Vêm-me à cabeça as imagens dos tornados que, ciclicamente, assolam determinadas parte do mundo. Vem-me à cabeça o seu poder de destruição em forma de força centrípeta que suga para dentro de si tudo o que encontra pelo caminho. Pessoas, animais, objectos grandes e pequenos sem qualquer poder para lhe resistir, rodopiados em ventania, perdidos nos seus braços, atordoados nas suas voltas sem saber qual será o seu fim. Do meu tornado pessoal também não escapo. Cada vez que me sinto a conseguir pôr finalmente os pés do chão, sou de novo levada, sugada, manipulada, arremessada. Sem poder. Sem remédio. Obrigada a aceitar.
"Vieste para morrer uma pessoa diferente daquela que nasceu. Esta tua existência servirá para que mudes, exigirá que mudes, que te transformes. Vieste para mudar e vais mudar. Porque mesmo que resistas, a vida vai-se pôr à tua frente e obrigar-te a isso. Não há como escapar. Por isso, não batas de frente, vai ser pior para ti. Aceita, assume, abraça."
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