É um erro comum, de gente comum, falar (ou escrever) sobre algum assunto e depois verificar que se enganou em alguma coisa. Ora eu, moça comum, lá meti o pé na poça no post anterior.
Quando me referi ao "televoto", assumi que qualquer pessoa podia votar em quem quisesse. Mas não é assim. Segundo apurei depois os habitantes de um país não podem votar no seu representante no festival da Eurovisão. Logo, os nossos imigrantes até são uma grande mais valia!
De qualquer forma, e pelos vistos, mesmo assim não foi o suficiente...
Mas desta conversa esclarecedora de onde saiu uma maior compreensão da minha parte de todo este processo obtive uma opinião que talvez explique alguns dos fenónemos a que assisti no festival.
De facto, países de leste votaram em países de leste. Ex-repúblicas soviéticas votaram na antiga mãe Rússia. A mãe Russia também não se coibiu de votar nos dissidentes. À partida parece estranho, não? "Então andaram todos à batatada sei lá quanto tempo e agora votam uns nos outros? Mas agora são amigos ou quê? Não podiam com os russos mas agoram votam no patinador de franjinha loura e até o levam à vitória??" Pois é... a explicação que me foi dada é simples e óbvia: afinidade cultural. Aquele tipo de música toca-lhes o coração porque também é o seu tipo. Têm a mesma linguagem musical. E não sendo experts na matéria (como seria de esperar do júri de qualquer país, continuo a dizer) seguem o sentimento.
Sendo assim, e no nosso caso, se não atirarmos muito para o faduncho, ainda temos alguma esperança nos votos da Espanha, França e Itália, eventualmente. Se vamos para o very typical é capaz de já ninguém nos entender...
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