sexta-feira, agosto 30, 2013

Porque ainda estou a aprender...

Bem a propósito de um post da HSC onde a senhora diz que aos 30 e 40 só aprendeu: foi aos 50 que começou, de facto, a viver.

Wake Me Up
AVICII

Feeling my way through the darkness 
Guided by a beating heart 
I can't tell where the journey will end 
But I know where to start 

They tell me I'm too young to understand 
They say I'm caught up in a dream 
Well life will pass me by if I don't open up my eyes 
Well that's fine by me

So wake me up when it's all over 
When I'm wiser and I'm older 
All this time I was finding myself 
And I didn't know I was lost 

I tried carrying the weight of the world 
But I only have two hands 
Hope I get the chance to travel the world 
But I don't have any plans 

Wish that I could stay forever this young 
Not afraid to close my eyes 
Life's a game made for everyone 
And love is the prize 

So wake me up when it's all over 
When I'm wiser and I'm older 
All this time I was finding myself 
And I didn't know I was lost 

Didn't know I was lost 
I didn't know I was lost 
I didn't know I was lost 
I didn't know

quinta-feira, agosto 29, 2013

Uma pessoa

“Não é pela falta de pessoas à nossa volta que se define a solidão; é pela falta de nós à nossa volta. Estar acompanhado só exige uma pessoa.”

Pedro Chagas Freitas

Todas as pessoas possuem a vida que desejam...

"(...) mas mesmo os que teriam motivos para estar (aqueles que possuem emprego, saúde e alguma relação afetiva, que é considerada a tríade da felicidade) também não têm achado muita graça na vida. O mundo é habitado por pessoas frustradas com o próprio trabalho, pessoas que não estão satisfeitas com o relacionamento que construíram, pessoas saudosas de velhos amores, pessoas que gostariam de estar morando em outro lugar, pessoas que se julgam injustiçadas pelo destino, pessoas que não aguentam mais viver com o dinheiro contado, pessoas que gostariam de ter uma vida social mais agitada, pessoas que prefeririam ter um corpo mais em forma, enfim, os exemplos se amontoam. Se formos espiar pelo buraco da fechadura de cada um, descobriremos que estão todos relativamente bem, mas poderiam estar melhor. 

Por que não estão? Ora, a culpa é do governo, do papa, da sociedade, do capitalismo, da mídia, do inferno zodiacal, dos carboidratos, dos hormônios e demais bodes expiatórios dos nossos infernizantes dilemas. A culpa é de tudo e de todos, menos nossa. 

Um amigo meu, psiquiatra, costuma dizer uma frase atordoante. Ele acredita que todas as pessoas possuem a vida que desejam. Podem até não estar satisfeitas, mas vivem exatamente do jeito que acham que devem. Ninguém as força a nada, nem o governo, nem o Papa, nem a mídia. A gente tem a vida que pediu, sim. Se ela não está boa, quem nos impede de buscar outras opções? 

Quase subo pelas paredes quando entro neste papo com ele porque respeito muito as fraquezas humanas. Sei como é difícil interromper uma trajetória de anos e arriscar-se no desconhecido. Reconheço os diversos fatores - família, amigos, opinião alheia - que nos conduzem ao acomodamento. Por outro lado, sei que este meu amigo está certo. Somos os roteiristas da nossa própria história, podemos dar o final que quisermos para nossas cenas. Mas temos que querer de verdade. Querer pra valer. É este o esforço que nos falta. 

A mulher que diz que adoraria se separar mas não o faz por causa dos filhos, no fundo não quer se separar. O homem que diz que adoraria ganhar a vida em outra atividade, mas já não é jovem para experimentar, no fundo não quer tentar mais nada. É lá no fundo que estão as razões verdadeiras que levam as pessoas a mudarem ou a manterem as coisas como estão. É lá no fundo que os desejos e as necessidades se confrontam. Em vez de nos queixarmos, ganharíamos mais se nadássemos até lá embaixo para trazer a verdade à tona. E então deixar de sofrer. "

Martha Medeiros
(roubadíssimo à minha V... cheers! ;))

quarta-feira, agosto 28, 2013

segunda-feira, agosto 26, 2013

sexta-feira, agosto 23, 2013

Aparências

Colega parva e indiscreta a quem eu, decididamente!, não dei esta confiança toda, faz-me o seguinte comentário:

- Não percebo, você (ai, o que eu gosto dos "você"...) lancha todos os dias, não se priva de nada e parece um osso! Não sei como é que você faz isso...


Nos primeiros segundos, e ainda munida de alguma tolerância, pensei em explicar-lhe algumas coisas sobre nutrição, a importância de comer de x em x horas, de gerir as quantidades, de ter em conta a qualidade do que se ingere, de fazer desporto e tal... Mas ela continuou com a mesma ladainha parva (blá, blá, blá, com voz de pato. É isso! Ando há meses a tentar perceber o que me irrita na voz dela e acabei de descobrir: parece um pato!) e, a dada altura, a tolerância já se tinha deslocado a grande velocidade para o espaço sideral e eu só pensava em perguntar-lhe que raio sabia ela da minha vida para afirmar que não me privo de nada e questionar os meus hábitos alimentares, que raio lhe tinha passado pela cabeça para se pôr com aquela conversa comigo no meio do corredor para toda a gente ouvir, que raio lhe sugeriu que nós as duas podíamos ser amigalhaças e, já agora, discutir copas de soutiens no bar lá do serviço?!

O grasnanço continuou e ainda me chegou a passar pela cabeça ser uma querida e dizer "ao menos tenho mamas, já tu..." mas contive-me... 

Enfim... deixei-a grasnar mais um bocadinho e, envergando o meu mais belo sorriso obliquo, limitei-me a responder: é da ruindade! (sendo o sub-texto: portanto, ó bitch, já ias andando, tu e a tua indiscrição, e não me voltavas a chatear a cabeça não vá a ruindade me dar também para morder!)


Pois... mas se para bom entendedor, meia palavra basta, no caso, acho que nem um dicionário inteiro...

A saudade é o amor

"A saudade é o que fica do amor quando perdemos todo o seu lado físico, deixámos de estar, deixámos de tocar, há uma barreira inultrapassável de espaço ou de tempo, mas o amor continua, permanece. A saudade é esse tipo de amor. A saudade é o amor." 

José Luís Peixoto

Para mim é chinês...

Tentar retomar o contacto com amigo chinês da progenitora que afinal já morreu há uns anos mas que tem um irmão e sobrinhos e cunhada que são uns queridos e que até já passaram por Lisboa e nos quiseram conhecer pessoalmente e que nos enviaram lenços de seda da China e que se tornaram meus amigos numa qualquer rede social e que volta e meia me mandam mensagens sobre a sua escola de aviação em Hong Kong dá nisto:

衝上雲霄 考Cadet 機師的難題: 睇劇集衝上雲霄, 唔好掛住睇藝員, 要小心睇吓飛機. 你想考Cadet 機師, 考官問你飛行知識, 看你口口聲 聲話对飛行有熱誠, 你可否告訴考官:

1. 2013 年 8 月 15 日 TVB 東張西望 報導之 衝上雲霄 記招中 張智霖及眾演員 靠着拍照的紅色 小飛機 喺乜來頭你知唔知道?

2. 機頭上 印着 Beagle Pup 100 和 RR 的 logo 和機身上印着 G-AWEC 字樣又喺乜嘢??? 

3.衝上雲霄揀这台飛機來造劇照宣傳,會令人联想到背後有甚麼意義? 

香港飛行界歷史咁大件事你都唔知, 單是这飛機的原來主人这傳奇故事人物一生的飛行事蹟已足夠拍一輯 衝上雲霄 III 啦!!! 你肥佬啦!

俾個貼士你, 上網做家課, 再來報名啦!!!


Olha, querido Francis... santinho para ti também!

quinta-feira, agosto 22, 2013

Perfil

Irra, que o tipo nunca mais vai de férias...!

Au clair de la lune


So typically me...



quarta-feira, agosto 21, 2013

À minha volta








Espalhados pelos mais diversos cantos da casa. Lidos e por ler. Ou a meio, intercalados. Rodeiam-me.

Gosto.

Sou também eu em cada cantinho.

segunda-feira, agosto 19, 2013

A maior lição de todas: check! Aprendida.


The edge... e eu a sonhar tocar e cantar assim quem sabe numa outra encarnação...

Edge Of Something
Jamie Cullum

I've got some ways of forgetting now 
What you're finding out, what you're finding out 
I've got some ways of believing now 
What you're leaving out, what you're leaving out 
So take a reach down inside your soul 
What you gonna find, what you gonna find 
And it's so deep down inside your soul 
What you leave behind, what you leave behind 
I can hear it calling 
Can't you tell? 

I'm on the edge of something 
So I just keep running every time I lose my head 
I'm on the edge of something 
So I just keep falling every time I lose my head 

Are there some secrets embedded down 
In the frozen ground, in the frozen ground 
Under a cold moon and a fractured sky 
There's a universe there behind those eyes 
You're gonna make good on promises 
That you know you could, that you know you could 
Cause no one here worships suddenness 
Though you wish they would, though you wish they would 
I can hear it calling 
Can't you tell? 

I'm on the edge of something 
So I just keep running every time I lose my head 
I'm on the edge of something 
So I just keep falling every time I lose my head 

I don't need a vision 
I'm just waiting on collisions of the brain and the heart 
I'm patient for decisions and some stormy revelations 
I can claim from the start 
I'm kicking up a storm 
In the valley I was born 
I can hear the tower ring 
Out here on the edge of something 

I'm on the edge of something 
So I just keep running every time I lose my head 
I'm on the edge of something 
So I just keep falling every time I lose my head

sexta-feira, agosto 09, 2013

Frase do dia

“Desistir pode ser um dos maiores actos de coragem que a vida nos coloca à frente.” 

Pedro Chagas Freitas
"In Sexus Veritas"

"Meio quilo"


quarta-feira, agosto 07, 2013

Frase do dia

"A vida ri-se das probabilidades e põe palavras onde imaginamos silêncios e súbitos regressos quando pensávamos que não nos voltaríamos a encontrar."

José Saramago

terça-feira, agosto 06, 2013

Kama kama kama kama kama... chameleon!


E é isto. É isto que importa reter e que importa discutir!

(E não se o nome de um cão é Zico, Mandela, Fifi ou Cocó..! A sério, tenham dó! No meio da confusão de "postas de pescada" que consegue ser esta blogosfera, há quem levante a hipótese de os advogados do Sr. Mandela - o humano - se virem meter ao barulho! Como se eles e o próprio não tivessem mais nada que fazer! Eu tenho, o que fará eles... Gente tãããooo poucochinha, cristo.. )


"É uma ironia dos tempos modernos, que pode causar confusão aos mais imberbes alunos de Comunicação Social, que devem andar a aprender, como eu aprendi, que uma boa definição de notícia não é um cão morder um homem, mas sim um homem morder um cão. Se assim é, que se passa? Nas últimas semanas de Agosto, houve um inesperado número de incidentes em cadeia, no que diz respeito a ataques de cães a pessoas. Somados, quase à média de um por dia nas páginas dos jornais ou nas televisões, poderia perceber-se, erradamente, que se tratava de uma epidemia, ou seja, de uma proliferação de casos “iguais”. Não são, de todo. Qualquer análise séria conclui, sem dificuldade, que se tratam de situações bem diferentes, pese embora uma mesma raça de cão estar presente em mais do que uma história, e todas elas terem o mesmo desfecho anunciado: o cão em causa foi de quarentena, e será abatido dentro de pouco tempo. Sobre esta sentença que não levanta indignação que se veja, já lá iremos. Primeiro, é importante entender que, por mais que defenda os direitos dos animais, não sou fundamentalista ao ponto de não perceber que um cão, ou outro animal, é perfeitamente capaz de “se passar”, como qualquer um de nós. Neste sentido, há situações, sim, em que se torna incompreensível que um cão ataque, situações em que o animal é, sim, “culpado” do seu crime. Mas basta reflectir um pouco, analisar os recentes incidentes, ou outros mais antigos, para concluir que as situações sem aparente explicação são uma raridade. Normalmente, o que acontece é o desastre que se adivinhava quando se vêem as circunstâncias, ou se pensa na “qualidade de vida” dos cães em causa. Regra geral, pertencem a pessoas que não têm a mínima consciência do que significa serem donos de um animal, muito menos quando se aventuram a escolher as chamadas raças potencialmente perigosas. Ponto básico: se são consideradas potencialmente perigosas, há uma razão para pensar mil vezes antes de optar por elas. Ponto básico número dois: a expressão “potencialmente” é a chave. Significa que nas mãos de um mau dono, a potencialidade torna-se realidade. Já é do senso comum, mas ninguém parece quere perceber. Obviamente que um pequeno caniche também pode ter um comportamento agressivo, mas basta pensar no porte de alguns cães para se entender que a “potencialidade de perigo” de uns é porque, quando se chateia, provoca danos terríveis, muitas vezes fatais. E o que vemos, nos casos mais badalados de Agosto? Uma continuada, inacreditável irresponsabilidade de muitas pessoas que têm estes cães. Pessoas que teimam em ter animais sem saberem, ou quererem saber, das noções mais básicas em relação aos animais, no que respeita a respeitarem um líder, sentido de território, stresse causado pela falta de atenção ou exercício, pessoas que não sabem, ou não querem saber, que um cão é, essencialmente, o espelho do seu dono, até porque um cão “pensa”, à sua medida, que é isso que é suposto fazer, é isso que o dono espera dele. Numa das histórias, os pormenores são tão claros, tão prenunciadores de desastre, que causa uma enorme confusão que o nosso sistema para lidar com os casos continue a ser abater o cão em vez de multar ou prender o dono. Numa das histórias, repito, um cão atacou a mãe do seu dono, um ataque que se revelou mortal. Começa-se a puxar pelos pormenores, e que temos? O indivíduo tinha escolhido, nada menos, do que um arraçado que misturava sangue de pittbull com leão da rodésia. E mantinha esta bomba-relógio fechada num apartamento exíguo, de onde o cão raramente saía, para se exercitar, destressar ou socializar. Que surpresa, que este cão fosse uma pilha de más vibrações, um desastre à espera de acontecer. Mas o que mais revolta é saber o que vai acontecer, porque é que acontece sempre nestes casos. O animal vai ser abatido, e o indivíduo, depois de encolher os ombros e assobiar, há-de arranjar outro, que manterá nas mesmas condições. Como todos os outros que procuram cães potencialmente perigosos, com os quais afirmam uma triste, patética e repugnante posição de agressividade perante os outros. É, para muito cobarde, a única forma de se fazerem maus, ou temidos. E tudo isto vai continuar enquanto este tipo de gente não for punida a sério. A solução de mandarmos abater cães não adianta um centímetro ao nosso sentido de civilização."

Crónica de Rodrigo Guedes de Carvalho: E a besta é o cão?

(de 2012 mas ainda assim tristemente actual...)

Frase do dia

"O mundo nunca está completo: faltam pessoas que nos morreram."

Gonçalo M. Tavares

segunda-feira, agosto 05, 2013

Apple tree





















Gustav Klimt
1916 

sexta-feira, agosto 02, 2013

Porque já é fim de semana...


E é esta a minha mente: das pequenas coisas que fazem parte da vida às grandes invenções tecnológicas em três segundos...

Um música. Uma daquelas músicas que, sem sabermos desde quando, faz parte da nossa audioteca interior e da qual não sabemos nada a não ser que é uma das nossas, que se tornou uma das nossas ao longo do tempo, deixada cair em nós vinda de uma qualquer banda sonora ou dos corredores lá de casa e que, quando se nos reaparece aqui ou ali, nos faz dizer "gosto tanto"... Queremos reproduzir, explicar a alguém (é aquela que começa assim, trá lá lá, estás a ver...?), procurar na net mas...

Uma música. E o momento mágico em que, na estação de rádio que nos acompanha de manhã, ela se nos apresenta acompanhada de bilhete de identidade...

Dave Brubeck
(Montreal Jazz Festival 2009)



(A quantidade de vezes que já me ocorreu, ao tentar identificar uma melodia que me persegue, tocar no teclado do computador como se de um teclado de piano se tratasse, reproduzir as notas que tenho na minha mente e o Google procurá-las... Não sei porque é que ainda não houve ninguém que se tivesse lembrado disto... já fomos à Lua e mais o diabo mas isto... não... tss, tss, tss... Silicon Valley, you need me, who know you do...)