A decisão está tomada há muito. Ainda que não necessariamente verbalizada ou registada no tempo, ainda que nem sempre consciente, foi-se compondo, um pouco todos os dias, ganhando forma e força, até se apresentar inteira e cheia de si. E assim se encontra ela hoje, sem um pingo de orgulho que a possa envergonhar, sem ter sido minada por qualquer influência egoíca, sem que o braço do despeito a tivesse encostado à parede, sem ter sido empurrada neste sentido por pressupostos e regras de bem viver: cheia de si por mérito próprio, racional, emocional mas também lógico, de quem andou muito para aqui chegar, de quem fez o que tinha que ser feito até não sobrar mais nada e que, por essa razão, pode hoje olhar para trás e cumprimentar com um sorriso o apaziguamento.
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