Um dia, dei por mim a explicar a uma criança de três anos, que resolveu fazer a birra da vida dela justamente quando se encontrava comigo num local público!, que não iria percorrer o caminho que faltava até ao carro com ela naquele estado porque era uma vergonha e os restantes transeuntes não tinham que aturar aquilo. Por isso, obriguei-a a ficar sentada num banco de jardim até se acalmar. Foi um luta. A criança lutou para sair, eu lutei para que ela ficasse onde estava. Ganhei eu. Quando o combate terminou, suava em bica mas, quem me visse de fora, diria que o tinha feito com toda a calma e tranquilidade, simplesmente "pondo o pé na porta" e não o arrendando em momento algum.
Diz que é humano. Deve ser. Diz que faz parte da nossa natureza tentar
"dar a volta" sempre que nos impõem algo com o qual não concordamos, que
dá mais trabalho do que aquele que pretendiamos ter, que é uma chatice
"olha, agora ter que também fazer esta treta". Dizemos que sim, claro,
nomeadamente se a ordem está cabimentada e até vem de cima mas, de vez
em quando, lá nos fingimos de esquecidos a ver se passa e se alguém faz o trabalho por nós...
Pois bem, aos adultos com falhas temporárias de memória só tenho a dizer o seguinte: Estão a ver a porta?? Estão a ver o pé?? É o meu. E vai estar sempre lá...
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