terça-feira, dezembro 31, 2013

Desejo

Que cada novo ano não seja nunca só mais um ano.

segunda-feira, dezembro 30, 2013

Em jeito de balanço, é mesmo isto. Temos pena.


Em 2014...

... que pessoa queres ser?

Constatação #72

Às vezes escrevo só para não dar em louca...

sábado, dezembro 28, 2013

Há dias em que nada se passa. Há dias em que se passa... bastante.

De volta a um outro mundo, tão meu também, sou obrigada a sair do molde que me imprime o dia a dia e a experimentar: emoções, gestos, imaginação. Hoje, o teste era fazer com que a gestualidade trouxesse os sentimentos e que estes permanecessem depois de abandonados pelo corpo. 

O primeiro foi simples: raiva. Punhos cerrados, boca cerrada, dentes cerrados, a forma física encontrada e a raiva a crescer cá dentro só de se ver emoldurada por aqueles gestos. Depois, relaxados os pulsos e demais pontos tensionados, manter a raiva nos olhos, sem moldura nenhuma a ajudar. Piece of cake, que muito tenho de cadela raivosa quando quero.

Seguiu-se a felicidade. Felicidade... fiz os gestos, alarguei sorriso e braços, abri corpo e mente... rodopiei pela sala e a cada volta buscava mais fundo a vibração que me iria encher desse sentimento.  Rodopiei mais e mais, abri o sorriso e os braços mais e mais e descobri... que já não sei como ela é. Busquei no mais fundo de mim e não consegui senti-la. Alegria proporcionada por momentos bons? Sim, com certeza. Sorrisos provocados por surpresas, mimos, carinhos? Claro, estavam lá. Mas felicidade... que se sente mesmo quando nada acontece, que nos aquece por dentro e nos faz rir ou sorrir mesmo quando nada tem assim tanta graça... essa, tive a certeza, perdi-a algures pelo caminho...

Por último, o mote foi o amor. Aquele amor maior que tudo. Que gesto traduz aquele amor maior que tudo? Não precisei pensar muito, não pensei quase nada: abracei. Abracei aquele amor maior que tudo, abracei-o de saudade, de vazio; abracei-o com toda a força. Sim, para mim, quando se ama mais que tudo agarra-se, aperta-se, mergulha-se a cabeça no corpo abraçado e prende-se para que nunca se vá embora. Foi assim que fiz e assim o senti, abraçado a mim pelos meus próprios braços.

Como nota mais jocosa, porque - felizmente - as moedas têm sempre duas faces, os estados de tensão de Jacques Lecoq:
1. Exausto
2. Relaxado
3. Neutro
4. Alerta/Curioso
5. Desconfiado/Sobranceiro
6. Extasiado
7. Pesado/Rígido

Após vários exercícios em diferentes aulas, a brilhante conclusão a que chegámos (colegas, professor e eu mesma), não sem algum riso, é que aquele que me "sai" mais naturalmente, como se de uma segunda pele se tratasse é... o nº 5...

Sweet tooth. Bom... no meu caso é mesmo "teeth"...

A noite acaba com alento gastronómico! Em conversa pós-aula descubro que determinado restaurante tailandês, que se me havia desaparecido do mapa há anos e anos, afinal só mudou de poiso. O restaurante e, espero eu, o seu fabuloso e nunca mais degustado pudim de castanhas com leite de côco quente...! 

Obrigado, obrigado, oh deuses do dentinho doce!

terça-feira, dezembro 24, 2013

sexta-feira, dezembro 20, 2013

Perfil

Preparando-me psicologicamente para receber a consoada pela primeira vez.... inspira, expira, inspira, expira...

quarta-feira, dezembro 18, 2013

terça-feira, dezembro 17, 2013

Constatação #71

Não desistirem de nós: é a maior prova de amor.

Porque é e será sempre uma das "minhas"!



O velho rádio ofereceu-ma e eu não a desperdicei: ontem à noite aos pulos na ReFood. Porque na "preparação" das 2ªs feiras também se dança! ;)

segunda-feira, dezembro 16, 2013

Por aqui também já é Natal...

Speedy Santa

Uma tarde, todas as prendas compradas.

Damn, I'm good!

Porque o Boss continua a ser o Boss... (irra, que é bom!)

High Hopes
Bruce Springsteen

Monday morning runs to Sunday night 
A scream slow me down before the new year dies 
Well it won't take much to kill a loving smile 
And every mother with a baby crying in her arms, singing 
Give me help, give me strength 
Give a soul a night of fearless sleep 
Give me love, give me peace 
Don't you know these days you pay for everything 
Got high hopes 
I got high hopes 
Got high hopes 
I got high hopes 

Coming from the city, coming from the wild 
I see a breathless army breaking like a cloud 
They're gonna smother love, they're gonna shoot your hopes 
Before the meek inherit they'll learn to hate themselves 
Give me help, give me strength 
Give a soul a night of fearless sleep 
Give me love, give me peace 
Don't you know these days you pay for everything 
Got high hopes 
I got high hopes 
I got high hopes 
I got high hopes 

Give me help, give me strength 
Give a soul a night of fearless sleep 
Give me love, give me peace 
Don't you know these days you pay for everything 
Got high hopes 
Got high hopes 
I got high hopes 
Got high hopes 

Tell me someone now, what's the price 
I wanna buy some time and maybe live my life 
I wanna have a wife, I wanna have some kids 
I wanna look in their eyes and know they'll stand a chance 

Give me help, give me strength 
Give a soul a night of fearless sleep 
Give me love, give me peace 
Don't you know these days you pay for everything 
Got high hopes 
Got high hopes 
I got high hopes 
Got high hopes 

Got high hopes 
I got high hopes 
I got high hopes 
I got high hopes

domingo, dezembro 15, 2013

Passado

"La memoria del corazón elimina los malos recuerdos y magnifica los buenos, y gracias a ese artificio, logramos sobrellevar el pasado."

Gabriel García Márquez

sexta-feira, dezembro 13, 2013

A saia azul

"O mais curioso nos amores impossíveis é que por vezes acontecem. 

Escolheu, depois de muito ponderar, a saia azul, bem justa, para levar ao momento mais importante da sua vida. Maquilhou-se com o cuidado de quem prepara uma bomba atómica, cada fio no seu lugar, escolheu as botas de cano alto para se sentir mais protegida, como se a pele tapada a protegesse do mundo, olhou-se a medo ao espelho no final, e esboçou o sorriso possível, os lábios trémulos e um aperto nos olhos, a ansiedade inteira a governar o corpo. “Perdoa-me”, em frente ao espelho ele ensaiava o que tinha para dizer, “perdoa-me por algum dia ter acreditado que havia vida sem que houvesses tu”, com ar confiante, seguro de si, “quero-te para sempre e tenho a certeza de que vai saber a pouco”, e saiu para a rua, o fato impecável, os sapatos impecáveis, o amor impecável, a realidade, só ela, manchada de um erro que queria agora corrigir. 

Encontraram-se no café de outrora, a mesa vazia como se os esperasse. Ele chegou primeiro, as palavras ensaiadas bem decoradas na sua cabeça, os gestos, até os gestos, pensados até ao mais último pormenor. Até que ela chegou, os passos como se pisassem pessoas, a saia azul justa e os homens todos a olhar. Ele disse o que tinha para dizer, ela ouviu o que tinha para ouvir. Quiseram os dois abraçar-se logo ali, antes que o mundo acabasse. Mas nenhum assumiu o risco. Ele esperou que ela dissesse “sim, perdoo-te”, ela esperou que ele dissesse “desculpa mas vou abraçar-te toda mesmo que contra a tua vontade”. E o tempo certo para o momento certo perdeu-se. 

Em casa, ela despiu a saia azul, descalçou as botas de cano alto e cedeu, o corpo pousado na cama como se de repente sem sangue. Ele ainda ficou no café alguns minutos, apenas a despedir-se do que não fora capaz de fazer, antes de lentamente voltar para o quarto vazio, o cheiro dela e as roupas dela, se fosse um homem corajoso teria tido a cobardia de desistir da vida. 

Casaram-se e foram quase felizes para sempre. Não um com o outro, claro. Ela encontrou um homem perfeito e ele encontrou uma mulher perfeita. Foram andando e, com o tempo, foram desaprendendo a maneira como um dia correram, o que um dia os fazia correr e saltar – mas nunca andar. Vieram os filhos, novos desafios, as rugas, os netos, a pele a ceder e o tempo todo a fazer-se de episódios cada vez mais raros de paixão. Haveriam de morrer distantes, tão distantes quanto a geografia o permitia, até o tamanho insuportável de um mar a separá-los. Certo é que, estranhamente, as lápides de ambos continham o mesmo erro, “uma gralha imperdoável”, segundo os respectivos marido e mulher: a data do falecimento apontava para há mais de trinta anos, nunca ninguém conseguiu entender porquê. A inscrição, essa, imediatamente abaixo da data, é que não tinha qualquer falha: “Não é parar que é morrer; é ir andando.” "

Pedro Chagas Freitas

quinta-feira, dezembro 12, 2013

quarta-feira, dezembro 11, 2013

Exercitando

O mote era a frase "E foi quando menos o esperava que...", o texto não deveria ter mais de 200 palavras (bless you, word count!).


A mim saiu isto:

"E foi quando menos o esperava que caí. Não sei de quantos metros, talvez porque a métrica da alma responda a diferentes regras, mas sei que caí no fundo mais fundo de mim e lá fiquei, atordoada, sem saber como me levantar. De início, neguei: ignorei a escuridão concentrando-me no ponto sumido de luz que ainda conseguia vislumbrar do que tinha sido a minha vida, do que eu tinha sido. Agarrei-me com unhas e dentes a essa memória e fingi que continuava a ser aquela pessoa. Não… não fingi. Acreditei porque precisei acreditar, porque não conhecia mais nada. Aquela era a única versão de mim, para mim. Mas nada é mais violento do que forçar uma forma de gente num molde onde esta já não encaixa... E a minha natural persistência, de menina que não se conforma, de mulher que sempre se acreditou guerreira, tornou-se a minha pior inimiga: pássaro que se atira contra as grades. 

Julgo ter conseguido parar antes de as fendas na pele se tornarem feridas demasiado profundas. Assumi, aceitei que a guerra estava perdida e com isto comecei a vencê-la. Desisti de me agarrar a quem era para passar a ser, verdadeiramente, quem me tinha tornado."

"I've learn that rather than running away from my problems it's better to embrace them"

What Is Depression? Let This Animation With A Dog Shed Light On It.

Tempo

"O tempo é um rato roedor das coisas, que as diminui ou altera no sentido de lhes dar outro aspecto."

Machado de Assis

Oferta

Recebo no email, oriunda de um daqueles sites de descontos em tudo e mais alguma coisa, a possibilidade de adquirir um espectacular cupão para passar duas noites mais espectaculares ainda...

... em Alcanena...


Podia-me alongar em considerações sobre este facto? Podia. Mas não era a mesma coisa...

Manuel de Oliveira

Hoje, numa entrevista a passar na TSF a propósito do seu aniversário, ouço qualquer coisa como:

"(...) acho que tenho que mudar de ofício (...) o cinema já não me sustenta."


Não tenho dúvidas: o que dá vida... é viver.

terça-feira, dezembro 10, 2013

Falar

"Por te falar eu te assustarei e te perderei? mas se eu não falar eu me perderei, e por me perder eu te perderia."

Clarice Lispector 
(10 de dezembro de 1920 — 9 de dezembro de 1977)

Mas onde é que esta gente andou na escola?!?

Caros escreventes deste país, por favor, atentem nisto de uma vez por todas. Os meus nervos agradecem. 

"A prática em Portugal na escrita por extenso de datas é, por exemplo: 3 de S[s]etembro de 2004 (só o mês escrito por extenso e SEM O ZERO a anteceder o dígito)." 
(http://www.ciberduvidas.com/)

Temores

Temo que o silêncio se tenha tomado de amores pelas minhas palavras 
E no verso do pensamento as tenha levado 
Para o infinito do seu amor 
E a solidão que timidamente se cobria de sonhos 
Tenha agora de enfrentar o frio do desconhecido 
Que todos os momentos da voz e da escuta lhe entregam 
Para construir 
Frases, histórias, verdades e simplesmente conversas perdidas 
Que egoísmo este o do silêncio 
E que fraqueza esta a da solidão 
E que desencontro o da memória e da saudade 
Que não descobrem palavras para fazerem dos versos um fado 
Ou do fado uma canção

segunda-feira, dezembro 09, 2013

Heaven... I'm in heaven...




















Só este fim de semana foram dois destes e mais umas garfadas de outros que tais, só para ficar a conhecer, claro. São portuguesíssimos, bons que se fartam e, felizmente, só me aparecem pela capital na época natalícia. Se por acaso este último pormenor se alterou entretanto... NÃO ME DIGAM!!

(Na imagem: Cornucópias da Pastearia Alcôa. Sem dúvida, as minhas...!)

Gritos em surdina

"Desde que findou, dois anos, quase três, nunca mais se falaram. De longe a longe ela envia-lhe um mail, "penso muito em nós", raramente variando a frase, um tom de grito em surdina, apelo à recordação. 
Nunca reage, uma única vez quase cedeu à vontade de lhe lembrar o aniversário de uma noite de paixão, mas conteve-se, cerrando os dentes e mentindo a si próprio com um "o que lá vai, lá vai", consciente do perigo que corre quando enfrenta a quimera da sua felicidade.
Mulher, filhos, família, obrigações, rituais, tudo se lhe assemelha vazio, desbotado, impossível de comparar à verdade do que sentiu e partilhou, do que teve e perdeu.
Dispensa a fantasia para imaginar a vida que o espera: olha em volta, chora sem lágrimas e, como ela, também grita em surdina."



Nota: porque há textos assim e blogs assim e autores assim que me fazem sorrir, chorar, deliciar, pensar, indagar, invejar, serenar, exaltar mas, acima de tudo, agradecer. Desde o dia em que os conheci - autor, blog e livros - tornei-me uma pessoa uma bocadinho mais completa...

The best


sexta-feira, dezembro 06, 2013

Cavalheirismo é bonito e eu gosto


Hoje também é um bom dia, um muito bom dia, mesmo!


A prova de que vale a pena não desistir de mudar este país e esta nossa gente. A prova de que vale a pena não desistir de mudar o mundo. É só um pequeno passo, há muito a fazer, há mais animais a considerar para além dos domésticos, há muito mais problemas, há muito mais horrores, há muito mais falhas na lei mas... lá chegaremos, justamente se não desistirmos. Se este não é o maior "legado Mandela", eu não sei qual será...

Do homem, da frase, da vida e do que ela pode ser.


quinta-feira, dezembro 05, 2013

Frase dos dias que correm

"Porque isto nunca é só isto..."

Trocadero? Talvez Trocadero... :)


A luva. Daquelas finas, delicadas mas justas...

Caranguejo (signo Solar ou Ascendente)
O ano começa, para si, com preocupações bem definidas, e isto é um avanço relativamente à sua tendência passada a preocupar-se sem ter a certeza com quê, numa espécie de ansiedade sem objecto que, se pensar bem, sempre teve o mesmo denominador comum – o da sua (in)segurança emocional e tudo aquilo que pudesse, porventura, representar (nem que apenas na sua fantasia) protecção, alimento, saciedade, estrutura, o fim do medo, o fim da fome e da solidão.

Este ano as suas ansiedades terão, pelo menos, um foco bem definido – o das suas relações, amorosas e familiares. E pese embora a instabilidade profissional, as questões de saúde das quais começou a recuperar, e o dinheiro extra que vai receber a partir da segunda metade do ano, o que verdadeiramente ocupa o seu pensamento, este ano, são as suas relações. E se reconhecer que já não é de hoje o quanto esta área de vida a tem incomodado (e confrontado!) nos últimos tempos, pode bem que dê por si a chamar-lhes, pelo menos durante este ano, as suas “ralações”.

É verdade que você tem crescido muito neste capítulo, principalmente através de paixões insuportáveis por aqueles sem os quais não se imagina, e com os quais não consegue viver.

E esta tem sido a via pela qual você tem amadurecido, e confrontado, através de “encontros imediatos” de elevadíssimo grau, as suas próprias zonas de sombra, de medo, de imaturidade, desejo cego e também – verdade seja dita – acedido à sua tremenda riqueza, elasticidade e ambivalência emocional.

De outra maneira, você nunca teria vivido as situações intensas e dramáticas que deu por si a viver recentemente. Mesmo que as tenha chorado às escondidas, fugido do seu quarto a meio da noite para um encontro secreto, deixado bilhetinhos anónimos com declarações de amor, só para aliviar a ânsia de dentro do peito, escrito à máquina (ou com letras recortadas de revistas sobre cabelos) cartas ameaçadoras a falar em napalm, poesia e desapontamento, ou arrancado os cabelos de desespero sem ninguém ver. Não é preciso que alguém saiba. Você sabe - e isso é tudo quanto basta.

Este ano, felizmente, você tem maior capacidade de assumir quem é, o que quer, e o que verdadeiramente precisa. Só não pode ficar à espera que os outros adivinhem: do que é que precisa, de que tem medo, quais as suas necessidades mais reais. Nem você o pode descobrir - a não ser que corra o risco de se expressar... e ver o que acontece.

Talvez o segredo, seja afinal, recuperar a inocência de quem nunca se magoou, confiar como se nunca se tivesse sentido traído, e continuar a acreditar e amar como se o Amor fosse um tremendo mistério - a única dimensão da Vida com o poder de nos surpreender, e transcender, e elevar, e fazer esquecer, e a recordar, e deixar cair enquanto nos leva, e eleva, sabe Deus onde, Deus sabe mas mais ninguém.

Como se o Amor fosse a Cura, o Caminho, e a única Via. Oh!, e é!...

Palco do crescimento: a sua própria exposição

O que evitar: refugiar-se por detrás dos problemas profissionais 

A expansão vem: da sua própria afirmação

Do que não pode escapar: da responsabilidade pelo que cria para si mesmo

As principais batalhas do ano: emocionais, domésticas, a criação, os filhos

Reinvente-se: no que faz no mundo

Confie e entregue ao Alto: que tudo fará, eventualmente, sentido



(pois que até me arrepiou... many thanks, minha C.!))

quarta-feira, dezembro 04, 2013

"One day you'll feel eighteen, look sixty, and wonder what happened."

O amor, sempre o amor.

"O amor é a união de duas solidões que se respeitam."

Rainer Maria Rilke

É complicado...


Tãããõooo bom..!!


Um dia destes a mulher mata-me do coração...

Aaarrrrggghhhh! Um bicho morto no chão do elevador!!

... 

Ah... afinal não é... é só a coroa de Natal que a porteira teima em tentar que fique pendurada no espelho...

terça-feira, dezembro 03, 2013

Like. A lot. :)

Melancolia

"Diz a Wikipédia que é «um estado psíquico de depressão com ou sem causa específica» e se caracteriza «pela falta de entusiasmo e predisposição para actividades em geral». Não parece a descrição da minha patologia. Se é certo que a maioria das actividades em geral me parecem repulsivas quando me inclino para ouvir “Gallows” repetidamente, a verdade é que nestes momentos sinto um grande entusiasmo com dois projectos: ler e escrever. Os frívolos dirão que isto não são actividades, e terão a sua razão terrena. Mas quem se interessa por actividades quando tem as CocoTosie a sussurrar-lhe ao ouvido canções de assombramento, uma pilha de livros à distância de um braço e disposição para reescrever o mundo em vários tomos? Quem se interessaria por um emprego, uma comunidade, um país ou um planeta se pudesse simplesmente permanecer arrebatado?

A única parte triste da melancolia é termos de desligar a música, fechar os livros e ir picar o ponto nesta coisa a que chamamos vida adulta e responsável."