É escusado! A minha usual capacidade de processamento não está a dar conta das encomendas. É o que acontece quando, num curto espaço de tempo, curto demais!, o céu resolve "despencar" em cima da minha cabeça. E não tenho conseguido fazer mais nada para além de sentir, sentir, sentir. A racionalização, essa, foi deixada para mais tarde.
Apesar do turbilhão em que ainda vivo, dou por mim um pouco mais calma. Talvez me esteja a habituar à confusão, não sei... e esta ainda frágil paz permite-me espreitar um pouco lá para dentro, penetrar no meu cérebro e avaliar o estado da nação. Mau, muito mau. Deparo-me com um monte de entulho, daquele tipo que resulta de um terramoto. A poeira ainda está no ar, a confusão reina por todo o lado, ainda não se consegue bem avaliar o nível de estragos e, de todo!, se vê o que se via antes. Partes de paredes, janelas, vigas, bocados de tudo e de nada, uns em cima dos outros. O início de tudo, os primeiros destroços, esses, jazem algures debaixo de pedras grandes caídas entretanto, as da réplica maior. E essas ferem a vista, de tão colossais e esmagadoras.
Não reconheço este lugar mas sei que é o meu. Pareço não me encaixar aqui mas é esta a minha realidade. Precisa de limpeza, arrumação, reconstrução. Precisa de mim. Mas, por agora, varro para baixo do tapete. Ainda não é a hora.
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