Dia chuvoso, na selva urbana lá iamos nós, encafuadas no carro de vidros embaciados. Não fosse a alegre conversa, dir-se-ia que tinhamos viajado no espaço e no tempo e nos encontravamos num planeta Terra destruído, já só cinzento, já só de betão, deprimente e soturno, frio e húmido. De repente, um som cavernoso mas ao mesmo tempo metálico, a despertar-nos do diálogo de amigas que nos distraía. De repente, um robot a falar connosco e a comprovar que sim, a viagem tinha-se dado e nós eramos as últimas sobreviventes da raça humana e só entre nós existia alguma cor. Lá fora, tudo estava morto e pálido. Fez-se silêncio e a medo olhámos pela janela para quem nos interpelava. A voz metálica continuava a vociferar, as três em choque, sem querer assumir, a temer intimamente pela nossa vida...
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... e eis senão quando percebo que era um carro da polícia a informar-me através de altifalante que iria ser autuada por ter pisado um duplo contínuo...sh**!
1 comentário:
Isso é muito "Walking dead"...
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