quinta-feira, janeiro 31, 2013

... e a luta continua...

EMEL, filha, tu não tens a mais pálida ideia de com quem te estás a meter... ai, não tens não..!

Multarem-me porque eu não cumpri as regras é uma coisa. Terem a falta de vergonha e a ousadia de me multarem por ausência de talão sendo que foram avisados que essa ausência se devia ao facto de as vossas máquinas me terem "comido" o dinheiro que lá pus (dinheiro esse que, no meu entender, devia servir justamente para a manutenção dos equipamentos, não? se não o utilizam nisso, utilizam em quê, vamos lá a saber?) ai isso, meus amigos, é que não me parece... mesmo!!

Portanto, assim de repente, só me apraz dizer o seguinte: querem guerra? Pois vamos a isso que eu já arregacei as mangas!

quarta-feira, janeiro 30, 2013

terça-feira, janeiro 29, 2013

Lição repetida para quem ainda não a aprendeu. Sim, cansa, mas é mesmo assim.

" (...) Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado. O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar."

Miguel Esteves Cardoso
in 'Último Volume'

Nem mais. De dentro para fora, nunca de fora para dentro...


segunda-feira, janeiro 28, 2013

Romantismos

Acabo de receber uma daquelas newsletters com trezentasesetentaesete mil sugestões para prenda de Dia de Namorados. Entre anéis, massagens, bombons e jantares à luz de velas, la pièce de resistance: um conjunto de três frigideiras. De cerâmica.

Diz que não partem, que não riscam, que não amolgam. Acrescento eu que talvez não deixem qualquer vestígio de força usada contra ou com elas...

Bom, também vos digo, a receber do "mor" um pack de frigideiras no suposto dia mais romântico do ano, epá... que seja destas...!

sexta-feira, janeiro 25, 2013

Amor

Hoje, ali para os lados da Linha...

quinta-feira, janeiro 24, 2013

O problema não é teu, é meu... ok, é teu mesmo.

Sinto que as minhas relações com a EMEL se estão a deteriorar a olhos vistos... começo mesmo a achar que é um caso daqueles de amor/ódio que raramente resulta... amor deles pela minha carteira, ódio meu pela... bom, pela sua simples existência...

História

Podia contar-te a minha história. Mas prefiro, para já, ficar a olhar para ti enquanto contas a tua. A tua que queres contar. Podia contar-te a minha história mas pergunto-me se a queres saber... é a primeira vez que estamos assim, frente a frente, com espaço e tempo para sentirmos quem está do outro lado da mesa. Desde o dia em que nos conhecemos, porque amigos em comum imaginaram em nós empatia, três emails, várias mensagens, dois telefonemas e, finalmente, o convite para jantar. Aqui estamos. Podia contar-te a minha história mas será isso que se quer de uma primeira vez? Não... não se quer passado, traumas, outras vidas, outros amores. Isso vem depois. Numa primeira vez quer-se ilusão, quer-se brilho nos olhos e expectativas, quer-se folha em branco onde se poderá começar a escrever uma nova história cheias de possibilidades... quer-se início e não fim. Podia contar-te a minha história mas não acho que consiga ultrapassar o olhar que te adivinho e que irá denunciar a contrariedade em ter que lidar com a podre normalidade quando o que queres é que, desta vez, seja especial, diferente, sonho, nem que seja só por hoje. Podia contar-te a minha história mas não acredito que a vás entender. Parecer-te-á uma história banal, como tantas outras, uma história de toda a gente, de perdas e corações partidos, igual à da prima afastada ou às dos romances. Vais dizer que sim, que percebes, se calhar que até já por lá passaste, mas não vai saber como a senti eu, a essa história banal, não vais compreender como sulcou traços novos no meu rosto, como me fez ter pesadelos nunca antes tidos, como alimentou monstros de mágoa e dor e ódio e quase me fez deixar ser consumida por eles, como me fez duvidar de quem era. E me fez desistir de quem era. Porque não me conheces o antes, não me conheces o agora, não sabes qual é o ritmo do meu coração nem onde estão os meus terminais nervosos, não sabes de onde vim e o que trouxe nos meus genes, não sabes em que sentido circulam os meus medos, as minhas paixões, os meus desejos. Não sabes o significado dos meus sorrisos nem dos meus suspiros nem das palavras não ditas. Podia contar-te a minha história mas não acho que a mereças saber, para já. É preciso saber-me para saber, é preciso entrar em mim para entrar em mim... Podia contar-te a minha história mas não o vou fazer. Vou fingir, aqui e agora, sorrir, gracejar, fazer charme, dizer coisas inteligentes, pousar como mulher resolvida, sem medos e sem bloqueios, vedeta de Hollywood que vende sonhos por atacado. Vou ser o que queres que seja, o que eu quero ser hoje, mesmo que só hoje. E vou enganar-me convencendo-me que tu também só és uma folha em branco.

Autoestima é tudo!


quarta-feira, janeiro 23, 2013

Do que és capaz?

"Ser capaz não é para falar de livros, esta crônica é para falar de capacidade. Do quanto somos ou não capazes de enfrentar nossas limitações, capazes de noites em claro, capazes de questionar nossa própria sanidade. Do quanto somos incapazes para fórmulas prontas, incapazes de concordar cegamente com o que parece fazer sentido, incapazes de dizer amém. Do que você é capaz? Sou capaz de quase tudo, talvez até de matar e morrer, se a dor for insuportável. Sou capaz para o ilegal, o imoral e o insano, só não me sinto capaz para o injusto... Sou capaz para o segredo, sou capaz para o inferno, sou capaz para o silêncio, sou capaz para o irrecuperável, sou capaz para o fracasso, sou capaz para o medo, sou capaz para o bizarro. Minha incapacidade é para a frescura, para a fofoca, para a vaidade, para a seriedade que conferem ao que é irrelevante, e quase tudo é irrelevante, quase tudo que está à vista. Sou capaz para o que não conheço e torno-me quase incapaz para o que conheço bem demais. Sou pouco capaz para a matemática, para física, para a culinária, para a religião. Talvez seja capaz para a mediunidade, mas nunca tentei. Sou capaz para a loucura, mas costumo frear a tempo. E, quando preciso de solidão, sou capaz de me declarar inábil para tudo o mais, na esperança secreta de ser deixada em paz.”

Martha Medeiros

WTF?!?


Mas... mas... não são os japoneses o povo que mais respeita os mais velhos? Que desde sempre considera os ansiãos como fonte de saber, cujo conselho deve ser tido em conta, que valoriza a experiência e a idade? Que até um Dia de Respeito ao Idoso tem e que até é feriado nacional??

Mas... mas... ?!

Ah... espera... o dito ministro estudou no Ocidente...

Sou só eu...

... ou mais alguém sente refluxos no estômago quando ouve dizer "o porquê" em vez de "a razão"...?!

É de louvar, uma rapariga que abraça todas as causas, sim senhor...


terça-feira, janeiro 22, 2013

O encontro

"Lembro-me agora que tenho de marcar um encontro contigo, num sítio em que ambos nos possamos falar, de facto, sem que nenhuma das ocorrências da vida venha interferir no que temos para nos dizer. Muitas vezes me lembrei que esse sítio podia ser, até, um lugar sem nada de especial, como um canto de café, em frente de um espelho que poderia servir até de pretexto para reflectir a alma, a impressão da tarde, o último estertor do dia antes de nos despedirmos, quando é preciso encontrar uma fórmula que disfarce o que, afinal, não conseguimos dizer. É que o amor nem sempre é uma palavra de uso, aquela que permite a passagem à comunicação mais exacta de dois seres, a não ser que nos fale, de súbito, o sentido da despedida, e cada um de nós leve, consigo, o outro, deixando atrás de si o próprio ser, como se uma troca de almas fosse possivel neste mundo. Então, é natural que voltes atrás e me peças: «Vem comigo!», e devo dizer-te que muitas vezes pensei em fazer isso mesmo, mas era tarde, isto é, a porta tinha-se fechado até outro dia, que é aquele que acaba por nunca chegar, e então as palavras caem no vazio, como se nunca tivessem sido pensadas. No entanto, ao escrever-te para marcar um encontro contigo, sei que é irremediável o que temos para dizer um ao outro: a confissão mais exacta, que é também a mais absurda, de um sentimento; e, por trás disso, a certeza de que o mundo há-de ser outro no dia seguinte, como se o amor, de facto, pudesse mudar as cores do céu, do mar, da terra, e do próprio dia em que nos vamos encontrar; que há-de ser um dia azul, de verão, em que o vento poderá soprar do norte, como se fosse daí que viessem, nesta altura, as coisas mais precisas, que são as nossas: o verde das folhas e o amarelo das pétalas, o vermelho do sol e o branco dos muros."

Nuno Júdice 
in Poesia Reunida


(e assim me vergo e me reduzo à minha insignificância acalentando a esperança de um dia, mesmo que só numa outra encarnação, conseguir escrever um décimo assim... só um décimo, não peço mais nada... irra, que é bom!)

Meu mundo

Tãããão bom...

É tão bom, tão bom quando uma pessoa se sente mirada de alto a baixo por uma colega, tão bom, tão bom... sabendo, claro, que só pode ser por bem e não para avaliar o "estado da nação" e criticar depois... É tão bom, tão bom mas há que ter bom coração também e perceber que, convenhamos, se a dita não olhar para mim vai olhar para onde? Para o espelho??? Pois... Mas é tão bom, tão bom, principalmente naqueles dias em que uma pessoa não está inteiramente confortável com a indumentária escolhida e até admite que, se calhar, encheu demasiado a "mula" durante o fim de semana... tão bom... uma pessoa até fica com vontade de, sei lá!, rir e tal enquanto se enfia num buraco fundo mas só porque está mais quentinho lá, claro...

É tão bom, tão bom levar uma "chazada" da superior hierárquica e sentir-se a ser tratada como uma criança de dez anos que ela tem a missão de ensinar, tão bom... e uma pessoa que até se anda a esforçar para mudar de atitude por já ter sido acusada de ser voluntariosa e não respeitar hierarquias... e por isso, uma pessoa reconhece e tenta fazer tudo certinho, porque até é uma pessoa que cumpre as regras, e se calhar agora tem mas é que concluir que se está a colocar no lado oposto, o da atrasada mental subserviente que necessita de orientação para escrever duas linhas... tão bom... porque, pronto, uma pessoa sente-se bem, não é...

E é tão bom, tão bom uma pessoa ter vontade de esbofetear a colega e a superior hierárquica e, já agora, a si própria até por sentir ganas de as esbofetear, uma gente que não a devia afectar e com quem não devia perder o seu tempo e, assim, estupidificar também... tão bom, tão bom...

Enfim...

O que vale é o sol que aparece de vez em quando e o livro em cujas páginas uma pessoa se conseguiu embrenhar por uma horinha santa... o resto, é mesmo só treta e, quanto muito, só merece um nem muito sonoro f*** you...

Sim, é aqui, mesmo no meio do teclado, que me quero deitar. Sim, tapo o monitor... temos pena.


segunda-feira, janeiro 21, 2013

A pior solidão


Segunda-feira no seu melhor...

 - Coloque aqui a cabeça, por favor... isso, agora não se mexa... pronto, já está! 
Ah... e já agora, eu peço desculpa mas acho melhor avisá-la... a sua camisola está vestida do avesso...

(nada como fazer uma panorâmica à estrutura dentária à hora do almoço para prevenir figuras tristes no que resta do dia...)

Apenas uns segundos...

... separam o entusiasmo com a notícia de que o sofá novo já chegou e a lembrança de que o dito será carregado nas costas de moi même, quiçá, escada acima ao longo de oito andares...

sábado, janeiro 19, 2013

Urgência

É urgente o amor
É urgente um barco no mar

É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos, muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros
e a luz impura, até doer.
É urgente o amor,
é urgente permanecer.

Eugénio de Andrade

quinta-feira, janeiro 17, 2013

Simulando... ando... ando...

Pela primeira vez utilizei um simulador. Depois de meses e meses de resistência, depois de meses e meses olhando para o lado, fazendo ouvidos moucos aos arautos da desgraça, deixando passar as várias versões do "como vai ser a desgraceira" e "veja aqui o quão mais pobre vai ficar afinal", depois de meses e meses afirmando categoricamente que não me interessava simular nada, que veria com o que podia contar no primeiro recibo de ordenado e nessa altura então, não havendo outra coisa a fazer, me organizaria para fazer face à situação, no fundo, depois de meses e meses a recusar-me a engrossar as fileiras da histeria colectiva... a curiosidade (ou masoquismo, melhor dizendo) venceu.

Pegando numa ferramenta das que me parecem mais fiáveis (e aproveito para recomendar o Pedro e o Blog para quem não percebe nada destas coisas de finanças e precisa de alguém que perceba mas que fale como as pessoas normais) lá me dispus a "sacar" dos meus dados e a preencher o formulário... e devo dizer que foi uma experiência muito agradável... diz o dito que vou ficar a ganhar... mais!

Sim, há uma grande probabilidade de me ter enganado em alguma coisa ... mas 'tou-me a c****! Gostei desta minha nova versão de ordenado, vou ficar com ela! Depois entro em negociações com o recibo quando ele chegar...

É só a mim ou...

...dá nos nervos a mais alguém que se refiram às criancinhas respectivas ou de terceiros como "o menino" ou "a menina"?!

quarta-feira, janeiro 16, 2013

Em modo cabra fútil

Estou aqui hesitante sobre que colega deverá ser alvo de achincalhamento da minha parte... aquela que, em determinada cerimónia de âmbito profissional, ocorrida no dia de ontem, resolveu envergar um vestidinho justo, curto e toooodo rendado à la Cátia Márise, a lembrar a Gloria Estefan nos tempos áureos mas em cima da coluna, ou aquela que, em oposição, deve ter optado por mandar fazer a respectiva fatiota algures no seio da comunidade amish assim provando que a dita não existe só nos states, pelos vistos também se instalou nos arrabaldes da nossa capital.

Sendo que se o diabo tivesse que escolher qual das duas é mais bitch iria ter um dilema em mãos, se calhar opto por achincalhar ambas... é o mais justo e assim provo que consigo ser uma cabra quase decente.

segunda-feira, janeiro 14, 2013

Porque me ando a rever... e é bom!

Girl on fire
Alicia Keys

She's just a girl, and she's on fire
Hotter than a fantasy, longer like a highway 
She's living in a world, and it's on fire 
Feeling the catastrophe, but she knows she can fly away 

Oh, she got both feet on the ground 
And she's burning it down 
Oh, she got her head in the clouds 
And she's not backing down 

This girl is on fire 
This girl is on fire 
She's walking on fire 
This girl is on fire 

Looks like a girl, but she's a flame 
So bright, she can burn your eyes 
Better look the other way 
You can try but you'll never forget her name 
She's on top of the world 
Hottest of the hottest girls say 

Oh, we got our feet on the ground 
And we're burning it down 
Oh, got our head in the clouds 
And we're not coming down 

This girl is on fire 
This girl is on fire 
She's walking on fire 
This girl is on fire 

Everybody stands, as she goes by 
Cause they can see the flame that's in her eyes 
Watch her when she's lighting up the night 
Nobody knows that she's a lonely girl 
And it's a lonely world 
But she gon' let it burn, baby, burn, baby 

This girl is on fire 
This girl is on fire 
She's walking on fire 
This girl is on fire 

Oh, oh, oh... 

She's just a girl, and she's on fire

Perfil

Perra...

sexta-feira, janeiro 11, 2013

Lembrei-me de ti e das tuas (que passaram a ser também minhas) palavras cruzadas...

Revisitando

Logo no primeiro dia deste ano que já começou, ouvi de alguém que 2012 não deixa saudades... Concordei de imediato, cá no meu íntimo, mas depois de o fazer, alguma areia do meu monte de memórias já calcado  se soltou, ficando a pairar em mim durante estes dias, fazendo-me ter vontade de remexer neste passado recente e perceber, afinal, que razões me levaram a, tão celeremente, taxá-lo de mau ou inútil...

Estanquei em alguns aspectos, evoluí noutros, dei o pontapé de saída para um projecto há muito desejado,  arrisquei. Tive provas de desamor e tive grandes provas de amor. Houve dias em que me senti a pessoa mais pequena do mundo mas também os houve em que os gestos de afecto que recebi me mostraram como afinal sou "grande" para quem me rodeia. Emocionei-me até às lágrimas, odiei, amei. Derrubei finalmente muros por mim criados para descobrir que quem tinha ficado do lado de lá continuava no mesmo sítio, à minha espera. Fiz figura de parva e fiz as pazes comigo mesma, perdoei-me. Aprendi a gostar mais de mim, dei a cara a desafios e superei-os, exigi de mim, corpo e alma, até à exaustão, procurei incessantemente caminhos. Fiz coisas novas, conheci pessoas novas, reencontrei outras que, quem sabe, não passam agora a fazer parte de mim também. Sonhei. Desesperei-me, passei a tratar a angústia por "tu", chorei mas não tanto como antes, desacreditei e voltei a acreditar, desisti e muni-me de forças para me levantar outra vez, gritei comigo mesma, apelei a todos os "santos", dei-me ao desconhecido, iludi-me, desiludi-me e surpreendi-me. Recebi mais um membro na família. Passei os primeiros dois dias de férias de Verão a apreciar o simples facto de estar parada. Li menos do que gostaria, tive medo, surpreendi-me comigo mesma, remexi no passado e encaixotei-o, ocupei um novo espaço onde me senti em casa desde o primeiro segundo, como se nunca tivesse estado noutro lugar. Ri como há muito não ria, ri até às lágrimas. Aprendi a viver com cicatrizes. Achei que o meu coração iria parar por não aguentar mais e até o desejei. Voltei a cantar pela casa, voltei a dançar sozinha na sala com a música aos altos berros. Tomei decisões e comecei a fazer planos. Cresci como ser humano, mulher, amiga, filha, prima, sobrinha. Reparei que, cada vez mais, me tratam por "senhora". Tive saudades, muitas saudades, testei-me, tive conversas importantes, graves, definitivas, dei esclarecimentos há muito adiados e com eles tirei alguns pesos de cima. Redefini-me, reestruturei-me, tive surpresas, falei, falei, falei. Constatei, por diversas vezes, que estou rodeada de mãos que não me querem deixar cair mas que, se assim tiver que ser, me amparam a queda, e que ficam comigo até ser a altura de me ajudar a levantar. Reforcei laços. Deixei de temer pessoas, telefonemas, más notícias. Vivi a "gota de água" e senti-me inundada por ela. Cortei laços, fios, pontas soltas. Senti dor e alegria. Voltei a mim, a muito do que sempre fui...

Talvez porque tenha sido um ano que começou sem grandes expectativas, um ano que apenas se seguia a outros, um ano que prenunciava simplesmente uma continuação, um ano que até se desejava morno em contraste com outros mais termicamente acidentados. Talvez porque as revelações e avanços tenham parecido modestos, talvez por ter tido, também, dias menos claros cuja memória é sempre apaladada por um certo amargo de boca. Talvez por não ter sido O ano em que tudo aconteceu, em que tudo se resolveu, em que a vida virou 180º e me provou que afinal veio para ser fantástica e corresponder a todos os meus desejos. Talvez... 

Mas, afinal, talvez não tenha sido só mais um ano...

quinta-feira, janeiro 10, 2013

Diz que, este ano, vou daqui, vou de carrinho...


O Carro
"Também conhecido como A Carruagem, este é o sétimo arcano do Tarot. A carta simboliza vitória, direcção, controlo, esforço, confiança, um caminho. Resumidamente, avanço, progresso e, acima de tudo, o início de algo novo. Esta carta simboliza a acção que se toma a seguir a uma decisão. Quando esta carta aparece, significa que passou pela encruzilhada, tomou um rumo firme e está determinado a cumprir mais etapas evolutivas. Neste momento, deverá ter força e liderança para evitar extremos. Deve ter controlo firme para manter o equilíbrio.

A carta de Tarot o Carro indica que neste ano os acontecimentos serão rápidos e suceder-se-ão de forma inesperada, havendo novidades e boas perspectivas de evolução a todos os níveis. No entanto, apesar de ser um ano em que pode ser conduzida ao sucesso, esta carta também indica que é necessário discernir bem aquilo que quer e orientar as suas acções no sentido que for mais positivo para si, sem se deixar influenciar ou desviar perante as circunstâncias. Pode sentir alguma instabilidade, mas se não deixar que as dúvidas reprimam as suas acções conseguirá dar passos que virão a ser muito importantes para o seu futuro. Sentir-se-á no centro dos acontecimentos, pois os outros passarão a contar mais consigo, depositando muitas expectativas em si. Não tenha receio de mostrar o que vale! O melhor de 2013 será o amadurecimento interior, que lhe permitirá dedicar maior atenção a si própria, trazendo uma renovação sentimental e transformações positivas. Seja mais determinada e autoconfiante e aprenda com os que a rodeiam a vencer o medo de errar."


Ui, cartinha agitada... só de ler já me cansei..! Mas 'tá certo, que venha ele e que venha a acelerar que a malta gosta é de andar com os cabelos ao vento!

(Ó sissa, a "encruzilhada" lembra-te alguma coisa?? Mais uma para contar aos netos... ou não! ;))

Das necessidades...


Hello? Alguma coisa ficou por dizer por aí?


Perfil

Em modo "back to school" com duas já na calha...

quarta-feira, janeiro 09, 2013

Quando a fome é o melhor tempero

Nota mental: só recorrer a comida das máquinas de venda automática (sim, venda automática! qual máquinas de vending, mas que m**** é vending??) quando não há outra opção e, mesmo assim, só se estiver há muitas e muitas (mas mesmo muitas!) horas sem comer. É a única forma de conseguir chegar mais ou menos até meio do croissant (ou... o que seja...) sem vomitar e até achar que a coisa não é má de todo... a partir daí, reality hits. And hits you hard..!

Constatação #65

Entre duas pessoas, a conclusão sobre o propósito dos suportes de comunicação interna de uma empresa pode diferir consoante a área de formação. Para um jornalista, servem para fornecer informação do interesse de quem os consulta. Para um gestor, servem para oferecer informação do interesse... dos seus próprios interesses.

E, assim de repente, e assim por acaso, acabo de descobrir a diferença entre um DN e uma Caras... resta saber em qual das duas, afinal, se vai transformar a intranet cá do sítio...

terça-feira, janeiro 08, 2013

Só à "pezada"!

Um dia, dei por mim a explicar a uma criança de três anos, que resolveu fazer a birra da vida dela justamente quando se encontrava comigo num local público!, que não iria percorrer o caminho que faltava até ao carro com ela naquele estado porque era uma vergonha e os restantes transeuntes não tinham que aturar aquilo. Por isso, obriguei-a a ficar sentada num banco de jardim até se acalmar. Foi um luta. A criança lutou para sair, eu lutei para que ela ficasse onde estava. Ganhei eu. Quando o combate terminou, suava em bica mas, quem me visse de fora, diria que o tinha feito com toda a calma e tranquilidade, simplesmente "pondo o pé na porta" e não o arrendando em momento algum.

Diz que é humano. Deve ser. Diz que faz parte da nossa natureza tentar "dar a volta" sempre que nos impõem algo com o qual não concordamos, que dá mais trabalho do que aquele que pretendiamos ter, que é uma chatice "olha, agora ter que também fazer esta treta". Dizemos que sim, claro, nomeadamente se a ordem está cabimentada e até vem de cima mas, de vez em quando, lá nos fingimos de esquecidos a ver se passa e se alguém faz o trabalho por nós...

Pois bem, aos adultos com falhas temporárias de memória só tenho a dizer o seguinte: Estão a ver a porta?? Estão a ver o pé?? É o meu. E vai estar sempre lá...

Frase do dia (quiçá, do ano..!)


Era só eu...

... ou mais alguém dizia "partida, lagarta, fugida"..??

Porque... eu sei porquê

Theresa's Sound-World
Sonic Youth

Like girl come walkin' thru the cornfield 
Like blue vibration thru the sea 
I know I'd love her to breathe, again 
Like cubes are talkin' her down 

I've been a wasted day 
Like spinning round a saint
Like colored wild sign 
There'sa talkin' in the rain 

Like girl be growin' thru town 
Windows are thoughts in the stain 
I know I'd love her to stay 
Whispering signs are agreeing 

Like talkin' golden terrain 
Like thrivin' dark in the saint 
A cat in gold goes along 
There'sa's sound for the king

domingo, janeiro 06, 2013

sexta-feira, janeiro 04, 2013

Qual é a dúvida??

Ao telefone com uma amiga que arranja, por um preço um pouco (inho..) mais simpático, um creme xpto que custa os "olhos da cara".

Eu digo: bolas, ainda assim é caro... mas olha, pronto, posso sempre poupar mais em roupa e cafés e coisas que tais, não é..?

Ela diz: com isto na trombinha, minha querida, vais ter gente a QUERER PAGAR-TE cafés!



Ooook, manda vir!!

É da minha mente porcalhona ou esta música é... vá... porcalhona??

Flo Rida


Para os menos versados em estrangeiro, aqui fica a bela da tradução do refrão que poderá ser qualquer coisa como isto: "podes assoprar-me aqui no apito, bebé?"...

(Quim Barreiros, filho, como é que nunca te ocorreu pegar nisto??)

quinta-feira, janeiro 03, 2013

Assim me declaro. E quem não gostar que se aguente.

Não sou de mimices. Não sou fofinha nem cutchi cutchi. Não sou de beijinhos nem de abracinhos nem de sorrisos melosos a acompanhar. Não sou de "querido" nem de "amorzinho" nem tão pouco de "'mor". Não sou de dizer "amo-te" ou "gosto muito de ti" por tudo e por nada nem faço questão de o ouvir por tudo e por nada. Não faço festinhas na cara, nem faço ronrons nem dou turrinhas a não ser aos meus gatos. Não sou de surpresas pseudo românticas nem de declarações de amor como manda o figurino nem de músicas lamechas - muito menos sou de "a nossa música" - nem de queridices do género. Não sou de alianças nem de solitários. Não sou de babar com criancinhas e com as suas supostas proezas. Não sou de Dia dos Namorados nem de aniversários de conhecimento/namoro/união/casamento, nem do dia-em-que-me-disseste-pela-primeira-vez-que-eu-ficava-bem-de-azul ou coisa que o valha. Não sou de rir de piadas sem graça. Não sou boa com datas de calendário e estou-me a borrifar se o cara-metade não se lembra se era Verão ou não quando vimos "daquela vez" o pôr-do-sol juntos. Não sou de falar "à bebé" com o "mor" nem com ninguém, não sou de me derreter com uma bugiganga qualquer que o "querido" se lembrou de comprar no chinês a dizer "ai love iu", não sou de diminuitivos nem de alcunhas, não sou de fotografias de casalinho ou das criancinhas ou de momentos oficiais. Nem na carteira nem na cómoda do hall de entrada. Não sou de ursos de peluche com corações nas patas. Não sou de ouvir barbaridades ou coisas que me irritam e ficar calada só porque é o "fofinho" a dizê-las. Não sou querida. Nem meiguinha. Nem amorosa se não me apetecer.


Sou tudo - e de tudo - o que não escrevi. Sou das outras coisas.

Que sejamos, cada vez mais, os que abrem portas


quarta-feira, janeiro 02, 2013

Frase do dia

(o filme despertou o apetite adormecido e eis-me de volta ao mundo Tolkien...)

"E lá me feri, pois um homem que foge do seu medo pode descobrir que se meteu apenas por um atalho para o encontrar."

in Contos Inacabados
J.R.R.Tolkien

terça-feira, janeiro 01, 2013

E, no seguimento...


And here we go again...

"Para você ganhar belíssimo Ano Novo 
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz, 
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido 
(mal vivido talvez ou sem sentido) 
para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, 
remendado às carreiras, 
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; 
novo até no coração das coisas menos percebidas 
(a começar pelo seu interior) 
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, 
mas com ele se come, se passeia, 
se ama, se compreende, se trabalha, 
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, 
não precisa expedir nem receber mensagens 
(planta recebe mensagens? passa telegramas?) 

Não precisa fazer lista de boas intenções 
para arquivá-las na gaveta. 
Não precisa chorar arrependido 
pelas besteiras consumadas 
nem parvamente acreditar que por decreto de esperança 
a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, 
recompensa, justiça entre os homens e as nações, 
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, 
direitos respeitados, começando 
pelo direito augusto de viver. 

Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome, 
você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, 
eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. 
É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre."
Carlos Drummond de Andrade