não é dada pelos ponteiros do relógio nem pela posição do sol... simplesmente sente-se... quando, de repente, faz sentido.
sexta-feira, junho 24, 2011
Porque preciso reaprender...
Foo Fighters
I am a one way motorway
I’m the one that drives awayThen follows you back home
I am a street light shining
I’m a wild light blinding bright
Burning off alone
It’s times like these you learn to live again
It’s times like these you give and give again
It’s times like these you learn to love again
It’s times like these time and time again
I am a new day rising
I’m a brand new sky
To hang the stars upon tonight
I am a little divided
Do I stay or run away
And leave it all behind?
It’s times like these you learn to live again
It’s times like these you give and give again
It’s times like these you learn to love again
It’s times like these time and time again
quarta-feira, junho 22, 2011
" (...) Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar. "
"Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está?
As pessoas têm de morrer; os amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar Sim, mas como se faz? Como se esquece? Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saem de lá. Estúpidas! É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou do coração. Ninguém aguenta estar triste. Ninguém aguenta estar sozinho. Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se. Não se pode esquecer alguém antes de terminar de lembrá-lo. Quem procura evitar o luto, prolonga-o no tempo e desonra-o na alma. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso aceitar, primeiro, aceitar.
É preciso aceitar esta mágoa, esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução. Quantos problemas do mundo seriam menos pesados se tivessem apenas o peso que têm em si , isto é, se os livrássemos da carga que lhes damos, aceitando que não têm solução.
Não adianta fugir com o rabo à seringa. Muitas vezes nem há seringa. Nem injecção. Nem remédio. Nem conhecimento certo da doença de que se padece. Muitas vezes só existe a agulha.
Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado.
O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar. "
Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume'
É preciso aceitar esta mágoa, esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução. Quantos problemas do mundo seriam menos pesados se tivessem apenas o peso que têm em si , isto é, se os livrássemos da carga que lhes damos, aceitando que não têm solução.
Não adianta fugir com o rabo à seringa. Muitas vezes nem há seringa. Nem injecção. Nem remédio. Nem conhecimento certo da doença de que se padece. Muitas vezes só existe a agulha.
Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado.
O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar. "
Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume'
Os céus e as suas certezas
"A sua facilidade em exprimir os seus sentimentos vai também aproximá-lo muito mais dos outros."
Facilidade em quê? Desde quando, amigos??? Se é isso que me vai aproximar dos outros, mais vale deixar já cair a toalha, não?!
segunda-feira, junho 20, 2011
sexta-feira, junho 17, 2011
quinta-feira, junho 16, 2011
Porque ontem me acompanhou em viagem, já a lua se tinha cansado de estar escondida...
Stop and Stare
One Republic
This town is colder now, I think it's sick of us
It's time to make our move, I'm shaking off the rust
I've got my heart set on anywhere but here
I'm staring down myself, counting up the years
Steady hands, just take the wheel...
And every glance is killing me
Time to make one last appeal... for the life I lead
Stop and stare
I think I'm moving but I go nowhere
Yeah I know that everyone gets scared
But I've become what I can't be, oh
Stop and stare
You start to wonder why you're here not there
And you'd give anything to get what's fair
But fair ain't what you really need
Oh, can you see what I see
They're trying to come back, all my senses push
Untie the weight bags, I never thought I could...
Steady feet, don't fail me now
Gonna run till you can't walk
Something pulls my focus out
And I'm standing down...
Stop and stare
I think I'm moving but I go nowhere
Yeah I know that everyone gets scared
But I've become what I can't be, oh
Stop and stare
You start to wonder why you're here not there
And you'd give anything to get what's fair
But fair ain't what you really need
Oh, you don't need
What you need, what you need...
Stop and stare
I think I'm moving but I go nowhere
Yeah I know that everyone gets scared
But I've become what I can't be
Oh, do you see what I see...
One Republic
This town is colder now, I think it's sick of us
It's time to make our move, I'm shaking off the rust
I've got my heart set on anywhere but here
I'm staring down myself, counting up the years
Steady hands, just take the wheel...
And every glance is killing me
Time to make one last appeal... for the life I lead
Stop and stare
I think I'm moving but I go nowhere
Yeah I know that everyone gets scared
But I've become what I can't be, oh
Stop and stare
You start to wonder why you're here not there
And you'd give anything to get what's fair
But fair ain't what you really need
Oh, can you see what I see
They're trying to come back, all my senses push
Untie the weight bags, I never thought I could...
Steady feet, don't fail me now
Gonna run till you can't walk
Something pulls my focus out
And I'm standing down...
Stop and stare
I think I'm moving but I go nowhere
Yeah I know that everyone gets scared
But I've become what I can't be, oh
Stop and stare
You start to wonder why you're here not there
And you'd give anything to get what's fair
But fair ain't what you really need
Oh, you don't need
What you need, what you need...
Stop and stare
I think I'm moving but I go nowhere
Yeah I know that everyone gets scared
But I've become what I can't be
Oh, do you see what I see...
Reconhecimentos
"Faz parte", disseram-me um dia. E eu repeti quando chegou a minha vez. Juntas na areia, falávamos sobre reconhecer os corpos, reconhecer a morte, olhar para ela de frente e assinar em baixo confirmando que sim, ela aconteceu. E eu disse "faz parte". Juntas na areia dissemos o que sabíamos, demos o que tinhamos para dar, o que aprendemos, para que a outra o utilize não ocultando, no entanto, os desvios de nós próprias, como nem sempre agimos de acordo. Também faz parte, acho eu.
Os sonhos fizeram tréguas. Talvez já não tenha perguntas. Talvez ainda as tenha mas já não me interessem as respostas. Seja como for, agora apetece-me dormir, dormir muito, dormir tudo o que tenho mal dormido nos últimos tempos. Quero dormir por dormir, só isso, sem que o meu cérebro utilize a noite e o meu estado semi-comatoso para elaborar e esmiuçar o que, durante o dia, me ronda sem destino, o que não encontra saída. Talvez já não interesse a saída, talvez tenha finalmente morrido na praia, talvez já não haja mais grande trabalho a fazer. Dá ideia que também ele, o meu cérebro, resolveu desistir, pôr de lado, desprezar as emoções já em carcaça que há muito não acrescentam nada como não acrescenta nada o que não tem vida. Talvez. Sinceramente, não quero saber. Quero só dormir o sono despreocupado a que tenho direito.
Morte. Dizem as cartas entendidas na matéria que significa renovação. Acabar para recomeçar. Morte. Sim, sentadas na areia te digo "é vital reconhecer o corpo". Faz parte. E ainda bem.
quarta-feira, junho 15, 2011
Pensa ela enquanto saboreia uma fatia de bolo de chocolate...
Nada como ter estado no fundo do buraco para aprender a relativizar o que está cá fora...
Posto isto... venha daí mais uma! (fatia, bem entendido)
Posto isto... venha daí mais uma! (fatia, bem entendido)
terça-feira, junho 14, 2011
Os deuses que me dêem paciência porque se me dão força...
Já estava à espera, claro. Era previsível. Pegou onde podia pegar. Pegou no único ponto à sua disposição, o único ponto subjectivo e cuja avaliação depende somente da sua opinião pessoal. Pegou e usou a seu bel-prazer. Não esperava outra coisa.
Eu, pelo meu lado, deixei claro o que pensava. Deixei claro que percebi, que vejo muito bem o que ele não assume, que não me toma por parva e que eu sei bem de que matéria se compõe, qual o seu raciocínio, o que o move. Olhando de frente, olhos nos olhos, mesmo quando os seus se desviavam, deixei clara a minha opinião e as minhas certezas, com as minhas palavras, com os meus gestos, com a minha expressão facial. E ele entendeu.
Eu, pelo meu lado, deixei claro o que pensava. Deixei claro que percebi, que vejo muito bem o que ele não assume, que não me toma por parva e que eu sei bem de que matéria se compõe, qual o seu raciocínio, o que o move. Olhando de frente, olhos nos olhos, mesmo quando os seus se desviavam, deixei clara a minha opinião e as minhas certezas, com as minhas palavras, com os meus gestos, com a minha expressão facial. E ele entendeu.
Portanto, entendidos estamos no desentendimento.
Ele sorriu, com o seu sorrisinho mesquinho da gente pequenina, e com ele disse: vês? Tenho a faca e o queijo na mão. Não te queres portar bem daqui para a frente?
E eu respondi, encarando directamente e sem sorriso nenhum: fofinho, espera... mas sentado..!
"3 segundos" roubados
"“Tenho saudades tuas” gritou com o olhar, no acto irreflectido ao procurá-lo.
Só por 3 segundos. Para saciar o desejo de o ver.
Acenou-lhe ao longe. E ele devolveu-lhe o sorriso. Um sorriso inexpressivo. Talvez forçado.
Não quis saber. Foi-se embora.
Por apenas 3 segundos, absortos em silêncios de uma despedida antiga, por acontecer.
Há sorrisos que nunca voltamos a ver.
Seguiu em frente. Aquele já não era, há muito tempo, o seu lugar. Porque há lugares que descobrimos e amamos, mas que não podemos ficar. Ela já tinha amado aquele lugar. Mas agora, tão pouco o pode visitar.
3 segundos de olhar. Segundos que preenchem o vazio da ausência. Olhar, só para parar de recordar. As recordações baralham, torturam. Há olhares que amamos sem perceber, entram-nos na alma, cravam-se no peito. Cegam-nos de prazer. Ela já amou aquele olhar. Mas agora os olhares escondem-se na escuridão, que é olhar sem ver.
3 segundos bastaram. Para o beijar. Na boca, na língua, na pele. Beijar sem respirar. Há beijos que não se conseguem evitar. Ela já amou aquele beijo. E pensou que aquele beijo a amava também. E confundiu o seu beijo angustiado à partida, com a despedida. Fria. Silenciosa. Que o beijo dele tem.
Há beijos assim, violentamente desejados em escassos segundos, eternamente ancorados em terra de ninguém."
Só por 3 segundos. Para saciar o desejo de o ver.
Acenou-lhe ao longe. E ele devolveu-lhe o sorriso. Um sorriso inexpressivo. Talvez forçado.
Não quis saber. Foi-se embora.
Por apenas 3 segundos, absortos em silêncios de uma despedida antiga, por acontecer.
Há sorrisos que nunca voltamos a ver.
Seguiu em frente. Aquele já não era, há muito tempo, o seu lugar. Porque há lugares que descobrimos e amamos, mas que não podemos ficar. Ela já tinha amado aquele lugar. Mas agora, tão pouco o pode visitar.
3 segundos de olhar. Segundos que preenchem o vazio da ausência. Olhar, só para parar de recordar. As recordações baralham, torturam. Há olhares que amamos sem perceber, entram-nos na alma, cravam-se no peito. Cegam-nos de prazer. Ela já amou aquele olhar. Mas agora os olhares escondem-se na escuridão, que é olhar sem ver.
3 segundos bastaram. Para o beijar. Na boca, na língua, na pele. Beijar sem respirar. Há beijos que não se conseguem evitar. Ela já amou aquele beijo. E pensou que aquele beijo a amava também. E confundiu o seu beijo angustiado à partida, com a despedida. Fria. Silenciosa. Que o beijo dele tem.
Há beijos assim, violentamente desejados em escassos segundos, eternamente ancorados em terra de ninguém."
S.G.F.
segunda-feira, junho 13, 2011
quinta-feira, junho 09, 2011
Servido ao almoço
E ela falou-me em buraco. E perguntou: consegues ver o buraco onde estou metida?? E eu respondi mentalmente: Consigo. Vejo perfeitamente. Do interior, de baixo para cima.
Post "a pensar na vida" que é o mesmo que dizer post "altamente aborrecido e sem ponta por onde se lhe pegue"
Demasiados gatos com o rabo de fora. Demasiados pendentes por resolver. Consciente de que alguns não dependem inteiramente da minha vontade e que tenho que me habituar a conviver pacificamente com a sua presença, sólida e não resoluta, outros estão nas minhas mãos. Ou pelo menos, está nas minhas mãos o empurrão inicial do processo de dissolvência. Porque é disso que se trata, dissolver, desfazer, reduzi os grânulos a pó para que o vento os leve com facilidade e eles deixem de me emperrar a engrenagem.
Estou cansada, farta desta estrutura minha e da sua carência de fluidez. Faz-me falta pairar por aí, absorvendo o ar e o sol, voando pelos dias enquanto eles passam, esperando o melhor de hoje e amanhã, sorrindo, acima de tudo sorrindo, sem importar porquê, apenas porquê sim, porque a vida me faz sorrir. Porque eu me faço sorrir.
Tenho pura inveja de quem dobra a esquina dos dias importando-se apenas com o que vem daí e esquecendo o que está atrás. Tenho pura inveja dos desmemoriados.
A propósito das fotografias... somos mestres em disfarce, não é querida V.? Já faz parte das nossas habilitações, deviamos actualizar o curriculo, acho que acrescenta mais-valia a par do conhecimento de informática na óptica do utilizador ou do inglês falado e escrito. Deviamos acrescentar, na parte das competências pessoais: capacidade de manter máscara todo o ano e até reforçá-la no Carnaval, acrescentado pulos, bebedeiras e tentativas para dançar samba, de forma a não levantar suspeitas e agir de acordo com o que é esperado para a época. Acho que nos abria umas quantas portas por esse mundo empresarial afora....
Abafo convictamente os "porquês", embora um ou outro consigam, de vez em quando, escapar-se-me por entre os dedos e rebentar por cima da minha cabeça em forma de balão de banda desenhada, com muitos pontos de interrogação e exclamação e letra maíuscula como convém. Faço por ignorar. Porque já não interessa nada. Os sacanas assombram-me depois de noite mas isso já é costume e eu também já estou habituada a menosprezá-los acordando e dizendo de mim para comigo: que disparate, foi só um sonho. Não resulta mas acredito piamente que um dia destes os venço pelo cansaço. Afinal, esta é outra das minhas valências que até devia fazer parte do CV desde sempre.
Nos manuais encontra-se referência à importância do conhecimento interior e de como esse conhecimento contribui tanto para a nossa felicidade. Conhecimento interior, my ass! Se os gurus que os escrevem conhecessem o meu interior como eu conheço, tratavam já de recolher cada exemplar espalhado pelas livrarias deste mundo! Já espreitei o meu interior, meus caros, já espreitei e não achei piadinha nenhuma ao que vi. Se aquilo contribui para a minha felidade vou ali e já venho! Fechada em mim mesma, remoendo ódios, raivas, desilusões, desgostos, mágoas, solidão, despeito, desprezo, tristezas várias, pedaços de coração espalhado por todo o lado, lágrimas, culpas, saudades infinitas, em suma, um ser amarfanhado, meio corcunda, deprimente e altamente desinteressante para não dizer assustador! É este o meu interior... vão-se mas é lixar, não?! Posto isto, só me resta repetir, my ass!
Preciso de amor. Talvez só o amor me salve. Mas acho que tem que ser aquele tipo de amor com corpo e força que vem contra nós e estilhaça as defesas, que penetra por cada poro e inunda, invade a corrente sanguínea levando côr a cada célula, a cada nervo, a cada batida do coração, cobrindo o cinzento em cada centímetro, daquele que traz vida e calor. Daquele que preenche e adoça e aquece. Mas será justo pedi-lo quando não se consegue dar garantia de nada? Não, não é. Será justo pedir de fora para dentro quando todos os manuais nos ensinam a resolver de dentro para fora? Não, não é. Quem tem que tratar de colorir o meu cinzento sou eu, quem tem que se importar em apanhar do chão os pedaços de coração partido e remendá-lo sou eu, quem tem que querer deixar de ser gelada sou eu. Quem tem que estilhaçar as defesas sou também eu. Como? Não sei, não faço a mínima ideia...
Se calhar já me calava mas é... tanto me dá para não escrever nada de substancial como me ponho a vociferar para o papel electrónico tudo o que me vem à cabeça sendo que, na maioria dos casos, também não interessa nada a ninguém nem sequer a mim!
O que prova que, apesar de tudo, não mudei tanto assim. Continuo a ser a parva que sempre fui! E assim, pensando bem, até acho que isso me alegra...
quarta-feira, junho 08, 2011
Anjinho - 1, Diabinho - 0
A máquina já me andava a chamar há algum tempo. Particularmente, o orifício 37 onde se encontravam instaladas várias embalagens de Dove Caramel, todas alinhadinhas, cada uma encostada à sua alavanca de ferro torcido que as iria empurrar para a saída mal alguém assim o decidisse. Hoje decidi-me. E hoje Deus quis que eu não tivesse trocos.
terça-feira, junho 07, 2011
Proposta decente
Ao novo PM: que tal os imbecis pagarem mais impostos que os outros?? Com esta medida eramos bem capazes de conseguir amortizar as dívidas em tempo record! Se precisarem de ajuda para os identificar eu, assim de repente, lembro-me já de uns quantos..! ;)
Frase do dia
"Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim... nem que eu faça a falta que elas me fazem."
Mário Quintana
segunda-feira, junho 06, 2011
Politicando
"Mais depressa do que sonhou. Com mais votos do que se pensava. Com a coligação preparada à nascença. Com um programa liberal. Com o País carente. Com a troika amigada. Pedro Passos Coelho já só depende de uma coisa: de si mesmo. Não é pouco. Mas já tem muito. Até porque o País virou à Direita. Ou virou as costas à Esquerda. O PSD teve uma grande vitória, o PS teve uma derrota humilhante. Esta observação encerra outra, a de que a Direita tem hoje a legitimidade governativa que esbanjou com Durão Barroso e que não teve com Santana Lopes. Vinte anos depois da segunda eleição de Cavaco, há a primeira eleição de Passos Coelho. Com Cavaco em Belém. O "povo pá" só não lhe deu a maioria absoluta. Mas deu-lhe a folga suficiente para sair melhor que a encomenda. Para ser um primeiro-ministro forte, que trabalhe com a troika e não para a troika. Que não fique refém de Paulo Portas no Governo, nem de Cavaco Silva na Presidência. Nem de José Sócrates no PS. A história que começou ontem terminou outra. Sócrates ruiu. É o primeiro primeiro-ministro a perder uma reeleição em democracia (Santana não havia sido eleito). Sai com um discurso digno, de um político que o será sempre que o deixarem e que o quiserem. Mas sai com o PS humilhado nas urnas. Deixando a esquerda no chão. E o País subjugado. Nos próximos meses, uma numerosa matilha pontapeará Sócrates. O poder é assim, eflui. Muitos dos que o arrasarão agora não abriram a boca durante anos ou sentaram-se na mesma mesa, mas Sócrates não se pode queixar, foi ele que escolheu os seus aliados. Alguns serão agora aliados de Passos. Ontem, José Sócrates foi corrido do País. Varrido do PS. Como já se percebeu, o assunto não vai ficar por aqui. Portugal livrou-se de José Sócrates, mas José Sócrates não se livrou de Portugal. Que não seja por ajuste de contas. Sócrates é agora um passado em que Portugal não pode ficar cismado. Pedro Passos Coelho é o novo futuro em que Portugal confiou. Desta vez, a Direita não se mascarou de centrão. Como escreveu Pedro Marques Lopes a meio da campanha, o programa eleitoral muda tanto a face do PSD que devia mudar-lhe o nome. Pedro Passos Coelho é liberal. Essa convicção será testada. Mas não foi dissimulada. E ganhou as eleições. O discurso de ontem não foi o mais empolgante. Nem estavam milhares de pessoas no Marquês de Pombal. Mas isso não é necessariamente mau - foi de triunfalismo em triunfalismo que chegámos a este estado de estupor. Mas isso é um aviso a Passos Coelho: o "povo pá" já não tem ilusões. Já não suporta mais ter desilusões. Ontem, não passou um cheque em branco, fez um voto expresso: governem. Não basta cantar o hino: governe. Passos Coelho vai ter o estado de graça mais curto de sempre. Sócrates teve mais de dois anos de boa imprensa, Passos pode não ter sequer dois meses. O País está sem graça, nada mais é de graça e até a sua graça pode mudar, com as placas da fronteira a passarem de azul para amarelo e no lugar de "Portugal" estar escrito "Em Obras de Reabilitação, prometemos ser breves". É desgraça mesmo. Passos Coelho tem de fazer um Governo bom e depressa. Para cumprir o plano da troika já. Para resistir às pressões. Começando as que se movimentam na própria composição do Governo. Que seja a pensar nas consequências e não nas causas. Que largue os equilíbrios estilo "cinco para mim, três para ti, um para o outro, outro para os de lá, três da loja e dois da fé". A receita tem de ser outra. Começando por dois ministros: o das Finanças e o da Justiça. Passos tem o voto. Tem o conforto disfarçado da troika. É preciso coragem. Para fazer o governo rápido e bom; para ter grandes ministros; para fazer as privatizações bem, para destapar faces ocultas, destruir a corrupção mas não o Serviço Nacional de Saúde. Sobretudo: para não deixar substituir uma quadrilha por outra. Porque ela já está a agrupar-se. Como sempre. Se ele cede, ela apropria-se. Como sempre. Os grandes líderes libertam-se das ameaças dos outros e dos seus próprios medos. Só um líder forte escolhe pessoas melhores do que ele próprio nas suas áreas. Pessoas que não lhe dizem a tudo que sim. É desses que Passos Coelho precisa. Não há Ernâni Lopes. Mas há muitos grandes ministros das Finanças no País. Até presidentes de bancos. Até presidentes de empresas. Haja coragem para fazer o convite. Haja coragem para aceitá-lo. Os portugueses deram a Passos Coelho o poder que ele nunca teve. Incluindo o poder de detonar as críticas feitas amiúde, de inexperiência e de falta de autonomia face aos que o rodeiam. Foi Marco António Costa que lhe deu o PSD. Foi Miguel Relvas que o levou às urnas. Foi com a estratégia de Dias Loureiro que a campanha virou. Mas foi ele quem ganhou. E é agora ele quem será primeiro-ministro. Ele. Eleito. Pelo povo. Não é só o poder que faz o homem. É também o homem que faz o poder. Tome-o, o poder. Agora use-o - Senhor Primeiro-Ministro."
sexta-feira, junho 03, 2011
Notas soltas mas misturadas (assim do tipo remix pimba de bailes de Verão)
Sapatos, sombras, perfumes, dados e emprestados. À mistura com vodka black e, à falta dela, vinho branco fresquinho. Tenho a dizer que compensa "ir às compras" a certo terceiro andar de determinada rua de Lisboa...
O muro. Desafio: da frase "atirar-me contra ele" onde se pode encontrar referência à inteligência???
Praia. Ter inveja de determinado ser por estar neste momento estendido ao sol faz de mim uma pessoa muito má?? No caso da sua resposta ser afirmativa, é melhor começar já a habituar-me à ideia de andar sobre brasas quando passar para o lado de lá.
Festas de Lisboa. Sardines, where I come! I can't wait!
Tre ragazze in Italia. I can't wait também! A droga já está a postos!
Maus flúidos, emocional e gastricamente falando. Tenho que tratar disto...
Aniversário. Está quase aí. Praia, decididamente.
"Acho óptimo, vai ser muito bom! Aproveitem e beijem muuuuiiitttooo!! Mas nada de se apaixonar, viu!? Leves e soltas, beijar na boca e depois soltar e seguir viagem!! Porque vocês estão por cima, é isso aí!" Conselho de representante do país irmão.
A frasezinha do dia: "O verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá mais se tem." Antoine de Saint-Exupéry
Concluo que a minha porção criança é maior do que eu imaginava. Quando questionada sobre que coisas gosto mais de fazer, o que me veio primeiro à ideia foi comer e dormir.
Preparada para fim de semana atarefado. Hoje, musicól e hermanas para fazer bem ao corpo e à alma. Amanhã, vestidinho e sapato pi-pi em missão importante. Depois, a ver se o país anda para a frente. Demasiada responsabilidade só para três dias, não??
Hoje cheiro a maçã...
A indemnização do tal casaco chegou, a devolução do que eu paguei a mais de impostos filhos-de-uma-égua-que-cada-vez-recebo-menos também já se instalou na minha conta. Ena! Estou, praticamente, rica..! Mas, vá lá, o que me vale é que mantenho o sentido de humor.
Saudades de certa terriola à beira Dão...
Festas de Lisboa. Sardines, where I come! I can't wait!
Tre ragazze in Italia. I can't wait também! A droga já está a postos!
Maus flúidos, emocional e gastricamente falando. Tenho que tratar disto...
Aniversário. Está quase aí. Praia, decididamente.
"Acho óptimo, vai ser muito bom! Aproveitem e beijem muuuuiiitttooo!! Mas nada de se apaixonar, viu!? Leves e soltas, beijar na boca e depois soltar e seguir viagem!! Porque vocês estão por cima, é isso aí!" Conselho de representante do país irmão.
A frasezinha do dia: "O verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá mais se tem." Antoine de Saint-Exupéry
Concluo que a minha porção criança é maior do que eu imaginava. Quando questionada sobre que coisas gosto mais de fazer, o que me veio primeiro à ideia foi comer e dormir.
Preparada para fim de semana atarefado. Hoje, musicól e hermanas para fazer bem ao corpo e à alma. Amanhã, vestidinho e sapato pi-pi em missão importante. Depois, a ver se o país anda para a frente. Demasiada responsabilidade só para três dias, não??
Hoje cheiro a maçã...
A indemnização do tal casaco chegou, a devolução do que eu paguei a mais de impostos filhos-de-uma-égua-que-cada-vez-recebo-menos também já se instalou na minha conta. Ena! Estou, praticamente, rica..! Mas, vá lá, o que me vale é que mantenho o sentido de humor.
Saudades de certa terriola à beira Dão...
"Está cansada?? Pois, não admira! Há quanto tempo anda em luta?!"
Mas como é possível gostar e admirar alguém que não tem opinião própria?? Ou que, se tem, opta por não a manifestar preferindo a paz podre do ir concordando para não levantar ondas à chatice e ao trabalho, é certo, mas também à energia contagiante e catalizadora de mudança que dá questionar, contrariar, contestar quando não se concorda?? Credo... que aborrecimento...
Esperam-me duas horinhas de Pilates que até dói...
Sabes... ontem vi-te a olhar para mim...
O gato B. e o seu comportamento-cão. Mia e mia e raspa com as patas quando me ouve meter a chave à porta. Insiste porque insiste em pendurar-se nas minhas pernas quando eu chego para que lhe pegue ao colo. Só sai de lá com a pança devidamente cheia de mimos e depois de ter a parte de trás das orelhas coçada trezentasecinquenta mil vezes, mais coisa menos coisa.
As pessoas estúpidas não deviam ter Facebook. É que assim não conseguem disfarçar...
'Tou cheia de m'óbirêêê! É melhor então não me ouvir mais!
quinta-feira, junho 02, 2011
A frase, a constatação, o perfil e as alegorias camprestes
Virando as costas à floresta densa e escura do desespero, do não conformismo, dos murros na mesa, da luta incessante. Entrando no campo aberto da aceitação...
"Sometimes quitting is the bravest decision."
Fonte: Stuff No One Told Me
Seria de esperar que esta nova fase, por regra associada à serenidade, me deixasse mais feliz. Seria, pois... não fosse um pequeníssimo pormenor... eu sou a que luta. Eu sou a que não se conforma. Eu sou a outra que ficou lá atrás, é com essa que me identifico, não com esta que baixou os braços. Esta entristece-me...
Mas desisti, sim, desisti, é um facto, é a realidade. Portanto, resta-me agora abraçar este meu lado desistente, acomodá-lo em mim, saborear a liberdade que ele me traz, em suma, respirar fundo, vivê-lo e aprender a sorrir também com ele.
"Sometimes quitting is the bravest decision."
Fonte: Stuff No One Told Me
quarta-feira, junho 01, 2011
Humor me... ?
A Dra. X já não tem acordo, f***! Ok, ok, marque então para outro, por favor. Como disse que se chamava? Ah... eeerrr... pronto, que seja. E acabei assim de marcar uma consulta de ginecologia para um médico que tem o mesmo nome de um conhecido humorista nacional... não sei porquê mas agora acho que estou com um certo medo...!
Linguagens
Quis colocar uma questão a um colega da informática. Decidi sair de mim e utilizar a sua linguagem julgando que, assim, a comunicação entre nós seria facilitada. Pergunto por email:
- E o interface para o utilizador, como vai ser?
- Hãããã?? ... acho que não percebi a tua pergunta...
- Eeerr... o aspecto...? A forma como vai aparecer ao utilizador... ?
- Aaahhh, isso!! É o que quisermos!
De novo o que já não é novo...
Os sonhos. Vale a pena dizer alguma coisa?! Não... já não vale, estou demasiado cansada...
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