sexta-feira, fevereiro 26, 2016

Being a bitch, am I...

A progenitora tem um novo "waiting ring": nem mais, nem menos que a música da Guerra das Estrelas...

Apostos os dedinhos todos dos pés que não faz a mais pálida ideia do facto e que nada terá feito para que tal ocorresse... ou pelo menos, assim julgará quando souber...

Estou aqui a pensar se a aviso...

...
...

Nããããããã...  ;) 

terça-feira, fevereiro 23, 2016

Da vida. Que não é para "meninos"...


























Lembro-me de ser miúda e de ouvir a minha progenitora afirmar, com propriedade e aceno de cabeça a condizer, que a vida era "muito dura". Já nessa época, do alto da minha adolescência, tinha aprendido (ou julgado até apreender...) que à minha progenitora não podia faltar um certo melodrama nas narrativas que fazia do que a rodeava e do que tinha já vivido. Revirava os olhos (eu) enquanto, sem explicar, (ela, a senhora minha mãe) se dizia experiente na matéria. Drama queen, chamar-lhe-ia eu hoje, por ser um termo de hoje, se hoje já não tivesse aprendido (e apreendido) a verdadeira acepção da coisa. Ou pelo menos, a minha.

Mas voltando... ouvia, revirava os olhos com impaciência e julgava-a melodramática. Vida muito dura? Mas porquê? Para mim, que vivia numa casa decente, tinha família, amigos, saúde, saídas à noite, dinheiro q.b, acesso a estudos, a viagens e demais pequenos luxos e uma vida pela frente a rebentar de possibilidades, a vida não era dura. E, salvo se estas condições não se mantivessem, o que não previa como muito provável, continuaria a não ser. E também não via que fosse para a progenitora sendo que ela usufruía de condições idênticas. Sim, até lhe dava um certo desconto se considerasse que a sua vida nem sempre tinha sido assim tão meiga mas sendo que as "desgraças" da sua existência eram passado, considerava então que se deveria referir a elas no passado também e não mantendo o presente do indicativo de expressão e de aceno, como fazia. Revirava os olhos e às vezes até "bufava"... Revirava os olhos do alto da minha adolescência. 

Hoje continuo a revirá-los em parte. A tendência para exacerbar emoções que lhe conheço continua a "bulir-me com os nervos", embora hoje já a aceite como fazendo parte do seu show, tão somente... É um género. Que me "bule com os nervos", é certo, mas é um género. No entanto, a dureza de que falava já não me é estranha... 

A vida é dura. É muito dura. Mas não a vejo assim apelidada por nos oferecer dificuldades. Até porque podemos sempre dizer que há quem as tenha maiores, caso até sejamos pessoas a quem a desgraça alheia serve de algum consolo... Mas é dura, sim... na forma como o faz. Não nos prepara. Não faz rodeios. Não nos avalia antes no sentido de perceber se teremos arcabouço para nos vermos a braços com a provação que nos irá entregar, seja ela qual for. Não nos poupa. Não. "Chapa-se-nos" na cara sem aviso prévio e sem qualquer meiguice. A seco. E agora aguenta-te... Não nos senta no colo depois nem nos dá palmadas nas costas. Não nos faz terapia. Não quer saber como iremos lidar com os seus efeitos. Não vai connosco para os copos afogar as mágoas nem nos consola dizendo que tem certeza de que vamos conseguir dar conta do recado, mesmo que seja uma mentira redonda. É dura. É curta e grossa. Pragmática. É fria e implacável. É de ir directa ao ponto com poucas palavras. Ou nenhumas.

Mais do que o que nos oferece, a dureza da vida está na dura forma como nos rebenta bombas na mão num lindo dia de sol. A seco. Agora aguenta-te.

segunda-feira, fevereiro 15, 2016

sábado, fevereiro 13, 2016

Perfil

Hoje a chuva chorou connosco...

quinta-feira, fevereiro 11, 2016

"Freddy"

A vida consegue ser mesmo merdosa...

Ainda estou à espera que me digam que foi engano. Ainda estou à espera de, qualquer dia destes, marcar um jantar e tu apareceres com uma flor na mão para me oferecer. Porque gentlemen já há poucos mas tu és um deles. Sem esforço, sem cagança. És o que és porque sim. E és o que és para qualquer pessoa: gentil, simpático, sorridente, aberto. 

Ainda estou à espera de novo post teu a pedir comida para qualquer associação zoófila (ou a ligar-me a dizer que comida tens tu para me dar porque eu fiz o mesmo pedido...) ou a divulgar um cão, gato, cobra, periquito, iguana que precisa de dono...

És o "menino" no meio das meninas há anos. Sempre foi assim desde que nos cruzámos pela primeira vez na turma de música (que para nós era peanuts, lembras-te? Éramos os "músicos de serviço" e, se bem me lembro, sem qualquer trabalho, tirámos as melhores notas da turma. Porque a música, para nós, não tinha grandes segredos, a verdade é essa.. :)).

Ainda estou à espera que me venham mais palavras e de perceber que tempo de verbo vou utilizar quando falo de ti mas acho que será sempre o presente. Porque eu ainda cá estou, presente, e enquanto eu estiver, tu também está. Porque fazes parte da minha história e por isso és um bocadinho de mim, do que também me compõe.

Ah, já agora, acho que nunca te disse mas adorei os meses que passámos a sair de nós e a darmos-nos aos outros em forma de caixas de comida. Adorei porque, como sempre, nos rimos muito. E estivemos juntos.

Ainda estou à espera, a sério. Tenho quase a certeza que, daqui a nada, o meu telefone vai tocar e alguém me vai dizer que foi uma merda de um engano... e eu não vou levar a mal ter sido enganada. Vou chamar nomes, é certo, mas se não fosse assim também não tinha piada, não é?, mas não vou levar a mal... Foi engano. Ok, estamos combinados, foi engano.


(já depois, T. diz-me do outro lado da linha enquanto chora copiosamente: "bolas, pá, não estava à espera, achei que me ias dizer que tinha sido o pai ou mãe de alguém... não um de nós", acrescentámos...)

quinta-feira, fevereiro 04, 2016

Reality check

Bastou uma pequena mensagem, meia dúzia de caracteres, e fui trazida à realidade em segundos. A realidade dela, não a minha, mas que à minha se sobrepôs em instantes. Porque a minha realidade, em comparação, e por mais que teime em nem sempre me facilitar o caminho, não me violenta, não me suga a vida, aos bocadinhos, todos os dias... 

Às vezes esquecemos-nos da sorte que temos.

segunda-feira, fevereiro 01, 2016

Do dia


Às costas

Dizem os crentes que Deus só nos dá de fardo para carregar o que sabe que conseguimos suportar. 

Um dia destes a ver se lhe pergunto, com todo o santíssimo respeito, claro está, o que tinha bebido quando se deitou a adivinhar-me costados tão largos...