Variedade, é o que se quer e foi o que fui tendo. Explorando novas áreas, respirando o cheiro a pinheiros e eucaliptos, conhecendo gente, diferente e como eu, embrenhando-me noutras conversas para alternar com aquelas que vou tendo comigo própria. Tempo para ouvir, pensar, chorar, esvaziar, concluir, "levar na cabeça", olhar de novo para dentro sob outras perspectivas. E estive lá, como queria, estive lá depois de voltas e voltas para encontrar um local, apenas um local. Estive lá para verificar isso mesmo: é apenas um local. O resto, o mais importante, tu, está comigo, sempre comigo, não está ali. E ainda tempo para receber a chuva de Verão, degustar doces e salgados, festejar noutras festas, nadar, nadar, entrar na água fria do pequeno lago que a cascata criou no meio do verde e das pedras, fotografar, muito, tudo, pequenos pormenores que para mim fazem todo o sentido, talvez mesmo só para mim mas que assim seja, participar num salvamento e trazer um pequeno ser para quem lhe quer bem, mimar e ser mimada, apesar de tudo, apesar de muitas vezes nem dar conta, tê-los comigo, àqueles que nunca se afastaram e fizeram questão de me dizer sempre "estou aqui" mesmo quando eu não estava, chorar mais e rir mais, entrar no mar e deixar que as ondas me fustiguem. A chinela no pé, como planeado, a calma de quem só tem que atravessar a estrada, o medo e, ao mesmo tempo, a vontade de voltar e provar a mim própria tudo o que falta provar. O medo e, ao mesmo tempo, a vontade de continuar o meu caminho. Sabendo sempre, agora com mais certeza ainda, que não é lá que estás, é aqui, comigo, sempre comigo. Falta o carrossel, não me posso ir embora sem andar outra vez de carrossel.
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