terça-feira, dezembro 31, 2013

Desejo

Que cada novo ano não seja nunca só mais um ano.

segunda-feira, dezembro 30, 2013

Em jeito de balanço, é mesmo isto. Temos pena.


Em 2014...

... que pessoa queres ser?

Constatação #72

Às vezes escrevo só para não dar em louca...

sábado, dezembro 28, 2013

Há dias em que nada se passa. Há dias em que se passa... bastante.

De volta a um outro mundo, tão meu também, sou obrigada a sair do molde que me imprime o dia a dia e a experimentar: emoções, gestos, imaginação. Hoje, o teste era fazer com que a gestualidade trouxesse os sentimentos e que estes permanecessem depois de abandonados pelo corpo. 

O primeiro foi simples: raiva. Punhos cerrados, boca cerrada, dentes cerrados, a forma física encontrada e a raiva a crescer cá dentro só de se ver emoldurada por aqueles gestos. Depois, relaxados os pulsos e demais pontos tensionados, manter a raiva nos olhos, sem moldura nenhuma a ajudar. Piece of cake, que muito tenho de cadela raivosa quando quero.

Seguiu-se a felicidade. Felicidade... fiz os gestos, alarguei sorriso e braços, abri corpo e mente... rodopiei pela sala e a cada volta buscava mais fundo a vibração que me iria encher desse sentimento.  Rodopiei mais e mais, abri o sorriso e os braços mais e mais e descobri... que já não sei como ela é. Busquei no mais fundo de mim e não consegui senti-la. Alegria proporcionada por momentos bons? Sim, com certeza. Sorrisos provocados por surpresas, mimos, carinhos? Claro, estavam lá. Mas felicidade... que se sente mesmo quando nada acontece, que nos aquece por dentro e nos faz rir ou sorrir mesmo quando nada tem assim tanta graça... essa, tive a certeza, perdi-a algures pelo caminho...

Por último, o mote foi o amor. Aquele amor maior que tudo. Que gesto traduz aquele amor maior que tudo? Não precisei pensar muito, não pensei quase nada: abracei. Abracei aquele amor maior que tudo, abracei-o de saudade, de vazio; abracei-o com toda a força. Sim, para mim, quando se ama mais que tudo agarra-se, aperta-se, mergulha-se a cabeça no corpo abraçado e prende-se para que nunca se vá embora. Foi assim que fiz e assim o senti, abraçado a mim pelos meus próprios braços.

Como nota mais jocosa, porque - felizmente - as moedas têm sempre duas faces, os estados de tensão de Jacques Lecoq:
1. Exausto
2. Relaxado
3. Neutro
4. Alerta/Curioso
5. Desconfiado/Sobranceiro
6. Extasiado
7. Pesado/Rígido

Após vários exercícios em diferentes aulas, a brilhante conclusão a que chegámos (colegas, professor e eu mesma), não sem algum riso, é que aquele que me "sai" mais naturalmente, como se de uma segunda pele se tratasse é... o nº 5...

Sweet tooth. Bom... no meu caso é mesmo "teeth"...

A noite acaba com alento gastronómico! Em conversa pós-aula descubro que determinado restaurante tailandês, que se me havia desaparecido do mapa há anos e anos, afinal só mudou de poiso. O restaurante e, espero eu, o seu fabuloso e nunca mais degustado pudim de castanhas com leite de côco quente...! 

Obrigado, obrigado, oh deuses do dentinho doce!

terça-feira, dezembro 24, 2013

sexta-feira, dezembro 20, 2013

Perfil

Preparando-me psicologicamente para receber a consoada pela primeira vez.... inspira, expira, inspira, expira...

quarta-feira, dezembro 18, 2013

terça-feira, dezembro 17, 2013

Constatação #71

Não desistirem de nós: é a maior prova de amor.

Porque é e será sempre uma das "minhas"!



O velho rádio ofereceu-ma e eu não a desperdicei: ontem à noite aos pulos na ReFood. Porque na "preparação" das 2ªs feiras também se dança! ;)

segunda-feira, dezembro 16, 2013

Por aqui também já é Natal...

Speedy Santa

Uma tarde, todas as prendas compradas.

Damn, I'm good!

Porque o Boss continua a ser o Boss... (irra, que é bom!)

High Hopes
Bruce Springsteen

Monday morning runs to Sunday night 
A scream slow me down before the new year dies 
Well it won't take much to kill a loving smile 
And every mother with a baby crying in her arms, singing 
Give me help, give me strength 
Give a soul a night of fearless sleep 
Give me love, give me peace 
Don't you know these days you pay for everything 
Got high hopes 
I got high hopes 
Got high hopes 
I got high hopes 

Coming from the city, coming from the wild 
I see a breathless army breaking like a cloud 
They're gonna smother love, they're gonna shoot your hopes 
Before the meek inherit they'll learn to hate themselves 
Give me help, give me strength 
Give a soul a night of fearless sleep 
Give me love, give me peace 
Don't you know these days you pay for everything 
Got high hopes 
I got high hopes 
I got high hopes 
I got high hopes 

Give me help, give me strength 
Give a soul a night of fearless sleep 
Give me love, give me peace 
Don't you know these days you pay for everything 
Got high hopes 
Got high hopes 
I got high hopes 
Got high hopes 

Tell me someone now, what's the price 
I wanna buy some time and maybe live my life 
I wanna have a wife, I wanna have some kids 
I wanna look in their eyes and know they'll stand a chance 

Give me help, give me strength 
Give a soul a night of fearless sleep 
Give me love, give me peace 
Don't you know these days you pay for everything 
Got high hopes 
Got high hopes 
I got high hopes 
Got high hopes 

Got high hopes 
I got high hopes 
I got high hopes 
I got high hopes

domingo, dezembro 15, 2013

Passado

"La memoria del corazón elimina los malos recuerdos y magnifica los buenos, y gracias a ese artificio, logramos sobrellevar el pasado."

Gabriel García Márquez

sexta-feira, dezembro 13, 2013

A saia azul

"O mais curioso nos amores impossíveis é que por vezes acontecem. 

Escolheu, depois de muito ponderar, a saia azul, bem justa, para levar ao momento mais importante da sua vida. Maquilhou-se com o cuidado de quem prepara uma bomba atómica, cada fio no seu lugar, escolheu as botas de cano alto para se sentir mais protegida, como se a pele tapada a protegesse do mundo, olhou-se a medo ao espelho no final, e esboçou o sorriso possível, os lábios trémulos e um aperto nos olhos, a ansiedade inteira a governar o corpo. “Perdoa-me”, em frente ao espelho ele ensaiava o que tinha para dizer, “perdoa-me por algum dia ter acreditado que havia vida sem que houvesses tu”, com ar confiante, seguro de si, “quero-te para sempre e tenho a certeza de que vai saber a pouco”, e saiu para a rua, o fato impecável, os sapatos impecáveis, o amor impecável, a realidade, só ela, manchada de um erro que queria agora corrigir. 

Encontraram-se no café de outrora, a mesa vazia como se os esperasse. Ele chegou primeiro, as palavras ensaiadas bem decoradas na sua cabeça, os gestos, até os gestos, pensados até ao mais último pormenor. Até que ela chegou, os passos como se pisassem pessoas, a saia azul justa e os homens todos a olhar. Ele disse o que tinha para dizer, ela ouviu o que tinha para ouvir. Quiseram os dois abraçar-se logo ali, antes que o mundo acabasse. Mas nenhum assumiu o risco. Ele esperou que ela dissesse “sim, perdoo-te”, ela esperou que ele dissesse “desculpa mas vou abraçar-te toda mesmo que contra a tua vontade”. E o tempo certo para o momento certo perdeu-se. 

Em casa, ela despiu a saia azul, descalçou as botas de cano alto e cedeu, o corpo pousado na cama como se de repente sem sangue. Ele ainda ficou no café alguns minutos, apenas a despedir-se do que não fora capaz de fazer, antes de lentamente voltar para o quarto vazio, o cheiro dela e as roupas dela, se fosse um homem corajoso teria tido a cobardia de desistir da vida. 

Casaram-se e foram quase felizes para sempre. Não um com o outro, claro. Ela encontrou um homem perfeito e ele encontrou uma mulher perfeita. Foram andando e, com o tempo, foram desaprendendo a maneira como um dia correram, o que um dia os fazia correr e saltar – mas nunca andar. Vieram os filhos, novos desafios, as rugas, os netos, a pele a ceder e o tempo todo a fazer-se de episódios cada vez mais raros de paixão. Haveriam de morrer distantes, tão distantes quanto a geografia o permitia, até o tamanho insuportável de um mar a separá-los. Certo é que, estranhamente, as lápides de ambos continham o mesmo erro, “uma gralha imperdoável”, segundo os respectivos marido e mulher: a data do falecimento apontava para há mais de trinta anos, nunca ninguém conseguiu entender porquê. A inscrição, essa, imediatamente abaixo da data, é que não tinha qualquer falha: “Não é parar que é morrer; é ir andando.” "

Pedro Chagas Freitas

quinta-feira, dezembro 12, 2013

quarta-feira, dezembro 11, 2013

Exercitando

O mote era a frase "E foi quando menos o esperava que...", o texto não deveria ter mais de 200 palavras (bless you, word count!).


A mim saiu isto:

"E foi quando menos o esperava que caí. Não sei de quantos metros, talvez porque a métrica da alma responda a diferentes regras, mas sei que caí no fundo mais fundo de mim e lá fiquei, atordoada, sem saber como me levantar. De início, neguei: ignorei a escuridão concentrando-me no ponto sumido de luz que ainda conseguia vislumbrar do que tinha sido a minha vida, do que eu tinha sido. Agarrei-me com unhas e dentes a essa memória e fingi que continuava a ser aquela pessoa. Não… não fingi. Acreditei porque precisei acreditar, porque não conhecia mais nada. Aquela era a única versão de mim, para mim. Mas nada é mais violento do que forçar uma forma de gente num molde onde esta já não encaixa... E a minha natural persistência, de menina que não se conforma, de mulher que sempre se acreditou guerreira, tornou-se a minha pior inimiga: pássaro que se atira contra as grades. 

Julgo ter conseguido parar antes de as fendas na pele se tornarem feridas demasiado profundas. Assumi, aceitei que a guerra estava perdida e com isto comecei a vencê-la. Desisti de me agarrar a quem era para passar a ser, verdadeiramente, quem me tinha tornado."

"I've learn that rather than running away from my problems it's better to embrace them"

What Is Depression? Let This Animation With A Dog Shed Light On It.

Tempo

"O tempo é um rato roedor das coisas, que as diminui ou altera no sentido de lhes dar outro aspecto."

Machado de Assis

Oferta

Recebo no email, oriunda de um daqueles sites de descontos em tudo e mais alguma coisa, a possibilidade de adquirir um espectacular cupão para passar duas noites mais espectaculares ainda...

... em Alcanena...


Podia-me alongar em considerações sobre este facto? Podia. Mas não era a mesma coisa...

Manuel de Oliveira

Hoje, numa entrevista a passar na TSF a propósito do seu aniversário, ouço qualquer coisa como:

"(...) acho que tenho que mudar de ofício (...) o cinema já não me sustenta."


Não tenho dúvidas: o que dá vida... é viver.

terça-feira, dezembro 10, 2013

Falar

"Por te falar eu te assustarei e te perderei? mas se eu não falar eu me perderei, e por me perder eu te perderia."

Clarice Lispector 
(10 de dezembro de 1920 — 9 de dezembro de 1977)

Mas onde é que esta gente andou na escola?!?

Caros escreventes deste país, por favor, atentem nisto de uma vez por todas. Os meus nervos agradecem. 

"A prática em Portugal na escrita por extenso de datas é, por exemplo: 3 de S[s]etembro de 2004 (só o mês escrito por extenso e SEM O ZERO a anteceder o dígito)." 
(http://www.ciberduvidas.com/)

Temores

Temo que o silêncio se tenha tomado de amores pelas minhas palavras 
E no verso do pensamento as tenha levado 
Para o infinito do seu amor 
E a solidão que timidamente se cobria de sonhos 
Tenha agora de enfrentar o frio do desconhecido 
Que todos os momentos da voz e da escuta lhe entregam 
Para construir 
Frases, histórias, verdades e simplesmente conversas perdidas 
Que egoísmo este o do silêncio 
E que fraqueza esta a da solidão 
E que desencontro o da memória e da saudade 
Que não descobrem palavras para fazerem dos versos um fado 
Ou do fado uma canção

segunda-feira, dezembro 09, 2013

Heaven... I'm in heaven...




















Só este fim de semana foram dois destes e mais umas garfadas de outros que tais, só para ficar a conhecer, claro. São portuguesíssimos, bons que se fartam e, felizmente, só me aparecem pela capital na época natalícia. Se por acaso este último pormenor se alterou entretanto... NÃO ME DIGAM!!

(Na imagem: Cornucópias da Pastearia Alcôa. Sem dúvida, as minhas...!)

Gritos em surdina

"Desde que findou, dois anos, quase três, nunca mais se falaram. De longe a longe ela envia-lhe um mail, "penso muito em nós", raramente variando a frase, um tom de grito em surdina, apelo à recordação. 
Nunca reage, uma única vez quase cedeu à vontade de lhe lembrar o aniversário de uma noite de paixão, mas conteve-se, cerrando os dentes e mentindo a si próprio com um "o que lá vai, lá vai", consciente do perigo que corre quando enfrenta a quimera da sua felicidade.
Mulher, filhos, família, obrigações, rituais, tudo se lhe assemelha vazio, desbotado, impossível de comparar à verdade do que sentiu e partilhou, do que teve e perdeu.
Dispensa a fantasia para imaginar a vida que o espera: olha em volta, chora sem lágrimas e, como ela, também grita em surdina."



Nota: porque há textos assim e blogs assim e autores assim que me fazem sorrir, chorar, deliciar, pensar, indagar, invejar, serenar, exaltar mas, acima de tudo, agradecer. Desde o dia em que os conheci - autor, blog e livros - tornei-me uma pessoa uma bocadinho mais completa...

The best


sexta-feira, dezembro 06, 2013

Cavalheirismo é bonito e eu gosto


Hoje também é um bom dia, um muito bom dia, mesmo!


A prova de que vale a pena não desistir de mudar este país e esta nossa gente. A prova de que vale a pena não desistir de mudar o mundo. É só um pequeno passo, há muito a fazer, há mais animais a considerar para além dos domésticos, há muito mais problemas, há muito mais horrores, há muito mais falhas na lei mas... lá chegaremos, justamente se não desistirmos. Se este não é o maior "legado Mandela", eu não sei qual será...

Do homem, da frase, da vida e do que ela pode ser.


quinta-feira, dezembro 05, 2013

Frase dos dias que correm

"Porque isto nunca é só isto..."

Trocadero? Talvez Trocadero... :)


A luva. Daquelas finas, delicadas mas justas...

Caranguejo (signo Solar ou Ascendente)
O ano começa, para si, com preocupações bem definidas, e isto é um avanço relativamente à sua tendência passada a preocupar-se sem ter a certeza com quê, numa espécie de ansiedade sem objecto que, se pensar bem, sempre teve o mesmo denominador comum – o da sua (in)segurança emocional e tudo aquilo que pudesse, porventura, representar (nem que apenas na sua fantasia) protecção, alimento, saciedade, estrutura, o fim do medo, o fim da fome e da solidão.

Este ano as suas ansiedades terão, pelo menos, um foco bem definido – o das suas relações, amorosas e familiares. E pese embora a instabilidade profissional, as questões de saúde das quais começou a recuperar, e o dinheiro extra que vai receber a partir da segunda metade do ano, o que verdadeiramente ocupa o seu pensamento, este ano, são as suas relações. E se reconhecer que já não é de hoje o quanto esta área de vida a tem incomodado (e confrontado!) nos últimos tempos, pode bem que dê por si a chamar-lhes, pelo menos durante este ano, as suas “ralações”.

É verdade que você tem crescido muito neste capítulo, principalmente através de paixões insuportáveis por aqueles sem os quais não se imagina, e com os quais não consegue viver.

E esta tem sido a via pela qual você tem amadurecido, e confrontado, através de “encontros imediatos” de elevadíssimo grau, as suas próprias zonas de sombra, de medo, de imaturidade, desejo cego e também – verdade seja dita – acedido à sua tremenda riqueza, elasticidade e ambivalência emocional.

De outra maneira, você nunca teria vivido as situações intensas e dramáticas que deu por si a viver recentemente. Mesmo que as tenha chorado às escondidas, fugido do seu quarto a meio da noite para um encontro secreto, deixado bilhetinhos anónimos com declarações de amor, só para aliviar a ânsia de dentro do peito, escrito à máquina (ou com letras recortadas de revistas sobre cabelos) cartas ameaçadoras a falar em napalm, poesia e desapontamento, ou arrancado os cabelos de desespero sem ninguém ver. Não é preciso que alguém saiba. Você sabe - e isso é tudo quanto basta.

Este ano, felizmente, você tem maior capacidade de assumir quem é, o que quer, e o que verdadeiramente precisa. Só não pode ficar à espera que os outros adivinhem: do que é que precisa, de que tem medo, quais as suas necessidades mais reais. Nem você o pode descobrir - a não ser que corra o risco de se expressar... e ver o que acontece.

Talvez o segredo, seja afinal, recuperar a inocência de quem nunca se magoou, confiar como se nunca se tivesse sentido traído, e continuar a acreditar e amar como se o Amor fosse um tremendo mistério - a única dimensão da Vida com o poder de nos surpreender, e transcender, e elevar, e fazer esquecer, e a recordar, e deixar cair enquanto nos leva, e eleva, sabe Deus onde, Deus sabe mas mais ninguém.

Como se o Amor fosse a Cura, o Caminho, e a única Via. Oh!, e é!...

Palco do crescimento: a sua própria exposição

O que evitar: refugiar-se por detrás dos problemas profissionais 

A expansão vem: da sua própria afirmação

Do que não pode escapar: da responsabilidade pelo que cria para si mesmo

As principais batalhas do ano: emocionais, domésticas, a criação, os filhos

Reinvente-se: no que faz no mundo

Confie e entregue ao Alto: que tudo fará, eventualmente, sentido



(pois que até me arrepiou... many thanks, minha C.!))

quarta-feira, dezembro 04, 2013

"One day you'll feel eighteen, look sixty, and wonder what happened."

O amor, sempre o amor.

"O amor é a união de duas solidões que se respeitam."

Rainer Maria Rilke

É complicado...


Tãããõooo bom..!!


Um dia destes a mulher mata-me do coração...

Aaarrrrggghhhh! Um bicho morto no chão do elevador!!

... 

Ah... afinal não é... é só a coroa de Natal que a porteira teima em tentar que fique pendurada no espelho...

terça-feira, dezembro 03, 2013

Like. A lot. :)

Melancolia

"Diz a Wikipédia que é «um estado psíquico de depressão com ou sem causa específica» e se caracteriza «pela falta de entusiasmo e predisposição para actividades em geral». Não parece a descrição da minha patologia. Se é certo que a maioria das actividades em geral me parecem repulsivas quando me inclino para ouvir “Gallows” repetidamente, a verdade é que nestes momentos sinto um grande entusiasmo com dois projectos: ler e escrever. Os frívolos dirão que isto não são actividades, e terão a sua razão terrena. Mas quem se interessa por actividades quando tem as CocoTosie a sussurrar-lhe ao ouvido canções de assombramento, uma pilha de livros à distância de um braço e disposição para reescrever o mundo em vários tomos? Quem se interessaria por um emprego, uma comunidade, um país ou um planeta se pudesse simplesmente permanecer arrebatado?

A única parte triste da melancolia é termos de desligar a música, fechar os livros e ir picar o ponto nesta coisa a que chamamos vida adulta e responsável."

sábado, novembro 30, 2013

Me. Soooo me...


Adjectivos

"Ser boazinha não tem nada a ver com ser generosa. Ser boa é bom, ser boazinha é péssimo. As boazinhas não têm defeitos. Não têm atitude. Conformam-se com a coadjuvância. PH neutro. Ser chamada de boazinha, mesmo com a melhor das intenções, é o pior dos desaforos. Mulheres bacanas, complicadas, batalhadoras, persistentes, ciumentas, apressadas, é isso que somos hoje. Merecemos adjectivos velozes, produtivos, enigmáticos."
Martha Medeiros

sexta-feira, novembro 29, 2013

Crença. Ou necessidade dela...

Colega com casaco, tipo bolero, branco e felpudo (para não dizer peludo!), em evento profissional (e não, não estamos a falar de profissional no âmbito da moda ou coisa assim, muito pelo contrário...). Quero acreditar que se deveu a uma tomada de posição pública, aproveitando a presença de altas individualidades nacionais e estrangeiras, em defesa do árctico e dos ursos polares...

quarta-feira, novembro 27, 2013

Realeza

Tenho para mim que a maioria das pessoas das quais me vou acercando se ressente por pertencer ao "povo". Não admitem, não falam nisso, se eu lhes apontar o dedo dão logo um certo ar "comunó' blazé" mas... de que outra forma se explica que, mal atirem criancinhas para o mundo, passem a referir-se "babadamente" à prole como "príncipes" e "princesas"?!

Pergunta retórica

Quem se lembra de experimentar um creme frio (vá... gelado!) para a celulite num dia como o de hoje? Quem?!?

sexta-feira, novembro 22, 2013

E o prémio Dr. Who do dia vai para...













... o cavalheiro de chapéu branco!

(deve ser africanista...)

E conta-me ela...

... "combinavam tão bem - em tudo-, eram tão perfeitos um para o outro... que não podia resultar."

Em modo PCF ou em modo conclusões-para-lá-de-sucintas

Se não fez qualquer diferença, então não era amor.

quinta-feira, novembro 21, 2013

Murro no estômago. E palavrão, que é a única resposta à altura.

Li agora, o cinema King vai fechar já no próximo fim de semana.

O "meu" King... :(

Vencem os Colombos desta vida, com filmes para manadas e com manadas a assistir. E agora, o bom cinema encontra-se onde?! E o café servido de livros? E o sossego? E o cheiro a sala de cinema de verdade?!

F***-se!

quarta-feira, novembro 20, 2013

É à rico!!

E eis que chega o recibo do ordenado... e a coluna "Descontos" tem SÓ 21 linhas..! Só! 

Mas quem me manda ganhar pr'a lá de um dinheirão?! Depois é isto...

terça-feira, novembro 05, 2013

Comes

Sou só eu ou existe o hábito generalizado de verificar a ementa do bar do costume, para a semana em que estamos de férias, de forma a constatar o que NÃO se vai poder comer...?


Ok... sou só eu...

Assombrações



















Um brinde a elas, às assombrações, às palavras não ditas. Um brinde à sua inutilidade que é justamente o que as repele para a zona inerte da memória. Não são ditas porque se esgotou a sua pertinência; não são ditas porque já não merecem ser ditas, perderam esse estatuto, já não gozam desse privilégio. Um brinde, minhas caras, mas afinal o brinde é a mim: já só raramente me assustam.

segunda-feira, novembro 04, 2013

Fuck it! Definitivamente, fuck it!


Pergunta

Fazer a mala mentalmente não é, de facto, fazer a mala, pois não..?

Certo... 

terça-feira, outubro 29, 2013

Alternativas

"Sempre que houver alternativas, tem cuidado. Não optes pelo conveniente, pelo confortável, pelo respeitável, pelo socialmente aceitável, pelo honroso. Opta por aquilo que faz o teu coração vibrar. Opta pelo que gostarias de fazer, apesar de todas as consequências." 

Osho

E como estamos em dia F...


Tu também


Às vezes


segunda-feira, outubro 28, 2013

Aos domingos à tarde, com jazz





















Ouviste? Assim que soaram os primeiros acordes perguntei instintivamente: ouviste? Como se te levasse comigo. Imagino sempre que, não podendo tu ir mas eu indo, tu vês e sentes e vives o que estou a viver. Imagino-me a matéria que também te alberga, veículo que te faz continuar a viver e que te leva aos sítios. Imagino que a música, através de mim, te chega; imagino que, ao saborear o meu lanche, o saboreias também; imagino que, o que os meus olhos pousados em cada canto e em cada pormenor recebem, também te seja entregue. E assim estive no que restou de luz da tarde que agora se extingue mais cedo. Assim estive para que ouvisses. Chá, tarte Tatin de banana e jazz. Ouviste? 

Confirma-se... o Outono já chegou...


Perfil

Thai mode... :) :) :)

quinta-feira, outubro 24, 2013

quarta-feira, outubro 23, 2013

Por ter passado a acreditar que o amor sempre se encontra...

... falei aqui, nele e nela, e em como acreditava também que não tardariam a juntar-se de novo.

Foi ontem.

Agora sim, serão felizes para sempre.

segunda-feira, outubro 21, 2013

Meia noite


























Lovers in Moonlight

Marc Chagall

Corpo presente

Nem pensei. Na verdade, não havia nada que pensar, havia apenas que agir. Só lentamente me fui dando conta, um pedacinho de cada vez, dentro de um minuto de cada vez. À medida que me ia aproximando, por um caminho que não decorei - nem na altura, nem agora -, emudeci sem dar conta e ausentei-me para o meu mundo interior que começava a fervilhar de memórias soltas. Como confettis presos em caixa fechada à pressão e que finalmente rebenta: momentos, sons, imagens, expressões. Soltos, desprendidos uns dos outros, caíam em mim como chuva grossa. Nunca mais lá tinha voltado nem nunca lá tinha estado antes mas tinha a absoluta certeza que me poderiam ter vendado os olhos até ao momento de chegar: eu saberia de imediato onde me encontrava.

Birkenau. O "meu Birkenau". Os portões de ferro ao fundo. A alameda que lá me levava. As duas imagens, a sua sobreposição, talvez até a sua fusão, e eu a absorver-lhes o sentido.

Silêncio, de dentro para fora. Ouvindo as vozes que me rodeavam mas ao longe, lentas, distorcidas pela minha presente ausência, fincando cada passo, olhos pregados no edifício que se ia agigantando à minha frente. Momentos, sons, expressões. Pedaços de álbuns de memórias que o meu olhar ia colando às imagens reais, físicas, que se me iam deparando. Ali, junto àquela parede; acolá, no acesso com parede de tijolos; aqui, no pátio; lá dentro, na sala. Rostos, palavras trocadas, cumprimentos, pessoas, notas soltas, olhares que me olhavam de novo: clarões que se sucediam à medida que ia percorrendo aquele espaço.

No pátio, por ter evitado a sala, tentava manter-me hirta ao mesmo tempo que as memórias me sacudiam, embatiam em mim vindas de todas as direcções. No pátio, nos longos minutos que lá permaneci, voltei atrás no tempo e morri mais uma vez. 

Saí. Ou melhor, fugi. Desculpei-me e fugi sem olhar para trás. O ritmo dos passos ao ritmo das lágrimas que se soltaram assim que me vi sem ninguém à volta. Fugi daqueles portões, daquele pátio, daqueles tijolos, percorri a alameda num só sopro e só parei quando, ao espreitar por cima do ombro, o "meu Birkenau" já não me avistava.

Quando voltei, fi-lo lentamente, engolindo em seco a humidade que ainda restava na cara, de queixo erguido, respiração controlada, figura hirta de alma ausente, e juntei-me novamente aos demais. Mais sóbria, os confettis pareciam ter finalmente pousado e a minha cabeça voltava novamente ao vazio ao qual recorro quando só o vazio permite endireitar as costas e secar os pensamentos. Percebi, nesse momento, que não tinha qualquer memória da vista para onde desemboca o pátio nem da existência de uma sala contígua. Percebi que nas longas horas que lá passei antes simplesmente não os vi. E percebi que não tinha qualquer memória do que tinha acontecido depois. A lógica diz-me para onde fui mas não há fragmento de recordação de como o fiz, com quem, o que aconteceu quando cheguei. Nada. Absolutamente nada.

Ainda cá fora, porque a última memória a ir-se embora foi a do som do alçapão que se fechou depois de ter engolindo parte de mim, aguardei o momento certo: a despedida impunha-se, a sala aguardava-me, o som - que não seria o meu mas seria o mesmo - já teria acontecido. O abraço, meu e dele, de quem o recebia e de quem o dava, disse tudo. E eu apenas sussurrei qualquer coisa.

De volta ao resto do dia e à vida que segue, o ar fresco soube-me bem. E à medida que o meu corpo se afastava do portão e dos meus carris feitos chão, a voz retornou ao seu devido lugar rompendo, a espaços, a mudez cerrada. Aproveitando a brisa que refrescava corpo e alma, tentei ainda buscar alguns elos de ligação entre os vários pedaços, algumas memórias que não se tinham apresentado, mas algo me disse que era escusado e - mais do que isso - desnecessário. Afinal, só não resiste ao tempo e ao ácido sulfúrico da memória selectiva o que não tem verdadeiramente expressão ou o que, tendo, não contribui em nada para nada mais. E assim sendo, não merece ter lugar em mim.

Não faleci!!
















Night Run - 5 km - 32 minutos

Toma!!!!

quarta-feira, outubro 16, 2013

Constatação #70

A burrice devia pagar imposto a quem tem a infelicidade de ter que levar c'uela todos os dias. Neste caso, e bem, seria eu.

sexta-feira, outubro 11, 2013

quinta-feira, outubro 10, 2013

Porque é bom, é tudo bom: a voz, a música, a letra, o vídeo. É muito bom.



Be Good (Lion's Song)
Gregory Porter

Be good is her name and I sing 
my lion's song and brush my mane 

she would if she could 
so she pulled my lyon's tail 
and cause me pain 
she said lions are made for cages 
just to look at in delight 
you dare not let'em walk around 
'cause they might just bite 

does she know what she does 
when she dances around my cage 
and says her name 

be good be good 

be good is her name 
I trim my lion's claws and I 
and I cut my mane 
and I would if I could 
but that woman treats me the same 

she said lions are made for cages 
just to look at in delight 
you dare not let'em walk around 
'cause they might just bite 

does she know what she does 
when she dances round my cage 

be good is her name 
I sing my lion's song 
brush my mane 

and she would if she could 
so she pulled my lion's tail 
and cause me pain 
she said lions are made for cages 
juste to look at delight 
you dare not let'em walk around 
'cause they might just bite 

does she know what she does 
when she dances around my cage? 

be good is her name 
I trim my lion's claw and I... 

and I cut my mane 

and I would if I could but 
beee good treats me the same 

she said lions are made for cages 
juste to look at delight 
you dare let'em walk around 
'cause they might just bite 

does she know what she does 
when she dances around my cage? 

she dances around my cage 
does she knoooow? 
does she knooooooow? 
be good be good be good be good 

quarta-feira, outubro 09, 2013

terça-feira, outubro 08, 2013

Do alto da torre

"A maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana. A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo, o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro. O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e ferir-se, o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre."
Vinicius de Moraes

Sweet, sweet summer


segunda-feira, outubro 07, 2013

quarta-feira, outubro 02, 2013

"Tão tu!!!"





















(enviado por irmãmiga, com o título supra :))

It takes one to know one...

"Eu sou um pseudo-filho-único."


Nunca tinha ouvido mas fui a única pessoa da mesa que entendeu de imediato, sem explicações. E não é que é isto mesmo?!

Numa formação...

...

"porque a empresa tem que ter uma reacção cabaz"



Assim sendo, espero que a da minha envolva uma grandessíssima pata de presunto e etiqueta com o meu nome. Agradecida.

sexta-feira, setembro 27, 2013

Piñata!!














"85!!! Yeahhh! Toooma! Iiiiincha, porco!!"


(Sim, sim, eu sou moça para já ter jogado isto umas quantas vezes hoje... )


Update quinze minutos depois: 165!!!!!

terça-feira, setembro 24, 2013

Verbo: relativizar (ou aprendendo a viver...)

Porque a vida não nasceu para andar sempre direita. Corre e torce o pé em buracos, anda e tem que se desviar de quem corre, voa e prende as asas numa árvore qualquer. Vive. E, quem com ela anda, vive também. E tropeça e cai e desvia-se. Também. Mas nada como memórias em forma de cicatriz para nos fazer retornar ao essencial. Em segundos. Em segundos, o coração deixa de apertar e a angústia nem chega a sair do ninho: já foi tão pior, isto afinal não é nada. O pior são as mortes, os vazios, as dores que perfuram o espírito e o fazem gritar: o resto é o dito passeio no parque. E faz parte. Mesmo que, por momentos, a vontade seja fugir desta vida de adulto, não brincar mais e entrar à socapa na sala de aulas do "sobrinho" para me sentar na carteira ao lado da dele. Troca por troca, M.: tu não dizes nada à professora e deixas-me assim ser menina outra vez e até me emprestas os teus crayons (e o que eu gosto de crayons...), e eu prometo que esta coisa de termos que estar virados para o quadro e aprender não é assim tão mau enquanto "dou conta" dos putos ranhosos que se armarem em parvos contigo - negócio feito? ... Mas parece que ainda não é desta que o mundo se vira ao contrário, parece que não é desta que algum de nós pode trocar as voltas ao "tem que ser". Porque a vida não nasceu para andar sempre direita mas - ainda que aos ziguezagues - anda para a frente.

domingo, setembro 22, 2013

Sub

“Fui um sub-eu debaixo de um sub-amor. Prisioneiro de um sub-amor. Tornei-me dependente do que não existia. O pior viciado é o que precisa de consumir o que não existe.” 

"In Sexus Veritas"
Pedro Chagas Freitas

sexta-feira, setembro 20, 2013

Até ao fim

“Não se contabiliza o amor, temos de tentar, tentar sempre, tentar até à última das possibilidades, até ao derradeiro dos nãos, e nenhum não é derradeiro, quando se ama nenhum não é derradeiro, nenhum não é definitivo, temos de tentar, temos de ir, até ao fim. 

Todas as dores ardem até ao fim.” 

"In Sexus Veritas"
Pedro Chagas Freitas

Na senda do "há quanto tempo não fazes algo pela primeira vez"...





















... compota!

Há pouco, à porta da minha entidade patronal





















A prova provada de que este país padece de incompetência crónica!

Então vão-me combinar a coisa para o fim de semana?! Acham mesmo que vão conseguir cá apanhar alguém?!?

Um, dó, li, tá...


quinta-feira, setembro 19, 2013

Céu





















Sky,1955
Nicolas de Staël

quarta-feira, setembro 18, 2013

Conclusão

Pérolas a porcos, é o que é. Pérolas a porcos.

terça-feira, setembro 17, 2013

Questões

Pergunto-me. Pergunto-me, se calhar ingenuamente... Pergunto-me o que lhe passará pela cabeça. Pergunto-me que tipo de mensagens, então, transmitem a minha expressão, os meus modos, o meu discurso. Pergunto-me que ilações se devem, afinal, tirar do que digo e do que demonstro. Pergunto-me...

... porque raios o meu superior hierárquico me enviou um link para um artigo cujo título é "Afinal a cerveja não faz barriga e até ajuda a prevenir doenças"!?!

A dor espalha-se. É isto mesmo: a dor espalha-se...

“A dor espalha-se. A dor não morre mas espalha-se. E o que está mais espalhado é menos intenso. Vale o mesmo mas é menos intenso. Como ter várias pequenas feridas suportáveis em vez de ter uma grande ferida insuportável. É isso o que tempo faz: espalha a dor. Ensina-nos a suportar a dor. A espalmá-la, a dividi-la. Mas nenhum tempo mata a dor.” 

"In Sexus Veritas" 
Pedro Chagas Freitas

segunda-feira, setembro 16, 2013

Os deuses a meu favor

Chego de férias e o computador, em vez de se ligar, encerra sem que ninguém lhe tenha dito nada. Tenho que o comunicar superiormente e só voltar amanhã. Certamente irão concordar que com sinais divinos não se brinca.

sexta-feira, agosto 30, 2013

Porque ainda estou a aprender...

Bem a propósito de um post da HSC onde a senhora diz que aos 30 e 40 só aprendeu: foi aos 50 que começou, de facto, a viver.

Wake Me Up
AVICII

Feeling my way through the darkness 
Guided by a beating heart 
I can't tell where the journey will end 
But I know where to start 

They tell me I'm too young to understand 
They say I'm caught up in a dream 
Well life will pass me by if I don't open up my eyes 
Well that's fine by me

So wake me up when it's all over 
When I'm wiser and I'm older 
All this time I was finding myself 
And I didn't know I was lost 

I tried carrying the weight of the world 
But I only have two hands 
Hope I get the chance to travel the world 
But I don't have any plans 

Wish that I could stay forever this young 
Not afraid to close my eyes 
Life's a game made for everyone 
And love is the prize 

So wake me up when it's all over 
When I'm wiser and I'm older 
All this time I was finding myself 
And I didn't know I was lost 

Didn't know I was lost 
I didn't know I was lost 
I didn't know I was lost 
I didn't know

quinta-feira, agosto 29, 2013

Uma pessoa

“Não é pela falta de pessoas à nossa volta que se define a solidão; é pela falta de nós à nossa volta. Estar acompanhado só exige uma pessoa.”

Pedro Chagas Freitas

Todas as pessoas possuem a vida que desejam...

"(...) mas mesmo os que teriam motivos para estar (aqueles que possuem emprego, saúde e alguma relação afetiva, que é considerada a tríade da felicidade) também não têm achado muita graça na vida. O mundo é habitado por pessoas frustradas com o próprio trabalho, pessoas que não estão satisfeitas com o relacionamento que construíram, pessoas saudosas de velhos amores, pessoas que gostariam de estar morando em outro lugar, pessoas que se julgam injustiçadas pelo destino, pessoas que não aguentam mais viver com o dinheiro contado, pessoas que gostariam de ter uma vida social mais agitada, pessoas que prefeririam ter um corpo mais em forma, enfim, os exemplos se amontoam. Se formos espiar pelo buraco da fechadura de cada um, descobriremos que estão todos relativamente bem, mas poderiam estar melhor. 

Por que não estão? Ora, a culpa é do governo, do papa, da sociedade, do capitalismo, da mídia, do inferno zodiacal, dos carboidratos, dos hormônios e demais bodes expiatórios dos nossos infernizantes dilemas. A culpa é de tudo e de todos, menos nossa. 

Um amigo meu, psiquiatra, costuma dizer uma frase atordoante. Ele acredita que todas as pessoas possuem a vida que desejam. Podem até não estar satisfeitas, mas vivem exatamente do jeito que acham que devem. Ninguém as força a nada, nem o governo, nem o Papa, nem a mídia. A gente tem a vida que pediu, sim. Se ela não está boa, quem nos impede de buscar outras opções? 

Quase subo pelas paredes quando entro neste papo com ele porque respeito muito as fraquezas humanas. Sei como é difícil interromper uma trajetória de anos e arriscar-se no desconhecido. Reconheço os diversos fatores - família, amigos, opinião alheia - que nos conduzem ao acomodamento. Por outro lado, sei que este meu amigo está certo. Somos os roteiristas da nossa própria história, podemos dar o final que quisermos para nossas cenas. Mas temos que querer de verdade. Querer pra valer. É este o esforço que nos falta. 

A mulher que diz que adoraria se separar mas não o faz por causa dos filhos, no fundo não quer se separar. O homem que diz que adoraria ganhar a vida em outra atividade, mas já não é jovem para experimentar, no fundo não quer tentar mais nada. É lá no fundo que estão as razões verdadeiras que levam as pessoas a mudarem ou a manterem as coisas como estão. É lá no fundo que os desejos e as necessidades se confrontam. Em vez de nos queixarmos, ganharíamos mais se nadássemos até lá embaixo para trazer a verdade à tona. E então deixar de sofrer. "

Martha Medeiros
(roubadíssimo à minha V... cheers! ;))

quarta-feira, agosto 28, 2013

segunda-feira, agosto 26, 2013

sexta-feira, agosto 23, 2013

Aparências

Colega parva e indiscreta a quem eu, decididamente!, não dei esta confiança toda, faz-me o seguinte comentário:

- Não percebo, você (ai, o que eu gosto dos "você"...) lancha todos os dias, não se priva de nada e parece um osso! Não sei como é que você faz isso...


Nos primeiros segundos, e ainda munida de alguma tolerância, pensei em explicar-lhe algumas coisas sobre nutrição, a importância de comer de x em x horas, de gerir as quantidades, de ter em conta a qualidade do que se ingere, de fazer desporto e tal... Mas ela continuou com a mesma ladainha parva (blá, blá, blá, com voz de pato. É isso! Ando há meses a tentar perceber o que me irrita na voz dela e acabei de descobrir: parece um pato!) e, a dada altura, a tolerância já se tinha deslocado a grande velocidade para o espaço sideral e eu só pensava em perguntar-lhe que raio sabia ela da minha vida para afirmar que não me privo de nada e questionar os meus hábitos alimentares, que raio lhe tinha passado pela cabeça para se pôr com aquela conversa comigo no meio do corredor para toda a gente ouvir, que raio lhe sugeriu que nós as duas podíamos ser amigalhaças e, já agora, discutir copas de soutiens no bar lá do serviço?!

O grasnanço continuou e ainda me chegou a passar pela cabeça ser uma querida e dizer "ao menos tenho mamas, já tu..." mas contive-me... 

Enfim... deixei-a grasnar mais um bocadinho e, envergando o meu mais belo sorriso obliquo, limitei-me a responder: é da ruindade! (sendo o sub-texto: portanto, ó bitch, já ias andando, tu e a tua indiscrição, e não me voltavas a chatear a cabeça não vá a ruindade me dar também para morder!)


Pois... mas se para bom entendedor, meia palavra basta, no caso, acho que nem um dicionário inteiro...

A saudade é o amor

"A saudade é o que fica do amor quando perdemos todo o seu lado físico, deixámos de estar, deixámos de tocar, há uma barreira inultrapassável de espaço ou de tempo, mas o amor continua, permanece. A saudade é esse tipo de amor. A saudade é o amor." 

José Luís Peixoto

Para mim é chinês...

Tentar retomar o contacto com amigo chinês da progenitora que afinal já morreu há uns anos mas que tem um irmão e sobrinhos e cunhada que são uns queridos e que até já passaram por Lisboa e nos quiseram conhecer pessoalmente e que nos enviaram lenços de seda da China e que se tornaram meus amigos numa qualquer rede social e que volta e meia me mandam mensagens sobre a sua escola de aviação em Hong Kong dá nisto:

衝上雲霄 考Cadet 機師的難題: 睇劇集衝上雲霄, 唔好掛住睇藝員, 要小心睇吓飛機. 你想考Cadet 機師, 考官問你飛行知識, 看你口口聲 聲話对飛行有熱誠, 你可否告訴考官:

1. 2013 年 8 月 15 日 TVB 東張西望 報導之 衝上雲霄 記招中 張智霖及眾演員 靠着拍照的紅色 小飛機 喺乜來頭你知唔知道?

2. 機頭上 印着 Beagle Pup 100 和 RR 的 logo 和機身上印着 G-AWEC 字樣又喺乜嘢??? 

3.衝上雲霄揀这台飛機來造劇照宣傳,會令人联想到背後有甚麼意義? 

香港飛行界歷史咁大件事你都唔知, 單是这飛機的原來主人这傳奇故事人物一生的飛行事蹟已足夠拍一輯 衝上雲霄 III 啦!!! 你肥佬啦!

俾個貼士你, 上網做家課, 再來報名啦!!!


Olha, querido Francis... santinho para ti também!

quinta-feira, agosto 22, 2013

Perfil

Irra, que o tipo nunca mais vai de férias...!

Au clair de la lune


So typically me...