Detesto pessoas que não olham nos olhos. Estão ali, à nossa frente, falam mas desviam o olhar, não têm coragem de assumir com a alma uma posição de responsabilidade e autoria em relação às palavras que lhes saem da boca. Querem dizer, afirmar a sua posição mas não querem lidar com as consequências que se podem traduzir no olhar de quem se enfrenta. E depois, lá vão eles para a sua toca, todos contentinhos porque disseram o que queriam dizer, despejaram o que lhes ia na mente, quase em surdina, fechando os olhos e os ouvidos à resposta. Assim é fácil ser corajoso e assumir posições...
Estes são os que, mal ou bem, se dignam a falar presencialmente. Depois existem os outros, uma raça sub-reptícia ainda pior.
Falam muito. São todos facilidades e as palavras que proferem soltam-se em consonância. Adoram o "sim, sim, com certeza", disponibilizam-se para tudo e mais alguma coisa, desde que com um monitor ou um telefone de permeio, são "tudo e tudo" e o que mais houvesse. Mas... não cumprem. Nada. Pergunta-se se é possível: "claro, com todo o gosto!", pede-se orçamento: "vai já de seguida!", insiste-se na resposta: "tem toda a razão, falha minha, vou já enviar", insiste-se novamente "o quê? não chegou? que coisa estranha, não entendo, vou já ver o que se passa", volta-se a insistir e o telefone deixa de ser atendido...
Pergunto-me: para quê? Eu tenho mais que fazer, será que estes senhores não?? Eu estou-lhes a propor um trabalho, será que não precisam?? Se não precisam, porque não dizem logo? Não querem perder o cliente? Mas qual cliente? Aquele que, ao fim do quinto telefonema, tem vontade de pegar no carro, conduzir não sei quantos quilómetros por este Portugal profundo até ao arredor de vilória de interior onde a toca do bicho se encontra e dar-lhe com um pano encharcado nas trombas?? Considerarão isto como sinal de que volta da próxima vez que precisar de trabalho de carpintaria porque, assim como assim, já aprendeu o caminho?? A sério...
Olhar nos olhos. Assumir uma posição. Dizer não. E com isto, continuar a viver e deixar que os outros continuem também. Não é assim tão difícil, basta ter uma coluna vertebral mais ou menos direita.
Ooook... se calhar é mesmo aí que bate o ponto...
Estes são os que, mal ou bem, se dignam a falar presencialmente. Depois existem os outros, uma raça sub-reptícia ainda pior.
Falam muito. São todos facilidades e as palavras que proferem soltam-se em consonância. Adoram o "sim, sim, com certeza", disponibilizam-se para tudo e mais alguma coisa, desde que com um monitor ou um telefone de permeio, são "tudo e tudo" e o que mais houvesse. Mas... não cumprem. Nada. Pergunta-se se é possível: "claro, com todo o gosto!", pede-se orçamento: "vai já de seguida!", insiste-se na resposta: "tem toda a razão, falha minha, vou já enviar", insiste-se novamente "o quê? não chegou? que coisa estranha, não entendo, vou já ver o que se passa", volta-se a insistir e o telefone deixa de ser atendido...
Pergunto-me: para quê? Eu tenho mais que fazer, será que estes senhores não?? Eu estou-lhes a propor um trabalho, será que não precisam?? Se não precisam, porque não dizem logo? Não querem perder o cliente? Mas qual cliente? Aquele que, ao fim do quinto telefonema, tem vontade de pegar no carro, conduzir não sei quantos quilómetros por este Portugal profundo até ao arredor de vilória de interior onde a toca do bicho se encontra e dar-lhe com um pano encharcado nas trombas?? Considerarão isto como sinal de que volta da próxima vez que precisar de trabalho de carpintaria porque, assim como assim, já aprendeu o caminho?? A sério...
Olhar nos olhos. Assumir uma posição. Dizer não. E com isto, continuar a viver e deixar que os outros continuem também. Não é assim tão difícil, basta ter uma coluna vertebral mais ou menos direita.
Ooook... se calhar é mesmo aí que bate o ponto...
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