segunda-feira, dezembro 31, 2012

Sabes que não és a única a "atirar a toalha"...

... quando a tua mãe, mulher prática e objectiva e nada voltada para estas matérias, te liga ansiosa no último dia do ano para que ligues a televisão e vejas o programa da manhã onde um conhecido astrólogo da nossa praça se prepara para nos explicar como será o ano de cada signo... ("o teu é já a seguir! depois ligo-te a dizer como foi o meu!")

quarta-feira, dezembro 26, 2012

terça-feira, dezembro 25, 2012

segunda-feira, dezembro 24, 2012

Sabes que o espírito da coisa já não é bem o mesmo quando...

... dás por ti a enviar mensagens de Natal ao grupo do costume em que dizes "se alguma precisar de ser "salva", estamos aí!".

Às "minhas"...


sexta-feira, dezembro 21, 2012

Azárrrrvoriss somoss nozisss...

Querido Pai Natal, por favor, dá-me paciência... ou força, das duas uma

Há pessoas tão, tão, tão absolutamente rotineiras e previsíveis que só me conseguem inspirar um de dois sentimentos: vontade de rir ou vontade de lhes bater, dependendo dos dias.

Já não me bastava o bom do tio A., o mééééstre dos mestres das rotinas e da previsibilidade, cujas piadas são invariavelmente as mesmas e sempre nas mesmas ocasiões ("Uma vez, num cruzamento em Paris, houve um grande acidente...") levando a coisa a um tal ponto de refinamento que, em todos os Natais, consegue sempre entornar o copo de vinho tinto (sempre tinto...), na toalha com azevinhos bordados (sempre a mesma toalha...), no momento em que decide repor o líquido nos copos dos restantes convivas (sempre no mesmo momento... ). Sempre. Tudo sempre, tudo igual. Todo o santo Natal... 

Já não me bastava, dizia eu, e vejo-me agora a albergar no colo mais uma santa rotina imposta... todos os anos, e nos últimos dias úteis antes das festividades, o espiríto natalício "baixa" no colega da frente e o dito, possuído!, põe a tocar toooooda uma selecção de músicas de Natal feita por soi-même. De várias épocas e representativas de várias correntes musicais, mais animadas ou a apelar para o sentimentalismo, com sininhos ou rockalhada como pano de fundo... enfim, toda uma panóplia que faz questão de partilhar com os restantes "habitantes" da sala de trabalho. Todo o dia. Todo o santo dia. Em loop...

Hoje, logo por azar, estou num dia em que a vontade que fala mais alto é a de lhe bater... Sei que não é sentimento digno da época mas reparem... acabei de ouvir Mariah Carey seguida da Kylie Minogue... há limites!!

Porque diz que é o fim do mundo em cuecas!

(Esta expressão é tããão linda..!)


It's The End Of The World As We Know It (And I Feel Fine) 
R.E.M.

That's great! 
It starts with an earthquake 
Birds and snakes 
An aeroplane 
Lenny Bruce is not afraid 

Eye of a hurricane, listen to yourself churn 
World serves its own needs, dummy serve your own needs 

Feed it off an aux speak, grunt, no, strength, no 
Ladder start to clatter with fear fight down height 
Wire in a fire, representing seven games 
A government for hire and a combat site 
Left of west and coming in a hurry 
With the furies breathing down your neck 
Team by team reporters baffled, trumped, tethered, cropped 

Look at that low plane! Fine, then. 
Uh oh, overflow, population, common group, but it'll do. 
Save yourself, serve yourself 
World serves its own needs, listen to your heart bleed 

Dummy with the rapture and the revered and the right, right. 
You vitriolic, patriotic, slam, fight, bright light, feeling pretty 
psyched! 

It's the end of the world as we know it. 
It's the end of the world as we know it. 
It's the end of the world as we know it and I feel fine. 

Six o'clock - TV hour. 
Don't get caught in foreign towers. 
Slash and burn, return, listen to yourself churn. 
Locking in, uniforming, book burning, blood letting. 

Every motive escalate. 
Automotive incinerate. 
Light a candle, light a votive. 
Step down, step down. 
Watch your heel crush, crushed, uh-oh, this means no fear, 
cavalier. 
Renegade steer clear! 
A tournament, tournament, a tournament 
of lies. 
Offer me solutions, offer me alternatives and I decline. 

It's the end of the world as we know it. 
It's the end of the world as we know it. 
It's the end of the world as we know it and I feel fine. 

The other night I dreamt a nice continental drift divide, mounts sit 
in a line 
Leonard Bernstein, Leonid Brezhnev, Lenny Bruce and Lester 
Bangs. 
Birthday party, cheesecake, jelly bean, boom! 
You symbiotic, patriotic, slam, book, neck... 

Right? 
Right! 

It's the end of the world as we know it. 
It's the end of the world as we know it. 
It's the end of the world as we know it and I feel fine 
(It's time I had some time alone)

quarta-feira, dezembro 19, 2012

Publicidade


Perfil

Árvore de Natal "no forno"...

Amor


terça-feira, dezembro 18, 2012

Boicote na calha


Mais uns a querer aproveitar-se do trabalho e talento dos outros... 

Pano encharcado e quente nas trombas, já!

Sentido


Convite

A entidade patronal, mesmo em tempo de crise, convida para a festa de Natal. 

A entidade patronal, como sempre e apesar das críticas (pelo menos, as minhas), continua a convidar os "colaboradores e respectivos filhos (as)" (adorei! são o Guterres e o Cavaco com o "portugueses e portuguesas" e são estes a tratar os colegas como débeis mentais pondo a hipótese que, escrevendo só filhos, alguém ache que menina não entra!). Os outros, os que não procriaram a tempo, continuarão a trabalhar, naturalmente, o evento não é para eles.

Perguntam-me: mas esses não podem ir? 

Podem. Mas sendo que o programa das festas é composto por "insufláveis, zona de brinquedos e pinturas faciais" eu diria que não atrai... (a não ser que se tenham decidido por outros "insufláveis" e outros "brinquedos" e não tenham avisado ninguém...)

Mas tudo bem, este ano para mim é pacífico: o Pai Natal não vem, não me interessa. Assim já não tenho que me dar ao trabalho de me digladiar com crianças de três anos para me sentar ao colo dele.

Natal. Aos bocadinhos.

Devarinho, aos poucos, cada ano que passa consigo dar mais um passo, cada ano que passa consigo que as luzes me firam menos os olhos, que o cheiro a canela me adoce em vez de me repelir, que a perspectiva dos dias festivos me confira brilho em vez de me embaçar. Um bocadinho mais. Um bocadinho de cada vez. Em cada ano, começo a voltar a mim, a ultrapassar o engulho que a entrada no último mês me tem vindo a provocar, a angústia de ter que sobreviver a ele, o tormento das festas outrora tão queridas. Aos poucos. 

Num ano, o primeiro, escolhi a dormência e a fuga logo a seguir. Depois, no seguinte, quase que só a tactear de forma a controlar a náusea, fiz uns poucos embrulhos, mantive as bolas e fitas adormecidas na sua caixa, cumpri o meu papel e suspirei de alívio por não me ser exigido mais. No outro, e porque sempre houve quem não me quisesse deixar cair e se esforçasse para me puxar para fora do buraco da melancolia, dei as minhas mãos aos enfeites de uma outra árvore e dispus-me à fornada de biscoitos por mim inventada, ainda que em cozinha alheia, na ilusão de que o "fazer" pudesse mudar o "sentir", não conseguindo, no entanto, evitar alternar entre entusiasmo e vontade de fugir...

Hoje, no dia de hoje, reparo que já vamos a meio do mês e que as luzes me fizeram ir de novo para a rua. Hoje noto que a lista do-que-dar-a-quem, feita só agora de forma natural e leve, já não me pressiona contra a parede; hoje sinto que o meu espaço, o meu novo espaço, me impele a dar-lhe cor e luz, como tela em branco, limpa e fresca, pronta para ser preenchida por uma outra vida; hoje tenho vontade de me mexer entre tachos e panelas a fumegar, os meus tachos e as minhas panelas, e presentear quem me rodeia com os meus sabores; hoje tenho vontade de fazer embrulhos; hoje quero voltar a fazer uma árvore, nova e diferente; hoje quero perfumar-me com os aromas da época. Nem que seja só um borrifo. Porque hoje, pelo menos hoje, o meu Natal voltou a ser um bocadinho bom.

segunda-feira, dezembro 17, 2012

Pérolas da porca #17

"Pois, foi isso que aconteceu com essas capas. Nós, ao guardámo-las, elas estragaram-se."


Olha, viste... está a melhorar! Não ter sido guardamozi-as já é uma grande sorte!!

Meu Jesus Cristinho, o meu mais sentido obrigado!

A colega "decibelicamente" aumentada está rouca!

domingo, dezembro 16, 2012

sexta-feira, dezembro 14, 2012

Porque me anda a perseguir há dias quando já não me lembrava dela há muito tempo...

("'Cause I am pushing cobwebs and I'm folding into myself...", cantarola ela sem dar conta...)

 
Mean Sleep
Cree Summer featuring Lenny Kravitz

What can we scrape together 
With just the flesh as evidence 
Handfuls of hate and the bittersweet ambivalence 
'cause I am pushing cobwebs 
and I'm folding into myself 
Who will find me under this mean sleep 

How could the clouds tease us into thinking it might rain 
How could the need deceive us into thinking things might change 
I had a mean sleep over you 
and it hurts coming back to life 

You could burn a thousand days 
And I would need no other light 
You could die a thousand ways 
And I'd still love you back to life 
But my needs rising angry 
and loneliness like quicksand 
Who will find me under still mean sleep 

How could the clouds tease us into thinking it might rain 
How could the need deceive us into thinking things might change 
I had a mean sleep over you 
and it hurts coming back to life 

I am lost to the longing 
I am moulded by my memory 
Had shut down half my mind 
Just to still the space you left behind 
'cause I am pushing cobwebs 
and I'm folding into myself 
Who will find me under this mean sleep 

How could the clouds tease us into thinking it might rain 
How could the need deceive us into thinking things might change 
I had a mean sleep over you 
and it hurts coming back to life

Jizas!!

26 Santas that would scare the hell out of Jesus


Pequena mostra para que os mais impressionáveis decidam, em consciência, se querem avançar link adentro ou não:


"Sinto falta de quem eu era..."

A morte não é a maior perda da vida.
A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos...
Pablo Picasso

Cura


quinta-feira, dezembro 13, 2012

Às que querem MAIS

You still fascinate and inspire me

Não me lixem, isto é bonito, caraças...!

Perfil

'Tou feita a rainha dos passatempos (ela é cinema, ela é azeite, ela é maquilhagem...)!

Ela é maz'é a crise, meus caros! E é também a vontade de não me subjugar a ela. Por isso, olha, lá vou tentando dar-lhe a volta por outro lado... que se aguente!  ;)

quarta-feira, dezembro 12, 2012

Contagem

E lá começam as festividades e, com elas, os doces variados, não há chá verde que nos valha... Caraças, pá, o Natal não é amigo...


(Hoje: duas fatias de tarte de abóbora, três chávenas de chá verde. Vamos ver quem ganha...)

Energizando

Recebi ontem uma mensagem/corrente para que hoje, 12/12/12, às 12h, me esforçasse para ter pensamentos positivos e com isso contribuísse para criar uma carga energética do bem em corrente. Pois, vamos lá a isso!


Hhuummmhhmummmmhuuummmmhhuuumummummmuuhmmm...! Pronto, já está, energia positiva enviada por esse espaço sideral a fora para quem a quiser apanhar!


Ah, já agora, devolvam da vossa, ok? Por estes lados também se agradece...

Alinhamento

12.12.12

terça-feira, dezembro 11, 2012

Outras pérolas

Não "da porca" mas "a porcos". É um sentimento que me tem vindo a assolar nos últimos tempos e em ambiente profissional. Eu dou, eu alerto, eu contribuo, eu aviso, eu tento ensinar, eu ajudo e os porcos... chafurdam na lama!!

Estou cansada...

Aceito a oferta?


segunda-feira, dezembro 10, 2012

sexta-feira, dezembro 07, 2012

Toques (quase tão maus como os rectais...)

De vez em quando é a versão mais antiga do "You make me feel brand new" a ecoar pela sala, alto e bom som. Enquanto a dona atende e não atende, lá levamos nós com a piroseira lamechas a cheirar a mofo que, para mim, está ao nível do quadro do "menino da lágrima" ou do pote de flores de plástico em cima da televisão.

De quando em vez é o "The only way is up" da Yazz a gritar-nos aos ouvidos, com as suas buzinadelas de camião como pano de fundo. Percebo agora porque é que a tipa, no vídeo, saltava como um mola agarrada aos suspensórios brancos e tinha o cabelo em pé..!

Música em vez de toque clássico, não acho mau. Música dos anos 80, ok, foi uma época rica musicalmente falando. Música dos anos 80 que até na altura era uma trampa de bradar aos céus é que era escusado!

Tenham paciência, caros colegas, o limite para a nostalgia e para o revival tem mesmo que ser o bom gosto...

Eeeeeee... virou!


Descida

"Desci esta madrugada a um inferno de recordações e, quando escapei dele, ocorreu-me como seria bom que houvesse para a alma o equivalente do hammam, o banho turco, onde com lavagens e massagens se renova a pele, abrem os poros e tonifica a musculatura.

Seria bom, mas não há. Nem sei de maneira que, nessas ocasiões, trave o diabinho cuja função é destapar a panela onde fervem as lembranças que nos afligem. E quanto mais desejamos que o suplício pare, mais ele sopra, avivando os maus momentos com a diligência de quem acarreta achas para a fogueira.

Nessa disposição me encontro, perguntando-me se não haverá maneira de deitar a outrem a culpa das minhas aflições. Suponho que não há. Pior: com o andar dos anos aprendi que a culpa é sempre minha, só minha, e cada vez que tento sacudir a água do capote ou choro lágrimas de inocência, o diabinho chama o chefe, com as tenazes grandes e o tridente afiado.


Céu cinzento, morrinha, nevoeiro, maus pensamentos, ressaca da vida. E porque nada se vê, dou os bons-dias, sorrio a quem passa, estou bem, obrigado, cuidado com a porta, veja se tem troco, isto está de chuva, tira daí o gato, o padeiro demora, o enterro é às cinco."

J. Rentes de Carvalho
in http://tempocontado.blogspot.pt/


Nota: dedicado às minhas noites de pesadelos. Na mouche!

Outra nota: há textos que nos lêem. Há textos que nos acrescentam. Há textos que nos remetem à nossa real dimensão. Há textos que nos arrancam um sorriso, mesmo quando são tristes, por serem tão bons. Este é um daqueles que é tudo isto...

quinta-feira, dezembro 06, 2012

A beleza das "bodas"...


Hífen vulgo "tracinho" para os mais básicos

O que é que se passa com as pessoas e com os hífens? O que é que se passa?? Porque é vê-los cair, por aí, a torto e a direito, até nos jornais (!) e eu não percebo porquê. Até me dei ao trabalho de investigar se seria o raio do novo acordo a dar conta deles todos, a fazê-los tombar para a valeta dos "em desuso", não fosse ter-me escapado alguma coisa, mas não é... Há alguns casos, sim, quando se trata de algumas palavras compostas e também num caso muito específico (UM!!) tratando-se de um verbo, é verdade, de resto, lamento, NÃO CAI!! NÃO CAI!!!, nem nunca esteve previsto que caísse. Portanto, meu caros, escusam de continuar a fingir. Já percebi que, assim como quem não quer a coisa, andam a tentar pendurar-se no novo acordo como desculpa para a vossa própria ignorância. Mas há que apontá-lo com frontalidade: o acordo não aprova qualquer alarvidade linguística da qual vocês se lembrem por isso, temos pena, mas vão ter mesmo que aprender a escrever! Verbos, por exemplo, que até é uma coisa gira, e sim, com tracinho a combinar e com pronome a finalizar. Porque, e para começo de conversa repito, o dito NÃO CAI!, mantém-se firme e hirto na horizontal, separando o que deve estar separado, mantendo as devidas distâncias, não querendo cá misturas mas mantendo o fiozinho de ligação politicamente correcto! É um snob, é, mas é essa a sua função. Não nos vamos agora armar em comunas extremistas também na língua porque não, aqui a malta não é toda igual. Portanto, e passando a exemplos para quem não está a ver bem do que estou a falar: não se escreve nem se vai passar a escrever "dei te", "pedi vos", "contei lhe", "deito me". 

Nem "F*** VOS" a todos, vejam só..! Nem mesmo "F*** VOS" a todos, boa???

quarta-feira, dezembro 05, 2012

Pica. Ponto.

Um dia avisaram-me, em relação a tudo na vida, que tenho que ter cuidado com a minha rigidez. Que a vida não é desenhada com régua e esquadro, que quem anda nela sempre a direito acaba por não fazer bem as curvas...  e eu concordei. Desde então, tenho feito um esforço no sentido de ser mais maleável, mais tolerante, menos ângulo recto comigo e com os outros.

Um dos meus pontos de honra sempre foi a pontualidade. Assim me ensinaram, assim sempre procedi, assim dividia o mundo, entre quem é pontual e quem não é. Escusado será dizer que a parte "atrasada" me dava nos nervos... Escusado será dizer que, se me via nela, ainda que por uns segundos, me dava nos nervos.

Mas, e na senda de limar as minhas arestas e evoluir no sentido de um certo "arredondamento" (e contribuir para mais saúde do meu sistema nervoso), tenho vindo a mudar o meu diálogo com os ponteiros do relógio, calma e sossegadamente, sem zangas, não deixando que eles ditem o compasso à risca, encarando os cinco-minutos-que-já-passam-da-hora como gente do bem e relaxando um pouco nas ocasiões que assim o permitem.

Hoje, resolvo analisar a aplicaçãozinha informática onde estão registados os meus horários de entrada e saída na entidade patronal por uma razão que nada tinha a ver com este assunto. E eis senão quando reparo que ontem cheguei às 9.56h. E 19 segundos.

E que hoje cheguei às 9.56h. 

E 19 segundos.


Senhores, é a prova que faltava...eu "estou lá"!

Nowadays...


quinta-feira, novembro 29, 2012

Pérolas da porca #16 (isto hoje está um fartote!)

" Você não imagina, o homem estava furioso a falar comigo, o homem estava todo enchispado!" 


(vem de chispe, certamente... deve trabalhar numa pecuária...)

Pérola da porca #15

A propósito de um problema técnico com emails em série: 

"Sôtore, já falei com os técnicos e já percebi: eles disseram que não convém abrir esses emails, sôtore, porque abrindo despoluta uma reacção em cadeia que..."


(E diz ela que andou na faculdade a tirar um curso de comunicação. Eu até acredito mas tenho que me perguntar: seria para comunicar em que língua??)

quarta-feira, novembro 28, 2012

Saudade

"(...) Na saudade incessante de alguém ausente, está a saudade do que éramos com ele, ou com ela, da verificação da nossa permanência no outro. É uma espécie de certeza da continuidade do nosso ser. Na saudade revisitamos os outros, mas mais importante ainda, aproximamo-nos de nós!" 

Texto completo aqui.

Jantar

Ontem foi ervilhas guisadas, Nestum mel e canja.

Por esta ordem.

Vale-me o estômago de cabra.

quinta-feira, novembro 22, 2012

Estou velha, só pode...

E pronto, é oficial, os brinquedos já não são o que eram e as criancinhas também não... agora, segundo o anúncio que acabei de ver, já não se pede ao Pai Natal uma casa de bonecas... pede-se um loft! Não tarda, o que está a dar são as Tuchas com implantes de silicone... (Tuchas?? Quem são essas??)

quarta-feira, novembro 21, 2012

O parquímetro e a gaja-que-é-gaja

Escaldada com os recentes "mimos" com que tenho sido presenteada no limpa pára-brisas, disponho-me a pagar o mínimo dos mínimos, o suficiente para me descansar por uns dez minutos que é o tempo que pretendo demorar. Azar dos Távoras, na carteira só tenho uma moeda de dois euros e outra de vinte cêntimos, sendo que o mínimo são vinte cinco... Noutra altura do campeonato, eu teria borrifado e confiado nos santinhos do parquímetro, mas numa análise mais atenta da área circundante reparo que eles "andem aí"... a boa da carrinha cheia de fita amarela e bloqueadores ronda as imediações e não tarda chega perto da minha viatura. Furiosa e acreditando que nenhuma loja estaria agora na disposição de me trocar os tais dois euros em moedas mais pequenas, resolvo que os "abutres" têm obrigação de me ajudar e com distinta lata lá me dirijo às criaturas. Confronto-os com o problema, queixo-me, argumento que dois euros é um exagero para o tempo que quero demorar, que só quero ir ali num instante ao centro comercial do outro lado da rua, são dez minutinhos, o que hei-de fazer, o que hei-de fazer... e eles, simpaticamente, dizem: "Prontos, vá, ponha lá um papel a dizer que foi trocar dinheiro, vá... mas não se demore! Por nós, prontos, não há problema mas há outros colegas na área, eles quanto muito não a multam na primeira volta mas depois passam pelo carro outra vez e aí, prontos, pode ter azar...". Agradeci muito a boa vontade (e, cá para nós que ninguém nos ouve, a ingenuidade também porque, convenhamos, tivesse o homem-que-é-homem atentado bem nas minhas palavras e perceberia que gaja-que-é-gaja NUNCA demora só dez minutos num centro comercial...) e lá segui o meu caminho. Fiz o que tinha a fazer, demorei mais que o tempo previsto (olha que espanto!) e quando cheguei ao carro nem sinal de multa ou fita amarela! Uns fofos, é o que eles são!

Conheço quem vá dizer que o facto de, no momento desta conversa, eu envergar um vestidinho preto, justo e curto, com botas de cano alto a compor o ramalhete, terá contribuído para suavizar a rigidez do profissional de bloqueio automóvel. E eu, a essas bocas foleiras, só tenho a dizer uma coisinha muito simples: meus caros, em tempos de crise, cada um usa as armas que tem! ;)


Nota importante: e assim, sem querer, fiquei a saber que o recadinho a indicar que fomos trocar dinheiro algures pode, de facto, fazer-nos ganhar uns minutos gratuitos!

segunda-feira, novembro 19, 2012

Ditirâmbico

adj. 
Que diz respeito a ditirambo. 

ditirambo s. m. 
1. Canto litúrgico em honra de Baco. 
2. Poesia em que se celebra o vinho. 
3. Qualquer poesia exprimindo entusiasmo ou delírio. 



Olha que giro... uma "vai buscar" a outra... 

Eu explico: a mim, só faz sentido honrar Baco ou celebrar o vinho se tiver um copo do dito na mão. Um copo do dito na mão chama logo mais dois ou três. Mais dois ou três são meio caminho andado para que eu revele, sem pudores, as minhas qualidades de oradora, tornando a declamação de qualquer tipo de poema numa experiência deveras entusiasta e delirante, para mim e para quem me estiver a ouvir! Temos que concluir que faz todo o sentido! :)

Mas onde é que estava a máquina das senhas???

Há quem diga que levar umas valentes chapadas na cara de vez em quando, ou em determinados momentos chave, é o que nos leva depois a desemburrar e a seguir em frente. Eu não sei ainda se acredito. É que a mim, receber valentes chapadas na cara, assim no imediato e enquanto não me passar o escaldão na bochecha - sendo que sou dona de bochecha sensível e com memória de elefante - só me dá vontade de DEVOLVER valentes chapadas na cara até à eternidade, mais nada!

Deve ter sido pelo facto de, quando começaram a distribuir a possibilidade, lá no limbo, de os seres humanos na calha ingressarem numa vida terrena mais voltada para um plano espiritual elevado e superior, eu ter ido à casa de banho tratar de assuntos... vá... mundanos...

domingo, novembro 18, 2012

Eu


























Girl Before a Mirror, 1932
Pablo Picasso

sexta-feira, novembro 16, 2012

Hoje é o dia do desassosego

'Bora desassossegar?!?

Perfil

Azul "pitról"...

quarta-feira, novembro 14, 2012

terça-feira, novembro 13, 2012

sexta-feira, novembro 09, 2012

Coutelle's Garden















(detail)
62x62in
Damian Elwes, 2012

Inspiração visual


Infinitivos

A evitar cair na mediocridade. A ter noção de que está nas minhas mãos. A querer mais, mais, mais! e a saber que me cabe mesmo não sabendo exactamente o quê ou como. A não querer um dia olhar para trás e perceber que fiquei áquem de mim mesma. A combater o medo e a insegurança de menina pequena encolhida no chão, abraçada às pernas, como me vi um dia sozinha na sala de brinquedos do infantário, enquanto os outros meninos dormiam a sesta, porque eu era a menina que nunca queria fechar os olhos, que ansiava absorver a vida e o mundo a cada segundo, que não queria perder pitada de nada, que via a noite como um desperdício de tempo e o sono como uma dormência, uma espécie de coma que nos retirava da vida, mas que também era a menina que temia os olhos de vidros dos bonecos tão grandes à sua volta, que pareciam alimentar-se do silêncio daquela sala para se movimentar, e a remetiam a um canto no chão, atenta, de olhos bem abertos mas encolhida abraçada às pernas. A ficar cansada da "mesmice". A sentir uma alma grande demais para este corpo. A querer que ela extravase, derrube os limites, que seja grande, do tamanho que acho que é, que seja mais e melhor, que evolua, que cresça. A acreditar - ainda que por pura fé - que viemos a este mundo para aprender e para nos superarmos e que devemos olhar as adversidades como uma prova, um desafio que o universo nos está a enviar para que percebamos o que temos que mudar em nós. A acreditar também no liberum arbitrium, cada um fará com esse desafio o que quiser, aceita-lo-á ou não, e a querer efectivá-lo em mim e vencê-lo. A sacudir a frustração. A aninhar-me no colo do amor e da amizade para recuperar as forças quando o mundo parece pesar demais nos ombros. A limpar as lágrimas no fim da peça, não por achar que não posso chorar, que não devo chorar, que devo simplesmente seguir, deixando o choro retido para trás, mas justamente porque lhe quero dar a mão, acolher para que me acolha também e me limpe, libertando-o sem condicionantes, no meu canto, sem ter que o sujeitar a dar explicações. A olhar para o espelho, para os olhos tristes que parecem pendurar o peso da alma, e a buscar no fundo deles a centelha que denuncia que o brilho não se foi, aguarda apenas que se lhe destape o véu. A tentar dominar a preguiça mental que se espalha no terreno fértil da rotina. A agarrar com as duas mãos a mordacidade que ainda subsiste para a confinar, subjugar, recusando-me a dar-lhe tempo e espaço que se vejam desprevenidos. A moldar-me devagarinho...

A não querer ser outra, a querer ser a mesma, não a mesma que sou mas a mesma que posso ser.

O momento histórico em que encontrámos o caixote mais vital de todos

quinta-feira, novembro 08, 2012

segunda-feira, novembro 05, 2012

Assaltos

Segundo a mesma fonte, no assalto, que ocorreu à 01:45, os três homens provocaram a explosão da caixa Multibanco, causando danos avultados no edifício da junta de Freguesia, onde o equipamento estava instalado. Os três homens não conseguiram consumar o assalto e fugiram numa viatura ligeira. 

Isto intriga-me. O que leva alguém a pensar em assaltar algo fazendo um estrondo do caraças em plena madrugada??? Assim de repente... acham que niguém vai ouvir? Que, lá na aldeia, a malta anda toda a soporíferos, incluindo os agentes da GNR?? Não viram filmes na sua infância, não aprenderam que os ladrões vestem escuro e andam sorrateiros, silenciosos, justamente para não dar nas vistas? Depois dá nisto, tanto trabalho para nada. Não percebo...


Ora aqui está um exemplo de coisa bem feita! Ninguém viu, ninguém ouviu e cumpriu-se o propósito! De tal forma que até deu tempo para ir ao bar da casa paroquial roubar cervejas!  Ok... não rendeu muito mas pronto, deu para o gasto da gasolina e as bebidas da próxima jantarada em casa da prima Casimira estão já asseguradas. Sim, senhor, ladroagem com nível.

Hoje é de...

... leite quente com canela...

domingo, novembro 04, 2012

Oferecida

“It's not who you are that keep's you back, it's who you think you're not. So start believing in yourself!”
Unknown

sábado, novembro 03, 2012

Os que gostam de ti...

Os que gostam de ti não se deixam enganar com os erros que fazes
ou com a imagem negra que tens de ti.
Eles lembram-te da tua beleza, quando te sentes feio;
da tua grandeza quando estás destroçado;
da tua inocência quando te sentes culpado;
e do teu propósito quando estás confuso.
Ditado africano

quarta-feira, outubro 31, 2012

Posição


Ser

"Se tenho que ser um objeto, que seja um objeto que grita.”

Clarice Lispector

terça-feira, outubro 30, 2012

Conta-se mais uma ou menos uma? Nunca sei...

Odeio esta mudança da hora, odeio!! Detesto a penumbra, a escuridão, quero luz, quanto mais luz melhor! Irra, que não sei quem foi o iluminado (ou melhor dizendo, o "escurecido", que é o que ele é!) que decidiu que, assim que se sai do trabalho, e de Inverno, tem que se ir a correr para casa! Sim, porque é isto que consegue! Quem é que vai fazer qualquer outra coisa se o relógio diz que ainda é cedo mas o escuro do céu não?? Porque, psicologicamente, isto infuencia, isto afecta, não vamos para a "galderice" lanchar com as amigas ou às compras ao centro comercial quando já é de noite e deviamos era estar em casa a preparar o jantar! Uma pessoa nem relaxa, uma pessoa tem que se reger só pelos ponteiros e fica num nervoso que só visto! Está tudo escuro, hão-de ser horas de recolher, é o que o nosso íntimo nos diz... E se, mesmo apesar disso, c****** na taça e vamos, pode acontecer comámim que, numa esplanada no outro dia, às páginas tantas já não conseguia ver a cara da amiga que estava à minha frente! Nem percebia se acenava com a cabeça ou não. Ouvia as respostas mas nem os olhinhos eu conseguia ver mexer... só via a brasa do cigarro para lá e para cá... era como se ela tivesse uma burka sem respiradouro, ou lá o que é, ou um fato daqueles de super herói que faz com que o dito se camaleone e adopte as cores envolventes. Naquele caso, era preto, tuuuuddddo preto... E a minha figurinha?? A falar para um ponto imaginário na negritude, com os olhos semicerrados, e a perguntar de quando em vez "percebeste?", mesmo não vindo a propósito, para me certificar que ela não se tinha entretanto levantado..?? Também foi uma coisa linda de se ver...

E pronto, assim do nada, e para as criancinhas não verem noite quando se levantam (eu fui para a escola anos e anos assim e não morri!!), se transforma um quase-ainda-meio-de-tarde numa noite e uma pessoa que até se sabe comportar "no social", numa vesga repetitiva... Não há direito.

"Bebézino"




















Cão C.

"Opá, só tenho 6 mesinhos, ainda preciso de colo..."

:)

segunda-feira, outubro 29, 2012

Frase do dia

"(...) Those who seem to have it all together, don't react to anything and aren't really dealing with life (...)."

in The Daily Love

A culpa é da culpa

E foi ter direitinho àquela "esquina" bem lá no fundo das profundezas da minha pessoa, sem GPS nem nada... irra, que até assusta!

Assentando...

















A água do banho não estava quente o suficiente, o microondas novo e "pandeleiro" não entende o que é aquecer água (SÓ aquecer água!), a máquina do café demorou a arrancar sei lá porquê (e ela também não sabe porque não fiz nada de especial e, de repente, começou a funcionar), não existe uma única peça de roupa que não necessite ser passada (valha-nos o acessorizing...!), ainda não decorei em que mala ou caixa está o quê, a arrumação provisória ainda não me faz qualquer sentido, só consegui encontrar um casaco diferente dentro... do armário da sala(!) (há duas semanas só uso dois, os únicos que consegui separar, já estava no meu limite!), já ganhei duas nódoas negras por andar a tropeçar em caixotes...

Ainda assim... já lá estou... e de manhã o sol entra pela janela do quarto... :)

sexta-feira, outubro 26, 2012

É verdade, não sou uma pessoal normal... E o prazer é todo meu!

E para animar uma amiga que não recebe notícias de quem queria, com a celeridade com que queria, e que precisa de alguém ao seu lado com bom senso, um ombro amigo que lhe ofereça algumas palavras sábias e equilibradas, de paz e tranquilidade, que ajudem a controlar a sua ansiedade, sai o seguinte da minha linda boquinha: 

"Não stresses, se calhar ainda não teve tempo para ler e responder ao email com calma. Sabes lá, se calhar hoje é o dia em que fica com os filhos ou em que a ex-mulher lhe pôs uma galinha preta decepada na caixa do correio ou em que foi ao trabalho dele fazer um escândalo toda nua..."

Coisas assim normais... que acontecem... na vida de qualquer um... ;)

Frase do dia

"I think when you get to the point where you don't need to be in love, then you could be in love. You have to just be OK with yourself."
John Cusack

Leitura do Livro da Sabedoria

Para tudo há um momento e um tempo para cada coisa que se deseja debaixo do céu: 

tempo para nascer e tempo para morrer, 
tempo para plantar e tempo para arrancar o que se plantou, 
tempo para matar e tempo para curar, 
tempo para destruir e tempo para edificar, 
tempo para chorar e tempo para rir, 
tempo para se lamentar e tempo para dançar, 
tempo para atirar pedras e tempo para as juntar, 
tempo para abraçar e tempo para evitar o abraço, 
tempo para procurar e tempo para perder, 
tempo para guardar e tempo para atirar fora, 
tempo para rasgar e tempo para coser, 
tempo para calar e tempo para falar, 
tempo para amar e tempo para odiar,
tempo para guerra e tempo para paz. 

Apostaram?

Pois... afinal não valia a pena...

A Coca-cola resultou, o tempo de espera foi suportável, enfim, tudo a contrariar as probabilidades e eis senão quando, à "boca de cena", e comigo já a pensar que mais um bocado e a coisa começava a ficar preta, a enfermeira diz: vai entrar a seguir, faça favor de ir ali ao fundo à casa de banho... esvaziar a bexiga!!


Era outro tipo de exame...

quinta-feira, outubro 25, 2012

Murphy, filha, fica sossegadita, ok???

A preparar-me para enfiar uma lata de Coca-Cola no bucho daqui a nada.

Objectivo: ecografia.

Argumento: truque da mãe, enche a bexiga num instante, basta beber uma hora antes ou até menos, e por isso não causa quase nenhum sofrimento. Já experimentei várias vezes, NENHUM médico reparou e o exame decorreu lindamente.

Hipóteses:
a) a trampa da Coca-Cola não produz o efeito esperado a tempo e vão-me mandar esperar mais um bocado e, a dada altura, vou-me andar a contorcer pelos corredores e a controlar-me para não agarrar as enfermeiras pelos colarinhos enquanto espumo pela boca e pergunto: quando é que é a minha vez?????

ou

b) a trampa da Coca-Cola produz o efeito esperado a tempo, eu vou estar "bela e amarela" na sala de espera como se não fosse nada, vou dizer à enfermeira que sim, senhora, bebi os 350 litros de água como mandaram e ela vai acreditar mas os exames vão estar atrasados, não vou ser atendida a horas e, a dada altura, vou-me andar a contorcer pelos corredores e a controlar-me para não agarrar as enfermeiras pelos colarinhos enquanto espumo pela boca e pergunto: quando é que é a minha vez?????

ou

c) corre tudo conforme esperado.



Apostas?

quarta-feira, outubro 24, 2012

O amor em museu. Ou melhor, o que restou dele...

Em vez de colocar as tralhas numa caixa na arrecadação ou de as queimar em cerimónia catártica ou até de as atirar janela fora com vista a acertar na 'mona' do(a) companheiro(a) em debandada, que tal enviá-las para Zagreb?? Sai um bocadinho mais caro, é verdade, mas é de um "chique" total poder dizer que se doou a um museu...!



Ler mais sobre o assunto aqui.

By the way...

... já não me bastava ontem o Odivelas meets Caxias na mesa do lado (não fui eu que disse, foram eles, embora desconfie que chegasse lá sem explicação. Digamos que os modos, deles e delas, engalanados com as tattoos de gosto duvidoso, os brincos a la Ronaldo, os calções mini "estou-mais-para-cinto-largo" e o botim compensado de veludo vermelho, já me tinham dado todas as dicas, mais subúrbio, menos subúrbio), hoje chego aqui e levo com a colega ao telefone, durante mais de uma hora!, com uma conversa absolutamente surreal com o marido sendo que o objectivo era explicar-lhe algo no âmbito da informática...

Ponto um: a dita tem problemas auditivos logo fala uns décibeis acima do normal. 

Ponto dois: a irritação proveniente do facto de não se estar a fazer entender junto do aparentemente obtuso cara metade imprime uma acidez à voz que nos arranha o canal auditivo. 

Ponto três: depois de muitos "ai, por amor da santa", "mas ainda não entendeste???", "não tens a mania que és esperto?? então, não consegues??, "ó pá, cala-te mas é, pareces parvo!" - o que por si só já se dispensava, boa?? - sai-se, a dada altura, com a seguinte: olha, sabes uma coisa?? Mais vale levar no c* do que estar aqui a aturar-te!!


A sério, o que é isto, 'jizas..!?! Onde é que eu estou??? Eu mereço???


(By the way, quando disse que gostava de ver grandes chuvadas esqueci-me de acrescentar "estando dentro de casa"!)

(By the way também, os tão promovidos condicionadores, shampôos, máscaras e afins "anti-frizz", cujos anúncios mostram fulanas a mergulhar em cascatas e a tomar banho à mangueirada, saindo de lá com o cabelo impecavelmente liso, é feito com cabeleiras sintéticas à prova de bala, só pode! A minha cabeleira, quanto muito, fica empapada.... e frisada, vejam só...).

"Desenovelemo-nos"


Recomeça

Recomeça… 
Se puderes 
Sem angústia 
E sem pressa. 

E os passos que deres, 
Nesse caminho duro do futuro 
Dá-os em liberdade. 

Enquanto não alcances, 
Não descanses. 

De nenhum fruto queiras só metade. 
E, nunca saciado, 
vai colhendo ilusões sucessivas no pomar. 
Sempre a sonhar e vendo o logro da aventura. 

És homem, não te esqueças! 
Só é tua a loucura 
Onde, com lucidez, te reconheças… 

Miguel Torga 
in http://asubaka.blogspot.pt/

terça-feira, outubro 23, 2012

"Noi trei" a abençoar o microcimento!
















"Acho que só o amor me pode salvar..."


Amor

Este fim de semana, por várias razões, senti-me "a que tem a imensa sorte de o receber". Espero, sinceramente, também se dever ao facto de o ter plantando...


segunda-feira, outubro 22, 2012

Há uns tempos atrás, por esta altura


E relendo, apesar da ponta de dor ao fundo do peito a levar-me de volta, reconheço a vida que tenho hoje em mim. Não é a vida de "antes", nunca mais poderá ser. Porque esta agora é a vida de quem passou e sobreviveu à dormência maior: a da alma.

À conversa com uma operadora de internet

"O serviço já foi desactivo..."


Oh, God...!

Breve viagem ao tempo do Conan, o rapaz do futuro

Dia chuvoso, na selva urbana lá iamos nós, encafuadas no carro de vidros embaciados. Não fosse a alegre conversa, dir-se-ia que tinhamos viajado no espaço e no tempo e nos encontravamos num planeta Terra destruído, já só cinzento, já só de betão, deprimente e soturno, frio e húmido. De repente, um som cavernoso mas ao mesmo tempo metálico, a despertar-nos do diálogo de amigas que nos distraía. De repente, um robot a falar connosco e a comprovar que sim, a viagem tinha-se dado e nós eramos as últimas sobreviventes da raça humana e só entre nós existia alguma cor. Lá fora, tudo estava morto e pálido. Fez-se silêncio e a medo olhámos pela janela para quem nos interpelava. A voz metálica continuava a vociferar, as três em choque, sem querer assumir, a temer intimamente pela nossa vida...

.........................................................


... e eis senão quando percebo que era um carro da polícia a informar-me através de altifalante que iria ser autuada por ter pisado um duplo contínuo...sh**!

sexta-feira, outubro 19, 2012

Estilhaços


Viver

"Viver é uma peripécia. Um dever, um afazer, um prazer, um susto, uma cambalhota. Entre o ânimo e o desânimo, um entusiasmo ora doce, ora dinâmico e agressivo. Viver não é cumprir nenhum destino, não é ser empurrado ou rasteirado pela sorte. Ou pelo azar. Ou por Deus, que também tem a sua vida. Viver é ter fome. Fome de tudo. De aventura e de amor, de sucesso e de comemoração de cada um dos dias que se podem partilhar com os outros. Viver é não estar quieto, nem conformado, nem ficar ansiosamente à espera. Viver é romper, rasgar, repetir com criatividade. A vida não é fácil, nem justa, e não dá para a comparar a nossa com a de ninguém. De um dia para o outro ela muda, muda-nos, faz-nos ver e sentir o que não víamos nem sentíamos antes e, possivelmente, o que não veremos nem sentiremos mais tarde. Viver é observar, fixar, transformar. Experimentar mudanças. E ensinar, acompanhar, aprendendo sempre. A vida é uma sala de aula onde todos somos professores, onde todos somos alunos. Viver é sempre uma ocasião especial. Uma dádiva de nós para nós mesmos. Os milagres que nos acontecem têm sempre uma impressão digital. A vida é um espaço e um tempo maravilhosos mas não se contenta com a contemplação. Ela exige reflexão. E exige soluções. A vida é exigente porque é generosa. É dura porque é terna. É amarga porque é doce. É ela que nos coloca as perguntas, cabendo-nos a nós encontrar as respostas. Mas nada disso é um jogo. A vida é a mais séria das coisas divertidas."  

Joaquim Pessoa
in 'Ano Comum'

quinta-feira, outubro 18, 2012

Encosto!

Ele há dias. E ele há fases. E ele há dias e fases em que parece que tudo nos cai em cima de uma vez ou em que nada corre bem. Eu já não sei há quanto tempo ando numa dessas, já me aconteceu de tudo um pouco... e quando julgo que agora é que é o fim, lá aparece uma trampa qualquer a emperrar, a fazer resvalar do caminho traçado, a testar a paciência e sanidade mental da minha pessoa!

Respiro fundo e, depois de num primeiro momento me exasperar com os fatalismos alheios, lá me disponho a deixar-me convencer por quem me rodeia e me diz "é a vida, é mesmo assim, faz parte..." (e disponho-me para ver se não dou em doida de vez porque, já agora convenhamos, queria cá estar para me ver chegar ao fundo do túnel e, se estiver confinada a uma camisa de forças aqui no pavilhão do lado ou falecida em cinzas numa caixinha qualquer, vai ser difícil...).

Por isso, lá vou levando... respiro, respiro mais uma vez, convenço-me de que estou a exagerar, que é tudo normalíssimo e lá volto ao caminho.

Hoje, estando em cima da mesa as "obras de santa Engrácia", só para começar - que, para mim, estão mais para fenómenos do Entroncamento do que outra coisa - e tratando de mil e quinhentos pormenores como é costume, desde a limpeza de vidros, à contratação de mais um gajo para pôr o chão, ao silicone que falta não sei onde, ao cano roto e mais o camandro!, ouço o seguinte do meu responsável de obra: 

"Olha, eu não sei mas... eu diria que, para além dessas coisas todas... também não seria má ideia mandares benzer a casa!!"
....

Vêem?? Vêem??? É porque isto é tudo normal, não é??? Claro..!

Eu, sinceramente, já não sei que diga... eu não sei se me rogaram alguma praga, se ando a pagar qualquer pontapé mal dado numa pedra que acabou por acertar na cabeça de alguém importante numa vida anterior, o que raio é... mas, convenhamos, vida, destino, alma penada ou viva, praga ou mezinha, ou seja lá o que for, começo a perder a paciência! E, por isso, só tenho uma coisa para vos dizer: ide todos para o c******, ok??? Ide de uma vez e ficai por lá!

Perfil

Estou feita uma empreiteira...

quarta-feira, outubro 17, 2012

E dei por mim a escrever...

"Mas enfim, tu conheces-me, em português como em direito, já vou além de ver o que está escrito, o que é de lei, para passar também a contestar a própria lei!"

E pronto, é isto, há que assumi-lo.

E a grande pergunta é...

Qual é a alternativa? 
"A lista de erros nas últimas seis semanas é extensa. Pedro Passos Coelho é responsável pessoal e politicamente por muitos deles. Muitos desses erros teriam sido possíveis de evitar se o Primeiro-Ministro não sofresse, ao fim de tão poucos meses de Governo, do clássico Síndroma da Redoma. Estou satisfeito com o curso dos acontecimentos? Obviamente que não. Este Orçamento do Estado é inexequível e representa um esforço, em larga medida, inglório. Esta semana tem sido uma espécie de catarse colectiva, envolvendo os cidadãos anónimos e as elites. 

Todos expressamos em tom de desabafo a nossa frustração por ter de trilhar um caminho que nos vai custar muito e de muitas formas, sem que haja aparentemente uma luz ao fim do túnel. Se a frustração é compreensível, sobretudo entre os cidadãos anónimos, entre os quais me incluo, às elites -- políticas, empresariais, jornalísticas, opinion-makers, entre outros -- pede-se e exige-se um pouco mais do que um exercício de catarse colectiva. Não basta que as elites digam que o Orçamento do Estado é inexequível. Para isso estou cá eu e os restantes cidadãos anónimos. É preciso apontar soluções e caminhos alternativos. 

O que é que, substantivamente, o Governo poderia e deveria fazer de diferente, no imediato, com o espaço de manobra político e financeiro que tem ao seu alcance? Esta é a questão que vale um milhão de euros, mas à qual ninguém responde de forma consistente e realista. A possibilidade de se referendar a permanência de Portugal no euro obrigaria a um debate sério e realista. Não haveria, para o bem ou para o mal, como fugir às ilacções a retirar dos seus resultados."

Paulo Gorjão
in  http://bloguitica.blogspot.pt

Perfil

Começaram os dias "encaracolados"...

Chocolat mousse for a rainy day...

Aleluia!

Haja alguém que saiba distinguir as palavras soalheira de solarenga e não utilize a última quando o que quer dizer se diz com a primeira! Irra, que já somos poucos!!

terça-feira, outubro 16, 2012

E aqui me penitencio... destes, e até agora, foram só dois...

Nem o DN escapa...

"O ex-casal não se entende quanto à divisão dos bens que foram acomulados ao logo dos seis anos de casamento."

Terá passado pela cabeça do respeitável DN que, sendo notícia da secção "cor-de-rosa", não vale a pena gastar tempo e dinheiro com a revisão de textos porque, assim como assim, "quem lê esta treta deve ser inculto mesmo por isso pode-se escrever de qualquer maneira"??

sexta-feira, outubro 12, 2012

Com saudades...

... de a ouvir cada vez que me ligam...

Ementas


(Lamb o quê, filho???)

Dilema de cantina

Epá!! Hoje há canja!... E strogonoff!... E pataniscas... e... e... e... eu não sei o que hei-de fazer!!!


(Nasci com alma de gorducha, não há hipótese...)

Invadidos!!

"Ah pois é, com esta medida, diziam na rádio, vai aumentar e muito a invasão fiscal!!"


E não é que, sem querer, não deixa de ter razão?!

quinta-feira, outubro 11, 2012

Já estive melhor...

Para começar, sair de casa com metade das unhas pintadas e a outra não porque a p*** da acetona acabou. Depois, chegar ao carro e ter um presente da EMEL. A seguir, lidar com a falta de brio profissional de alguns que agora sobra para mim. Agora, preparar para uma reunião com a duração prevista de uma hora (!) sabendo eu que dois terços da dita já estão calculados de modo a servir o gosto do interlocutor em ouvir a sua própria voz. Tudo isto regadinho com résteas de sonhos que ferem. Bom dia este...

quarta-feira, outubro 10, 2012

Uma das minhas máximas, agora também em "estrangeiro"...


Frase do dia

"É quando fugimos que estamos mais sujeitos a tropeçar."

Empatia astral ou "vai lá mazé' coincidir com outro!"

Ó sissa, estive aqui a pensar... é impressão minha ou já não é a primeira vez que as nossas vidas se reúnem atrás das nossas costas e combinam apresentar-nos situações semelhantes justamente no mesmo dia???

Irra!

terça-feira, outubro 09, 2012

Perfil

Que sirva, ao menos, para me ensinar alguma coisa!

Eu, snobe, me assumo

Cada vez me sinto mais diferente, cada vez selecciono mais o que digo e a quem, cada vez mais noto a distância que se impõe entre mim e algumas pessoas que povoam a minha vida. Cada vez mais tenho menos paciência para pressupostos e formatações de cabeça e alma. Cada vez mais tenho menos tolerância com quem não cresceu, com quem não evoluiu, com quem continua agarrado ao que é suposto, ao que dizem os "manuais" ou às teorias do que é saber viver no trabalho, nas relações, na sociedade. Teorias toda a gente tem mas cada vez mais observo que não passam disso, considerações teóricas de quem leu mas não fez, de quem ouviu falar mas não viveu, de quem julga ter aprendido porque decorou, de quem acredita porque sempre acreditou mas que, na realidade, não experimentou, não sentiu. No entanto, sentem-se no direito de criticar quando é justamente esta crítica que revela a sua falta de sentido crítico real... e nem se dão conta... Cada vez tenho menos paciência, de facto.

Quem olhe hoje para mim pode não observar as mudanças típicas, aquelas que se vêem a olho nú, sinónimas de "nova vida", de "sucesso" ou de quem "deu a volta por cima", como a casa nova, o degrau a mais na hierarquia, o corte de cabelo mais arrojado com estilo de roupa a acompanhar, a mudança de estado civil e/ou do número do agregado familiar, ou de recheio de conta bancária. Cresci como pessoa muito mais do que cresci como indivíduo social que anseia mostrar as suas mudanças, dar provas da sua evolução para que aos olhos dos outros seja validada e para que esse retorno o ajude a preencher as lacunas no supérfluo inventado e o torne "real".

Mudei. Acima de tudo por dentro, e é uma mudança muito mais profunda do que, às vezes, possa parecer.

Também eu já fui formatada e cheia de teorias. Também eu já acenei a bandeira de quem tem certezas inabaláveis do que deve ser e como deve ser, também eu já falei muito sem ter, de facto, vivido nada. Até que houve um dia em que o meu pedestal de convicções ruiu e eu, naturalmente, caí. Back to basics, quase de um dia para o outro. Back to basics sem querer nem ter pedido. Back to basics, mesmo basics...

Nada melhor do que sentir que se perdeu tudo para ser forçado a olhar para o que sobrou... nós mesmos. E como se revela difícil lidar connosco quando não há nada para nos distrair disso...

No primeiro impacto estranhamos, parece que não nos reconhecemos, com reacções, pensamentos e sentimentos que em nada se assemelham à ideia que tínhamos de nós próprios. Assumimos então que só podemos estar doentes, que a doença nos alterou e procuramos com fúria e determinação a cura que estiver mais à mão. Agarramos nos pressupostos que sempre nos acompanharam e dizemos "Era o que mais faltava! Se aqui está "escrito" que, nestas situações, há que fazer isto e aquilo, para sentir desta ou daquela forma e voltar a ser normal, é já de seguida que isto assim não pode ser!"

Depois, quando a cura não se revela eficaz, invade-nos a frustração, a perda de fé em nós mesmos, o medo, a raiva, a recusa: não consigo, sou fraco, e agora o que faço?, todos sabem menos eu, todos conseguem menos eu, estou "estragado" para sempre, odeio o mundo e a vida que me transformaram nisto, recuso aceitar-me assim!

A partir daqui, há duas hipóteses: ignorar o que o nosso coração nos diz, desprezar as dúvidas e os sentimentos, pegar em nós e na nossa fragilidade e pormo-nos atrás das costas, fazer ouvidos moucos ao que cá dentro grita, fingir que nos curámos, que connosco afinal resultou e esforçarmo-nos para acreditar piamente nisso - porque pode ser que, assim, se torne realidade-, vestir uma nova capa colorida, abafar mágoas e feridas, encondê-las debaixo do tapete e agir como se elas não existissem assumindo um pretenso novo "eu" . Ou então... aceitar e aprender. Aceitar que não conseguimos, aceitar que também somos assim, que é parte de nós e aprender a viver com esse nosso lado, tirando e aproveitando o que ele tem de bom e o que nele há que nos faz evoluir. Mesmo que isso signifique andar para trás, destruir teorias, recuar nas nossas crenças, nascer de novo assumindo as respectivas dores de parto. Mudar mesmo, cá dentro, mesmo que não se veja por quem está de fora. É duro? É. É difícil de concretizar? É. Leva tempo? Leva. Digamos que hoje sei que não é, de facto, para qualquer um...

Acredito, no entanto, que seja para mim. Embrenhei-me neste processo com a cara e a coragem e pretendo levá-lo até ao fim. Hoje sei que consigo, hoje sei que já houve muitas etapas ultrapassadas, hoje sei que cresci e evoluí e sei também o que foi preciso dar de mim para chegar até aqui, mesmo que os "outros" não o consigam ver.

Talvez por isso tenha cada vez menos empatia com a generalidade das pessoas ditas normais, talvez por isso seja crescente uma certa selecção da minha parte sobre o que digo e a quem, o que faço e com quem. Assumo até uma grandessíssima falta de paciência e consequente irritação no que toca a discursos vivenciais de lana caprina e à facilidade com que estes saiem da boca dos seus interlocutores sendo que, na maioria dos casos, fica claro para mim logo nos primeiros segundos que não fazem a mais pálida ideia do que estão a falar. Não há paciência...

Estou feita uma snobe, talvez, no que respeita às abordagens pela rama, às teorias, aos pressupostos e aos seres que fazem disso bandeira. Parecem-me banais, ridículos, num estádio de evolução tão primário mas, ao mesmo tempo, tão ignorantemente cheio de si, quando na realidade está cheio de "nada".... A maior parte das vezes só me apetece dizer "por qué no te callas??". Mas enfim...

Deve ser o lado negro da evolução.

Bom... quanto a isso a minha resposta só pode ser uma: pois que seja.