terça-feira, dezembro 10, 2013

Temores

Temo que o silêncio se tenha tomado de amores pelas minhas palavras 
E no verso do pensamento as tenha levado 
Para o infinito do seu amor 
E a solidão que timidamente se cobria de sonhos 
Tenha agora de enfrentar o frio do desconhecido 
Que todos os momentos da voz e da escuta lhe entregam 
Para construir 
Frases, histórias, verdades e simplesmente conversas perdidas 
Que egoísmo este o do silêncio 
E que fraqueza esta a da solidão 
E que desencontro o da memória e da saudade 
Que não descobrem palavras para fazerem dos versos um fado 
Ou do fado uma canção

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