Todos os dias me confirmam o meu lugar de pequena estrela no meio tantos milhões...
não é dada pelos ponteiros do relógio nem pela posição do sol... simplesmente sente-se... quando, de repente, faz sentido.
quarta-feira, setembro 30, 2015
terça-feira, setembro 29, 2015
Das realidades
Penso que me deixei de ilusões. O treino a que me submeto numa base quase diária, desde há alguns anos a esta parte, tem dado frutos. (Anos. Estremeço sempre quando penso que já lá vão anos e não dias nem meses desde o momento em que se me foi apresentado que a ilusão é do género bipolar, que encanta e desencanta ao mesmo tempo...). Sempre que sinto a minha mente ansiosa e crente a resvalar no sentido do que parece mais brilhante lá ao fundo, refreio-a, sento-a ao colo e, munida de voz pausada mas firme, explico-lhe que o brilho é ilusório e que se desvanece mal chegamos ao fim dessa rua ladrilhada. Em tudo me esforço por imprimir realidade - a nua e crua como eu gosto, para mim não há outra.
Não é ainda raro ver-me à volta de números e letras e equações variadas, na tentativa desesperada de entender o que me rodeia e de adivinhar o que não é dito, por um lado, e de tentar prever o amanhã, por outro, sendo este último esforço o mais inglório de todos. Faz parte da minha natureza curiosa, exigente, controladora e nem sei que mais... A etapa mais difícil de transpor deste meu "crescimento" tem sido, sem dúvida, aprender a aceitar sem questionar quando a conclusão de que não há mais nada a fazer se impõe. Custa-me. Dói-me. Frustra-me. Acima de tudo, entristece-me.
Mas o caminho é para ser feito. Mesmo carregando essa tristeza às costas. Dir-se-ia ser este o mundo dos "crescidos"... e eu, como bem me foi apontado no outro dia, já deixei de ser "filha"...
Mas o caminho é para ser feito. Mesmo carregando essa tristeza às costas. Dir-se-ia ser este o mundo dos "crescidos"... e eu, como bem me foi apontado no outro dia, já deixei de ser "filha"...
sexta-feira, setembro 25, 2015
Pérolas da porca #30
"Disseram-me da informática que, para fazer isto, tenho que ter instalado o acrobat rider..."
quinta-feira, setembro 24, 2015
Porque quando é bom, é bom. E quando se multiplica, é melhor ainda...
Sonho Meu
“Os sonhos vão e vem, mas se um deles persistir faça o possível para realizá-lo!!!”
Du Perestrelo
“Os sonhos vão e vem, mas se um deles persistir faça o possível para realizá-lo!!!”
Du Perestrelo
Sonho meu, sonho meu
Vai buscar quem mora longe
Sonho meu
Vai mostrar esta saudade
Sonho meu
Com a sua liberdade
Sonho meu
No meu céu a estrela guia se perdeu
A madrugada fria só me traz melancolia
Sonho meu
Sinto o canto da noite
Na boca do vento
Fazer a dança das flores
No meu pensamento
Traz a pureza de um samba
Sentido, marcado de mágoas de amor
Um samba que mexe o corpo da gente
E o vento vadio embalando a flor
terça-feira, setembro 22, 2015
terça-feira, setembro 15, 2015
Porque me arrepia...
Hozier
My lover's got humour
She's the giggle at a funeral
Knows everybody's disapproval
I should've worshipped her sooner
If the heavens ever did speak
She is the last true mouthpiece
Every sunday's getting more bleak
A fresh poison each week
"We were born sick"
You heard them say it
My church offers no absolutes
She tells me, "Worship in the bedroom"
The only heaven I'll be sent to
Is when I'm alone with you
I was born sick, but I love it
Command me to be well
Amen, amen, amen
Take me to church
I'll worship like a dog at the shrine of your lies
I'll tell you my sins
So you can sharpen your knife
Offer me that deathless death
Good God, let me give you my life
Take me to church
I'll worship like a dog at the shrine of your lies
I'll tell you my sins
So you can sharpen your knife
Offer me that deathless death
Good God, let me give you my life
If I'm a pagan of the good times
My lover's the sunlight
To keep the goddess on my side
She demands a sacrifice
To drain the whole sea get something shiny
Something meaty for the main course
That's a fine looking high horse
What you got in the stable?
We've a lot of starving faithful
That looks tasty
That looks plenty
This is hungry work
Take me to church
I'll worship like a dog at the shrine of your lies
I'll tell you my sins
So you can sharpen your knife
Offer me my deathless death
Good God, let me give you my life
Take me to church
I'll worship like a dog at the shrine of your lies
I'll tell you my sins
So you can sharpen your knife
Offer me my deathless death
Good God, let me give you my life
No masters or kings when the ritual begins
There is no sweeter innocence
Than our gentle sin
In the madness and soil of that sad earthly scene
Only then I am human, only then I am clean
Amen, amen, amen
Take me to church
I'll worship like a dog at the shrine of your lies
I'll tell you my sins
So you can sharpen your knife
Offer me that deathless death
Good God, let me give you my life
Take me to church
I'll worship like a dog at the shrine of your lies
I'll tell you my sins
So you can sharpen your knife
Offer me that deathless death
Good God, let me give you my life
segunda-feira, setembro 14, 2015
sexta-feira, setembro 11, 2015
Os tectos
(Sim, sou chata com isto. E embirrante e arrogante e intolerante. Considero que é nossa missão vir ao mundo e ser chato com alguma coisa. Porque é assim que ele gira... A passividade não gera movimento e se o mundo não gira, apodrece primeiro - e nós todos com ele - acabando inevitavelmente por morrer. Os nossos pequenos mundos e o mundo maior de todos.
Sim, sou chata com isto. E com outras coisas. Faço a minha parte.)
Sim, sou chata com isto. E com outras coisas. Faço a minha parte.)
O plafond e demais família
Ar redondo e afrancesado, insinuou-se entre nós, utilizando como aliado e agente o mesmo economês que em geral nos traz palavras de origem inglesa, mas que, para provar que o dinheiro não tem pátria, de vez em quando importa um galicismo. Foi assim que “plafond” medrou e ganhou sucessivamente os diários e semanários económicos, os jornais de grande expansão, a rádio, a televisão e a boca dos políticos [portugueses].
Sem se importar com a tradução mais óbvia — o vulgaríssimo «tecto» — o “plafond” montou casa para toda a família: o “plafonamento”, o “plafonado” e o “plafonar” já estão instalados; aguarda-se para breve achegada dos demais parentes, entre eles a “plafonabilidade”, a “plafonidade”, a“plafonice”, o “plafonável”, a “implafonabilidade” e a “plafonarização”.
Em meio a tudo isto, o «tecto», coitado, jaz esquecido, sem abrigo e sem tecto, apesar de registado pelo Dicionário da Academia [das Ciências de Lisboa] como sinónimo perfeito de “plafond”: limite de despesas permitidas, limite de crédito autorizado. Sempre considerado um galicismo, “plafond” tem (no Dicionário) uma forma aportuguesada: «plafom». Assim mesmo, com “m”. Vamos ver quem a utiliza em primeiro lugar. Uma sugestão: «Ó sr. Coelho, o plafom da casa está a ruir sobre as nossas cabeças!»
Wilton Fonseca
N. E. (10/09/2015) – Sobre plafonamento, atente-se no seguinte comentário, a propósito do uso desta palavra no contexto da campanha para as eleições legislativas de 4 de outubro em Portugal:
«[No debate televisivo entre António Costa e Pedro Passos Coelho] (...) quando se quis aprofundar o relevantíssimo tema das pensões, «plafonamento horizontal» para cá, «plafonamento vertical» para lá e ninguém percebeu nada.
(Em três parágrafos. Plafonamento significa criar um limite tanto nos descontos dos trabalhadores para a Segurança Social, como nas pensões que esses trabalhadores irão receber quando se reformarem. Plafond quer dizer, aliás, teto em francês.
«Plafonamento horizontal», como defende o PSD para novos trabalhadores, aplica-se apenas a ordenados mais altos, sendo definido um valor de salário a partir do qual os trabalhadores deixam de estar obrigados a descontar para a Segurança Social. Se, por exemplo, o Estado definir o plafond nos 2600 euros e o senhor Joaquim ganhar 3000 euros por mês, pode descontar para a Segurança Social apenas sobre os 2600 euros e optar por poupar a parte relativa aos 400 euros remanescentes em fundos privados. Toda a gente que ganhe até esses 2600 euros desconta integralmente para a Segurança Social. É isto que o PS acusa de ser a privatização da Segurança Social.
«Plafonamento vertical» aplica-se a todos os rendimentos, passando uma parcela dos descontos a ser feito não para o sistema público de pensões mas para fundos privados. Ganhem 3000 ou 600 euros, o trabalhador desconta uma parte para fundos privados. É isso que o PSD acusa o PS de estar a promover encapotadamente, quando propõe uma baixa da taxa contributiva para todos os trabalhadores, encorajando-os a poupar em fundos privados para complementar a pensão futura.)»
[Pedro Santos Guerreiro, "Expresso Diário" de 10 de setembro, sobre o emprego dos termos «plafonamento horizontal» e «plafonamento vertical», por parte do presidente do PSD e primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, no frente a frente televisivo com o líder do principal partido da oposição, António Costa, realizado no dia 9/08/2015]
Fonte
In jornal i, de 27 de abril de 2012, na coluna semanal do autor, Ponto no i .
quinta-feira, setembro 10, 2015
"Our dead are never dead to us, until we have forgotten them " - George Eliot
(Que sintas o meu abraço apertado...)
segunda-feira, setembro 07, 2015
sexta-feira, setembro 04, 2015
quinta-feira, setembro 03, 2015
Frase do dia
Ao almoço, com duas das "minhas" (porque resolvemos assumir para nós próprias que a primeira semana de trabalho depois das férias não serve, realmente, para trabalhar):
- Bem, é melhor irmos embora porque já nenhuma de nós está a fazer sentido...
Pérolas da porca #29
Colega para ela a propósito do transporte de umas publicações institucionais:
- Mas cabem os exemplares todos nestas caixas?
- Claro! Achas que se não cabessem eu os tinha posto aí?
quarta-feira, setembro 02, 2015
Pérolas da porca #28
"Nos meus anos, fartei-me de receber livros. Um deles foi aquele... ai, como é que se chama... já sei! João Capelo Gaivota!!"
Nota mental
Colocar papel e lápis ao pé da cama. Arranjar forças para escrever apesar do sono.
(Os textos fabulosos que me ocorrem quando estou prestes a dormir e dos quais não me consigo lembrar de manhã dão dó...!)
terça-feira, setembro 01, 2015
Arriving
The journey
Above the mountains
the geese turn into the light again
Painting their black silhouettes
on an open sky.
Sometimes everything
has to be inscribed across the heavens
so you can find the one line already written inside you.
Sometimes it takes a great sky
to find that first, bright and indescribable wedge of freedom
in your own heart.
Sometimes with the bones of the black sticks left
when the fire has gone out
someone has written something new in the ashes of your life.
You are not leaving.
Even as the light fades quickly now,
you are arriving.
David Whyte
Above the mountains
the geese turn into the light again
Painting their black silhouettes
on an open sky.
Sometimes everything
has to be inscribed across the heavens
so you can find the one line already written inside you.
Sometimes it takes a great sky
to find that first, bright and indescribable wedge of freedom
in your own heart.
Sometimes with the bones of the black sticks left
when the fire has gone out
someone has written something new in the ashes of your life.
You are not leaving.
Even as the light fades quickly now,
you are arriving.
David Whyte
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