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Viver uma vida de experiências inconsistentes é tão errado como assumir que só precisamos de compromissos e um caminho desenhado e linear: acabamos reféns da nossa inocência, numa tragédia privada onde somos espectadores e actores.
Viver uma vida de experiências inconsistentes é tão errado como assumir que só precisamos de compromissos e um caminho desenhado e linear: acabamos reféns da nossa inocência, numa tragédia privada onde somos espectadores e actores.
Precisamos de fazer as duas coisas, de experimentar e descobrir e de assumir compromissos. Precisamos de saber errar e aprender, de evoluir e chegar mais longe, de evitar caminhos lineares, que acabam quase sempre por ser os mais perigosos. Precisamos de evitar ser toldados pelo doce aroma da segurança, que nos turva a percepção do perigo em que estamos. É mais seguro um perigo controlado, cheio de pequenas adrenalinas que tornam a vida interessante, com piada e sem um destino aborrecidamente conhecido.
E nesse caminho consciente que vamos traçando, temos que assumir compromissos também. São esses enlaces que vão ser os nós que nos amarram a um longo prazo que seja mais que uma manta de retalhos. Saber recalibrar e redireccionar em cada estágio deste caminho inédito que queremos para nós é o pequeno truque secreto que evita a tragédia de acabar num pátio fechado, onde não há mais caminhos, só o doce perigo de ficar à espera de definhar."
Pedro Barbosa
Sonhos que nunca cumpriremos
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