A querida E. no provador, a experimentar um vestido. Preto e rosa. Algo de preto, muito de rosa. Decotado. Curto. Justo. Daqueles que têm escrito em todas as pregas e dobras "sexy móda foca" ou, para quem não é muito dado às línguas estrangeiras, "boazona como o c*****!". Curto, bastante curto, justo, bastante justo, rosa, bastante rosa... e pergunta-me:
- Diz-me lá, eu posso levar isto para o trabalho, não posso? Assim com uns sapatos rasos, simples, um casaco de malha preto, pronto, para ficar tudo mais discreto, não achas?
Por momentos hesitei. Por segundos. E depois, porque alguém tinha que o fazer, respondi:
- Querida, esse vestido não é discreto nem nunca vai ser em toda a sua existência. Por isso, mentaliza-te, ultrapassa essa parte e compra-o por aquilo que ele é!
- (risos) Tens razão... que se lixe, vou comprá-lo! Eu até tenho coisas bem piores! ;)
- Querida, esse vestido não é discreto nem nunca vai ser em toda a sua existência. Por isso, mentaliza-te, ultrapassa essa parte e compra-o por aquilo que ele é!
- (risos) Tens razão... que se lixe, vou comprá-lo! Eu até tenho coisas bem piores! ;)
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