segunda-feira, março 17, 2014

Eu tenho orgulho, orgulho em ser uma... ONA!

A piadola começou quando alguém se lembrou da aproximação do grupinho, já com alguma velocidade, ao famigerado número redondo que envolve um zero e um quatro, não necessariamente por esta ordem. Decidimos, claro está, que esse seria o ano das ONAS (porque sim, porque, simplesmente, não poderiamos decidir nada mais soft ou delicadinho ou simplezinho senão... não seriamos nós, pronto!). 

No ano dos 'inta' fizemos questão de partilhar a vela do bolo, que passou de mês em mês, mão em mão e sopro em sopro; no ano dos "enta" tudo aponta para que partilhemos a inscrição "eu sou uma ONA" vá-se lá saber em que suportes...mas adiante.

O mais curioso foi concluir, hoje em conversa, que... há muito que somos ONAS, não precisamos que o calendário nos venha brindar com a classificação. Aliás, nós somos ONAS desde que nascemos! Porque não somos de vidinhas nem de amiguinhos nem de relaçõeszinhas. Porque não somos de namoradinhos, maridinhos, amantesinhos; de copinhos de vinho ou saladinhas; de amizadezinhas ou abracinhos; de risinhos ou gracinhas ou humorzinho; porque não somos de paizinhos ou sogrinhos ou bebézinhos; de passeiozinhos ou viagenzinhas; de amorzinhos ou odiozinhos... não somos 'inhas' em nada, nunca fomos! Quando somos, somos em grande, com vontade, personalidade e mau feitio, quando vem ao caso. Quando somos, somos a sério, com convicção, energia e calor. Quando andamos pela vida, andamos à nossa maneira e quem quiser que aprenda os passos. Quando rimos, rimos alto, uma metade do mata e outra do esfola; quando complicamos, damos nós por cima de nós e embrenhamos-nos neles arrastando o que estiver à nossa volta; quando caimos, fazemos barulho e quando nos levantamos pelas mãos umas das outras ou pelo nosso pé, fazemos a dança da vitória. Com copos de o que quer que seja e a gritar "olho no olho" e "não cruza, não cruza!". Quando passamos... marcamos, ficamos, cravamos-nos nas memórias.   Não queremos, exigimos e fazemos por isso. Não suspiramos: choramos, gritamos, batemos nas paredes e em quem nos aparecer pela frente... Não rimos, gargalhamos. Não somos das brancas nuvens, somos dos raios e coriscos. Não somos pelo sobreviver,  somos pelo viver. E pelo rir, rir muito, sempre que possível.

A verdade é esta, não somos 'inhas', nunca fomos. O calendário só daqui a um tempo se irá juntar a nós mas, convenhamos, diria que vem atrasado.

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