No seguimento de uma minha opção em apresentar um estrangeirismo entre aspas na plataforma tecnológica que tenho obrigação de gerir, no âmbito das minhas actividades profissionais (pelo facto de o campo em causa não me permitir utilizar o estilo itálico que é sempre a minha preferência), obtive reclamações constantes por parte dos responsáveis pela informação acrescidas de pedidos para que retirasse as aspas alegando que dashboard (o termo em questão) é amplamente utilizado na área e noutras plataformas portuguesas semelhantes onde aparece sem qualquer formatação. A minha última resposta foi a seguinte:
"Boa tarde.
A equipa de trabalho XXXX tem como uma das suas funções garantir justamente que as regras ortográficas em vigor para a língua portuguesa são observadas nesta plataforma e, segundo estas, os estrangeirismos devem ser identificados em itálico ou, em alternativa, entre aspas. A razão por que se usa o itálico (ou as aspas) nos estrangeirismos prende-se com a intenção de realçar essas palavras, alertando o leitor para o facto de se estar a utilizar um vocábulo que não pertence ao nosso idioma, mesmo que a palavra em questão seja amplamente utilizada em determinada área.
De qualquer forma, vou colocar a questão superiormente no sentido de aferir se a posição institucional perante estas matérias se alterou."
Noutro tempos, a resposta não seria esta. Noutros tempos, depois de bradar aos céus e bufar para dentro e para fora, muito rapidamente e em força diria qualquer coisa como isto (ainda que em termos mais politicamente aceitáveis que eu sempre fui educadinha): é assim porque é assim que mandam as regras; se não sabe estas coisas, não saberá outras igualmente básicas o que torna a sua passagem para além da escolaridade mínima obrigatória um verdadeiro fenómeno do Entroncamento; eu sou a pessoa responsável e este tipo de coisas por mim não passa; o facto de a maioria das pessoas ser obtusa e dona de confrangedora falta de cultura e conhecimento não deveria servir como argumento para me tentar convencer a engrossar o rebanho, só revela falta de argumentação melhor; quer "balir" ao som do "balido" dos outros, faça-o sozinho; não concorda, esteja à vontade para fazer queixa e, já agora, aproveite e dê os meus cumprimentos à sua ignorância.
Conclusão: estou feita uma mole...
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