quinta-feira, maio 14, 2015

Quatro folhas

























Um dia destes, no jardim à porta de casa, uma senhora patusca e sorridente, nos seus setenta, que passeava um cãozinho igualmente patusco e sorridente, dirige-se a mim:

- Olá, boa tarde. Desculpe lá mas a senhora liga a estas coisas de trevos?
- Err... boa tarde... trevos? Pois, não costumo, não...
- É que encontrei um trevo de quatro folhas. Do que eu já li sobre o assunto, não adianta nada a pessoa que o encontrou ficar com ele, não é a ela que ele irá dar sorte. Tem que ser dado a outro. Ora, eu estava ali com aqueles dois senhores (também donos de cães a passear os respectivos) mas o trevo é só um. Se desse a um deles, ainda achavam que me estava a "atirar" ou coisa que o valha e eu já não tenho idade para essas confusões (risos), por isso, quando a vi pensei: vou dar àquela senhora, assim já não há mal-entendidos (sorriso). Quer?
- Err... quero, sim... agradeço. Obrigado por me ter escolhido..!
- Ponha dentro de um livro. Diz que é assim que se faz. E, olhe, boa sorte!


(e foi assim que "Os Maias" o receberam de braços abertos...)

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