quarta-feira, novembro 02, 2016

What the fuck...

























Nada de novo, apenas se reforça o deslaço que existe entre estes dois. Talvez seja ele que dá cor à vida, talvez as histórias que um dia teremos para contar nasçam justamente do conflito que daí surge, do desnivelamento entre estas duas vozes. Caso contrário, nada acontecerá que se digne de nota e de memória. Da harmonia não reza a história, parece parecer... 

Assisto, desta vez. O distanciamento permite-me arrefecer ânimos e ver para além da névoa de emoções de quem as sente. Mas não me permite poupá-las ao sofrimento, à confusão, ao desespero e as lágrimas. Que, se ainda não se manifestaram, será por pouco tempo, eu sei que sim. 

Nada de novo. Da angústia de quem não consegue sair de baixo da vida e das suas coisas à indecisão de quem não sabe para que lado se há-de virar. Em qualquer um dos casos, a vida deu-lhes mais do que poderiam abarcar. Dá sempre. Em qualquer um dos casos, as escolhas impõe-se, as decisões forçam a sua entrada, a razão e a emoção digladiam-se. E o coração, assoberbado, encolhe-se, deixa-se ficar pequenino, sustendo a respiração, à espera que passe, talvez. Mas não passa. 

"O que é que eu faço?", adivinho eu a pergunta. A m**** é que não há respostas certas...

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