segunda-feira, fevereiro 28, 2011

domingo, fevereiro 27, 2011

Surprised?

Why?

It's time for you to see what everyone has always seen...

sexta-feira, fevereiro 25, 2011

Porque para tudo há uma primeira vez...

Gestora de projecto de uma qualquer empresa de consultoria da nossa praça quando tratávamos de alterar um determinado documento:

"Sim, portanto, eu tinha pensado então que nesta data façaríamos também aquela reunião..."


Juro! Esta eu nunca tinha ouvido!

A resposta à altura

Há conversas que não nos acrescentam nada. Seja porque os diferentes interlocutores não estão em dia de falar a mesma linguagem, porque a nossa cabeça não está preparada para receber o que ouve, porque nada há de novo, no limite, porque o céu está cinzento e chove e o humor arrasta-se pelas ruas da amargura.

Mas há outras que, simplesmente, nos preenchem... O assunto até pode ser do mais batido que existe, os argumentos até podem já ter sido discutidos até à exaustão, as pessoas até podem ser exactamente as mesmas e também nada ter acontecido de significativo... mas isso não interessa absolutamente nada. O que interessa é que, naquele momento, reina a absoluta empatia. E não há nada mais reconfortante.

É bom poder falar sem medos, sem vergonhas. É bom poder perguntar "sou uma idiota, não sou?" e ouvir "és mas eu gosto de ti à mesma" ou "és mas no que depender de mim vais deixar de ser". É bom receber sinceridade, genuína preocupação, é bom poder dizer e ouvir as palavras todas, sem rodeios. É bom termos quem nos queira bem ao ponto de nos ameaçar "se for preciso, levas um par de estalos!" e é bom sentir que não somos totais atrasados mentais ou que, pelo menos, se somos, estamos acompanhados porque o outro até concorda connosco e não se coíbe de o dizer. É bom porque nos entendem, é bom porque podemos ser nós próprios e receber o mesmo em troca. É bom porque nos fazem sentir que afinal andar por aqui, por esta vida, vale a pena...

Sim, querida F., considera este post como uma espécie de declaração de amor... digo "espécie" porque, convenhamos, temos o "nosso" marido pelo meio e embora saiba que ele até é um tipo arejado e moderno não sei se, apesar de passados todos este anos, já se habituou à ideia de que quando casou contigo, casou comigo também...

E sim, querida F., disseste "já viste que és uma rapariga com muita sorte?". E eu respondo: já vi, sim, sem dúvida nenhuma que sou! :)

Conhecimento interior

"Porque eu não sou uma vaca mansa, que fica ali a ruminar, sossegadinha... eu sou uma cabra do monte!"

E foi isto que me saiu pela boca fora sobre... mim própria... e é este o resultado de várias sessões de terapia...

E... não é que eu até gosto?!

Em ombros

quinta-feira, fevereiro 24, 2011

Day off

Não é à segunda-feira, como eu normalmente gosto, mas foi o que se conseguiu arranjar.

Reparo agora que não o faço há meses, tantos meses. Reparo agora que não o fazia porque necessitava de rotinas para sobreviver, as poucas rotinas que me restaram, más ou boas, não interessava, a única parte da minha vida que se manteve igual. Podia não fazer nada de jeito, muitas vezes foi exactamente o que aconteceu, mas era a única razão que tinha para me levantar da cama e eu agarrava-a com unhas e dentes. Ia. Fui sempre, sem interrupção. Ia porque necessitava dessa estabilidade, porque era a única que tinha, porque ali eu era eu, a mesma, nada tinha mudado. Em comparação com o resto da vida, era o único sítio onde eu me encontrava de novo comigo.

Folga. Porque se proporcionou, porque olhei para ela e entendemo-nos. Quis tirá-la e tirei. Folga. Para não fazer nada, para fazer o que me apetece, para apanhar sol, para conversar, para descansar. Folga. Para dar ainda mais espaço de manobra áquele que é o meu grande defeito: penso demais e as folgas são amigas dos pensamentos. Penso demais, penso demais... e, na maioria das vezes, sinto-me como a única que pensa alguma coisa.

quarta-feira, fevereiro 23, 2011

Irmãos

Raramente peço ajuda. Não porque considere um sinal de fraqueza mas porque acho sempre que vou e tenho que conseguir sozinha. Que é suposto, que tenho que fazer pela vida, ser independente, que já sou grandinha e antes de me pôr a choramingar para os outros e a chateá-los, devo tentar até à última, até esgotar todas as possibilidades.

Faço mal, já aprendi. Porque, enquanto tento e não tento, posso, e acontece muitas vezes, "meter os pés pelas mãos" quando o podia ter evitado se tivesse partilhado as minhas preocupações. Porque quem está de fora... é a velha história.

Mas pedir ajuda requer aprendizagem. Requer não me deixar levar pela ideia de que vou incomodar, que me vão achar parva, que lhes estou a atirar com um fardo que não é deles e com o qual não têm que levar. Requer, em suma, aprender a pensar que eles, os outros, os "meus" outros, sentem os amigos e as suas maleitas como seus tal como eu faço, e que por isso querem saber e ajudar e estar na minha vida partilhando o que é meu.

Tenho sorte, muita sorte. Estou rodeada de mãos que nunca me deixaram cair mesmo nos momentos de maior queda livre. Mesmo até quando eu queria cair. Porque há dias em que estamos tão cansados que só queremos mesmo deixarmo-nos escorregar pela parede e esparramarmo-nos no chão. Nunca deixaram, nunca quiseram ver-me esparramada fosse onde fosse nem de qualquer forma. Cada uma à sua maneira, deitou-me a mão, o pé, o coração porque, no mínimo, tinham que garantir que, se escorregasse, teria uma almofada fofa onde deitar a cabeça, mesmo que eu não a pedisse. E eu raramente a pedi.

Escrevo isto hoje porque hoje, numa qualquer rede social, faz-me uma homenagem aos irmãos. Estes são os meus "irmãos". Sem os quais a minha alma não teria sobrevivido.

E o Fernando a falar por mim

Vaga, no azul amplo solta,
Vai uma nuvem errando.
O meu passado não volta.
Não é o que estou chorando.

O que choro é diferente.
Entra mais na alma da alma.
Mas como, no céu sem gente,
A nuvem flutua calma
E isto lembra uma tristeza
E a lembrança é que entristece,
Dou à saudade a riqueza
De emoção que a hora tece.

Mas, em verdade, o que chora
Na minha amarga ansiedade
Mais alto que a nuvem mora,
Está para além da saudade.

Não sei o que é nem consinto
À alma que o saiba bem.
Visto da dor com que minto
Dor que a minha alma tem.

Fernando Pessoa

terça-feira, fevereiro 22, 2011

Estados da alma

Preenchida. Com mais conhecimento. Oito horas que valeram a pena.

Cansada. De corpo, porque estive confinada ao mesmo sítio durante todo o tempo, a olhar numa só direcção. De alma, porque me canso a mim mesma. E estou cansada do cansaço.

Desiludida. Mas... what's new?? Tem sido uma constante e a culpa é minha. Só se desilude quem se ilude e eu tristemente revelo-me mestre em ilusão...

Triste. Porque há recantos meus que são negros. E nunca vão deixar de ser.

Alegre. Porque reparo que, já há uns tempos, me voltei a alegrar com as pequenas coisas. Coisas que provavelmente só me alegram a mim como o chão cheio de folhas ou os pássaros a cantar ou aquela música que surge no momento certo ou ainda perante a possibilidade de comer qualquer coisa de que gosto muito. E às vezes apenas o simples facto de estar...

Compreensiva. Sei bem pelo que passas querida E., sei tão bem...

Sonolenta. Decididamente, levantar-me de madrugada só é para mim se for para apanhar um avião que me leve daqui para qualquer outro lado. Caso contrário, considero um verdadeiro atentado à minha sanidade mental!

segunda-feira, fevereiro 21, 2011

E por trás do pano...

Porque esta andou o fim-de-semana todo atrás de mim a "pedir" para ser publicada...

... e eu dedico-a a ti sabendo que estarás sempre à minha espera.




If you wait for me
then I'll come for you
Although I've travelled far
I always hold a place for you in my heart

If you think of me
If you miss me once in awhile
Then I'll return to you
I'll return and fill that space in your heart

Remembering
Your touch
Your kiss
Your warm embrace
I'll find my way back to you
If you'll be waiting

If you dream of me
Like I dream of you
In a place that's warm and dark
In a place where I
can feel the beating of your heart

Remembering
Your touch
Your kiss
Your warm embrace
I'll find my way back to you
If you'll be waiting

I've longed for you
And I have desired
To see your face, your smile
To be with you wherever you are

Remembering
Your touch
Your kiss
Your warm embrace
I'll find my way back to you
Please say you'll be waiting

Together again
It would feel so good to be
In your arms
Where all my journeys end
You can make a promise
If it's one that you can keep
I vow to come for you
If you'll wait for me

Say you'll hold a place for me
in your heart

A place for me in your heart

A place for me in your heart

Expiações e outras considerações

"Foi uma violência, foi uma violência...", repete ela em modo de expiação de pecados. Pois, foi uma violência para a qual não estava preparada, em nenhum aspecto. Aliás, quem está? Por um lado nascida em si, por outro imposta, em alguns casos, gratuita, em quase todos, em demasia. Mas, acima de tudo, avançou como torrente, veio sem controlo, alagou tudo à sua volta e teima agora em não se deixar escorrer completamente. Saco de pancada, é como se sente muitas vezes, e não se suporta mais. A violência gerada pelas suas próprias mãos corrói-a, de mansinho, desintegrando os tendões e os músculos, desintegrando a espinha dorsal. A outra, a imposta, pela vida, por outras mãos, por outros dias, apresenta-se como botifarra de montanha a pressionar o diafragma, constante, presente. Duas forças, com origens opostas, que se encontram frente a frente e chocam num mesmo corpo. O resultado nunca é bom.

Mas a marca dos dias a andar vai adocicando o rasto amargo, amaciando a dureza das expressões, sarando os tecidos. Já não se pergunta se "irá acabar um dia?", pergunta "quando". Com consciência de que nunca nada irá ser igual, pergunta "quando". E se pensar bem, a fundo, alegra-se pela diferença inevitável, alegra-se pela armadura entretando soldada, alegra-se pelo coração multifacetado de agora, alegra-se pelos dias negros que nunca poderão voltar a ser tão negros assim simplesmente porque não existe negritude maior. E alegra-se por perceber que a sua outra face já não está à disposição.

domingo, fevereiro 20, 2011

E já de madrugada...

... pus-me a pensar: é espectacular gostar de dormir. Porque é espectacular gostar de alguma coisa e poder fazê-la todos os dias!

sexta-feira, fevereiro 18, 2011

Facilidades

"Porque se sente melhor consigo poderá finalmente perceber que as coisas às vezes são mais fáceis do que parecem."

Aparentemente, é este o vaticínio dos astros para mim no dia de hoje.

E não deixa de ser curioso porque a questão que se vem colocando é justamente essa, a aparente facilidade das "coisas" em contraste com a minha visão delas e, mais do que isso, com os sentimentos pesados e angustiantes que a acompanham.

E assim, o Sol, a Lua e as estrelas que se espalham por aí dizem-me, através de uma das últimas páginas de um qualquer jornal, "vê lá se aprendes de uma vez!".

quarta-feira, fevereiro 16, 2011

Os balanços

A propósito da loucura, pontual ou nem por isso, pergunto-me quem é mais louco... quem acredita, apesar de o mundo abanar a cabeça num redondo "não", ou quem faz por não acreditar, não importando de onde sopra o vento? Quem é mais louco, quem deixa que as decisões se anseiem antes mesmo da concretização ou quem as segue sem conversar bem com elas, sem se dar ao trabalho de perceber bem a sua natureza? Quem é mais louco, aquele que vira as costas ou aquele que está disposto a dobrá-las? Quem "paga para ver" ou quem não é capaz de olhar nos olhos?

A propósito da minha loucura, volto a estar encolhida no chão da banheira, com água quente a escorrer pelas costas. Estou aqui mas estou lá, a balançar o corpo para trás e para a frente sem dar conta, a repetir incessantemente as mesmas palavras, aquelas palavras, a julgar-me louca, a sentir-me louca mas a ignorar a sensatez e a deixar-me levar pela cadência do movimento e do som que eu própria emito. Estou aqui mas o meu coração e a minha mente estão lá, encolhidos e imersos em água quente.

Quem é mais louco? Quem não dá peso à vida e ao tempo que passa ou quem dá peso demais? Quem pede para o céu ou quem nem se dá conta que ele existe? Quem sente cada solavanco ou quem plana por aí? Quem se esquece dos sentidos ou quem os exacerba? Quem espera que os pensamentos voem com direcção certa ou quem os abafa logo à partida?

Quem se encolhe numa banheira a balançar...?

terça-feira, fevereiro 15, 2011

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

Para provar que os animais assumem a personalidade dos donos...

Como explicar a um gato, neste caso um gato B., que o facto de uma bola de ténis, que pula num determinado sentido, fazer ricochete algures e voltar para trás não significa que ela tenha personalidade e que se tenha fartado da perseguição e decidido atacá-lo???

Merecidamente

Mereço que lutem por mim. Como mulher, como amiga, como ser humano, mereço que lutem por mim, pela minha amizade, pelo meu amor, pela minha presença, pelo meu sorriso. Mereço que lutem por mim por quem sou, por tudo o que sou. Eu mereço. Mereço que lutem por mim e desse direito não abdico.

sábado, fevereiro 12, 2011

Dancing with myself

Houve alturas em que pensei que ia dar em louca. And you know what? Às vezes, ainda penso.

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

Apresentações

Fui apresentada a Machado de Assis através do "Memorial de Aires" e da mão de minha mãe, que não gosta de ter coisas repetidas em casa.

Fui apresentada e respondo agora: é um prazer conhecê-lo. É um grande prazer mesmo..!

Constatação #35

Livros velhos, para a minha mão, devem vir com anti-histamínico de brinde...

Porque é a derradeira declaração de amor

Everything
Michael Buble

You're a falling star,
you're the get away car.
You're the line in the sand
when I go too far.

You're the swimming pool,
on an August day.
And you're the perfect thing to say.

And you play it coy
but it's kinda cute.
Ah, when you smile at me you know exactly what you do.
Baby don't pretend
that you don't know it's true.
'cause you can see it when I look at you.

And in this crazy life,
and through these crazy times
It's you, it's you,
you make me sing.
You're every line,
you're every word,
you're everything.

You're a carousel,
you're a wishing well,
And you light me up,
when you ring my bell.

You're a mystery,
you're from outer space,
You're every minute of my everyday.

And I can't believe,
uh that I'm your man,
And I get to kiss you baby just because I can.
Whatever comes our way,
ah we'll see it through,
And you know that's what our love can do.

So, la, la, la, la, la, la, la
So, la, la, la, la, la, la, la

And in this crazy life,
and through these crazy times
It's you, it's you,
you make me sing.
You're every line,
you're every word,
you're everything.

You're every song,
and I sing along.'
Cause you're my everything.
Yeah, yeah

So, la, la, la, la, la, la, la
So, la, la, la, la, la, la, la

quinta-feira, fevereiro 10, 2011

Vapor de água

É quinta, já é quinta. Que bom. Como se os dois dias de fim de semana fossem aqueles, os únicos, que permitem evasão, desprendimento, resgate da vida obrigatória sendo apenas essas 48 horas que me dão espaço para perceber um outro sentido, avançar por outros caminhos, descobrir o que está para lá das horas. Como se no fim de semana houvesse ordem de soltura para fugir do molde e assim pensar e elaborar tudo o que o tempo quadrado dos dias úteis não permite.

Enquanto ontem a água quente do chuveiro escorria sobre mim e se formava à minha volta o meu nevoeiro privado, certezas saiam para o ar através dos meus lábios em direcção aos azulejos. E sim, confirmei-lhes as certezas que tinha, que tenho. Mas eles devolveram-me a pergunta fria da sua superfície: sabes que decidiste ir... mas para onde? Não sei. Não sei e agora não me interessa porque decidi ir e isso é o que marca esta noite de banho quente. "Resolvi fazer-me à vida..." dançavam as letras escritas a vapor, "resolvi fazer-me à vida...".

É tão mais fácil quando nos convencemos que tudo tem um sentido, um propósito. Mesmo que não saibamos qual é, é tão mais fácil aceitar que nada acontece por acaso e que tudo encerra em si algo de positivo, até os maiores monstros da memória. Iliba-nos de pensar, dá-nos autorização para ficar quietos e esperar que o que tem que acontecer aconteça. É tão mais fácil mas só às vezes é que sabe bem. De resto, o sabor é estranho, indefinido, amargo. E como eu detesto o amargo...

Mas decidi algumas decisões. Nada de fundamental para a humanidade, nem mesmo para a minha, mas decidi. E pergunto-me se foi de facto necessário todo o caminho para chegar aqui... sim, convenço-me que sim porque não me quero ver como uma perda de tempo. Convenço-me e congratulo-me e acredito, sim acredito, que hoje não seria quem sou se não tivesse passado pela travessia. Digo "passado" por ela porque não sinto que tenha sido eu a decidir fazê-lo mas sim ela que se foi atravessando à minha frente. A travessia atravessou-se, foi assim que foi.

Misturando sensações, como batido de fruta com água em vez de leite porque os meus têm que ser assim, e esperando que o resultado seja... no mínimo, comestível. Porque são as minhas, as dos outros, as que julgo que os outros têm, as que gostaria de ver, as que gostaria de sentir. Demasiados ingredientes para que saia alguma coisa de jeito daqui, é essa a verdade. Mas a tudo a alma se habitua e, às tantas, já não é nada de sólido ou pesado, simplesmente paira à minha volta, como o nevoeiro particular, que é meu, que faz parte de mim, que é assim talvez porque tenha que ser, que é enquanto for.

É quinta, já é quinta-feira.

quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Perfil

"Resolvi fazer-me à vida..."

terça-feira, fevereiro 08, 2011

Constatação #34

Há dias em que só não mando a vida à m**** porque sei que a p*** não me ouve..!

Mais vale sorrir!

A princípio não percebi. Não percebi a irritação latente, não percebi a má diposição com algo já tão esmiuçado, tão discutido, do qual todos, ele até mais do que qualquer outro naquela sala, tinham conhecimento. Não percebi porque se esforçou para me contradizer, para "dar o ar" de que eu estava a levantar problemas onde eles não existiam, para, de início, não querer parecer dar importância, para, mais à frente, se empenhar, de forma até exagerada, para me provar por "a mais b" que afinal até estava tudo certo. Não percebi o tom, o olhar irritado, o clima de "picardia" que se instalou.

Mas, claro, lá acabei por chegar... e quando cheguei sorri para dentro e para fora porque não há mesmo mais nada a fazer.

Foi apanhado, essa é que é essa. Foi apanhado numa "esparrela" e não gostou. Foi apanhado e fui EU que o apanhei, ainda por cima com mais gente a assistir. Não pensou, não deu conta que tinha feito asneira e quando percebeu... também já eu tinha percebido e isso deixou-o lixado! Ou melhor, percebeu quando EU me manifestei. E pior do que assumir um erro, é assumir um erro que EU apontei. Portanto, qual foi a escolha? Não assumir, claro. Não ali, não naquele momento, não estando-o EU a pôr em xeque.

Sorri porque não há mesmo mais nada a fazer. Sorri porque penso que ficou claro para todos o que se tinha passado. Sorri porque a situação me caiu sobre o colo sem que eu tivesse que fazer nada para a provocar. Sorri porque se "enterrou" sozinho. E sorri porque, confesso, me deu um certo gozo... ;)

Dream, dream, dream...


segunda-feira, fevereiro 07, 2011

Frase do dia

"Cada um descobre o seu anjo tendo um caso com o demónio."
Mia Couto

"Another year"

Boas interpretações são do que mais me emociona, do que mais me toca a alma. E este filme está recheado delas...

sábado, fevereiro 05, 2011

E lá nos "despedimos"...

... e foi bom.

Dançámos, dançámos, dançámos; pulámos e pulámos e pulámos; e rimos, rimos muito, rimos até às lágrimas! E no fim, a última música, no rádio já ao pé de casa, foi escolhida por ti, directamente para mim, e foi com ela nos ouvidos e no sorriso que meti a chave à porta.

Foi bom. Foi mesmo muito bom.

sexta-feira, fevereiro 04, 2011

Vai e volta

A inércia mental muda-nos. A resignação muda-nos. A tristeza muda-nos. A incapacidade de definir um rumo, um propósito, muda-nos. A ausência da suposta luz ao fundo do túnel, de metas, muda-nos. Muda a forma como os nossos olhos recebem um novo dia, como nos vemos ao espelho, como sentimos a água fria na cara quando a tentamos acordar. Muda o pequeno almoço para apressado e em pé, mudam as conversas que temos com as paredes, altera-se o ritmo como se conduz até ao trabalho. Muda a posição das costas ao longo do dia, mudam os pensamentos a vaguear pela cabeça, muda a música que ouvimos no rádio. Muda a perspectiva de fim de semana e a atenção que damos ao que os amigos nos confidenciam. Muda a postura com que estamos nos lugares da cidade e da vida. Mudam-se os sorrisos e a posição das mãos, mudam-se as tensões no corpo. Muda o brilho dos olhos.

Falávamos, no outro dia, eu e a V.. Falávamos desse brilho e do queixo levantado com que se deve encarar a vida, da abertura de espírito, da sede de receber. Falávamos, assim, de um passado, saudosistas, até. Tentei explicar o que muda, como muda, porque é que muda. E, em silêncio, combinámos que havia de mudar outra vez.

Frase do dia

‎"The world is round and the place which may seem like the end may also be the beginning."
Ivy Baker Priest

quinta-feira, fevereiro 03, 2011

Da lavadeira ao porco, do porco ao bêbedo de karaoke

Vinda de uma sala de formação onde tive oportunidade de usufruir de algumas paragens cerebrais. E porquê? Porque me obriguei a elas, paragens induzidas, portanto, alguns segundos de pura papa mental, de cérebro a babar e de língua de fora, sem conseguir articular qualquer palavra quanto mais pensamento lógico. E porquê? Por uma questão de sobrevivência. Porque se, naqueles preciosos segundos, não me tivesse escapado para as profundezas da minha Crinabel pessoal, tinha ofendido alguém. Ou batido. E batido mais um bocadinho e mais um bocadinho e até mais um bocadinho até deixar de ouvir a voz de mão na anca que soou, vezes demais, ao fundo da sala, ainda por cima sempre acompanhada de uma ou outra barbaridade com o puro objectivo de se fazer notar. E a formadora a dar-lhe conversa e por isso também a merecer dois berros bem dados!

Vai daí, optei. Optei pela minha sanidade conseguida através da loucura temporária. E até foi giro.

Depois, voltei para o cantinho de sempre. Encontro tudo calmo, estranhamente calmo, todos armados com auriculares ou concentrados no computador...! E até a "bailarina" da frente e o seu partenére "descanso-de-pés-chiante" primam pela ausência! Boa, pode ser que consiga afinal descansar a cabeça...

Mas, de repente, começo a notar que o silêncio é, por vezes, quebrado por um som estranho, muito estranho, às vezes estridente, às vezes gutural, desconexo, daqueles que nos fazem franzir a cara e correr a tapar os ouvidos tal a má disposição que causa, que nem parece deste mundo, quase alienígena! "Meus Deuses, mas será?? Estamos a ser atacados como os filmes de Hollywood sempre previram? É desta que seres de outros mundos me caçam e me transformam, sei lá... numa morcela de arroz ou assim?!?". Parei o que estava a fazer e a medo espreito por cima do monitor na direcção de onde me parecia vir o som maligno. Continuava tudo com phones... a trabalhar... ninguém se tinha ainda apercebido do ataque iminente! Resolvo levantar-me para dar o alerta "Caramba, são meus colegas! Olha, que se lixe, ponho em perigo a própria vida mas ao menos tento salvar alguém!" e eis senão quando dou de caras com o dito ruído estranho mas desta vez trazendo atrás de si uma boca... uma boca, um nariz, uns olhos e os phones também... tudo humano.

Volto a sentar-me, recomponho-me do susto e penso: Ooookkkk... afinal não há razão para medos... afinal é só uma colega a acompanhar com voz (ela diria "cantar") o que soa nos seus ouvidos...!

Pois... é... e é francamente melhor...

quarta-feira, fevereiro 02, 2011

Decisões

É nestas alturas que me sinto absolutamente sozinha. Como se nenhuma palavra fosse convincente o bastante ou carregasse consigo certeza suficiente. É nestas alturas que me sinto sozinha, desamparada, medrosa como miúda pequena que necessita que lhe dêem a mão para atravessar a estrada, para avançar no mundo. Mas não é qualquer mão, não é qualquer palavra. É nestas alturas que olho para cima, para o céu que hoje está azul, e peço ajuda sem saber muito bem o que esperar lá do alto mas porque, por alguma razão que me transcende, não me faz sentido pedir olhando em mais nenhuma direcção. Como se essa fosse a única forma de comunicar com um plano superior, o plano onde moram todas as verdades e tudo o que é certo, esperando depois um sinal que acabe de preencher o vazio, que complete os meus pensamentos, as minhas indecisões com aquele bocadinho de massa que falta para que tomem corpo e deixem de o ser. É nestas alturas que me sinto, total e irremediavelmente, só.

Porque me faz viajar até ao dia em que, a sorrir, comentaste "isto está muito bem feito!"

It's Probably me, Sting

If the night turned cold
And the stars looked down
And you hug yourself
On the cold cold ground

You wake the morning
In a stranger's coat
No-one would you see
You ask yourself, 'Who'd watch for me?'
My only friend, who could it be?
It's hard to say it
I hate to say it
But it's probably me

When your belly's empty
And the hunger's so real
And you're too proud to beg
And too dumb to steal

You search the city
For your only friend
No-one would you see
You ask yourself, Who'll Watch For Me?'
A solitary voice to speak out and set me free
I hate to say it
I hate to say it
But it's probably me

You're not the easiest person I ever got to know
And it's hard for us both to let our feelings show
Some would say I should let you go your way
You'll only make me cry
If there's one guy, just one guy
Who'd lay down his life for you and die
It's hard to say it
I hate to say it
But it's probably me

When the world's gone crazy, and it makes no sense
And there's only one voice that comes to your defence
And the jury's out
And your eyes search the room
And one friendly face is all you need to see

If there's one guy, just one guy
Who'd lay down his life for you and die
I hate to say it
I hate to say it
But it's probably me
I hate to say it
I hate to say
But it's probably me
I hate to say it
I hate to say
But it's probably me
I hate to say it
I hate to say
But it's probably me

terça-feira, fevereiro 01, 2011

So long, farewell, auf wiedersehen, goodbye...!

Acabei de receber um convite para uma "despedida de casada"! Minha queridíssima E., não digas mais, já lá estou...! :)

Técnicas de venda

Mas onde é que esta gente tira os cursos? Será que do seu plano curricular não consta o Português? Mas refiro-me ao Português mais básico, aquele que ensina o que é que as palavras significam... tipo, sei lá... "casa" quer dizer "aquele sítio com quatro paredes e telhado onde moramos", "dinheiro" quer dizer "moeda de troca em notas ou moedas" e "não", vejam só que engraçado!, quer efectivamente dizer "NÃO"!!

Dancing pig

A combinação foi o uso de headphones. Somos muitos, se cada um partilhar a sua música isto fica mais para recinto de feira aos domingos do que para sala de trabalho. Todos vão cumprindo.

Agora... o que fazer quando a "bailarina" mais próxima usa o descanso dos pés para, de forma nervosa e frenética e "pouco oleada", ir marcando o ritmo e dando os seus passinhos de dança sentada?! Quem entre aqui desprevenido, convence-se, certamente, de que tenho um porco excitado a viver debaixo da mesa do lado...

Calor...