quinta-feira, setembro 30, 2010

E, no outro dia, foi assim...


Frase do dia

"What consumes your thoughts, controls your life!"
(Desc.)

Porque me inspira...

Put Your Records On
Corinne Bailey Rae

Three little birds, sat on my window.
And they told me I don't need to worry.
Summer came like cinnamon
So sweet,
Little girls double-dutch on the concrete.

Maybe sometimes, we've got it wrong, but it's alright
The more things seem to change, the more they stay the same
Oh, don't you hesitate.

Girl, put your records on, tell me your favourite song
You go ahead, let your hair down
Sapphire and faded jeans, I hope you get your dreams,
Just go ahead, let your hair down.

You're gonna find yourself somewhere, somehow.

Blue as the sky, sunburnt and lonely,
Sipping tea in the bar by the roadside,
(just relax, just relax)
Don't you let those other boys fool you,
Got to love that afro hair do.

Maybe sometimes, we feel afraid, but it's alright
The more you stay the same, the more they seem to change.
Don't you think it's strange?

Girl, put your records on, tell me your favourite song
You go ahead, let your hair down
Sapphire and faded jeans, I hope you get your dreams,
Just go ahead, let your hair down.

You're gonna find yourself somewhere, somehow.

'Twas more than I could take, pity for pity's sake
Some nights kept me awake, I thought that I was stronger
When you gonna realise, that you don't even have to try any longer?
Do what you want to.

Girl, put your records on, tell me your favourite song
You go ahead, let your hair down
Sapphire and faded jeans, I hope you get your dreams,
Just go ahead, let your hair down.

Girl, put your records on, tell me your favourite song
You go ahead, let your hair down
Sapphire and faded jeans, I hope you get your dreams,
Just go ahead, let your hair down.

Oh, you're gonna find yourself somewhere, somehow

Quero os phones "Princesa Leya", por favor!!!

Não... não... não!!! Há certas conversas que eu NÃO quero ouvir! "Então, mãezinha, como estás? Correu tudo bem? Então e o médico, já te viu o rabo??"

Porque eu gosto...




I was born in the arms of imaginary friends
free to roam, made a home out of everywhere I've been
then you come crashing in, like the realest thing
trying my best to understand all that your love can bring

oh half of my heart's got a grip on the situation
half of my heart takes time
half of my heart's got a right mind to tell you
that I can't keep loving you
oh, with half of my heart

I was made to believe i'd never love somebody else
I made a plan, stay the man who can only love himself
lonely was the song I sang, 'til the day you came
showing me a better way and all that my love can bring

oh half of my heart's got a grip on the situation
half of my heart takes time
half of my heart's got a right mind to tell you
that I can't keep loving you
oh, with half of my heart
with half of my heart

your faith is strong
but I can only fall short for so long
time will hold, later on
you will hate that I never gave more to you than half of my heart
but I can't stop loving you
but I can't stop loving you
but I can't stop loving you with half of my...

half of my heart
half of my heart

half of my heart's got a real good imagination
half of my heart's got you
half of my heart's got a right mind to tell you
that half of my heart won't do

half of my heart is a shock on a wedding to a bride with a paper ring
and half of my heart is the part of a man who's never really loved anything

half of my heart
half of my heart
half of my heart
half of my heart
half of my heart
half of my heart

quarta-feira, setembro 29, 2010

Azul, o meu azul

And away we go...!

É "sim", é "não", é "talvez", é "não-merda-para-isto-tudo!" e, finalmente, parece que é "sim". Reviravoltas dadas e já somos mais a deixar a terrinha e a ir respirar os ares de outras civilizações... pelo menos por uns dias.

Pés

Oooookkk... apareceu-me agora uma colega a perguntar que número eu calçava porque tinha sido chamada de repente para uma reunião, não estava à espera, veio com umas sandálias bastante informais, e por isso teve a brilhante ideia de me pedir para trocar com ela só por umas horas... fiquei uns segundos de boca aberta, várias imagens se me atravessaram a mente e tive que me esforçar para amenizar a cara de nojo que tinha certamente estampada... tentei safar-me, mostrei-lhe todos os defeitos das minhas sandálias "que não são assim tão melhores e têm cunha de corda já um bocado gasta e que nem me parece que fiquem muito bem com a tua saia..." sem grande sucesso... Mas não tive coragem de negar, a rapariga até não é má pessoa só que... sapatos?? Trocar sapatos???

Não é que me importe de emprestar as minhas... enfim... não é algo que faça com ligeireza mas ok, que seja. Agora... ter que calçar as delas...! Porque não posso ficar descalça, certo?? A sério... pés de outras pessoas que eu não tenha já assistido, pelo menos uma vez, a tomar banho... meter o meu pé no sítio onde eles andam... que certamente estará impregnado de certos flúidos corporais e..... aarggghh! É melhor parar porque quem olhar para mim agora ainda vai achar que estou a ver algum filme porno hard core no computador tal é a minha expressão.... Cristo... and now what??? Fujo? Elogio as sandálias dela e, como quem não quer a coisa, pergunto-lhe como é que nunca ninguém deu conta que aquele par é um exemplar único de moda, combinando estilo urbano parisiense com uma certa atitude blazé e que nem toda a gente tem pézinho para usar e que a ela assenta como luva?? Lembro-me que afinal tenho pé de atleta? Digo que não tomo banho há três quinze dias???

É verdade que ela ainda disse que ia ver se encontrava outras melhores... é verdade... arrisco? Arrisco pensando que o estou a fazer é em prol de algo maior, do companheirismo, da vontade de ajudar...?

Nããã!! Não sou assim tão boazinha! Decididamente, hoje vou almoçar bbeeeeeemmmmm mais cedo...!

terça-feira, setembro 28, 2010

No banco de jardim



Atravessando baixios, porque às vezes tem que ser, que trazem com eles frustração, pura frustação. O medo assume proporções ridículas, antigas, de cortar a respiração. Porquê? Mas porquê? Levantam-se pedras, é certo, e de lá desenterra-se sempre qualquer coisa mas... nada de novo, nada a que já não esteja habituada, nada que não faça parte do meu dia a dia de há muitos meses para cá... porquê, então?

O banco lá me espera e eu deito a cabeça sob as árvores. Sinto-me bem ali, a brisa a passar, a necessidade de parar para elaborar. Escrevo. O meu fiel caderninho de capa roxa sempre a postos. Descrevo com pormenor sensações e pensamentos, raivas e esperanças, lembranças e considerações, mais ou menos factuais, os medos gigantes, os gigantes de todas as cores. Porque, mais do que aqui, o papel absorve o que digo na ponta da caneta e deixa que se imprimam o vento e o sol do momento, o pó que circula, a energia que os meus dedos lhe levam, o meu cunho nas palavras. Os "i"s que, quando estou nervosa, se resumem ao pontinho, os "m"s e "n"s que apenas serpenteiam com a pressa de não perder o fio à meada e conseguir acompanhar a velocidade que me assola.

De repente, beijos chegam leves e soltos, sem porquê e com a promessa de haver mais lá de onde vêm. O sorriso tímido que me arranca do estado fervoroso da escrita, o sorriso que gostaria que fosse largo e resplandescente, que me inundasse o corpo todo, tornando-se marca da casa. Agora o caderno fecha-se, com as palavras a palpitar lá dentro, palavras que despejo para não as carregar comigo, palavras que digo a mim, palavras que talvez nunca diga a mais ninguém até porque só eu tenho o código que as decifra, só eu sei realmente o que elas querem dizer. E, seja como for, o que interessam? Não são pertinentes a não ser para a cabeça que as pensa ou para o caderninho que as guarda.

E reconheço como somos todos tão diferentes, com toda a nossa complexidade. Como não é legítimo esperar dos outros o que pensariamos ou fariamos em determinada situação porque há sempre a diferença a ter em conta... "não é errado... é diferente", "não podes medir tudo pela tua bitola porque cada um tem a sua"... Então meço por onde? Então como avalio? Então... não posso esperar nada... tenho que entender a diferença, aceitá-la, conviver com ela e apertar-lhe a mão. E deixar de me incomodar com isso.

E hoje, falámos e falámos e falámos. E eu ouço-me, alto e a bom som, objectiva, certeira, coerente, ponderada... ouço a minha voz, sinto em mim a empatia de quem já por lá passou, os conselhos que partilho convictamente... ouço-me... mas não me ouço assim tão bem.

Constatação #25

Tenho saudades de me sentir "em casa"...

segunda-feira, setembro 27, 2010

Perfil

A precisar de colo ou de chapadas na cara, não sei bem...

domingo, setembro 26, 2010

Retalhos de algo maior

A tribo volta a reunir-se. Como sempre, mesmo que não nos lugares de sempre, somos nós, sempre nós. O copo na mão, a música alta, a palhaçada do costume, os risos e conversas, tão nossas, tão "nós". E olho em volta, em volta da mesa, em volta do bar, e vejo-nos como há sei lá quantos anos atrás, os mesmos, o fio que nos liga intacto, pertencendo uns aos outros. Mas vejo também a vida estampada nas caras adolescentes, o caminho percorrido até aqui como num mapa, quem éramos, quem somos hoje, e como realmente o mundo gira, às vezes depressa demais, às vezes de forma turbulenta de mais. E as marcas lá estão, a máscara dos caminhos do destino a enfeitar os olhos de adolescente.

E espero. Sou pessoa que espera. Espera por dias melhores, espera por sinais, espera por atenção, reconhecimento, amizade, amor. Em alguns casos, espera sentada porque não há outra forma, noutros espera retribuição do que um dia deu, vai dando sempre, de forma activa e consciente, e espera por essa consciência como paga. Não menos, nunca menos. Mas muitas vezes ela não vem. E eu vou deixando de esperar. Não obstante, e tendo já ganho a certeza de que não vale a pena tentar contrariar o que a mãe natureza resolveu impregnar nos meus genes, espero sempre um bocadinho, todos os dias, espero sem querer, espero... e todos os dias me desiludo mais um bocadinho também.

Deito a cabeça na almofada, esperando que a "droga" faça efeito rápido, porque os copos a mais e as palavras deitadas na rua rodopiam no meu cérebro. Uma única lágrima cai, silenciosa, sem deixar rasto, mas a dor e a saudade gritam sempre bem alto, apertam o peito da boca cerrada, corróiem como ácido, silencioso ele também enquanto penetra e mata o que vai encontrando pelo caminho. Saudade, esta tão portuguesa, cantada e recantada, mora em mim como se nunca tivesse pertencido a outro lugar. Afasto memórias, afasto com pressa porque não quero ir lá tão fundo, e deixo-me levar pelos químicos para o lado de lá de nós.

Tentei controlar o tempo, agarrá-lo com as minhas próprias mãos não permitindo que corresse. Apertei-o contra mim, com todas as forças, mesmo sentido que ele me ia escorrendo entre os dedos. Sabia que não cabia a mim travá-lo, sabia que não cabe a ninguém porque o tempo tem vida própria e faz sempre o que quer. Mas era crente, crente ao ponto de acreditar que o podia conter em mim. Um dia, não sei qual dia, desisti. As mãos fraquejaram, os dedos dormentes da pressão cederam e a corrente seguiu o seu caminho. Desisti e com tristeza constatei que tudo tinha sido em vão. Rendi-me a ele, deixei-me levar, submergi e resignei-me à sua força. E é por aqui que ando, um pouco à deriva mas já sem ser tartaruga deitada de barriga para o ar. A carapaça endireitou-te e tenta agora apreciar a viagem.

sexta-feira, setembro 24, 2010

Murro na mesa (para não ser murro na cara!)

Ainda bem que é sexta-feira, ainda bem que é sexta-feira, repete ela incessantemente, enquanto tenta respirar fundo...

Mas não dá, não dá!! Estou aqui, estou a esganar alguém! Porque, convenhamos, é a única solução, é o que resta quando estamos a lidar com outros seres humanos que estão, claramente, a tentar sacudir a água do capote, a não cumprir com algumas das suas responsabilidades, tarefas com as quais se comprometeram, porque já viram que há outras que poderão ser mais proveitosas e encher mais o olho e o bandulho a quem manda! E, como cereja no topo do bolo, ainda temos a falta de ditos para o assumir!

Conclusão, vão dizendo que sim, que fazem, que "com certeza", vão empatando, empatando, empatando... mas continua tudo em águas de bacalhau! E eu a ver! E quando confronto, quando encosto à parede e pergunto "mas afinal como é??" a resposta à Gato Fedorento, mas versão pé de chinelo, vem ligeira "ah, e tal e coiso, vou ver isso". E eu a saber... que não vai ver p**** nenhuma! E quando, pela trigésima centésima vez!, pergunto e até acrescento que se for preciso ir bater a outra porta eu vou, só preciso que me digam a quem, aqui d'el rei que "não é preciso, eu tomo conta de tudo", diz com ar ofendido!

Só ao estalo, só ao estalo, só ao estaladão de mão aberta!! Irra que é demais!

Mas pronto... como tudo o que é demais chateia, eu e a minha já-por-natureza-fraca tolerância, agora ainda mais esmifrada dada a latosa com que me deparo, vamos ter que nos pôr nas nossas tamaquinhas, ai vamos, vamos! E hoje a mostarda não chegou ao nariz... entupiu-o!! E como sou rapariga com problemas claustrofóbicos, não me posso dar ao luxo de ter o nariz inutilizado senão ainda me dá uma coisinha má. Por isso, hoje, meus caros, hoje é dia! A bem da minha saúdinha, não saio daqui sem soltar uns raios e coriscos que é para ir mais leve de fim de semana! E tenho dito! Arredem-se que isto hoje está mau!

A vaguear

Lá vou eu, construindo passo a passo mas, nos dias que correm, sinto-me um pouco à deriva e não sei bem porquê. Ou melhor, não sabia, acho que cheguei a uma conclusão e tem tudo a ver com "espaço". Espaço mental, neste caso, que está a ser ocupado por vários inquilinos, como sempre, mas com uma grande diferença: agora não há nenhum que se destaque, que ofusque os outros, que domine. Chama-se a isto equilíbrio... acho. Mas é diferente daquilo com que já me tinha habituado a conviver diariamente e faz-me sentir estranha... como se já não soubesse viver sem confusão, sem que os terminais nervosos estejam sempre prestes a explodir...

E dou por mim sem vontade de explorar a fundo os assuntos. Talvez esteja esgotada de o fazer. Hoje pego num tema e não me apetece dissecá-lo, virá-lo de todos os lados, do avesso e do direito, e analisá-lo sobre todas as perspectivas. Hoje apetece escrever curto e grosso, sem me preocupar com a profundidade das questões. Hoje apetece-me pegar nas mil coisas que me rodeiam, expô-las como elas são e pronto, ponto final, parágrafo.

Viagem na calha. Tudo começou com outros e surgiu a ideia de me juntar. Apetece sair, espairecer, ver novos mundos e, havendo quem trate dos pormenores, ainda melhor. Mas o tempo passou, as notícias não chegavam e eu, já com o apetite aguçado, comecei a ver por mim. Quando dei conta, já a organização da coisa estava nas minhas mãos e já eram os outros a apanhar a boleia! O que prova, por um lado, que começo a voltar a mim mas, por outro, que não ando bem, bem, bem a seguir a "cartilha do saber viver", porque devia andar a trabalhar no sentido de abdicar do controlo que tento sempre ter sobre tudo. Sou assim, quando dou conta já meti a mão, a cara e o corpo todo e já sou eu a dar as cartas e "convém deixar de ser um bocadinho porque depois, quando as cartas te saltam da mão, perdes o norte, já sabes...". Até houve aí uma altura em que abdiquei, totalmente. Mas não porque conscientemente quisesse pôr as lições em prática mas sim porque me estava perfeitamente a borrifar para tudo. Tanto me fazia ir para a esquerda ou para a direita e cansava-me só ter que pensar no assunto. Preferia que alguém pensasse e decidisse e eu depois dizia "ok" e estava o assunto arrumado. Cheguei mesmo a pensar "olha, se calhar estás a aprender" mas cedo percebi que este estado vegetativo era provisório, decorrente de um amolecimento pontual de neurónios. Assim que a energia que me caracteriza voltasse a bombar feita doida pelos circuitos, eu sabia que ia voltar a agarrar-me aos cornos do touro como se não houvesse amanhã. Estou melhor, um pouco melhor... mas dar um passo atrás e deixar que outros avancem ainda me causa maus fígados, essa é que é a verdade. Neste caso, do arejamento fora de terras lusas, ainda bem! Porque afinal, ninguém estava mesmo a tratar de nada...

Vou dando pequenos passos, pequenos avanços que, para quem olha de fora, não devem parecer de grande monta mas que, para mim, têm sido fundamentais. Pequenos passos internos, pequenas brechas da minha matéria que começam novamente a ser preenchidas. E sim, foi preciso deitar abaixo e, até há pouco tempo, sem perceber, era isso que andava a fazer. As últimas semanas sopraram a bom soprar e espero terem deitado finalmente por terra os pedaços de barro já rendilhado de tão carcomido que teimava em continuar a tentar equilibrar-se.

Sonhando, sonhando, continuo a ter sonhos, daqueles que aparecem de noite e parecem reais, reais como se fosse possível saboreá-los e que deixam um rasto amargo que nos invade a boca mal abrimos os olhos. Hoje sei exactamente o que significam. Sei também que é bom tê-los. São uma especíe de purga, ajudam a limpar e a desfazer o que ainda está cá dentro e já não serve para mais nada. Anseio por sonhos verdes e azuis, leves e refrescantes.

E mais uma tentativa de receber luz... e mais uma aposta no Universo. Será que Ele também aposta em mim?

Descobre...

quarta-feira, setembro 22, 2010

Oração

"Desejo que hoje experimentes paz dentro de ti, que confies que te encontras exactamente onde deverias estar, que não esqueças as possibilidades infinitas que nascem da confiança em ti mesma e nos outros, que utilizes os dons que recebeste e que transmitas a outros o amor que te foi dado. Desejo que estejas feliz contigo mesma por tudo o que és. Permite que esta sabedoria assente nos teus ossos e deixa a tua alma cantar, dançar e amar livremente. Está aí para cada uma de nós".

De olhos tapados

Há coisas que eu não entendo. Escapam-me completamente. Não entendo, não entendo, não entendo e como não entendo, mas tenho necessidade de entender, mato a cabeça! Porque é que não me contento com a ignorância..?

terça-feira, setembro 21, 2010

Os fios, os mundos, eu e quem me pertence

É estranho quando a razão para não conseguir escrever é a multiplicidade de assuntos. Mais do que assuntos, a multiplicidade de sentimentos, emoções, estados de alma, estados de vida, meus e de outros que fazem parte de mim. É estranho acordar um dia, que não sei qual foi, e sentir diferenças. É estranho não saber o que fazer com isso e nem ter tempo para pensar porque a vida roda e atropela, porque os acontecimentos não esperam no sinal vermelho.

Tento olhar para trás e apanhar o fio à meada. Não consigo. Dizem que não é possível porque não há só um fio, não há só um começo e um fim. As pontas são muitas, há umas mais desenlaçadas do que outras, e os novelos também se multiplicam com cores e texturas diferentes. Desta vez não dá para arrumar em caixinhas, desta vez o meu cérebro sempre armado em organizer tem que se deixar de lado e aceitar os fios e as meadas como elas são.

Paz e serenidade. Pareço um proverbio chinês. Mas são estas ainda pequenas emoções que me vêm a acompanhar ultimamente. E são elas que compõem o fofo de que preciso para cair quando tenho que cair, são elas que me seguram na mão e me impelem a classificar como inúteis os pensamentos estéreis aos quais teimava em dar sentido, um sentido que não tinham, um sentido que só eu via. Valeram-me as muitas orações em forma de palavras mais ou menos duras que fui recebendo. E valeu-me que não tivessem desistido de mim.

E o mundo ao meu redor... e o mundo que não pára. Enquanto tento espreitar cada vez mais lá para fora, almas e corações caiem-me no colo. E o destino a mandá-las justamente agora, que já lhes posso deitar a mão. Tento e faço, até onde os meus braços esticam mas é inevitável reviver, é inevitável ver-me ao espelho. Os braços esticam, abraçam, alcançam mas não sem beliscaduras. Um teste? Também é, sim. Ouço e ouço-me também, revejo-me nas palavras, nos soluços, nos pensamentos cruéis e sensações amargas. Sei o que sentem, sinto o que sentem.

Mas, em paralelo, não me deixo esquecer de mim e continuo a querer espreitar lá para fora, para as portas que se vão abrindo lentamente, que deixam entrar luz. E essa luz já não me fere os olhos, essa luz ilumina-me, aquece-me e eu já não tenho medo dela. Está tudo resolvido? Não, não está. Mas hoje acredito e isso muda tudo. Pelo menos, por hoje.

segunda-feira, setembro 20, 2010

Quêêê??

“A relação com o Real é igual que há três meses”, diz Mourinho
Fonte: Público.pt

Frase do dia

Para mim, para nós

Wonderful
Gary Go

The person that you were has died
You've lost the sparkle in your eyes
You fell for life - into its traps
Now you wanna bridge the gaps
Now you wanna bridge the gaps
Now you want that person back

And all your amunition's gone
Run out of fuel to carry on
You don't know what you wanna do
You've got no pull to pull you through

Say "I am"
Say "I am"
Say "I am wonderful"

Say "I am"
Say "I am"
Say "I am wonderful"

If what you've lost cannot be found
And the weight of the world weighs you down
No longer with the will to fly
You stop to let it pass you by
Don't stop to let it pass you by
You've gotta look yourself in the eye

Say "I am"
Say "I am"
Say "I am wonderful"
Oh you are

Say "I am"
Say "I am"
Say "I am wonderful"

Cause we are all miracles
wrapped up in chemicals
We are incredible
Don't take it for granted, no
We are all miracles
Oh we are

Say "I am"
Say "I am"
Say "I am wonderful"
Oh you are

Don't take it for granted, no
We are all miracles
wrapped up, yeah we're wrapped up
Oh we are wonderful

sexta-feira, setembro 17, 2010

Eeeeeeee virou...!

A vida dá voltas estranhas... ou não. Se calhar fazem todo o sentido e estiveram planeadas desde sempre, por algo ou alguém a quem não conseguimos apontar o dedo, e que as disfarçou de acasos para não desconfiarmos que afinal não andamos aqui todos à deriva. Não sei. Sei que girei e voltei a girar, girarei mais se assim for preciso, e espero ter recolhido dos meus "giros" o que por lá havia de bom porque agora... agora há quem esteja a girar também, agora há quem esteja a começar a sua viagem, agora chegou a altura de pôr a minha mochila de vida às costas e de os acompanhar na travessia.

quinta-feira, setembro 16, 2010

Waka, waka!

Só uma coisa... há mais pessoas que, ao entrar numa casa de banho pública com sensores, têm que executar uma espécie de dança tribal, pular, levantar e abanar os braços - enquanto avançam até à sanita - para que as luzes se acendam... não há..?

Ooook... eu calo-me...

quarta-feira, setembro 15, 2010

O gato B. no mercado imobiliário

Se virem fotos da minha alegre casinha num qualquer site de venda de imóveis e lá estiver o gato B, não, ele não está à venda!

(Olhou para o senhor da imobiliária e deve ter pensado: olha, mais um gatinho para eu brincar! Então, mãos à obra e cá vamos nós de fazer amizade. Insistiu várias vezes em sentar-se ao colo dele, brincou com a caneta com que preenchia o contrato, mostrou a sua destreza nas arranhadelas de sofá e em corridas desenfreadas com bolinhas imaginárias e fez questão de ficar em todas as fotos! Uma mãe passa por cada vergonha...)

Tentações

"Vou proibir a minha mãe de fazer mais doce de melão com nozes!", diz ela de si para consigo enquanto abre o terceiro frasco...

Irra!

Os astros e eu, hoje.

"Saturno volta a cobrar posturas e coloca-o novamente em situações difíceis. Passado e futuro voltam a lutar por supremacia, mas em breve tudo ficará claro e poderá tomar as decisões acertadas."

terça-feira, setembro 14, 2010

Interrogação

Consumismos

Pois é, estamos em plena "estação dos casacos" e eu só me consigo lembrar da resposta do meu pequeno M., ao ouvir do pai redondos "nãos" em relação a pedidos vários:

"Eu quero qualquer coisa!!!"

Para ver, reflectir, sentir

The Meaning of Life

segunda-feira, setembro 13, 2010

Estar ou não estar...

-Epá, o meu vizinho do lado já me começa a dar nos nervos... então não é que hoje acordei outra vez com ele aos murros à parede? Blá, blá, blá...! Caramba, um dia destes vou lá perguntar se a minha hora de acordar o incomoda! Blá, blá, blá, blá! O despertador toca às vinte para as oito, é uma hora perfeitamente normal para levantar durante a semana. Blá, blá, blá....! Quero lá saber que trabalhe por turnos, não tenho culpa, ora essa! Blá, blá, blá...! A próxima vez que me bater na parede vou lá dar uma palavrinha ao moço a ver se a gente se entende. É que não acho normal, já me começa a "encaganitar", blá, blá, blá, era o que mais faltava, blá, blá, blá!!

Sim, é verdade... no início eu era mais tolerante e até tinha pena, coitado, a levar com o meu despertador sabe-se lá durante quanto tempo... certo... mas... nessa altura eu estava deprimida!

Trolha

Receita para rir às gargalhadas, sozinha no meio da rua:
1. Passar por baixo de um andaime
2. Apurar o ouvido...
3.... e receber o seguinte comentário: "Isso é que é saúde!!!

É lindo! AHHAHAHAHAHHAHAHHAHAHH!!!!

Esta foi-me "oferecida"...




So many times
I said that I love them
Looking over my shoulder at the door
So many times
I can't live without her
The wheel kept turning round
My feeling's changed
I went my own way
What can I say
To make you stay?

Cos in my dreams
They smother all over me
And I'm trying to explain
So many arms
Reach from my memories
Pull all at once
I'm lost amongst
The folds in their skin
I did you wrong
But I'm sorry now
And I'll show you how

If you were here now
You couldn't change
you wouldn't understand
but I'm ready now I'm ready now
I'll make you proud I was your man
and sing a song
but it's so ugly now
and I'll show you how

cos I'm ready now
I'm ready now
I'm ready now
I'm ready now
Hey I'm ready now

Can we start again?
so many times I said that I loved them
I'm ready now
but I'm ready now
Can we start again?
so many times
I can't live without her
The years was more than I could bear
It's turning round

But in my dreams
Can we start again?
They smother all over me
I'm ready now
And I'm trying to explain
Can we start again?

So many arms reach from my memory
The wheels kept turning round

Pequenas coisas

Domingo à noite. Woody Allen no King. Um amigo de sempre que aparece de surpresa. Vinte e muitos graus. E terça lá estaremos de novo. Bom.

Para ler todos os dias

sexta-feira, setembro 10, 2010

Dez do nove

Hoje é um dos nossos dias. Continua a ser.

Algures

"Finalmente, chegaste lá...!", ouvi eu hoje.

Cheguei? Pois... parece que sim...

Obcecada?? Eu???

Começou a época dos casacos... que é a mesma coisa que dizer a "época dos horrores para a minha carteira"..! (Gosto!! Quero!! Todos!!!)

Dirty talk

Eu e a F., no seguimento de conversa que não é para aqui chamada:

- Conversamos, entendemo-nos, de facto, nós completamo-nos.
- É verdade... pode-se dizer que fomos feitas uma para a outra! É pena é não gostarmos de mamas... senão tinhamos os nossos problemas todos resolvidos!! ;)

My precioussss

Não há nada mais precioso do que ter à nossa volta quem nos ame ao ponto de nos dizer o que pensa.

quinta-feira, setembro 09, 2010

Só pode ter sido feito para mim..!

Piadista

É preferível ter Parkinson ou Alzheimer?

"Eu prefiro Alzheimer. Mais vale esqueceres-te de pagar a imperial do que entorná-la toda."

"A porcaria das palavras..."

Era este o título de um email que recebi hoje cedo. Intrigada, lá vou ver de que se trata e dou com a seguinte introdução:

"Olha lá o que o c*** do F. Pessoa escreveu:"

Mau! Algo de muito errado se passa! Então isso são maneiras de se referir ao nosso grande poeta, pessoa à frente do seu tempo, sensível e conhecedora das almas como ninguém??? Até fiquei um pouco chocada, confesso. Resolvi, mesmo assim, continuar, porque havia ali coisa de certeza e coisa grave, só podia!, para atingir o âmago da minha amiga desta forma. Que teria o nosso Pessoa dito de tão horrível??

Um pouco mais abaixo, lá estava a "monstruosidade":

Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos...
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada


Parei. Reli. Parei outra vez e depois respondi: "Entendi-te, querida E., entendi-te. A verdade tem esta coisa chata de conseguir ser bastante dolorosa..."

Aos meus

Florence and the Machine - You've Got the Love

Sometimes I feel like throwing my hands up in the air
I know I can count on you
Sometimes I feel like saying "Lord I just don't care"
But you've got the love I need To see me through

Sometimes it seems that the going is just too rough
And things go wrong no matter what I do
Now and then it seems that life is just too much
But you've got the love I need to see me through

When food is gone you are my daily meal
When friends are gone I know my savior's love is real
Your love is real

You've Got The Love (6x)

Time after time I think "Oh Lord what's the use?"
Time after time I think it's just no good
Sooner or later in life, the things you love you loose
But you got the love I need to see me through

You've Got The Love (6x)

Sometimes I feel like throwing my hands up in the air
I know I can count on you
Sometimes I feel like saying "Lord I just don't care"
But you've got the love I need to see me through

You've Got The Love (6x)

Boas notícias logo de manhã!

UE restringe experimentação animal

E lá vamos nós andando. Devagarinho mas andando...

quarta-feira, setembro 08, 2010

Joy, oh joy!

Andando eu a fazer contas à vida sobre os eventuais (certo...) gramas a mais que se alojaram, durante as férias, em várias partes de mim, eis senão quando me cruzo com uma colega de trabalho que já não via há algum tempo (somos muitos, distribuidos por vários edifícios, acontece):

- Olá T., estás boa? Bem!!! Estás tão magrinha! Quase não te reconhecia, rapariga!

Opá... colega do coração - da qual não me lembro bem do nome mas pronto - até me emocionaste, pá! Estás aqui, ó (pulso fechado a bater no peito)!

Posso.... vomitar???

Bilubilubilu… tás melhorxinho, filhinho…? E o teu dentinho, queridinho?.... Bilubilubilu… ai sim, a mãezinha fica muito contente, meu amor, muitos beijinhos, a mãezinha vai tentar sair cedo, está bem, meu amor? A avózinha fez-te isso? E tu gostaste, querido?? Ai, que bom, amor…… Pronto, até logo, amor, muitos beijinhos! Bilubilubilu…!!!

(a criança em causa é normal - dentro do género - e tem OITO anos!!!)

AAARRRGGHHH!!!!

"Pesadelando"

Um velório. E o fato cinzento aparece, na sua figura esguia e familiar. Traz na mão palavras e entrega-tas em forma de facas que se espetam uma a uma em ti. Corres atrás do fato cinzento, agarras-lhe no braço, força-lo a virar a cara para ti e pedes que as retire, convencida que ainda vai a tempo, que apesar de enterradas profundamente, os golpes que deixaram fechar-se-ão como se nunca tivessem existido. Mas ele vira-te as costas, segue o seu caminho, ignora as tuas preces. Não desistes, corres entre as pessoas que contemplam o caixão no certo da sala, corres atrás, uma vez, outra vez, aos encontrões a todos, caras conhecidas que te olham com estranheza e reprovação, gritas, pedes, encaras, obrigas a que te encare. Pelo meio, segundos de lucidez cortam o escuro do quarto e dizes "é um sonho" mas o fato cinzento quer manter-te submersa no seu mundo e num instante estás novamente inundada de angústia e raiva e medo, e novamente não aceitas que não te enfrente, que te vire as costas, que te deixe com as facas espetadas, que te deixe ali à tua sorte. E lutas, lutas, corres, gritas e entras numa corrente de vai e vem entre este mundo e o outro, e suas, ensopas a roupa numa noite em que até arrefeceu.

terça-feira, setembro 07, 2010

Em simultâneo

Colega A: Olá!! Estás bom??
Colega B para colega C: Porque eu até pensei que era fita e não liguei e afinal...
Colega D: Olha lá, atende, que é o teu!
Colega A: O quê, não gostas de me ouvir, malandro?? Ai que te dou um porradão! AAHAHHAHHH!
Colega B para colega C: Agora o miudo está cheio de dores e eu já disse até à minha mãe para lhe pôr gelo na carinha.
Colega A: Não te preocupes com os comprovativos, eu trato disso.
Colega B: Estou, boa tarde, será que o Dr. X pode atender hoje o meu menino?
Colega C para colega A: Então afinal em que é que ficamos? Quem trata daquele assunto?
Colega A para colega C: Opá, já te disse que são eles!

(não há headphones potentes o suficiente, Jesus....)

Frase do dia

O que tem que ser tem muita força.

segunda-feira, setembro 06, 2010

Toilet zone

Diz que é das águas. Ou melhor, diz que é da mudança de águas. Diz que acontece quando se vai para fora. Tudo bem... Mas então porque é que ontem, mal cheguei a casa, o intestino deu ordem de soltura como se não houvesse amanhã assim que pousei as malas, sem que tivesse bebido um golinho sequer das águas cá da terra?? Cá para mim é mas é dos "ares"...

Limpeza

"Minha amiga, se é sujo, limpa-se! E a esfregona está na tua mão!"

by grande amiga das "lides"

O Universo é amigo e está a mandar-me de volta para férias!

Primeiro dia, o despertador toca e eu ignoro-o durante... vá... uma horita ou assim. A dada altura sou forçada a desligá-lo de vez porque começo a ouvir as batidas desesperadas do vizinho do lado na parede, revoltado com o meu despertador aos gritos! Quer dormir, coitado, eu entendo. Ora, o que acontece quando se desliga o despertador?? Volta-se a dormir, pois está claro, até uma alma caridosa resolver enviar-me um sms, pelo sim, pelo não. Portanto, salva pelo gongo já eram 9h. Corre, corre, corre, dentro do género porque eu de manhã não funciono a 100%, e só páro para respirar à porta do café porque a biquinha antes de vir trabalhar é sagrada. Faço contas ao caminho, ao tempo e calculo que me consigo cá pôr num ápice. Mas, mas, mas... o carro não pega! Depois de três semanas parado, a bateria adormeceu com tanto sol que apanhou na cabeça de modos que a viatura decide que quer ficar estacionada na praceta mais um dia ou dois. Bonito! Para cúmulo, enquanto tento que ela volte à vida, abro bem a janela do meu lado para arejar e depois... ela resolve não subir! Também quer continuar de férias, a filha da m**! Volto a casa, pego em ferramenta e lá vou tentar contornar o problema a ver se, pelo menos, a janela se fecha. Missão cumprida e toca que marcha para o metro. Chego, informo os superiores hierárquicos que o dia não começou da melhor forma e eles decidem que, a bem da nação, é melhor que o meu dia seja calmo. Uns fofos, é o que eles são. Sentada finalmente descubro que o meu email profissional não quer "arrancar" (hoje nada arranca, estou a ver) e que a cria da colega do costume veio cá passar o dia... com dor de dentes ainda por cima o que obriga a vários comentários e sessões de boca aberta da criança para a mãezinha ver tudo muito bem visto. E ainda não é meio-dia...

domingo, setembro 05, 2010

Preview

De volta à vida real mas decidida a dar um grande passo, bem à medida das minhas pernas. E para colorir, uma pequena amostra do que foram estes dias...



sábado, setembro 04, 2010

Quase a acabar...

... mas desejosa de começar a preparar o diário de bordo em imagens...

quinta-feira, setembro 02, 2010

Perfil

Sweet Lemon's body butter.

(Agridoce, portanto. É a minha cara...)

quarta-feira, setembro 01, 2010

Constatação #24

O que mais temo no regresso de férias não é o primeiro dia de trabalho, não é voltar à rotina, não é ter que passar a acordar cedo... é mesmo a filha de uma égua da balança!!

Baby steps...

... but still... steps!