quarta-feira, outubro 17, 2012

E a grande pergunta é...

Qual é a alternativa? 
"A lista de erros nas últimas seis semanas é extensa. Pedro Passos Coelho é responsável pessoal e politicamente por muitos deles. Muitos desses erros teriam sido possíveis de evitar se o Primeiro-Ministro não sofresse, ao fim de tão poucos meses de Governo, do clássico Síndroma da Redoma. Estou satisfeito com o curso dos acontecimentos? Obviamente que não. Este Orçamento do Estado é inexequível e representa um esforço, em larga medida, inglório. Esta semana tem sido uma espécie de catarse colectiva, envolvendo os cidadãos anónimos e as elites. 

Todos expressamos em tom de desabafo a nossa frustração por ter de trilhar um caminho que nos vai custar muito e de muitas formas, sem que haja aparentemente uma luz ao fim do túnel. Se a frustração é compreensível, sobretudo entre os cidadãos anónimos, entre os quais me incluo, às elites -- políticas, empresariais, jornalísticas, opinion-makers, entre outros -- pede-se e exige-se um pouco mais do que um exercício de catarse colectiva. Não basta que as elites digam que o Orçamento do Estado é inexequível. Para isso estou cá eu e os restantes cidadãos anónimos. É preciso apontar soluções e caminhos alternativos. 

O que é que, substantivamente, o Governo poderia e deveria fazer de diferente, no imediato, com o espaço de manobra político e financeiro que tem ao seu alcance? Esta é a questão que vale um milhão de euros, mas à qual ninguém responde de forma consistente e realista. A possibilidade de se referendar a permanência de Portugal no euro obrigaria a um debate sério e realista. Não haveria, para o bem ou para o mal, como fugir às ilacções a retirar dos seus resultados."

Paulo Gorjão
in  http://bloguitica.blogspot.pt

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