Colega parva e indiscreta a quem eu, decididamente!, não dei esta confiança toda, faz-me o seguinte comentário:
- Não percebo, você (ai, o que eu gosto dos "você"...) lancha todos os dias, não se priva de nada e parece um osso! Não sei como é que você faz isso...
Nos primeiros segundos, e ainda munida de alguma tolerância, pensei em explicar-lhe algumas coisas sobre nutrição, a importância de comer de x em x horas, de gerir as quantidades, de ter em conta a qualidade do que se ingere, de fazer desporto e tal... Mas ela continuou com a mesma ladainha parva (blá, blá, blá, com voz de pato. É isso! Ando há meses a tentar perceber o que me irrita na voz dela e acabei de descobrir: parece um pato!) e, a dada altura, a tolerância já se tinha deslocado a grande velocidade para o espaço sideral e eu só pensava em perguntar-lhe que raio sabia ela da minha vida para afirmar que não me privo de nada e questionar os meus hábitos alimentares, que raio lhe tinha passado pela cabeça para se pôr com aquela conversa comigo no meio do corredor para toda a gente ouvir, que raio lhe sugeriu que nós as duas podíamos ser amigalhaças e, já agora, discutir copas de soutiens no bar lá do serviço?!
O grasnanço continuou e ainda me chegou a passar pela cabeça ser uma querida e dizer "ao menos tenho mamas, já tu..." mas contive-me...
Enfim... deixei-a grasnar mais um bocadinho e, envergando o meu mais belo sorriso obliquo, limitei-me a responder: é da ruindade! (sendo o sub-texto: portanto, ó bitch, já ias andando, tu e a tua indiscrição, e não me voltavas a chatear a cabeça não vá a ruindade me dar também para morder!)
Pois... mas se para bom entendedor, meia palavra basta, no caso, acho que nem um dicionário inteiro...
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