Como podemos esperar que os outros não sejam confusos se nós próprios somos? Já lá vai o tempo em que, também eu, via a vida a preto e branco e se, num primeiro instante me tento a ficar com a primeira impressão, já aprendi a logo depois parar, inclinar ligeiramente a cabeça e perceber que com facilidade vejo as coisas por um outro ângulo. Nem sempre se adivinha o que vai na cabeça dos outros, nem sempre conseguimos sair de nós e escutar o que os outros não dizem, nem sempre o facto de os laços serem antigos nos dá necessariamente a resposta mais correcta e daí a extrapolar é um pulo. E daí ao surgimento de mal entendidos é só mais um, se calhar até mais pequeno. Mas nada que não se resolva com sinceridade, amor e tempo. Com disponibilidade para o fazer.
"Andamos todas de candeias às avessas connosco próprias", ouvi eu e concordei. Cada uma no seu nó de rede, preocupada com o seu interior, a ter que lidar com o seu exterior, a não conseguir sair do seu novelo. Temos de tudo: mudanças profundas, ajuda que não se aceita, depressões, a patilha das emoções negativas que está on vezes demais, ajuda que não se pede, angústia, desilusão, expectativas goradas, dêsanimo, cansaço, muito cansaço, descrença, medo, falta de entusiasmo, épocas do ano lixadas, contratempos, incerteza. Na maioria das vezes, não acontece tudo em simultâneo nem a todas ao mesmo tempo e, mal ou bem, temos vindo a conseguir alternar os altos e baixos de cada o que vai permitindo que se dê a mão nos intervalos. Mas, convenhamos, dado o estado da nação, da "nossa" nação, tem sido pura sorte... deste temporal, têm-se conseguido manter à margem apenas duas mas sendo que são as duas a quem o preto e branco ainda "assiste" com maior afinco, também não é por aí que a barca se equilibra...
"Andamos todas de candeias às avessas connosco próprias", ouvi eu e concordei. Cada uma no seu nó de rede, preocupada com o seu interior, a ter que lidar com o seu exterior, a não conseguir sair do seu novelo. Temos de tudo: mudanças profundas, ajuda que não se aceita, depressões, a patilha das emoções negativas que está on vezes demais, ajuda que não se pede, angústia, desilusão, expectativas goradas, dêsanimo, cansaço, muito cansaço, descrença, medo, falta de entusiasmo, épocas do ano lixadas, contratempos, incerteza. Na maioria das vezes, não acontece tudo em simultâneo nem a todas ao mesmo tempo e, mal ou bem, temos vindo a conseguir alternar os altos e baixos de cada o que vai permitindo que se dê a mão nos intervalos. Mas, convenhamos, dado o estado da nação, da "nossa" nação, tem sido pura sorte... deste temporal, têm-se conseguido manter à margem apenas duas mas sendo que são as duas a quem o preto e branco ainda "assiste" com maior afinco, também não é por aí que a barca se equilibra...
Portanto, na minha óptica, remédio só há um: respirar fundo, aceitar as variações de cinzento, nossas e dos outros, deitar uns quantos demónios pela boca fora para arranjar espaço e... sair para os copos! Sexta-feira já está reservada. Sem expectativas de maior, sem conotar com época nenhuma, sem qualquer tipo de responsabilidade acrescida. Simplesmente vamos. E o que a noite nos quiser oferecer, pois que será bem vindo.
Sem comentários:
Enviar um comentário