segunda-feira, janeiro 05, 2009

Não falem muito alto, please...

De volta.
O primeiro dia de trabalho depois de férias é sempre um dia altamente estúpido. Dizem que é o nosso organismo que leva tempo a habituar-se à labuta, aos horários, aos ritmos outra vez. Cientificamente provado. Mesmo que não fosse, eu acreditava e qualquer um que me conhece acreditava também. Eu sou a prova viva do tal torpor e dificuldade em retomar a vida normal.

Mas mesmo que não o fosse por natureza, transformava-me num instante. Primeiro porque concluí (não é de hoje mas cada paragem ajuda a reforçar) que nasci para fazer o que me apetece quando me apetece. Defeito de fabrico, suponho. E depois, porque me complica um bocadinho com os nervos (só um bocadinho...) verificar que, na minha ausência, nada mudou, nada se adiantou. Isto será quase como caviar no que toca a alimentar o ego de alguns "nada se faz sem a minha presença". Mas para mim não. Eu gosto que as coisas avancem sem a minha presença, pelas mãos de outros. É da maneira que trabalho menos, boa? É da maneira que as coisas andam para a frente, se desenvolvem, crescem ao ritmo que deve ser, sendo que é isso que interessa, certo??

De volta, pois claro.
Mas, só para chatear, acho que a volta fica para amanhã. Fisicamente estou cá, a ocupar a cadeira, a fingir que me interesso. Mas é como se estivesse de ressaca. Presente mas incapaz. Por isso, hoje não contem comigo. E porquê? Porque posso. A ciência está do meu lado.

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