sábado, janeiro 30, 2016

Diário de bordo #5

Um copo de vinho. Às vezes é o suficiente. Na falta de outras "drogas" a saborear outros vícios, um copo de vinho. Tinto. A ansiedade parece diluir-se no líquido e a paz assenta devagarinho. Volto atrás, já não no tempo, apenas na memória dele, memória escrita ou arquivada nas células, e arrepio-me mas só de leve: parece que foi ontem. Tremo sem dar conta mas também sorrio perante a minha capacidade de tornar as palavras o meu espelho: já não me lembrava que a tinha, já não sei se a tenho. 

Paz. E memória de um tempo que, por não a ter, a apreciava nas pequeníssimas coisas. Mas aprendi: hoje saboreio-a sem me esquecer que é efémera. Porque tudo o é.

Ontem foram mais copos. E risos. E conversas até às cinco, a fazer lembrar as madrugadas passadas a fazer nada mas que valiam por tudo na terrinha de interior. Parecia que por lá estávamos outra vez. 

A garganta secou quando não havia mais como a humedecer; o frio entranhou-se mas não esmorecemos: quando as palavras se soltam sozinhas mais vale deixá-las correr livremente. É uma questão de saúde do espírito, diria eu, e com a saúde não se deve brincar.

Às vezes interrogo-me se algum dia vou conseguir ser outra. 

sexta-feira, janeiro 29, 2016

Do dia

Como diz a minha querida tia S., às vezes é preciso pôr a cara número 2; às vezes, e com certas pessoas e em certas situações, a número 1 não chega...

terça-feira, janeiro 19, 2016

Eu, cultivadora de endro...



























.... a.k.a. aneto,  a.k.a. aquela-erva-com-que-os-tipos-do-Ikea-temperam-o-salmão-fumado.

(e cuja semente é difícil de encontrar como o raio sendo que o que me valeu foram os amigos que não descansaram até me arranjar um saquinho dela... que agora é isto - tão lindo! - na minha varanda!!) 

segunda-feira, janeiro 18, 2016

É muito isto, é...


Sim, sim, eu gosto mesmo de Bee Gees...




(acabinha de aparecer na rádio que me acompanha os ouvidos enquanto trabalho... este jogo de vozes fabulosas é inimitável!)


How Deep Is Your Love
Bee Gees

I know your eyes in the morning sun
I feel you touch me in the pouring rain 
And the moment that you wander far from me 
I wanna feel you in my arms again 

And you come to me on a summer breeze 
Keep me warm in your love then you softly leave 
And it's me you need to show how deep is your love 

Is your love, how deep is your love 
I really mean to learn 
Cause we're living in a world of fools 
Breaking us down 
When they all should let us be 
We belong to you and me 

I believe in you, you know the door to my very soul 
You're the light in my deepest darkest hour 
You're my saviour when I fall 
And you may not think that I care for you 
When you know down inside that I really do 
And it's me you need to show how deep is your love 

Is your love, how deep is your love 
I really mean to learn 
Cause we're living in a world of fools 
Breaking us down 
When they all should let us be 
We belong to you and me 

And you come to me on a summer breeze 
Keep me warm in your love and then you softly leave 
And it's me you need to show how deep is your love 

Is your love, how deep is your love 
I really mean to learn 
Cause we're living in a world of fools 
Breaking us down 
When they all should let us be 
We belong to you and me 

How deep is your love, how deep is your love 
I really mean to learn 
Cause we're living in a world of fools 
Breaking us down 
When they all should let us be 
We belong to you and me 

How deep is your love, how deep is your love 
I really mean to learn 
Cause we're living in a world of fools 
Breaking us down 
When they all should let us be 
We belong to you and me

sexta-feira, janeiro 08, 2016

Constatação #100

Há certas coisas que têm importância... até deixarem de ter...

terça-feira, janeiro 05, 2016

segunda-feira, janeiro 04, 2016

As ONAS, as festas henriquinas e as figuras tristes que são só para quem pode..!



2015 era o ano em que todas fazíamos quarenta de vida... Não precisando de desculpas para comemorar seja o que for mas já agora aproveitando-as, decidimos que deveria ser diferente: no último dia do ano, simultaneamente o dia de aniversário da última de nós, juntávamos-nos e comemorávamos (não obstante as comemorações tidas ao longo do ano, graças a Deus, aleluia irmão!...): os quarenta, a amizade, a vida. Juntas.

Somos seis, em tudo diferentes, em muito iguais. Acompanhamos-nos já há muito, muitas luas, muitos altos e baixos, muitos episódios de vida, muitas mãos entrelaçadas a formar a teia que nos segura. Este ano foi só mais um dos muitos que já existiram e dos muitos que acreditamos que por aí ainda vêm. Juntas. Mas este também foi o ano em que decidimos que devíamos e queríamos assinalar o que vimos construindo: andorinhas à solta, cada uma fazendo o seu caminho, mas voando em rotas paralelas, à distância de um braço esticado...


(E sim, amizade também é isto: adquirir medalhas todas diferentes e todas iguais e fazermos figuras tristes juntas, 'espetadas' num bolo..)

sexta-feira, janeiro 01, 2016