quarta-feira, maio 30, 2012

"C'a nerves!" e a senhora que me fez sorrir

Não me lixem, há dias em que não se aguenta. Todos temos os nossos limites em termos de tolerância, eu sei que o meu não é dos mais abnegados que por aqui anda mas há dias em que é, certamente, demais até para a mais condescendente das criaturas!

Gargalhadas sonoras, conversas de trás para a frente, gente que entra e sai como se estivesse nos bares do Bairro Alto, as histórias do "meu filho isto" e de que "a minha mais nova aquilo" assumindo-se que todos têm interesse em ouvir, os telemóveis que parecem não ter a opção "silêncio"... tudo a tornar hercúleo o meu esforço para não desatar à bofetada verbal e dar razão aos comentários sobre o meu feitio irascível!

Solução: saio. Por cinco minutos que seja, saio, vou apanhar ar.

No meio do parque, uma senhora já de certa idade aproxima-se para perguntar pela saída, "isto é tão grande, não me entendo". Já não estava longe, o caminho era quase a direito, agradece e já a dirigir-se para o local indicado vira-se para trás e diz "Obrigado. Sabe... é muito bonita!". Apanhada de surpresa, agradeci toscamente e ouvi "não tem nada que agradecer, o que é... é!". Fez-me sorrir.

E voltei.

O que é, é. E pode ser que consiga não perder a paciência afinal...

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