segunda-feira, dezembro 26, 2016

Porque não me apetece dizer nada sobre o George Michael, não me apetece...

Só me apetece ouvi-lo com uma das "minhas"...

(f******...)

Don't let the sun go down on me
https://m.youtube.com/watch?v=RsKqMNDoR4o#

sexta-feira, dezembro 23, 2016

Pérolas da porca #35

- O meu filho está mesmo naquela idade parva, sabe? Aquela idade de sair do armário!

Oi? Já é de manhã? E agora???

Teoria: Nada como uma noite de sono para tirar o álcool do sistema.

Realidade: Exacto...


quinta-feira, dezembro 22, 2016

Bêbados

Completamente bêbados. Fim de projecto. Copos ao fim da tarde que se estendem para a noite. Fornecedor e diferentes equipas. Juntos. O álcool junta. E a sinceridade flui. Bêbados. E felizes. 

E, no espírito...


quarta-feira, dezembro 21, 2016

Não consigo esperar pela meia-noite ou a sorte que esta pessoa tem...


























... de ter pessoas à sua volta que sabem que nada gera tantas piadas para o resto do ano como receber broches luminosos alusivos pelo Natal. Adoro!!

terça-feira, dezembro 20, 2016

Dos modismos que me irritam

Sou só eu ou mais alguém deu conta que o termo "empreendedor" não designa uma profissão mas sim uma característica?!

Irra!

"Uma meia meia feita, outra meia por fazer; diga lá, minha senhora, quantas meias vêm a ser?"


sexta-feira, dezembro 16, 2016

quarta-feira, dezembro 14, 2016

Na aldeia









































Quando enterramos um morto de outrem, voltamos a enterrar um bocadinho os nossos. Porque o cheiro a flores nos leva de regresso, porque as cantilenas do sacerdote e as cantilenas repetidas de quem consola e não sabe o que dizer nos espicaçam a memória. Porque.

Mas há um muro invisível que nos separa daquela dor, o nosso muro feito de tempo, de conformismo, de defesas endurecidas, de paz. Porque também existe paz: a paz de sentir, de saber sem saber como, que os nossos mortos continuam a viver connosco. A saudade física a ser colmatada pelas conversas intermináveis que continuam a existir entre nós. Porque não há quase nada que faça que não comente contigo...

Mas o cheiro a flores e a terra lembra-nos da dor que agora vemos nos outros. Não a sentimos da mesma forma mas sabemos que ela explode no coração de quem ficou agora órfão de ser querido. Conhecemo-la tão bem que temos obrigação de tentar amenizá-la em abraços e mãos dadas. Em silêncio. Em apoio. Em olhares e acenos de cabeça. "Tenho que ficar aqui até acabar?" "Não. A dor é tua e és tu que decides quando a queres sofrer noutro lugar." Não há regras, que se lixem as regras. Não há convenções. Há dor e quem sabe dela somos nós.

Na aldeia. O frio do campo enregela os pés. Cheira a lenha a queimar e o nevoeiro chega-se ao pé de mim porque sabe que eu gosto dele. O gato no muro que se deixa acariciar. A caminhada atrás do caixão. A irmandade de colete vermelho a dirigir a procissão. E a jeropiga, legado dele, que se deixa brindar à sua saúde.

Constatação #103

O gosto por palavras-passe profundas, complexas, de significado pessoal e a dislexia não deviam habitar o mesmo ser humano.

Descaramento

Já não há respeito... o descaramento do meu primo mais novo em publicar nas redes sociais que se mudou para Ubud..! Só à chapada!

segunda-feira, dezembro 12, 2016

No espírito

Está-me a apetecer imenso comer tudo o que de mais natalício por aí se encontra. Talvez por este ser ano de Natal "diferente", ando em ânsias de me satisfazer de sonhos, azevias, rabanadas, bolo rei... O meu Natal é e sempre foi assim: doce. Doce de açúcar e canela. Doce de quente, acabadinho de fritar. Doce de mesa cheia, frio, luzes e azevinho. Doce de meu, de teu, de nosso, muito nosso. Doce de memórias e fotografias, de panela de arroz doce a fumegar... Ainda que hoje e de há alguns anos para cá seja também agridoce, faço questão de não desistir do sufixo. Doce.

sexta-feira, dezembro 09, 2016

Sabes que estás no bom caminho para uma maior sanidade mental quando...

... vês determinado email chegar, sabes que vai dar m****, sabes que te vai fazer dar dois murros na mesa e cuspir impropérios (ainda que mais que merecidos!) e, ainda assim, consegues que a imagem mental "das gordas" que leste seja substituída pela do belíssimo copo de vinho tinto que vai estar à tua espera em casa e, por isso, continuas com o processo de encerramento do computador com a mesma calma e serenidade de uns minutos antes...

domingo, dezembro 04, 2016

E em dia de aniversário do próprio...

“Perhaps all the dragons in our lives are princesses who are only waiting to see us act, just once, with beauty and courage. Perhaps everything that frightens us is, in its deepest essence, something helpless that wants our love.” 
―from LETTERS TO A YOUNG POET
Rainer Maria Rilke

Romeu e Julieta. À tua...


Lisboa

Domingo


sábado, dezembro 03, 2016

E a lista de 'to-dos' um bocadinho mais pequena...

É impressionante o número de pendentes que se consegue resolver com um telemóvel na mão e horas de cabeleireiro...

segunda-feira, novembro 21, 2016

sábado, novembro 19, 2016

Nota mental

Não voltar a combinar jantarada com "irmãmigas" numa sexta à noite - e com copos e brindes e brindes e copos -  quando não nos podemos esquivar de trabalhar no sábado logo de manhã...

(Ai.... )

quarta-feira, novembro 16, 2016

The apple doesn't fall far from the tree...

Resposta da progenitora quando comentei que, nos últimos tempos, ando a trabalhar até às tantas:
"O trabalho nunca fez mal a ninguém."

Sim, confirma-se, foi daqui que herdei a falta de vocação para 'floreados' e palmadinhas nas costas...

quinta-feira, novembro 10, 2016

quarta-feira, novembro 09, 2016

Das coisas que (me) acontecem...
























 

Porque há dias em que se vai só ali num instantinho arranjar as unhas e se acaba a participar no aniversário de uma das cabeleireiras...

(e ela comeu bolo e ela bebeu sévénape e ela tirou fotografias de grupo aos convivas - cabeleireiras, esteticistas e demais comerciantes amigos lá da rua - e ela só não bateu palmas no final do "parabéns a você" porque já tinha arriscado demais com as unhas ainda por secar... )

Parabéns, 'Manela (ou seria Mizé..?), que conte muitos!

quarta-feira, novembro 02, 2016

What the fuck...

























Nada de novo, apenas se reforça o deslaço que existe entre estes dois. Talvez seja ele que dá cor à vida, talvez as histórias que um dia teremos para contar nasçam justamente do conflito que daí surge, do desnivelamento entre estas duas vozes. Caso contrário, nada acontecerá que se digne de nota e de memória. Da harmonia não reza a história, parece parecer... 

Assisto, desta vez. O distanciamento permite-me arrefecer ânimos e ver para além da névoa de emoções de quem as sente. Mas não me permite poupá-las ao sofrimento, à confusão, ao desespero e as lágrimas. Que, se ainda não se manifestaram, será por pouco tempo, eu sei que sim. 

Nada de novo. Da angústia de quem não consegue sair de baixo da vida e das suas coisas à indecisão de quem não sabe para que lado se há-de virar. Em qualquer um dos casos, a vida deu-lhes mais do que poderiam abarcar. Dá sempre. Em qualquer um dos casos, as escolhas impõe-se, as decisões forçam a sua entrada, a razão e a emoção digladiam-se. E o coração, assoberbado, encolhe-se, deixa-se ficar pequenino, sustendo a respiração, à espera que passe, talvez. Mas não passa. 

"O que é que eu faço?", adivinho eu a pergunta. A m**** é que não há respostas certas...

segunda-feira, outubro 31, 2016

Para celebrar o Outono...

... (com mais ou menos hallowen) sai das minhas mãos sopa de abóbora com caril e leite de côco...

Na calha, tarte de abóbora brulée com base de biscoitos de gengibre para um dia destes.

Haja balança!

sexta-feira, outubro 28, 2016

Dos dias assim

Hoje foi dia de pontos nos "is". Hoje foi dia de ser curta e grossa, de chamar os bois pelos nomes e de marcar posições. Hoje foi dia de expressões idiomáticas, está visto.

quinta-feira, outubro 27, 2016

Pérolas da porca #34

"Oh, meus amigos, sabem lá.... isto são muitos anos a virar febras!!" 


Bom, está certo... cada um vira o que quer...

quarta-feira, outubro 26, 2016

Porque os vou (re)descobrindo...



Let's not make it into a big thing 
Let's not get lost in this 
I know it is, I know we could 
I guess we surely would 
Let's pretend it's not 
It doesn't mean a thing 

Let's not blow it out of all senses 
As though it meant so much 
It's always thought about for weeks 
Not everytime your lips meet mine, I think of her 
But when her hands reach out, I think of you

terça-feira, outubro 18, 2016

segunda-feira, outubro 17, 2016

domingo, outubro 16, 2016

Gin tónico

Gin tónico. Ao chegar a casa, já de noite, para adormecer a angústia que se sente nos corredores do IPO. E nas lágrimas que amparamos enquanto dizemos 'chora, chora tudo, não guardes'. Gin tónico. Enquanto recordo as minhas falas neste filme e me pergunto se disse o que devia ter dito. 'Não podemos ser sempre fortes', ouvi eu de quem me parece nunca quebrar. Porque sabe que ela depende do seu amor, o seu amor imenso e único. Gin tónico. Que devia ser mais forte mas eu ainda não acerto nas medidas. E nós as duas, a dar voltas à cabeça para irmos mais além. E a promessa que pedi que me fosse feita: se um dia for eu, por favor, não hesites, não me deixes sofrer assim. E o corpo que não me obedece e me domina. Gin tónico. Talvez precise de mais gelo, decididamente precisa de mais gin.  'Nós temos tudo'. É verdade: nós temos tudo porque temos o mais importante. Um brinde a quem não tem...

quinta-feira, outubro 13, 2016

Constatação #102

A vida não se compadece com depressões: segue em paralelo, ignorando-as: quem está, está, quem não está, estivesse.

segunda-feira, outubro 10, 2016

E no seguimento de certo email oferecendo certas e determinadas promoções...

I'm pretty sure there is no such thing as too many coats or jackets...

Ass.
Me, myself and I

terça-feira, outubro 04, 2016

terça-feira, setembro 27, 2016

segunda-feira, setembro 26, 2016

Dos pequenos poderes

É aquela gentinha que nunca chegará a gente. Não pode, não consegue, a mediocridade é de pai e mãe, corre-lhes nas veias e nela bóiam todas as suas células, não há escapatória. Não são nada mas querem tudo. Acham-se mais, ainda que o resto do mundo os queira "injustamente" remeter a menos. Babam de inveja quando são outros que têm, fazem, podem. Como babam de orgulho prepotente quando algum pequeno poder lhes cai ao colo. E não hesitam. Não hesitam em insuflar de baba e arremessar o seu peso contra quem menos pode. Porque sim. Porque podem.

Porque é uma das "minhas", agora na voz de um dos "meus"...





Don't Dream It's Over
Crowded House

There is freedom within
there is freedom without
Try to catch a deluge in a paper cup

There's a battle ahead
many battles are lost
But you'll never see the end of the road
While you're traveling with me

Hey now, hey now
Don't dream it's over
Hey now, hey now
When the world comes in
They come, they come
To build a wall between us
We know they won't win

Now I'm towing my car
there's a hole in the roof
my possessions are causing me suspicion but there's no proof

in the paper today
tales of war and of waste
but you turn right over to the T.V. page

Hey now, hey now
Don't dream it's over
Hey now, hey now
When the world comes in
They come, they come
To build a wall between us
We know they won't win

Now I'm walking again
to the beat of a drum
And I'm counting the steps to the door of your heart

Only shadows ahead
barely clearing the roof
Get to know the feeling of liberation and relief

Hey now, Hey now
Don't dream it's over
Hey now, Hey now
When the world comes in
They come, they come
To build a wall between us
You know they won't win
Don't let them win
Hey now, Hey now
Hey now, Hey now
Hey now, Hey now
Don't let them win
They come, They come
Don't let them win
Hey now, Hey now (yeah)
Hey now, Hey now

quinta-feira, setembro 22, 2016

Meditação. Eu. Mais ou menos isto.


Varrendo

Passadas quase duas semanas de trabalho, ainda tenho cerca de 130 emails para abrir. 

Se eu não lhes mexer, eles perdem actualidade e daqui a uns tempos é só apagar em massa, não é...? 

É.

Outono

Desculpem lá, eu gosto...

quarta-feira, setembro 21, 2016

Sou só eu....

... ou há mais quem mantenha certos números de telefone gravados no telemóvel apenas e só para não ser enganada por um número desconhecido e atender quem não quer??

terça-feira, setembro 20, 2016

Porque isto é bom que se farta e quem não der por si a mexer involutariamnete alguma parte do corpo com isto é um bloco de cimento! Ou um cocó, pronto...



All I want to do is love you
I just want to take you there

Baby, I don't want to argue
Don't even want to fight
I just want to love you
And hold you all the night
The message from the party
Nothing to do with how
Try to keep it happy
Then depress yourself to cry
All I want to do is love you

You've got to move on up

All I want to do is love you
I just want to take you there

The world is trying to make us
Go against our will
There's too many mountains
Grown up from a hill
Just take nothing less
Than the second best
Do not obey
What most people say
'Cause you can pass the test
All I want to do is love you

Baby, we've got to move on up
We've got to move on up

All I want to do is love you
I just want to take you there
All I want to do is love you
It feels like I'm already there

The world is trying to make us
Go against our will
It's early in our language
Of how the human feels
I just want to love you
I just want to cry
I just want to love you

We've got to move on up

All I want to do is love you
I just want to take you there
All I want to do is love you
It feels like I'm already there

Son 3000 razones para darte mi amor (3000 reasons to give you my love)
3000 razones para darte el corazón (3000 reasons to give you the heart)
3000 razones para darte mi amor
3000 razones para darte el corazón

sexta-feira, setembro 16, 2016

E a propósito...


A "reentré"

Da mesma forma que o começo de um novo ano parece impor-nos a responsabilidade de estabelecer novas metas devidamente engalanadas pela convicção (ou mera afirmação dela) de que "este ano é que vai ser", também a volta à vidinha como ela é depois de "ir a banhos" me faz sentir que tenho que retomar a pega de caras - com o perdão à alusão tauromáquica - às decisões por tomar e aos problemas por resolver (ou àqueles que, por não terem resolução, resolvidos estão mas que não deixam de ser problemas aos quais temos que aprender a dar cama, mesa e roupa lavada porque eles já não vão a lado nenhum, connosco se deixam ficar). Como se no Verão tudo se tivesse suspendido, como se as férias servissem para descansar da vida toda, não só da actividade profissional. Talvez seja mesmo assim que me comporto ainda que não dê conta, talvez as férias me sirvam para praia e campo e sol e bebidas e comidas e amigos e família e viagens e... amnésia programada de modo temporário em parceria com tapetes grandes para albergar debaixo de si a varredura de tudo aquilo que me pesa e me complica a existência. Portanto, quando volto... volta tudo... Suspiro. Cá vamos nós outra vez...

Ao almoço, a conversa na mesa do lado versava a realidade. Tema talvez demasiado profundo para discutir à beira de uma sopa e de uma sandes deglutidas a correr mas, para as três criaturas que se debruçavam sobre a mesa e sobre ele, parecia demais pertinente tal era a compenetração e seriedade nas suas expressões. Desde a famosa "a realidade é aquilo que tu queres que seja" até à esotérica "porque o que é real para ti pode não ser para os outros", as frases feitas sucediam-se. Não estive presente no início da conversa pelo que não sei de onde veio e para onde ia mas, apesar de a parte que apanhei não me ter ensinado nada, tão cheia de vazios que estava, fez-me pensar que andamos todos à procura do mesmo, à procura de um sentido: sentido-direcção mas também sentido-propósito. O que me faz concluir que os nossos pais nos educaram mal. À minha volta  (na vida e, se calhar, também nas mesas de almoço lá do bar) quase não encontro ninguém que não esteja desiludido, triste, cansado, mergulhado em inconformidade ou, pelo contrário, em resignação... E eu acredito que muito se deve ao facto de nos terem feito crer que podíamos ter a vida que quiséssemos com relativa facilidade. E não é verdade...

A geração anterior à minha viu-se a braços com uma sociedade conservadora e estrangulada, limitada em termos de recursos, em termos de perspectiva, onde só alguns privilegiados - ou à frente do seu tempo e com "tomates" a condizer -  tinham oportunidade de vingar, se alcançar mais, de fazer mais, de ter uma vida mais próxima do que deveriam ser os seus sonhos. Nós não. Nós nascemos num mundo que já florescia em termos de oportunidades a todos os níveis: académicas e profissionais mas também pessoais: somos livres de morar onde queremos, de trabalhar onde e no que queremos, de ter relações pessoais com quem queremos, quando queremos, como queremos: somos livres de viver da forma que nos fizer mais felizes. Portanto, de alguma forma, foi-nos passada a ideia que que nós podíamos, sim, alcançar os nossos sonhos, que já nos era dada essa possibilidade se assim o quiséssemos e por isso lutássemos (sim, porque, verdade seja dita, nunca ninguém me disse que a felicidade me cairia ao colo sem que eu movesse uma palha até porque isso não seria nada condizente com a personalidade fatídico-velha-do-restelo da progenitora e até lhe causaria maus fígados ver-se a aligeirar seja lá o que for em prol da prole, convenhamos). Mas olho em volta e quase ninguém está a viver sonho nenhum... E, mais do que não os viver, não está, claramente, a saber gerir esses "falhanços". Como se nos tivessem estimulado no sentido de viver essa liberdade e possibilidades mas não nos tivessem munido de ferramentas para lidar com a frustração de elas não serem o que prometiam ser ou de nós não conseguirmos aproveitar todo o seu potencial, tudo aquilo que nos foi (e é) facultado.

Pergunto-me, o que deve fazer, então, esta geração? Esta geração que tinha tudo para ser estupidamente feliz e não é, não consegue ser... 

Talvez não sejamos tão livres afinal. Talvez toda essa liberdade seja uma ilusão. Porque as convenções existem e continuam a afectar-nos, porque o medo não tem idade, porque liberdade não condiz com amarras psicológicas que também nos foram devidamente atribuídas logo à nascença, como se impregnadas na pulseirinha com o nome da mãe, porque é preciso coragem para procurar a felicidade a todo o custo e lidar com o que correr mal, com as desilusões, com as mágoas, com os ferimentos que nos causamos e aos outros e eu não sei se nós a temos, porque escolhas implicam ganhos e perdas e as perdas são f****as de encarar...

Portanto, temos liberdade mas não temos estrutura mental para usufruir dela... 
Conclusão?
Preciso de férias. Daquelas mesmo, mesmo amnésicas!
O que a reentré faz a uma pessoa, meu Deus...

quarta-feira, setembro 14, 2016

segunda-feira, setembro 12, 2016

Perfil

Calçar saltos e vestir roupa pipi depois de três semanas de havaianas e biquinis... só me ocorre uma palavra (das minimamente decentes!): birra!

quinta-feira, setembro 08, 2016

sábado, setembro 03, 2016

Porque não me sai da cabeça (e da boca) há horas...

...  e porque já aprendi a não discutir com estas manifestações que não apresentam justificação: se apareceu, quer ser reconhecida e lá terá as suas razões. Eu limito-me a fazer-lhe a vontade.


Pr'a rua me levar
Ana Carolina

terça-feira, agosto 30, 2016

Do dia e dos sonhos...

"Anyone who has ever attempted to write something (...) will know that hope itself can be crippling.(...) Pessoa's great work offers us a different approach altogether: accepting that dreams needn't be converted into achievement."

segunda-feira, agosto 22, 2016

De madrugada

É raro, muito raro, mas por vezes a angústia toma conta de forma quase absoluta. E a lembrança de outras angústias, tão profundas e, por isso, tão  incapacitantes durante tanto tempo, alimenta-a: o dia nasce e os olhos recusam-se a cerrar novamente. Saio e aprecio o tempo ainda fresco de Verão. Aqui, casa de infância, onde a natureza se impõe mais: água a correr e cheiro a campo de madrugada. Reconheço que a angústia não dorme comigo, pelo contrário, sapateia em mim todo o tempo, tentando despertar-me e, não atingindo o seu objectivo, mostra-se em pleno quando finalmente o dia a começar faz o seu trabalho. É esse o momento de maior luta: a luta pela sobrevivência, pela prevalência. Enjoa-me, enganando-me, domina-me a mente ainda sonolenta até que eu consiga espantá-la para o seu devido lugar. Abro os olhos, recuso a que se instale, permito que as outras realidades e o dia que começa vinguem. E assim sobrevivo a mais uma luta.

É raro, muito raro, mas tento apreciar o facto de me ter trazido até aqui. 

(Tenho medo, ainda assim. Tenho medo que me tenha, apesar de tudo, moldado a vida ...)

quarta-feira, agosto 17, 2016

Porque adoro, continuo a adorar...


You saw me standing by the wall 
Corner of the main street 
And the lights are flashing on your window sill 
All alone ain't much fun 
So you're looking for the thrill 
And you know just what it takes and where to go 

Don't say a prayer for me now 
Save it 'til the morning after 
No, don't say a prayer for me now 
Save it 'til the morning after 

Feel the breeze deep on the inside 
Look you down into your well 
If you can, you'll see the world in all his fire 
Take a chance 
 Like all dreamers can't find another way 

You don't have to dream it all, just live a day 

Don't say a prayer for me now 
Save it 'til the morning after 
No, don't say a prayer for me now 
Save it 'til the morning after 
Save it 'til the morning after 
Save it till the morning after 

Pretty looking road 
Try to hold the rising floods that fill my skin 
Don't ask me why 
I'll keep my promise 
Melt the ice 

And you wanted to dance so I asked you to dance 
But fear is in your soul 
Some people call it a one night stand 
But we can call it paradise 

Don't say a prayer for me now 
Save it 'til the morning after 
No, don't say a prayer for me now 
Save it 'til the morning after 
Save it 'til the morning after 
Save it 'til the morning after
Save it 'til the morning after 
Save it 'til the morning after 
Save a prayer 'til the morning after

terça-feira, agosto 16, 2016

Frase do dia

"Sobre a tua vida: ainda é muito cedo para ser tarde demais."

A dança das cadeiras e a m**** que é sempre a mesma...


Despotismo. Despotismo no seu pior. Ao comunicar-me as "boas novas, disseram-me 'pode chamar nomes, dizer asneiras, já todos o fizemos' mas a minha voz só consegui remeter-se ao silêncio. Incredulidade. Contado ninguém acredita, pensei eu no imediato, mas nem esse lugar comum é verdadeiro, infelizmente. Acreditam, pois, acreditamos todos. Mudam-se governos, ministros, secretários de estado, disto e daquilo, e continuamos a acreditar, já ninguém se ilude. Porque vemos, porque vivemos na pele. Irresponsabilidade. Com os dinheiros públicos, com o trabalho dos outros. Desrespeito. 'Ah, logo vi, é deste partido.' Não, perdoem-me mais um lugar comum, desta vez verdadeiro: são todos iguais. Não é a primeira vez que o vejo e o que vejo não olha a cores, assume-as todas e assume-se com todas. E de repente, lembro-me que faltam apenas quatro dias (três e meio!) para ir de férias. E de repente até penso que as devia adiar para que o mal, a encomenda de feição déspota, seja repartida, não pese mais a uns do que a outros. Mas decido que não. Não adio. Tenho sorte, não estarei presente a maior parte do tempo. Vou aproveitá-la. Acima de tudo porque me enoja, acima de tudo porque não lhe quero dar mais tempo do aquele a que sou obrigada. Não dou. Já dei muito, meses e meses e horas e horas de trabalho. Agora chega, haverá mais quando voltar. 

No rescaldo das notícias, o que não tem remédio, remediado está. Por isso, a decisão toma-se rápido: almoço numa esplanada (e o que eu gosto de esplanadas..!), sombra e Machado de Assis. Não há mal que não se cure assim.

Pumba! Na "mouche"...

"Ela é de Câncer? Pois, meu amigo pode se preparar pois essa parada não vai ser fácil, não. A canceriana não é uma mulher simples. Pelo contrário, ela é complexa, instável, inquieta e imprevisível… é uma mulher que vem sem manual de instruções. Não é uma mulher que gosta de pular de galho em galho, mas está disposta a fazê-lo até que encontre o homem certo para se acomodar. E uma vez que o encontrar irá se entregar de corpo e alma. 

A canceriana precisa do seu carinho e vai pedir por isso até conseguir. Ela é sensível. Até frases bonitas podem fazê-la chorar e até problemas pequenos a deixam atormentada. Mas ela não é mulher de se abater e desistir fácil. Por mais complicado que as coisas estejam, ela vai até o fim. É uma mulher exigente, perfeccionista e determinada. 

A canceriana tende a ser insegura e você precisa fazer com que ela saiba que ela é amada, que é especial e que é a dona do seu coração. São mulheres que levam muitas emoções e sentimentos dentro de si, muito amor mas ódio também – se sente raiva, a canceriana pode se tornar muito vingativa. 

Ela é misteriosa, não é qualquer um que consegue entrar e desvendar sua alma. A chave para descobrir seus segredos e suas nuances é o amor. O amor abre a canceriana, e se você se mostrar merecedor do seu amor, será digno dos seus segredos. Mas tome cuidado, ninguém sabe o que você vai encontrar lá dentro. 

Ela é de fases, seus sentimentos são como uma montanha russa. Ora está feliz, rolando no chão de tanto rir, ora está num cantinho chorando baixinho… e você quer saber porque ela chora… pois até que consiga te explicar já se debulhou de chorar. Essa mulher gosta de cultivar uma certa nostalgia. Valoriza memórias e lembranças que a fizeram rir mas também as que a fizeram chorar. Por um outra lado, é uma sonhadora, e com tudo que guarda dentro de si, prefere sonhar com o futuro. Mas toma cuidado, viu? Essa moça é possessiva… e ciumenta também. Gosta das suas coisas perto de si, e se um dia você disser a ela que você lhe pertence… você será dela para sempre. Ela vai cuidar de você, como se você fosse um bichinho de pelúcia, um animalzinho de estimação. 

Ela é de cancêr e você até pode conseguir conquistá-la fácil mas não será fácil mantê-la ao seu lado. Vale à pena, contudo, lutar por uma mulher de câncer. Não desperdice o amor da canceriana, porque o que ela tem para te dar é de ouro. Se você a deixar ir embora, é provável que ela nunca mais volte. 

Ela é de câncer mas os sentimentos que leva dentro do seu coração são mais intensos do que todos os signos do horóscopo juntos."

sexta-feira, agosto 12, 2016

À beira do fim de semana prologado...

Noto que não tenho parado muito para pensar. Os acontecimentos e os dias acontecem-me e eu aconteço neles, esforçando-me para que, pelo meio do atropelo a que me sujeitam, os consiga viver da melhor forma. Porque me parece, sim, que esta é a melhor forma. Mas, de vez em quando, há um pensamento que consegue escapar da roda de hamster em que vivem todos eles porque a ela os confinei e assume-se no palco principal da minha mente. Relembra-me que existe. Acarinho-o. Apesar da  suspensão que me provoca, aceito-o e digo que sim, que sei que está lá e que não me esqueço dele. Mas que tem que entender que tenho aprendido a libertar esse palco de ideias à deriva mas que derivam a velocidade estonteante porque, lá está, apenas me estonteia, não se me resolve nada. E assim o devolvo calmamente aos bastidores, para rodar o que tiver que ser porque é da sua natureza mas sem me perturbar a existência. Desisti de tentar controlar seja o que for, na medida do meu possível, sendo quem sou. Bom... não. Não desisti. Desisti, sim, de achar sempre que consigo. E isso faz toda a diferença.

quarta-feira, agosto 10, 2016

terça-feira, agosto 09, 2016

Once upon a time...

"(...)
Feeling unsure, the girl thought the best thing was to put her heart in a safe place. Just for the time being. So she put it in a bottle and hung it around her neck. And that seemed to fix things … at first.
(...)
Although, in truth, nothing was the same. She forgot about the stars… and stopped taking notice of the sea. She was no longer filled with all the curiosities of the world and didn’t take much notice of anything…
(...)
One day, while walking on the beach where she had once strolled blissfully with her father, the “girl” — now a grown woman — encounters another girl still little and still filled with the boundless and buoyant curiosity that had once been hers. Suddenly, she is reminded of all she lost when she locked away loss.
(...)
So she sets out to liberate her heart from its glassy prison — but the bottle has been fortified by years of self-protection. 
(...)
The bottle couldn’t be broken. It just bounced and bounced … right down to the sea. But there, it occurred to someone smaller and still curious about the world that she might know a way. 
(...)
The heart was put back where it came from. And the chair wasn’t so empty anymore."

Oliver Jeffers

quinta-feira, agosto 04, 2016

E num quiosque perto de si...


Ao final do dia, a combater arduamente a neura de ter que trabalhar em Agosto...

Porque o nacional também é bom, muito bom mesmo...


 
You're the one I really want, oh yeah
All your friends say I'm the one
And I don't like your men, no
But this is not the real reason

You should be mine, because I'm yours
You know I've been waiting by the door
I don't mind, don't mind on you moving so cold
Cause I know that one day you'll be mine

Don't get me wrong, you know I'll wait
If you want me gone I'll disappear
Don't get me wrong baby I swear
If you come my way I will do you no wrong

Do ya no wrong
Do you no wrong
Do ya no wrong
Do you no wrong
Do ya no wrong

I'm the one you really want
Fuck your men you know he soft
And I don't like your plan, noo
You and I cannot be friends

You should be mine, because I'm yours
You know I've been waiting by the door
I don't mind, don't mind on you moving so cold
Cause I know that one day you'll be mine

Don't get me wrong you know I'll wait
If you want me gone I'll disappear
Don't get me wrong baby I swear
If you come my way I will do you no wrong

Do ya no wrong
Do you no wrong
Do ya no wrong
Do you no wrong
Do ya no wrong

Did you know, that your man
Mess around with other girls and all
He don't really care bout you
Did you know that your man

Always on the road without you
He don't give a fuck who's with you, damn
Did you, did you know?
I'm telling you his heart has cold

How you end up with him I don't know
You should be mine, because I'm yours
You know I've been waiting by the door
I don't mind, don't mind on you moving so cold

Cause I know that one day you'll be mine
One day you'll be mine
One day you'll be mine
One day you'll be mine
If you come my way I will

Do you no wrong
Do ya no wrong
Do you no wrong
Do ya no wrong

Das almas gémeas


quarta-feira, agosto 03, 2016

Eu, a EMEL e a velha que espero que seja minha vizinha

Hoje fui multada pela EMEL por ter o carro parado em segunda fila. Mas o mais caricato, para dizer no mínimo, foi o facto de ter sido multada porque a senhora que tinha o carro barrado pelo meu não esteve para apitar, como é costume por esta terra, para chamar o proprietário (que por acaso era eu e que por acaso estava a meros dois passos e atenta, como é meu hábito nestas raras situações, de forma a correr assim que a ouvisse): mal chegou ao carro, chamou directamente o fulano da EMEL que por ali passava e mais nada. 
Tinha obrigação de apitar? Não. 
Quem estava mal era eu? Era. 
Custava mais apitar do que ir chamar o tipo da EMEL? 
Acho que não... 
Mas pronto... agradeci-lhe educadamente a solidariedade...


(Só espero que a minha incapacidade de reter caras não se manifeste neste caso. Só espero cruzar-me outra vez com a tipa, barrar-lhe o carro e ficar à espera... Só espero..!)

terça-feira, agosto 02, 2016

Pergunto-me...

... em que momento a minha cara - que não abriu a boca - fez crer à moça encarregada de espalhar tinta pela minha cabeça, no cabeleireiro, que eu queria saber que ela está a tentar deixar de fumar e que fuma dois maços por dia mas que, trabalhando ali, não porque não pode fazer tantas pausas e que o patrão do marido deixou o cigarro com agulhas e que a mulher do patrão do marido também mas já com a sogra do patrão do marido não resultou e que uma amiga pôs mamas no São José, e que foi só inscrever-se e estar dois anos à espera e que ela também quer porque sempre pensou em ter mamas maiores, ainda mais de graça...

Em que momento, céus...?

A da família...


























Com tudo o que tem de bom e de mau, porque não nos queremos perder uns dos outros. Porque os mais velhos um dia já cá não estão e os mais novos fazem agora a nossa vez, aos pulos e risos pela casa e pela festa. Como nós, no passado.

segunda-feira, agosto 01, 2016

Porque me fez saltar da cadeira ainda agora, porque já não a ouvia há imenso tempo, porque me continua a fazer dançar, porque continuo a adorá-la!



One, two, princes kneel before you
(that's what I said, now)
Princes, Princes who adore you
(Just go ahead, now)
One has diamonds in his pockets
(that's some bread, now)
This one, said he wants to buy you rockets
(Ain't in his head, now)

This one, he got a princely racket
 (That's what I said, now)
Got some big seal upon his jacket
(Ain't in his head, now)
 Marry him, your father will condone you
(how bout that, now)
Marry me, your father will disown you
(he'll eat his hat, now)

Aww, marry him or marry me
 I'm the one that loves you baby can't you see?

Ain't got no future or a family tree
But I know what a prince and lover ought to be

I know what a prince and lover ought to be

Said, if you want to call me baby
(Just go ahead, now)
An' if you'd like to tell me maybe
(Just go ahead, now)
An If you wanna buy me flowers
(Just go ahead, now)
And if you'd like to talk for hours
(Just go ahead, now)

Said, One, two, princes kneel before you
(that's what I said, now)
Princes, Princes who adore you
(Just go ahead, now)
One has diamonds in his pockets
(that's some bread, now)
This one, he wants to buy you rockets
(Ain't in his head, now)

Marry him or marry me
I'm the one that loves you baby can't you see?

Ain't got no future or a family tree
But I know what a prince and lover ought to be

I know what a prince and lover ought to be

Said, if you want to call me baby
(Just go ahead, now)
An' if you'd like to tell me maybe
(Just go ahead, now)
If you wanna buy me flowers
(Just go ahead, now)
And if you'd like to talk for hours
(Just go ahead, now)
And if you want to call me baby
(Just go ahead, now)
An' if you'd like to tell me maybe
(Just go ahead, now)
If you'd like buy me flowers
(Just go ahead, now)
And if you'd like to talk for hours
(Just go ahead, now)

Said, if you want to call me baby
(Just go ahead, now)
An' if you'd like to tell me maybe
(Just go ahead, now)
If you wanna buy me flowers
(Just go ahead, now)
And if you'd like to talk for hours
(Just go ahead, now)

Ohh baby
(Just go ahead now)
ooh just just go ahead now ooh your majesty
(Just go head now)
come on forget the king and marry me
(Just go ahead now)
come on, come on, come on
(Just go ahead now)
go ahead now yeah,
just go ahead now
If you want to buy me flowers
(Just go ahead now)
yeah just go ahead now baby

E... puf!

Saldo de uma semana de férias desaparece na primeira meia hora de trabalho...

Nice...

quarta-feira, julho 27, 2016

Das coisas que não se explicam

Bola de Berlim com creme ao chegar da água, depois de mil mergulhos a escorrer por mim abaixo. Não sei exactamente porquê mas sei que a vida não consegue ser muito melhor do que isto.

Quase nada 'bate' as quentes noites algarvias...

sexta-feira, julho 22, 2016

quinta-feira, julho 21, 2016

E mudando radicalmente de assunto...

... alguém me explique como é que, após dois copos bem cheios de vinho branco à pressão, certas duas almas voltam ao trabalho, hein, V.!?!


Aos tombos!!!


(Valha-nos isso. Valha-nos a amizade, os almoços "regados" a copos cheios de vinho mas também de conversa, de empatia, de amor e amizade, de risos. Valha-nos a comemorações de início de Verão e do que mais nos apetecer. Valha-nos o sol e as esplanadas. Valha-nos a idade e o que já passámos. Valha-nos já sermos umas "crescidas". Valha-nos nós. Simplesmente, nós.)

Chega o subsídio de férias...

... e chegam, logo a seguir e para que não se sinta sozinho, o seguro da casa, o seguro do carro, o IUC, a inspecção, a revisão dos 60 mil, o acerto do IRS que este ano não foi meu amigo...

E o que me apraz dizer??

F*****************************************************************!!!!!!!!

segunda-feira, julho 18, 2016

Sete

Sete. E o dia em que eu me quebrei para sempre.

sexta-feira, julho 15, 2016

À propos de Nice...

Não desesperes, Mãe! 
O último triunfo é interdito 
Aos heróis que o não são. 
Lembra-te do teu grito: 
Não passarão! 
Não passarão! 

Só mesmo se parasse o coração 
Que te bate no peito. 
Só mesmo se pudesse haver sentido 
Entre o sangue vertido 
E o sonho desfeito. 
Só mesmo se a raiz bebesse em lodo 
De traição e de crime. 
Só mesmo se não fosse o mundo todo 
Que na tua tragédia se redime. 
Não passarão! 

Arde a seara, mas dum simples grão 
Nasce o trigal de novo. 
Morrem filhos e filhas da nação, 
Não morre um povo! 
Não passarão! 

Seja qual for a fúria da agressão, 
As forças que te querem jugular 
Não poderão passar 
Sobre a dor infinita desse não 
Que a terra inteira ouviu  
E repetiu: Não passarão! 

Miguel Torga
in A Criação do Mundo

quinta-feira, julho 14, 2016

Do Verão

Ouço cigarras a cigarrar no meio de Lisboa, aqui e ali, onde há mato, onde há árvores. E num instante, viajo para as tardes quentes, tão quentes, e para a subida pesada e suada daquela rua - minha rua -, o sol a escaldar-me. O cheiro a erva quente, a amoras selvagens, a matagal áspero. E as cigarras. As cigarras a marcar-me o passo.

quarta-feira, julho 13, 2016

Porque me emociona; porque é minha, muito minha....




Where are we? 
what the hell is going on? 
The dust has only just began to fall 
Crop circles in the carpet, sinking, feeling 
Spin me around again and rub my eyes 
This can't be happening 
When busy streets a mess with people would stop to hold their heads heavy 

Hide and seek 
Trains and sewing machines? 
All those years they were here first 

Oily marks appear on walls 
Where pleasure moments hung before 
The takeover, the sweeping insensitivity of this 
Still alive 

Hide and seek 
Trains and sewing machines? (oh, you won't catch me around here) 
Blood and tears they were here first 

Mm what you say 
Oh that you only meant well, well of course you did 
Mm what you say 
Mm that it's all for the best, of course it is 
Mm what you say 
That it's just what we need, you decided this 
Mm what you say What did she say? 

Ransom notes keep falling at your mouth 
Mid-sweet talk, newspaper word cut outs 
Speak no feeling no I don't believe you 
You don't care a bit you don't care a bit 

You don't care a bit 
You don't care a bit 
You don't care a bit 
You don't care a bit 
You don't care a bit

Frase do dia

"The moment I take it for granted, it's gone."
Anonymous

terça-feira, julho 12, 2016

A dos amigos de sempre e para sempre...

























Não é por acaso que estão na minha vida e eu na deles. Fazemos por isso, por merecer um cantinho nas vidas uns dos outros, todos os dias desde que nos conhecemos.

segunda-feira, julho 11, 2016

Não me posso emocionar, está visto!, a selecção está a dar cabo de mim, este dia está a dar cabo de mim...

... dei por mim ainda agora a trautear David Carreira!!

Enviada para mim com o título "a tua cara"...





















... em cheio!!!

E ontem foi assim...

























A juntar-se à rouquidão que perdura até hoje...


(Estavas lá, estávamos lá. Viste!?)

sexta-feira, julho 08, 2016

A da beira-rio...


























"Parecem as festas henriquinas! ", diz a progenitora que parece também nunca se cansar desta expressão.  "É sempre assim... :)"


É. Enquanto me apetecer. Esta foi a primeira: no dia, porque tem que ser; improvisada, à beira-rio como tínhamos combinado, parabéns a você a sorrir, em surdina.

quarta-feira, julho 06, 2016

Há dias fabulosos...

... hoje foi um deles. E não, aposto que não é coincidência... ;)

Constatação #101

Há que assumi-lo: no fundo, no fundo, sou uma crente. Se os deuses enviam um seu emissário na minha direção, acredito que o fazem com algum desígnio divino e, como tal, não encontro em mim forças para o renegar. Ainda que o emissário me surja em forma de vendedor de bolas de Berlim...

Mais um, menos um...

Sol. Praia. Mar. Silêncio. Machado de Assis. Reconheço que não é comum contar-se os anos que faltam mas em minha defesa tenho a paz que essa perspectiva me dá. Telefonemas, mensagens, amor em palavras. A piada da 'Mula Velha' - o vinho - e o gozo que me dá ser pessoa que se ri de piadas destas e que, se for preciso, ainda faz outras piores(melhores) logo a seguir. Convites. Respostas. O mês agridoce. A vela que quero soprar. 'Quantas festas vais fazer este ano!?': as festas que me apetecer. O jantar. O nosso jantar de sempre. À beira-rio porque me disseste 'quando sair daqui vamos festejar o teu aniversário à beira-rio'. Agridoce. Mas mais doce. Estás aqui. Sol, praia, mar e o privilégio que é fazer anos no Verão num país de mar. Tudo é degrau, tudo eleva. E o que eu me vou elevando sempre que não me esqueço de aprender o que a vida tem para me ensinar. E eu nunca me esqueço. Os olhos mais azuis ainda, assim que mergulhados nas ondas do mar. Paz. Amor. Verdadeiro amor descoberto todos os dias. Por mim, de mim; por mim, de quem me ama. Não aceito menos. A idade adulta e o que eu gosto dela: liberdade de ir e vir, segurança, certezas. O trigo e o joio. Sol. Praia. Mar. Silêncio. Machado de Assis. A vida é melhor aqui.

terça-feira, julho 05, 2016

segunda-feira, julho 04, 2016

Frase do dia

"The opposite of love is not hate, it's indifference."

Elie Wiesel

sexta-feira, julho 01, 2016

À distância

Nada como criar distância: entre coração e realidade. Parede de vidro que a impede de o amarfanhar. Nada como não deixar que ela não se concretize de imediato, pelo menos cá dentro. Intervalo temporal entre o ser e o sentir que é. Precisa convencê-lo primeiro. Nada como esperar para ver. Nada como ver de longe...

sexta-feira, junho 24, 2016

quarta-feira, junho 22, 2016

POR-TU-GAL! POR-TU-GAL! POR-TU-GAL!

Lembras-te? 

O mais famoso e melhor dos Euros, para nós, aquele que nos fez saltar e gritar até ao último jogo, ainda que essa fosse a minha face quando a tua, mais discreta, se limitava a sorrir um sorriso que eu sabia ir para além dele. Lembras-te? Falávamos todos os dias, antes e depois das partidas. Às vezes até no intervalo. No jogo com a Inglaterra, telefonaste-me a dizer que tinhas escolhido ir para a rua, dar uma volta, para não veres os penalties, Lembras-te? "Não estou para me ver em chatices", disseste tu. Em comparação, eu era a histérica e entusiasmada e tu o cauteloso nos prognósticos e aquele que mantinha a calma apesar do resultado. Mas foste tu quem foi dar uma volta com medo que o coração disparasse demais, não foi?... E lembras-te quando me telefonaste do meio da rua porque estavas em Entrecampos a ver passar a invasão laranja dos adeptos holandeses a cantar em direcção ao estádio do Sporting? Lembras-te?

Acho que não há um jogo em que não pense em te ligar... talvez porque me esqueça que, afinal, estás comigo a ver tudo pelos meus olhos...

terça-feira, junho 21, 2016

Mais uma vez, e sempre, a minha máxima: amor com amor se paga

Há pouco tempo alguém me dizia que estou a chegar àquela idade em que o trigo e o joio se separam com maior clareza e facilidade. Percebo. Assumo. Se até aqui, os meus sentimentos tendiam a fechar os olhos à realidade, em nome de um histórico de relação ou dos bons velhos, sempre encontrando desculpas para situações ou atitudes com as quais não concordava e que até me magoavam, a minha visão, agora, parece menos turva.

Julgo que se prende com o grau de exigência. A idade traz-nos um grau de exigência superior em relação ao que e a quem nos rodeia. Já não estamos cá para m*****, já não nos preocupamos com o que possam pensar de nós, já não aceitamos menos do que... Porque não queremos nem precisamos. 

A verdade é que a amizade, às vezes, obriga-nos a sacrifícios. Facto. 
Eu estou disposta a fazê-los e faço-os. Facto. 
Não posso nem quero esperar menos de quem se diz meu amigo. Outro facto.

Se é certo que, num primeiro momento, assumir a desilusão cá dentro dói e não é pouco - até parece que morreu alguém, e morreu mesmo, pelo menos um bocadinho da ideia que tínhamos como certa desse alguém -  no momento seguinte, a serenidade de perceber que já só aceitamos o amor e a amizade que também damos, e não menos, instala-se. E acomoda-se. E estica-se no nosso sofá, de pés descalços, a usufruir da fresca numa noite de Verão que vem da janela escancarada para a rua. 

Amo os meus amigos. Amo as pessoas que fazem parte da minha vida que, aliás, só têm o privilégio de deter esse lugar porque fizeram por merecê-lo e merecer o meu amor. Amo-as verdadeiramente. Só que agora amo-as ao ponto de não aceitar que sejam menos do que podem ser, menos do que me fez amá-las.

sexta-feira, junho 17, 2016

Porque tudo muda, sapatinho de 'prinçusa'...


Das alfaces...

Acabar de almoçar à pressa... pedir o café ao balcão... sentir que ainda se tem bocados de alface nos dentes (maldita 'juliana'!)... tentar tirá-los discretamente com a língua... olhar para o lado e dar de caras com amiga da primária que gosta de falar e que tem milhentas perguntas para me fazer porque não me vê desde o último jantar de antigos alunos do colégio e, claro, quer ouvir as respostas...

Sim, é possível falar pressionado os lábios de forma a que estes não deixem os dentes a descoberto.... mas, não, a figura não é bonita... 

quinta-feira, junho 16, 2016

terça-feira, junho 14, 2016

Eeeeeee... começou! (POR-TU-GAL! POR-TU-GAL! POR-TU-GAL!)

Amor é...


























 ... absoluto, infinito, incondicional.


Quando não é, não é amor. Ponto final.


(Assim me vem ensinando todos os dias aquela que, por mais que a minha alma assombrada se rasgasse contra o chão, por mais que parecesse transfigurada, nunca deixou de me conhecer, nunca desistiu de mim, nunca deixou de me querer, sempre da mesma forma. A melhor amiga que alguém pode ter. A minha...)

O da tradição...


quinta-feira, junho 09, 2016

Das palavras dos outros e das minhas

"E a certas horas de certos dias este verso de António Sardinha lido aos catorze ou quinze anos regressa devagar, tinge-me por dentro, fica a tremer em mim como uma gota numa folha que não cai, não cai e eu cheio de vontade de me sentar ao colo de sorrisos que já não existem, de escutar vozes que se calaram para sempre, de sentir mãos que me abandonaram e cheiros que perdi: tanta coisa me deixou já. Dantes quando o mar recuava na praia ficavam sempre prendas para mim: a voz do meu avô, seixos mais lisos que a minha pele, longos braços de algas, dedos que me pegavam devagar na mão, um murmúrio de felicidade secreta, os saltos das minhas tias no corredor pronunciando o meu nome (...)" 

António Lobo Antunes