Os tempos adivinham-se... trabalhosos. Não necessariamente duros ou difíceis ou dolorosos mas, sem dúvida, trabalhosos. Tenho que focar, focar naquilo que agora está em cima da mesa em detrimento do resto. Tudo é importante mas assumo a minha incapacidade de gestão das diversas matérias ao mesmo tempo. Tenho que focar, pensar, ponderar, fazer contas de cabeça e de lápis se for preciso, pensar a curto, médio e longo prazo. Pesar os prós e contras. Pensar em mim e nas mudanças que me fazem sentido. Pensar naquilo que estou disposta a fazer para as realizar.
Fazes-me falta para me ajudar a pôr as coisas em perspectiva. Fazes-me falta para me dares segurança, para falares comigo e dares as tuas opiniões, para me ensinares a ver um pouco mais além, o além que vê quem conhece já a viagem, quem a fez e aprendeu com ela. Fazes-me falta mesmo em não concordância comigo porque sei que que nada seria impeditivo de te ter ao meu lado, não importando as minhas escolhas.
Tenho que parar e pensar para acreditar. Porque é a crença que me leva para a frente, a crença em algo melhor, sempre foi, em todas as ocasiões sempre foi a crença revestida de esperança por melhores dias que me fez mover em determinada direcção. Tenho que parar e pensar e esperar que me ajudes mesmo que não com palavras mas através dos sentimentos que consigas implantar em mim dessa forma misteriosa que ninguém vê mas que acredito que exista. Acredito, sim, que é possível e por isso peço quando deito a cabeça na almofada.
Os tempos adivinham-se... e eu aqui estou na minha solidão de ti sem saber bem que rumo tomar. Focos. Focos de luz a apontar para mim. Diferentes tonalidades mas todos fortes e brilhantes. Os seus raios luminosos apontados a mim e aos meus olhos, a obrigar-me a retribuir a atenção que me é dispensada mas, de certa forma, cegando-me e não me deixando ver o que está por trás.
Confias em mim? Se tu confiares eu também confio.
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