quinta-feira, julho 23, 2015

É só aquele tipo de frase que, fora do contexto, faz cair um daqueles mantos de silêncio constangedor sobre as nossas cabeças...

... e, claro está, tinha que ter sido dita por mim...


"Então e os meus pneus, estão a ter muita saída??"

quarta-feira, julho 22, 2015

Aos piores inimigos

"É o melhor conselho que um amigo pode dar a outro: pare de fazer fantasias, sentir-se perseguido, neurotizar relações, comprar briga por besteira, maximizar pequenas chatices, estender discussões, buscar no passado as justificativas para ser do jeito que é, fazendo a linha "sou rebelde porque o mundo quis assim". Sem essa. O mundo nem estava prestando atenção em você, acorde. Salve-se dos seus traumas de infância. Quem não consegue sozinho, deve acudir-se com um terapeuta. Só não pode esquecer: sem amizade por si próprio, nunca haverá progresso possível, como bem escreveu Sêneca cerca de 2.000 anos atrás. Permanecerá enredado em suas próprias angústias e sendo nada menos que seu pior inimigo."

Martha Medeiros

Frase do dia

"I love sleep; my life has the tendency to fall apart when I’m awake."

Ernest Hemingway

sábado, julho 18, 2015

Seis

Seis a menos, muito menos, tão menos...

sexta-feira, julho 17, 2015

SO LONELY, SO LONELY, SO LONELYYYYYY!!



































Mais uma prenda.

Há paixões que nunca morrem...

Será da provecta idade...?

No seguimento de uma minha opção em apresentar um estrangeirismo entre aspas na plataforma tecnológica que tenho obrigação de gerir, no âmbito das minhas actividades profissionais (pelo facto de o campo em causa não me permitir utilizar o estilo itálico que é sempre a minha preferência), obtive reclamações constantes por parte dos responsáveis pela informação acrescidas de pedidos para que retirasse as aspas alegando que dashboard (o termo em questão) é amplamente utilizado na área e noutras plataformas portuguesas semelhantes onde aparece sem qualquer formatação. A minha última resposta foi a seguinte: 

"Boa tarde. 
A equipa de trabalho XXXX tem como uma das suas funções garantir justamente que as regras ortográficas em vigor para a língua portuguesa são observadas nesta plataforma e, segundo estas, os estrangeirismos devem ser identificados em itálico ou, em alternativa, entre aspas. A razão por que se usa o itálico (ou as aspas) nos estrangeirismos prende-se com a intenção de realçar essas palavras, alertando o leitor para o facto de se estar a utilizar um vocábulo que não pertence ao nosso idioma, mesmo que a palavra em questão seja amplamente utilizada em determinada área.

De qualquer forma, vou colocar a questão superiormente no sentido de aferir se a posição institucional perante estas matérias se alterou."


Noutro tempos, a resposta não seria esta. Noutros tempos, depois de bradar aos céus e bufar para dentro e para fora, muito rapidamente e em força diria qualquer coisa como isto (ainda que em termos mais politicamente aceitáveis que eu sempre fui educadinha): é assim porque é assim que mandam as regras; se não sabe estas coisas, não saberá outras igualmente básicas o que torna a sua passagem para além da escolaridade mínima obrigatória um verdadeiro fenómeno do Entroncamento; eu sou a pessoa responsável e este tipo de coisas por mim não passa; o facto de a maioria das pessoas ser obtusa e dona de confrangedora falta de cultura e conhecimento não deveria servir como argumento para me tentar convencer a engrossar o rebanho, só revela falta de argumentação melhor; quer "balir" ao som do "balido" dos outros, faça-o sozinho; não concorda, esteja à vontade para fazer queixa e, já agora, aproveite e dê os meus cumprimentos à sua ignorância.


Conclusão: estou feita uma mole...

quinta-feira, julho 16, 2015

A vontade move o mundo

Se me dissessem que, no espaço de uma hora e meia, viria a saber de uma cadelinha abandonada perto de mim, em risco de atropelamento; que dispararia emails para diversas associações a pedir ajuda; que uma delas me iria ligar daí a pouco a dizer que já estava no local; que se iria conseguir, após várias tentativas sem sucesso, agarrar a cadelinha amedrontada e entregá-la a quem se dispõe a providenciar-lhe os devidos cuidados, tudo isto no meio de uma tarde de trabalho, eu não acreditaria...

:)

segunda-feira, julho 13, 2015

Festas "henriquinas" ou quando estas não acontecem como quero... acontecem como quero em quadriplicado que é por causa das coisas! (3)





















A terceira. A dos vários festejos ao mesmo tempo porque as oportunidades não se desperdiçam e dos não sei quantos por cento de humidade e dos laços que não se devem perder e dos sabores à escolha e das viagens em 48 horas, vou ali fazer 1000 quilómetros e já venho...

sexta-feira, julho 10, 2015

Festas "henriquinas" ou quando estas não acontecem como quero... acontecem como quero em quadriplicado que é por causa das coisas! (2)





















A segunda. A da "irmandade" e da esplanada da Graça que se pôs ventosa e do afterwork e dos desabafos e dos brindes com cervejas e Martinis e das piadolas de quem se ama e se conhece de trás para a frente...

quinta-feira, julho 09, 2015

Festas "henriquinas" ou quando estas não acontecem como quero... acontecem como quero em quadriplicado que é por causa das coisas!



























A primeira. A do pequeno almoço e da quinta e dos cavalos que nunca apareceram e do anfitrião cujas histórias não cessavam e dos parabéns cantados baixinho e a correr antes que o dito voltasse para mais uma hora de conversa e das tigeladas que pareciam nunca mais acabar...

Há pessoas fabulosas...

... e eu tenho a sorte de estar rodeada de umas quantas delas...

terça-feira, julho 07, 2015

segunda-feira, julho 06, 2015

sexta-feira, julho 03, 2015

A pouco dias de terminar mais uma década...

A década em que parece que tudo aconteceu, a década em que aprendi e cresci, mais que em qualquer outra. A década em que o chão me fugiu debaixo dos pés e em que eu achei - e até desejei - que me levaria com ele para depois descobrir que os meus limites são bem mais além. A década em que mais me desiludi por mais me ter iludido. A década em que descobri o verdadeiro significado do amor, da amizade, da compaixão, da empatia por, em simultâneo, ter experimentado a sua ausência e as suas existência e afirmação. A década em que me descobri uma pessoa absolutamente privilegiada. A década em que mais sonhei e desisti de sonhar para voltar a sonhar outra vez. A década das luzes e das trevas, das florestas escuras e das descobertas, de um maior conhecimento interior, deste ser humano e dos outros. Dos risos carregados de mágoa porque a vida continua, da força que não sabia que tinha, dos pesos e fardos e das múltiplas mãos que se juntaram às minhas para me ajudar a carregá-los. A década das mortes, de corpos mortos e vivos, e de almas, e de algumas ressurreições. A década da solidão, profunda solidão como não sabia que era possível alguma vez sentir alguém tão rodeada de gente. A década da verdadeira autonomia. A década do amor por mim própria. A década do "tudo é degrau, tudo eleva" e do "quando não sabemos o que fazer, o melhor é não fazer nada" e também do "não". Não, não, não. Foi a década do choro. Rios e rios de choro, com lágrimas, sem lágrimas, com gritos mais ou menos em surdina, com murros na parede e pernas que perdem a força em direcção ao chão. A década das novas viagens. A década da vida como ela é, da realidade, da maturidade, dos olhos que finalmente se abrem e se deixam de filtros infantis. A década do desapego. A década da descoberta dos dois lados da moeda. A década do descontrolo e da sua aceitação e até certa adopção, imagine-se! A década em que me levantei sempre, uma e outra vez, as vezes que foram necessárias, e que caí, uma e outra vez, por não aguentar mais estar de pé. A década dos sonhos e pesadelos. A década da busca incessante por soluções, das experiências nunca vividas, da fé. A década das surpresas, dos desconhecidos que, mesmo desconhecendo-me, me estenderam a mão, e das cartas, búzios, velas, santos e orixás, côcos partidos em encruzilhadas, drogas legais e mezinhas. A década da família numerosa e dos seus laços mais extensos. A década do orgulho nos meus apelidos e genes. A década da "cuidada" que passou a cuidadora. A década das amizades e "irmandades" e dos copos e das drogas leves a fazer-nos rir, como há muito não conseguia, no banco de jardim à beira do Amstel. A década das presenças constantes, das imensas, dilacerantes, às vezes, incapacitantes saudades. Do amor que teima e persiste, da esperança. A década em que mais mudei. A década em que mais me afirmei a mesma. A década em que apreendi a vida e a sua inconstância. A década dos planos e desvios. A década do futuro.