Sim, sei, lembro-me. E, propositadamente, esforço-me para olhar para outro lado. Porque não vale a pena olhar de frente, encarar mais uma vez porque sei bem o que lá está, sei de cor, sei de tantas vezes ter visto e revisto. Portanto, para quê? Olhar de novo para quê? Prefiro olhar noutro sentido, deixá-lo para trás da nuca. Sei que está lá, sei talvez melhor que ninguém, sinto a sua energia, o seu sopro mas prefiro ignorar. Já o olhei muitas vezes, já me cansei de olhar, já não há nada de bom que possa tirar dali por isso chega. Conscientemente, viro a cara.
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