O sol derrete o cérebro. O meu derreteu, deixou de funcionar, tornou-se momentaneamente numa massa mole e disfuncional. É a única explicação que eu encontro para ontem ter estado algumas horas da minha vida, de livre e espontânea vontade, confinada a um quadradinho de areia, a bater com o pé na cabeça de quem estava mais abaixo e praticamente a cheirar as partes baixas de dois brasileiros, mais acima. Estes eram os companheiros de primeira linha. Logo a seguir, grupo de três famílias, com três guarda-sóis, muita conversa e muita cerveja na geleira; jovem boazuda a discutir horas infinitas ao telefone com o namorado "Mi esquece, tá?!?"; mulher grávida e respectivo companheiro a mostrar que o amor não tem cor nem raça nem idade nem papas na língua "tu és um nojento do c*****, é o que tu és!". Além das ganzas mesmo ali ao lado. Tudo isto temperado com os vendedores de bolas de berlim, batatas fritas, águas, pulseiras e vestidos, a percorrer o areal e a optar por apregoar o produto justamente quando passavam rente às nossas cabeças.
Juro... por momentos... desejei um "arrastão"...
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