domingo, maio 16, 2010

Azul

Acordei tarde, dormi demais. Vale-me o amigo Ben-U-Ron. Larguei tudo como estava e fui apanhar sol, porque felizmente está sol, e o parque recebe-me sempre bem. Busquei o meu caderninho mas não o tinha comigo, tento escrever agora mas não me apetece ir atrás das palavras que passaram por mim nessa altura mas que já se recolheram. O chocolate com pimenta-rosa já acabou e concluo que adoro estes dias em que o organismo se manifesta de forma diferente porque são a desculpa perfeita para fazer disparates alimentares. Aguarda-me uma lata de leite condensado cozido ou, pelo menos, assim o espero... A fita do estore ficou-me outra vez na mão, m****! E eu que já estava habituada a acordar com o sol velado a iluminar-me suavemente por entre a transparências e as flores estilizadas. Agora não sei mesmo se tem conserto. Enfim, será o que tiver que ser. Apetece-me sair, sentir o calor na pele. Mas aqui ando meio às voltas sem saber o que fazer primeiro. Parece que os meus dias têm mesmo que começar com a abertura das portas e janelas para deixar entrar o ar da manhã. Parece que se esse ritual não se cumprir, se não receber essa lufada de luz e brisa no início de cada dia, ainda é ontem, não se faz a passagem. Estranho ser, eu, estranho ser. Mas chega! Chega de moleza que o dia passa num instante e há que ser aproveitado. Espera-me uma semana com trabalho chato que ando a adiar mas que tem que ser feito. Por isso, toca a recarregar a bateria. O céu está azul e quando é assim sinto sempre que os meus olhos se fundem com ele. É bom. Portanto, vou ali deixar-me fundir e já venho.

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