. E, é claro, os dedos de todas as mãos estão apontados a "eles". Eles que só fizeram porcaria quando lá estiveram, eles que são os grandes culpados, eles, os grandes gatunos em quem ninguém toca, eles que nos deixaram na miséria em que estamos, eles em quem vocês votaram, eles, eles, eles.

Mas será que ninguém percebe que "eles" somos todos nós??

Nós que vamos para a praia em vez de votar; nós que não nos damos ao trabalho sequer de ler "as gordas" dos jornais para perceber o que se passa mas não perdemos a edição desta semana da Caras; nós que fugimos aos impostos quando podemos porque quem não o faz é otário; nós que permitimos que, nas nossas barbas, outros fujam aos impostos sem pensar que o que depois faltar é a nós que vai ser cobrado; nós que pegámos nos subsídios dados pela União Europeia para a modernização da agricultura, da indústria e construímos uma piscina mais ou menos olímpica no quintal a fazer "pandan" com o jipe novo e a banheira de hidromassagem; nós que vivemos de aparências e de cartões de crédito; nós que abandonamos animais por não poder suportar a despesa mas que não abdicamos da TV Cabo nem do telemóvel nem do carro para ir todos os dias para o trabalho; nós que nos aproveitamos da falta de fiscalização para ser "mais esperto" e contornar o sistema; nós que achamos que não temos que nos sujeitar às mesmas regras dos outros e arranjamos sempre forma de ter "um amigo lá dentro" que dá uma mãozinha; nós que não denunciamos, nós que não nos manifestamos, que não exigimos; nós que até somos contra quem se manifesta não nos dando ao trabalho de perceber se as greves ou manifestações que vão surgindo aqui e ali têm alguma razão de ser, simplesmente somos contra porque "olha agora que chatice, eu que já vou atrasada para a manicure ainda tenho que levar com fila"; nós que aproveitamos para fazer telefonemas pessoais "lá do serviço"; nós que andamos a viver há tempo demais acima das nossas possibilidades e parece que não percebemos que essa foi uma escolha nossa, que ninguém nos apontou uma arma à cabeça para fazer aquele crédito ou comprar aquela casa; nós que somos incapazes de dedicar algum do nosso tempo a uma causa porque essa história do voluntariado não ser pago não dá jeito nenhum; nós que optamos por apontar dedos, sacudir a água do capote e não fazer mais nada para além de olhar para o nosso umbigo, para os nossos interesses individuais, os outros que façam alguma coisa que "eu não sou pago para isto"; nós, em suma, que preferimos alhearmo-nos da nossa responsabilidade e esperar sentados que alguém venha resolver os problemas para os quais todos contribuimos, desde que o faça sem chatear muito.

Portanto, caríssimos, o país que temos, é SÓ a nossa cara...

quarta-feira, outubro 12, 2011

Queiram ou não... é a minha cara!

“In the confrontation between the stream and the rock, the stream always wins – not through strength, but through persistence.”
Buddha

Teve que ser

Não gosto mas teve que ser. Porque às vezes não há como fugir, porque às vezes é a única saída e, ou escolhemos ficar encostados à parede ou escolhemos dar a cara e confrontar. E como eu sou claustrofóbica...

Ponderada, escolhi não agir antes, escolhi perceber até que ponto conseguiria fazê-lo sozinha sem necessidade de interferir com terceiros mas cheguei, sem querer, a um momento em que se tornou absolutamente necessário tomar uma atitude.

A verdade é que logo que me vi envolvida na situação me deixei levar pelo impulso e passei à acção sem deixar que passasse tempo suficiente para que a ideia maturasse em mim mas hoje, no dia depois, não me arrependo. Hoje, sei que voltaria a fazer o mesmo.

Não, não é nada de fundamental e decisivo, a minha vida não vai mudar toda depois disto nem os meus problemas vão desaparecer como que por milagre. Não foi nenhuma catarse nem sequer um ponto de viragem. Foi apenas uma atitude, uma pequena atitude, um aviso à navegação sobre como me posiciono em relação a determinada matéria e um pedido para que respeitem, mesmo que não entendam, o lugar onde me encontro agora. Só. Mais nada.

terça-feira, outubro 11, 2011

Pois... é...

"A única verdade é que vivo.
Sinceramente, eu vivo.
Quem sou?
Bem, isso já é demais..."

Clarice Lispector

"Love is always in the mood of believing in miracles" - J.C. Powys

sábado, outubro 08, 2011

Sobre informação

A vida está difícil mas comprar o carro X é muito fácil e pode fazer uma figuraça com pouco dinheiro, a crise está por todo o lado mas neste hipermercado não entra, o detergente Y parece mais caro mas tira logo as nódoas o que o faz poupar ainda mais noutra coisa qualquer, agora o shampôo das estrelas a preço para pobres...

Que sorte! Mesmo que não tenhamos dinheiro para comprar o jornal, a publicidade zela a cada minuto para que não nos esqueçamos do buraco em que estamos enfiados...

sexta-feira, outubro 07, 2011

Agosto, estás perdoado... mas deixa estar, não te incomodes e não voltes!

Feriado na praia (o melhor dia do ano!), fim de semana na praia, peixinho a "encher a barriga" de mar. Gosto deste Outono...

Frase do dia (direitinha ao coração de umas quantas pessoas que eu conheço...)

"O que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesmo."
Clarice Lispector

quinta-feira, outubro 06, 2011

E ao telefone, duas mesas adiante...

"... portanto, então agora eu exclúio o grafismo para integrar num outro procedimento, é assim? Ou inclúio?"


Eu responderia... não faça nada, pela sua saúde, não faça rigorosamente nada!!

O bom caminho...

‎" (...) Ouvi-a com paciência e ternura. Não aconselhei nem repreendi, tão-pouco disse que não se afligisse ou que no futuro há sempre uma aberta, raios de luz. Isso poderá ela descobrir um dia por si só, pois a consciência da perda é condição do resgate, é o painel a indicar o bom caminho. Caminho que por má sorte, habituados à perda e ao desespero, alguns preferem não encontrar."

J. Rentes de Carvalho
em http://tempocontado.blogspot.com/

terça-feira, outubro 04, 2011

Perfil

A apreciar as pequenas coisas...

Aprendendo


Fonte: Stuff No One Told Me

sábado, outubro 01, 2011

Whatever works

A verdade é que andamos todos "aos papéis". Podemos dissertar sobre teorias, experiências, conceitos lidos, sentimentos tidos, crenças, tábuas de salvação mas a verdade é que ninguém é detentor da fórmula, nem da sua nem da dos outros. Resta-nos acreditar em algo ou em muitas coisas ao mesmo tempo e apontar para aí quando iniciamos a caminhada. Resta também perceber que a caminhada tem pedras que nos farão duvidar de nós mesmos. E, talvez mais importante que tudo, resta aceitar com humildade e braços abertos que, a meio caminho, podemos mudar de opinião e perceber que afinal não é aquele objectivo que nos faz sentido ou que não é aquele trilho que nos leva a bom porto.

O que seja. Desde que se faça alguma coisa mesmo que seja ficar quieto a tentar ouvir a voz do seu próprio coração, por mais mirrado que ele esteja. Porque essa voz não se cala, resiste aos embates e até aos ornamentos com que tentamos disfarçar o órgão, mesmo baixinho não deixa de tentar chegar a nós.

Há quem fuja, há quem finja, há quem sorria sempre mesmo que a sua alma chore. Há quem a queira enganar e moldá-la às suas necessidades. Há quem pense e repense, há quem remoa as questões, há quem se apresse e há quem páre e se recuse a andar. Há quem se iluda, quem disfarce o pouco de muito, há quem não se contente. Há quem se muna de coragem e há quem a dispense, há quem se afunde convencido de que só assim voltará à tona de água, há quem contorne o poço. Há quem alimente dúvidas e quem se recuse a tê-las. Há quem exagere, há quem substime, há quem seja verdadeiro consigo mesmo e há quem nega a sua essência. Há de tudo.

Mas no fundo, o que interessa o método? Funciona? So be it! Se chegarmos ao fim da viagem e formos realmente recebidos pelo sol que esperávamos, terá valido tudo a pena.

Perfil

E quatro giraças dizem: o velho e bom Jamaica still rules!!!