Não estou habituada a toda esta atenção. Como se, de uma hora para a outra, me tivesse tornado visível como nunca antes, quase luminosa, quase néon. Como se a Terra agora tivesse parado de girar permitindo que os olhos se fixem sem vertigens e me observem como se fosse a primeira vez. Silêncio. Respiração suspensa. Olhos perscrutantes que rodam sobre si mesmos em busca de entender o que agora vêem, em busca de adivinhar o que virá depois para melhor decidir o que dizer agora.
Valem-me os de sempre, aqueles cujos olhares me miram em família, desinteressados, para quem não sou novidade; aqueles para quem não brilho em particular porque sempre me conheceram na luz e na camuflagem; aqueles que comigo brilham e partilham no meu escuro. Valem-me esses porque desses o amor não é nem conveniente nem passageiro.
Valem-me os de sempre, aqueles cujos olhares me miram em família, desinteressados, para quem não sou novidade; aqueles para quem não brilho em particular porque sempre me conheceram na luz e na camuflagem; aqueles que comigo brilham e partilham no meu escuro. Valem-me esses porque desses o amor não é nem conveniente nem passageiro.
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