domingo, agosto 30, 2009

Road to liberation

Já tenho o meu portátil... já tenho o meu portátil..!

quarta-feira, agosto 26, 2009

Limpeza

Finalmente, tempo e disposição para começar a pôr ordem onde ela faltava. O roupeiro foi o primeiro, outros móveis se seguirão. Ao ritmo "quando pego, pego mesmo e vai tudo à minha frente", que é o meu, foram-se enchendo sacos e sacos de t-shirts, camisolas, calças e afins, o que não servia, o que não se usava, o que já não combina comigo, com quem sou hoje. Limpo o roupeiro e "limpo-me" também. Entre as peças, recordações, momentos, memórias. É a vida a andar para a frente. E o outro armário a começar a ser usado, a ser cheio, por mim e de mim, porque espaços vazios só servem para fazer eco e esse eco é, muitas vezes, uma má companhia.

domingo, agosto 23, 2009

Vida boa...

Haverá coisa melhor que saber que hoje é domingo e que amanhã... continua a ser?

sexta-feira, agosto 21, 2009

Allez de vacances para mim também!

A partir de hoje e nos próximos dias vou estar de férias.

Não sei o que vou fazer, não sei para onde vou. Mas uma coisa é certa: vou dormir mmmmuuuuiiittttooo!!!

quinta-feira, agosto 20, 2009

Iniciativa



Campanhas para recolha de alimentos para distribuir por associações e particulares, com animais, em dificuldade:
AGOSTO
Dias 22 e 23 Pão de Açucar Cascais
Dias 29 e 30 Jumbo de Alverca

SETEMBRO
Dias 4,5 e 6 Lidl de Albufeira
Dias 19 e 20 Jumbo Maia

OUTUBRO
Dias 3 e 4 Jumbo Matosinhos (MarShopping)

quarta-feira, agosto 19, 2009

A peça

(Sozinha, em palco, sentada numa cadeira. Não se vê mais nada. Apenas ela, com uma única luz a incidir sobre si, um único foco. Não há música de fundo, não há mais qualquer tipo de som. E a voz ecoa na sala quase vazia. O público, esse, está nas últimas filas. Uns bocejam, outros dormem, outros prestam genuína atenção, outros ouvem sem se dar ao trabalho de pensar no texto, outros observam com estranheza, outros sentem pena pela fraca venda de bilheteira. E ela começa... )


"É assim, é assim. A minha vida é assim e não há nada a fazer. Estava escrito, certamente, estava destinado e não havia como fugir. Estava programado nas linhas da mão que ia perder o norte, que ia ser forçada a mudar tudo da forma mais abrupta. Eu estava ali, num determinado sítio, e agora acordo noutro, completamente diferente. O tal tsunami, terramoto, o que seja, arrasou com tudo e levou-me para outro lugar, para começar de novo mas sem qualquer tipo de base, num território desconhecido, sozinha, a ter que me agarrar ao que posso para tentar dar algum sentido, alguma organização à vida. É assim. E parece que não acabou. Há-de haver mais coisas a acontecer antes que se possa fechar o pano desta peça completamente surreal.


Muitas vezes penso que foram as minhas atitudes que me trouxeram para este lugar. Muitas vezes tenho a sensação que mexi, sem saber, em algo em que não devia ter mexido e que isso despolotou uma reacção no universo que o fez virar sobre si mesmo e mudar completamente o curso das coisas. Num segundo, um segundo definitivo. Um segundo em que dei um mínimo toque numa alavanca que não sabia estar ligada a coisa alguma mas que afinal controlava tudo o que me rodeava. Mexi onde não devia. Irritei os deuses, toquei na base do castelo de cartas. Sem querer, sem a mínima noção das consequências.


E agora? Pois agora há que lidar com o que se segue, seja lá o que for, enquanto se tenta emendar o que pode ser emendado e construir de novo o que caiu por terra. Sempre com a devastadora noção de que nada será como antes. "


(O pano não fecha mas o público sabe que aquele acto terminou. Sai para intervalo que não se sabe quanto tempo vai durar. E ela mantém-se em palco, quieta. Ela, a cadeira e o foco. À espera que alguém escreva o texto que deverá dizer a seguir.)

terça-feira, agosto 18, 2009

32

Dias de ausência. Dias de vazio. Dias de conversa com as árvores. Dias a tentar ler-te no vento. Dias de espera. Dias de uma nova vida que eu ainda não sei para onde vai. Dias de uma outra pessoa, diferente, que não sou eu mas sou.

sexta-feira, agosto 14, 2009

"Natureza Humana"

Cheguei.
Sinto de novo a natureza
Longe do pandemônio da cidade
Aqui tudo tem mais felicidade
Tudo é cheio de santa singeleza
Vagueio pela múrmura leveza
Que deslumbra de verde e claridade
Mas nada.
Resta vívida a saudade
Da cidade em bulício e febre acesa
Ante a perspectiva da partida
Sinto que me arranca algo da vida
Mas quero ir.
E ponho-me a pensar
Que a vida é esta incerteza que em mim mora
A vontade tremenda de ir-me embora
E a tremenda vontade de ficar.

Vinicius de Moraes

quinta-feira, agosto 13, 2009

Conversas no parque



"Leva-me. Não, não quero esperar, pode ser já. Leva-me. Leva-me agora e falamos melhor depois."

Invasão




Fofinha, não é? É... é...

Tudo começou com uma meia dúzia na cozinha. Depois, mais que meia dúzia na taça dos biscoitos do gato, hummm... já não estou a gostar... O que faço, o que não faço... insecticida, claro! Pois, não dá... senão aniquilo as formigas e os gatos também... e não era bem essa a ideia. Pesquisa na net, lá encontro um produto que diz que funciona, ecológico e seguro para as outras bichezas lá de casa, boa! Mas a loja é fora de Lisboa, tenho que arranjar tempo para lá ir. Enfim... Enquanto isso, vou dando uma limpeza com detergente amoniacal, pode ser que dê algum resultado. E deu, durante... vá, 2 ou 3 horas. Porque afinal... elas também vêm da casa de banho... porque afinal... também há no quarto e no quarto vêm da janela e da janela vêm da rua, sobem quatro andares pela parede do prédio e entram alegremente em minha casa! Montes e montes delas! Ok... calma, não stressa, se matar as cá de dentro, elas deixam de passar a palavra lá para fora, interrompe-se o circuito de comunicação e começam a marchar noutro sentido. É isso! Mais água, mais amoniacal, tudo se resolve...

Ou não...

Porque ontem, ao chegar a casa, deparei-me com um verdadeiro exército, visivelmente bem preparado, com uma estratégia perfeitamente delineada, a atravessar a casa toda, preparadíssimo para a tomar de assalto! Gatos inclusivé, digo eu!

Ora vejamos, vindas da janela do quarto, formavam várias filas que, ao passar pela casa de banho, eram engrossadas por um segundo batalhão vindo do cano do bidé. Depois, continuando a marchar, passavam pela despensa sendo enviado um pequeno grupo de reconhecimento nessa direcção para inspeccionar e verificar se valia a pena a investida. As restantes, o grosso da coluna portanto, continuavam em frente rumo à cozinha. Aí chegadas, separavam-se em dois grupos, um para a esquerda, outra para a direita, para garantir a cobertura de todo o perímetro. E aí... era o festim! Era mergulhos na taça dos gatos, era escalada de frigorífico, de bancada, de parede, do diabo!, era invasão da máquina de lavar louça, era a festança rija das danadas! Centenas e centenas e centenas delas...

AAHHH! Mas comigo não brincam mais! Mas o que vem a ser isto?!? Já estão a passar das marcas! Até a gata, ao pisar o carreiro sem querer, começou aos pulos com comichões nos pés!! Nãaaaaao senhor! Quem manda aqui sou eu e isto acaba-se hoje! (Ok... não hoje porque ainda não tenho o produto indicado mas que vou provocar baixas valentes, ai isso vou!) Guerra é guerra!

Na rua, ataca-se o ninho. Não há insecticida, vai lixívia mesmo. Líxiva também pelas paredes do prédio abaixo, lixívia também no cano do bidé. Na janela do quarto tapa-se o buraco de entrada com papel embebido em amoniacal. Atacados os acessos, resta então dar conta das presentes na casa, que são mais que muitas. E cá vai disto! Por junto e atacado foram... vá... 4 baldes de água com amoniacal, 5 ou 6 lavagens da própria esfregona para eliminar os cadáveres e mais de 1 hora de volta disto!

De manhã, ainda vi umas quantas perdidas e sei que vão voltar em força se não for lá comprar o tal insecticida maravilha. Mas, pelo menos por uns tempos, julgo que a notícia do massacre deve quebrar o espírito das forças inimigas...

quarta-feira, agosto 12, 2009

Ananáses

Calor abrasador, alguns termómetros marcam 40 graus. Lisboa a meio gás. Eu a menos. Consulta atrasada, exame mais exame. Está tudo bem. Não há razão para doer logo há-de passar um dia destes. Correria pela cidade, o volante a queimar. Almoço rápido composto por uma treta qualquer. Café, esse tem mesmo que ser. Ver o correio da casa vazia. Entrar lá, sentir presenças. Telefonar a avisar "chegou isto e mais aquilo e onde está aquela coisa?". Procurar no sítio indicado e vir de volta de mãos a abanar. Calor, o suor a escorrer, o cabelo a colar. Inveja, muita inveja da moça do carro lado, impecável, com o seu ar condicionado. De regresso, hoje ainda não fiz nada de jeito. Se calhar vou continuar a não fazer. Está calor demais.

terça-feira, agosto 11, 2009

O que vale é que não mordo! Ainda...

Conversa com novo director:

Eu: Desculpe mas tenho aqui tarefas dependentes de mim que não consigo fazer seguir porque a ferramenta não está a funcionar convenientemente.
Ele: Ah pois, mas olhe, está a contar o tempo! Do seu lado! Ahahahaha!!
..........
Ele: Claro que estou a brincar ... não me leve a mal... caramba, também escusa de ficar com essa cara!


(eu juro que não disse nada...)

segunda-feira, agosto 10, 2009

Amizade

Segundo o dicionário, é "afeição recíproca entre dois entes."

Conceito que, para alguns, parece ser vago, não entendido na sua plenitude. Para mim é claro, muito claro.

Amizade é mais do que amor. É mais sólida, mais real, mais intemporal, menos descartável. É estar lá, para o que der e vier. É largar tudo quando é preciso para dar a mão, o ombro, o que for. É saber ouvir. É saber guardar silêncio quando ele faz sentido. É dizer o que às vezes não se quer, porque nos dói só de pensar mas dizemos porque sabemos que é o melhor. É sair de nós. É esquecer mágoas, atritos, mal-entendidos, passar por cima disso tudo e estar presente, de corpo e alma. É dar, dar, dar.

Mas também é receber. Também é reconhecer valor a quem nos dá valor. Também é confiar em quem confia em nós. Também é retribuir o choro no ombro de quem já chorou no nosso. Também é darmo-nos a quem se dá a nós. É retribuir, na mesma medida. Em palavras, em gestos, em acções, em abraços, em lágrimas. É pedir ajuda, sem vergonha, sem orgulho, e aceitá-la quando ela chega. É receber, de braços abertos, o que têm para nos oferecer.

Não funciona de outra forma, não resiste se for incompleta. Pura e simplesmente não existe.

Eu tenho amigos, grandes amigos. Pessoas que vêem a amizade como eu e a "regam" e a fazem crescer. E depois... tenho o resto. Sem os meus amigos não sobrevivo. Sem o resto passo bem.

Lengalenga

"Concentra-te no que podes ganhar e não no que perdestes"
"Valoriza quem te dá valor, anula o resto"
"Não gastes energias com o que não vale a pena"
"A dor e a desilusão tornam-nos mais fortes"
"Não deixe que a desilusão te faça ficar ainda mais fria e distante"
"Entrega-te à vida e aniquila o que te faz mal"


Frases sábias, que tenho ouvido ultimamente, e que repito todos os dias para mim própria.

Quando eu era pequena, nas aulas de inglês de Miss Louise, utilizava-se o método da repetição para aprender vocabulário básico. Assim, todos em coro, lá passávamos meia hora a dizer: pão... bread, pão... bread, manteiga... butter, manteiga... butter...

Tenho esperança que, apesar de já não ter a cabeça aberta e disponível que tinha naquela idade, ainda consiga que o método funcione. Preciso dele como nunca precisei antes...

sexta-feira, agosto 07, 2009

Em paralelo

Sonho que é um sonho. Que a vida não deu as voltas que deu e continua a dar. Sonho atribulado, confuso mas a criar a ilusão de que tudo está na mesma. E sinto paz apesar da dor aguda que me vai despertando lentamente, quase como que a não querer deixar esquecer que a realidade é outra. Quando finalmente acordo, vejo que a dor se mantém porque é real. Algo no meu ouvido lateja. E lateja também a minha cabeça com a constatação do contraste, da paz que sentia há uns minutos com o caos instalado. O carrossel não pára. Ou melhor, a montanha russa. Mas, estranhamente, estou calma. Talvez por saber que, aconteça o que acontecer a partir de agora, nada vai ser pior. Talvez por saber que por mais voltas que dê, por mais alta e íngreme que seja, por mais velocidade que atinja, esta montanha russa já não me vai tirar o fôlego daquela forma, não me vai acelerar o coração como se fosse explodir, não me vai fazer tremer e sentir o medo que senti. Acho que a isto também se pode chamar "paz podre". Ou então puro congelamento da alma.

quinta-feira, agosto 06, 2009