terça-feira, abril 26, 2011

Dia não

Odeio segundas-feiras. E odeio dias como este que não são segundas-feiras mas que incham de orgulho por, de vez em quando, poderem "posar" como tal. Porque estes dias, segundas-feiras e "dias-armados-em", parecem tirar prazer de me poder atirar à cara que não!, não posso fazer o que quero como quero. É a obrigatoriedade que me lixa, o "tem que ser porque sim". Não gosto de imposições, de amarras, de ser movida pelas contas a bater à porta no final do mês. Se ganhasse o euromilhões deixava de trabalhar? Não! Nem pensar! Tenho demasiada energia para ficar quieta, acredito que "parar é morrer" e que "o trabalho dignifica o homem", subscrevo inteiramente qualquer um deste conceitos. Seria útil, interessada, interventiva, tentaria fazer a diferença, evoluir como ser humano, dedicar-me a causas, estudar, estudar, produzir, contribuir de forma positiva para a sociedade. Crescer e fazê-la crescer comigo. Tentaria, pelo menos.

O defeito é, certamente, meu. Às vezes, tenho pena de não ser do tipo de pessoa que se satisfaz com o que tem, que faz das pequenas felicidades grandes razões para estar bem, que não pede mais do que aquilo que consegue obter, que dá graças aos céus simplesmente por não viver debaixo da ponte. Sou exigente. Comigo, com a minha vida. Sou muito exigente. Quero mais, quero melhor, quero tudo. É uma chatice...

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