Passei a vida toda, a vida que tive até agora, perseguindo o objectivo que sempre considerei o maior: a felicidade. Nesse percurso, a noção que tinha do que ela poderia ser foi-se modificando, aspectos antes considerados primordiais perderam protagonismo, outros - subvalorizados - começaram-se a destacar. A vida deu voltas, por vezes rodopiando descontroladamente e eu, tonta de viravoltas, deixei até, por vezes, de os conseguir sequer deslindar uns dos outros. Houve tempos em que me desacreditei dela, em que a chamei de mentirosa, de falsa esperança, outros houve em que a minha fé se fortaleceu e a esperança voltou a fazer-se ao caminho, de mochila cheia de novas hipóteses às costas. Cometi erros em seu nome, arrisquei em seu nome, desdobrei-me em tentativas em seu nome, até acertei algumas vezes no alvo, tudo em seu nome. Mas hoje, um dia simples, banal, hoje, como noutros dias que já tive a sorte de viver, a felicidade fez-se sentir em mim sem esforço, tão fácil, tão disponível, tão simplesmente humana, a rolar pela cara abaixo à boleia das lágrimas que acabaram por me molhar o sorriso. E hoje tive a certeza que posso deixar de a procurar, já partilho a casa com ela...
não é dada pelos ponteiros do relógio nem pela posição do sol... simplesmente sente-se... quando, de repente, faz sentido.
terça-feira, janeiro 28, 2020
quinta-feira, janeiro 23, 2020
quarta-feira, janeiro 08, 2020
sexta-feira, janeiro 03, 2020
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