sexta-feira, janeiro 20, 2017

Perfil

Não. Faz o que aprendestes a fazer melhor: sai à rua, aproveita a noite, conversa, atira-te a sabores fortes, que mexem com os sentidos. Faz o que aprendestes a fazer melhor: aprecia o que tens, ri, abraça, aceita o que não tens, pelo menos por hoje. Amanhã lutas mais. Amanhã é outro dia.

terça-feira, janeiro 17, 2017

segunda-feira, janeiro 16, 2017

Porque eu também sou meia gato gaiato e há letras que nos lêem...





Pelo o que me diz respeito
Eu sou feita de dúvidas
O que é torto o que é direito
Diante da vida
O que é tido como certo, duvido
Sou fraca, safada, sofrida
E não minto pra mim

Vou montada no meu medo
E mesmo que eu caia
Sou cobaia de mim mesma
No amor e na raiva

Vira e mexe me complico
Reciclo, tô farta, tô forte, tô viva
E só morro no fim
Lá do alto do telhado pula quem quiser
Só o gato que é gaiato
Cai de pé

E pra quem anda nos trilhos cuidado com o trem
Eu por mim já descarrilho
E não atendo a ninguém
Só me rendo pelo brilho de quem vai fundo
E mergulha com tudo
Pra dentro de si

E se a gente coincidisse
Num sonho qualquer
Eu contigo, tu comigo
Os dois, homem e mulher
Sendo a soma e tendo a chance de ser
Um par de pessoas, na boa
Vivendo felizes

Das palavras

Para além dos múltiplos usos que o dicionário lhes pode atribuir, para além do que delas se entende por norma, as palavras carregam também aquilo que lhes damos: o tom com que as ditamos, o traço com que as escrevemos, o sabor a que nos sabem, a emoção ou murro nos estômago que nos provocam. Cama não é só o "conjunto formado pelo móvel usado para dormir, pelo colchão e pela roupa que geralmente o reveste" mas é também o que nos faz sentir quando a dizemos ou quando a pensamos.

Tenho dessas palavras - empatia, epifania, não, melhor, lugar - e quando as ouço ou digo ou leio, o meu cérebro multiplica-se em reacções, curvando-se, mais do que ao seu significado literal, ao outro, que mais me toca. Tremo. Sorrio. Calo. Viajo nos calendários passados da memória e regresso pondo os pés no chão do presente...

quinta-feira, janeiro 05, 2017

Constatação #104

Ninguém sabe esclarecer esta dúvida que me assola há anos, está mais que visto: a dita cueca azul nova usa-se quando? No 31? No 1? Se usamos no 31, quando chega à meia-noite já não é nova.... Se só usamos a 1, não passamos a meia-noite com ela... Não irá qualquer uma destas opções comprometer a grandessíssima sorte com que é suposto sermos bafejados pelo seu uso?!?

(Será de tê-la em riste, nus da cintura para baixo, à porta das doze badaladas, e proceder ao seu enfiamento perna acima à medida que comemos as passas e nos empoleiramos em bancos com notas de €50 na mão que sobrar??)

Ninguém sabe...

segunda-feira, janeiro 02, 2017